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Relação indicadores de desenvolvimento social e mortalidade por diabetes mellitus no Brasil: análise espacial e temporal* * Artigo extraído da tese de doutorado “Mortalidade por diabetes mellitus e efeito da doença na gravidade e óbito por covid-19: subsídios ao monitoramento epidemiológico”, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

Objetivo:

identificar o padrão espacial e temporal da mortalidade por diabetes mellitus, no Brasil, e sua relação com indicadores de desenvolvimento social.

Método:

estudo ecológico e de séries temporais, de abrangência nacional, com base em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, com análise espacial e temporal e inserção de indicadores em modelos de regressão não espacial e espacial. Realizaram-se: cálculo da taxa de mortalidade geral; caracterização do perfil sociodemográfico e regional dos óbitos mediante análise descritiva e temporal; e construção de mapas temáticos.

Resultados:

foram registrados 601.521 óbitos relacionados ao diabetes mellitus no Brasil, representando mortalidade média de 29,5/100.000 habitantes. Os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram aglomerados alto-alto. Por meio do uso de modelos de regressão, verificou-se que o índice Gini (β=11,7) e a cobertura da Estratégia de Saúde da Família (β=3,9) foram os indicadores que mais influenciaram a mortalidade por diabetes mellitus no Brasil.

Conclusão:

a mortalidade por diabetes, no Brasil, exibe tendência geral ascendente, revelando-se fortemente associada a locais com piores indicadores sociais.

Descritores:
Diabetes Mellitus; Mortalidade; Indicadores Sociais; Estudos Ecológicos; Análise Espacial; Estudos de Séries Temporais


Destaques:

(1) O padrão-espaço temporal de mortalidade por diabetes possui tendência ascendente;

(2) As regiões Nordeste e Sul apresentam elevadas taxas de mortalidade por diabetes;

(3) A mortalidade por diabetes está associada a piores indicadores sociodemográficos;

(4) Visualiza-se a relação entre a renda, acesso a saúde e mortalidade por diabetes.

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