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Resistências à colaboração interprofissional na formação em serviço na atenção primária à saúde* * Extraído da tese: “Práticas profissionais na residência multiprofissional em saúde: uma pesquisa sócio-clínica”, Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2019.

RESUMO

Objetivo:

fazer uma análise pelas resistências à colaboração interprofissional nas práticas profissionais de residentes na atenção primária à saúde.

Método:

Pesquisa qualitativa Sócio-clínica com 32 residentes de uma Residência Multiprofissional, realizada de 2017 a 2018. A produção de dados incluiu Análise Institucional das Práticas Profissionais, análise documental; diário do pesquisador; e observação. Os dados foram analisados a partir de conceitos da Análise Institucional.

Resultados:

Revelaram-se contradições entre a reprodução da educação uniprofissional com foco na especialidade e práticas colaborativas interprofissionais. A análise resistencial apontou dois eixos: não-saber como analisador de resistências à colaboração; interferências interprofissionais e relações de saber-poder. As práticas dos residentes foram caracterizadas pela resistência à colaboração interprofissional.

Conclusão:

A análise resistencial na Residência Multiprofissional evidenciou movimentos integrativos de assimilação e disputas com o poder médico-centrado, com prejuízos ao compartilhamento do cuidado e à comunicação interprofissional. A análise coletiva questionou a formação de profissionais de saúde, revisitando a perspectiva do cuidado integral orientado pelas necessidades dos usuários.

DESCRITORES
Educação Interprofissional; Internato não médico; Educação Profissional em Saúde Pública; Prática Institucional; Atenção Primária à Saúde; Pesquisa Qualitativa

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