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O egresso do curso de enfermagem da unisinos e sua situação ocupacional

RESUMOS DE TESES

O egresso do curso de enfermagem da unisinos e sua situação ocupacional

Elisabeth Gomes da Rocha Thome

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

O Egresso do Curso de Enfermagem da Unisinos e sua Situação Ocupacional. Elisabeth Gomes da Rocha Thomé. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1991.

Com a finalidade de analisar a situação ocupacional do egresso do Curso de Enfermagem da UNISINOS e verificar á atuação da Universidade quanto à capacitação profissional de seus alunos e respectivo desempenho no mercado de trabalho, realizou-se um estudo descritivo, que consistiu na análise de 61 questionários obtidos de formandos, em sua maioria dos anos entre 1986 e 1989. Os dados coletados foram sobre características dos egressos, do curso e do mercado de trabalho. Buscou-se também a visão destes enfermeiros sobre o curso, sua profissão e sua situação no mercado de trabalho. Os resultados mostraram que a população de egressos é basicamente feminina (91,8%), solteira (57,4%), numa faixa etária entre 21 e 30 anos (57,4%), originária de famílias de nível cultural de primeiro grau (60,7% - pais; 52,5% - mães) e procedentes do interior 67,2%. A escolha para ingresso no curso foi por segunda opção (57,4%), mas 60,7% dos entrevistados fariam enfermagem novamente, apesar de considerarem a atividade desvalorizada, pouco reconhecida e de baixa remuneração. Quarenta por cento dos egressos trabalhavam em categorias inferiores da enfermagem anteriormente ao ingresso na Universidade. Setenta por cento dos respondentes desempenham atividades em hospitais, 8% em Saúde Pública e 17% em atividades de ensino. Dos que trabalham em hospitais, 52% são enfermeiros de unidades, 20% supervisores de enfermagem e 5% têm cargo de chefia. O trabalho é realizado predominantemente em instituições privadas - 44,3% - em estatais - 41% - e apenas 1,6%, como autônomo. Diversos motivos levam à escolha da atual ocupação e a forma de admissão é por concurso ou seleção (49%) e convite (44%). O início da atividade profissional se dá após a conclusão do curso, num regime de trabalho de seis (49%) ou oito (23%) horas diárias. O salário recebido por 48% dos egressos, e de 3 a 5 salários minimos vigentes na época , e por 25%, de 6 a 8.O salário ideal, por 36 horas de trabalho, na opinião dos profissionais seria de 5 a 10 salários minimos (37 ,7%) ou 10 a 15 salários minimos (26,2%). Sessenta e dois por cento dos egressos não possui atividade paralela a atual ocupação. O Curso de Enfermagem na UNISINOS é considerado, em seus conceitos extremos, bom por 43% dos respondentes e ruim por 16%. O curso prepara o egresso de uma forma positiva para o mercado de trabalho, mas a formação seria melhor, se houvesse um maior número de horas práticas, reformulação do curriculo, atualização de professores, e um maior interesse pela realidade social. Em relação aos cursos de pós-graduação, são pouco procurados, devido a pequena oferta como um dos motivos principais. Existe campo de trabalho para os enfermeiros, especialmente em hospitais, embora ofereçam baixos salários. A maior gratificação do profissional egresso da UNISINOS e o reconhecimento ao seu trabalho, segundo 61% dos respondentes. Na avaliação do Curso e Mercado de trabalho, constatou-se que o graduando de Enfermagem da UNISINOS tem acesso aos conhecimentos e habilidades, segundo as questões propostas, mas nem sempre da forma ideal, para o campo de trabalho. As dificuldades, muitas vezes, surgem quanto a aplicação do que aprendeu no curso. Alguns aspectos - liderança, relacionamento de equipe - realmente aprofundam-se no próprio exercício profissional.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Fev 2015
  • Data do Fascículo
    Dez 1993
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