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A prática dos enfermeiros em postos de saúde municipais no estado do paraná e sua relação com a formação profissional e a organização dos serviços

RESUMOS DE TESES

A prática dos enfermeiros em postos de saúde municipais no Estado do Paraná e sua relação com a formação profissional e a organização dos serviços

Lilia Bueno de Magalhães

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Endereço Endereço: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Departamento de Prática de Saúde Pública.

A Prática dos Enfermeiros em Postos de Saúde Municipais no Estado do Paraná e sua Relação com a Formação Profissional e a Organização dos Serviços. Lilia Bueno de Magalhães. Tese (Doutorado). Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1991.

A expansão do mercado para enfermeiras, em postos de saúde municipais, levou a uma pesquisa para caracterizara prática desses profissionais em postos de saúde de 22 municípios do Estado do Paraná, e sua relação com a formação profissional e organização dos serviços. São descritos a carga horária e conteúdo das disciplinas de enfermagem de saúde pública, das 7 escolas de enfermagem do Estado, e a existência nas secretarias ou departamentos, de programas, atribuições dos enfermeiros e auxiliares de saúde, manual de normas e procedimentos. Foram entrevistados 117 enfermeiros. A população estudada apresentava como características: ter menos de 5 anos de formada (65,8%), trabalhar no município há menos de 2 anos (58,9%) e com uma carga horária contratual em maior proporção de 40 horas semanais (47,9%), o número de enfermeiros com formação específica na área era baixo: habilitação em saúde pública 16,3% e especialização em saúde pública 28,0%. Tinham sob sua supervisão em média 2,1 postos de saúde e 8,4 auxiliares de saúde. A frequência maior entre as atividades administrativas foi a supervisão (76,0%); nas assistenciais o atendimento de enfermagem (83,7%) e nas educativas o treinamento de pessoal (50,4%). A atividade de pesquisa apresentou baixo percentual (4,2%). As reuniões em nível central foram as mais freqüentes entre as extra-posto de saúde. Os fatores facilitadores do desempenho foram o relacionamento inter-equipe, o apoio institucional e a autonomia e entre os dificultadores a planta física, insuficiência de recursos humanos e capacitação insuficiente. Não participavam da programação 23,1% e as atividades dom a comunidade foi referida por 56,4% dos entrevistados. Foi avaliado insuficiente o conteúdo teórico e prático da disciplina enfermagem de saúde pública e as sugestões foram para mudanças no conteúdo, carga horária, alocação e integração com outras disciplinas. Os egressos da escola de Enfermagem da Fundação Universidade de Cascavel (FECIVEL) foram os que apresentaram diferenças significativas entre as atividades desenvolvidas em relação às outras escolas. As atividades de supervisão e treinamento de pessoal apresentaram uma forte evidência de que a proporção dos enfermeiros, que desempenham estas atividades nos serviço organizados, é maior que nos serviços não organizados. As atividades com a comunidade e a participação na programação mostraram-se como variáveis independentes da organização.

  • Endereço:

    Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
    Departamento de Prática de Saúde Pública.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Fev 2015
    • Data do Fascículo
      Dez 1993
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