RESUMO
A contaminação do solo por cobre tem se tornado comum em áreas de mineração e de viticultura no Rio Grande do Sul. O trabalho objetivou avaliar o efeito de doses de cobre sobre o crescimento e qualidade de mudas de açoita-cavalo e aroeira-vermelha. O delineamento foi inteiramente casualizado num fatorial (2 x 5), sendo as duas espécies florestais e cinco doses de cobre: 0, 64, 128, 192 e 256 mg kg-1 de solo, com cinco repetições. Avaliaram-se altura da planta, diâmetro do colo, peso da matéria seca radicular e da parte aérea, comprimento e área superficial específica radicular, e os índices de qualidade de mudas: relação entre altura da parte aérea e diâmetro do coleto; altura da parte aérea e peso da matéria seca da parte aérea e o Índice de Qualidade de Dickson. Os resultados revelaram que as doses testadas de cobre não alteraram a qualidade de mudas de aroeira-vermelha, enquanto que o açoita-cavalo apresentou melhor qualidade com aplicação de 64 mg kg-1 de Cu. O cobre afeta primeiramente o sistema radicular das mudas de açoita-cavalo e aroeira-vermelha. A aroeira-vermelha é mais tolerante a elevadas doses de cobre do que o açoita-cavalo.
Palavras-chave:
espécies florestais; metal pesado; tolerância