O objetivo da pesquisa foi avaliar a atividade elétrica e a dor à palpação dos músculos cervicais, a amplitude de movimento (ADM) da coluna cervical e a relação entre atividade elétrica e ADM cervical em indivíduos com e sem desordem temporomandibular (DTM). Participaram do estudo 53 voluntários, sendo 24 com DTM e 29 sem, de ambos os gêneros, com 18 a 32 anos de idade. A DTM foi diagnosticada pelo critério de diagnóstico em pesquisa para DTM (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders). A eletromiografia dos músculos esternocleidomastoídeo (ECOM) e trapézio superior foi realizada bilateralmente, na situação de repouso, com frequência de 2 KHz e filtro passa-faixa de 10-1000 Hz. As medidas de ADM de flexão, extensão, lateroflexão e rotação foram realizadas com um flexímetro e a comparação entre os grupos contou com o teste de Mann Whitney. O teste de Spearman foi aplicado para a correlação entre as variáveis, com nível de significância de 5%. Não foi verificada nenhuma diferença na ADM cervical entre os grupos. A atividade elétrica demonstrou-se significativamente maior nos músculos ECOM direito (p=0,0130), trapézio superior direito (p=0,0334) e esquerdo (p=0,0335) no grupo DTM em relação ao grupo controle. Não houve correlação significante entre atividade elétrica e ADM cervical. A dor nos músculos cervicais apresentou-se significativamente maior apenas no músculo ECOM direito (p=0,0055). Conclui-se que os grupos estudados registraram diferença na atividade elétrica dos músculos cervicais, sendo esta maior em indivíduos com DTM.
transtornos da articulação temporomandibular; eletromiografia; amplitude de movimento articular