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Produção científica da enfermagem

EDITORIAL

Produção científica da enfermagem

Jussara Gue Martini

Editor Científico da Revista Brasileira de Enfermagem

Com o progresso da ciência e da tecnologia, cada vez mais os pesquisadores assumem o compromisso de publicar os resultados de seus estudos, que representam a essência da pesquisa científica. O avanço do conhecimento produzido pelos pesquisadores tem se transformado em informação acessível para a comunidade científica.

Desde o surgimento dos primeiros periódicos de enfermagem, o número de publicações vem crescendo consideravelmente e representa um importante instrumento de comunicação de pesquisa científica e de avanço profissional.

Na área da saúde e, especificamente na Enfermagem, identificamos um impulso no número de publicações em periódicos da área, que pode indicar o avanço e a consolidação desta disciplina. O aumento da produção de artigos científicos pode representar um maior número de pesquisadores, e ainda incentivo do governo em políticas de apoio e fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a pesquisa no país.

Na produção de ciência e tecnologia, o CNPq registra na plataforma Lattes, o currículo de 104.569 doutores. Destes, 1.943 são da Enfermagem, entre eles, 52 pesquisadores, enfermeiros, bolsistas de produtividade CNPq 1A, 1B, 1C e 1D. Conforme os níveis de classificação por categoria, atualmente existem 10 pesquisadores 1A (19,2%); na categoria 1B temos 14 pesquisadores (26,9%); na categoria 1C são 20 pesquisadores (39,0%) e na categoria 1D são oito pesquisadores (15,0%).

Conhecer a produção destes pesquisadores do topo da cadeia produtiva da ciência e tecnologia em Enfermagem, permite reunir indicadores de crescimento e desenvolvimento da Enfermagem Brasileira enquanto ciência e tecnologia, possibilitando avaliar o impacto desta produção na prática profissional. Ao examinar a produção destes pesquisadores e seus grupos de pesquisa da área de enfermagem, publicadas em 2008, percebe-se que 75% deles atuam em instituições públicas de ensino superior, sendo que a maioria é do estado de São Paulo, com 34 pesquisadores atuantes na Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo, cinco do Rio de Janeiro, três de Santa Catarina e três do Rio Grande do Sul.

Este quadro evidencia a concentração dos pesquisadores e apontam para a necessidade de estratégias de inclusão e de incentivo para o financiamento à pesquisa para outras áreas ainda não desenvolvidas.

A análise da produção científica dos pesquisadores de enfermagem permite afirmar que, ainda que a enfermagem represente o maior quantitativo de recursos humanos atuantes na saúde pública brasileira, sua produção científica não corresponde a sua magnitude, sendo necessário aumentar sua visibilidade, comunicação e expressão científica, em âmbito nacional e internacional.

Nesta perspectiva, a Revista Brasileira de Enfermagem tem desenvolvido esforços no sentido de contribuir na divulgação da produção científica em enfermagem. Em 2009, o número de artigos por número foi ampliado, otimizando o processo de submissão que atualmente ocorre pelo meio eletrônico somente. Este novo método de submissão e análise de artigos registrou um total de 591 artigos recebidos no ano, sendo que temos em edição e/ou análise 353 artigos. Estes números nos deixam muito satisfeitos, mas também preocupados frente à necessidade de atender tal demanda, em prazos adequados às expectativas dos autores.

Ao finalizarmos o ano, agradecemos a todos os autores, avaliadores e colaboradores da Revista Brasileira de Enfermagem que têm contribuído para que se possa oferecer à Enfermagem Brasileira um periódico cada vez mais qualificado. Aproveitamos para reafirmar nosso compromisso de buscar a inovação para responder à confiança depositada em nosso periódico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Jan 2010
  • Data do Fascículo
    Dez 2009
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