RESUMO
O estudo teve por objetivo comparar o teor de nutrientes das diferentes espécies envolvidas em plantios monoespecíficos e mistos de Eucalyptus urograndis e Acacia mearnsii em consórcio com Zea mays no município de Bagé, RS. A determinação dos teores de nutrientes das espécies florestais foi realizada nos tratamentos: 100e (100 % de eucalipto + milho); 100A (100 % de acácia-negra + milho) e 50e:50A (50 % de eucalipto + 50 % de acácia-negra + milho), e do milho nos tratamentos 100e; 100A; 50e:50A; 75e:25A (75 % de eucalipto + 25 % de acácia-negra + milho) e 25e:75A (25 % de eucalipto + 75 % de acácia-negra + milho). O delineamento adotado foi de blocos ao acaso com três repetições. A amostragem das espécies florestais foi realizada tendo como referência a árvore média de cada parcela, baseada no diâmetro a altura do peito (DAP), amostrando-se três árvores por tratamento, aos seis meses de idade. No interior de todos os tratamentos e suas repetições, alocou-se uma subparcela, com 3,0 m de comprimento por três fileiras de milho como largura, onde se fracionou as plantas em colmo, folha, grãos, sabugo e palha. Com exceção do Ca, que está mais concentrado na fração casca e do Mg e B na casca e folhas, os demais nutrientes no Eucalyptus urograndis, tanto em monocultivo como em plantio misto, apresentam maior teor apenas nas folhas. Já na Acacia mearnsii, todos os teores de nutrientes são superiores nas folhas. O componente grão do milho possui os maiores teores de nitrogênio e fósforo, já a palha e o sabugo registram os maiores teores de potássio e o componente folha possui os maiores teores dos demais nutrientes. As espécies florestais não influenciam nitidamente nos teores de nutrientes nos componentes da biomassa aérea do milho.
Palavras-chave:
nutrição florestal; interações ecológicas; consórcios agrossilviculturais