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Cursos de mestrado acadêmico na área de enfermagem: análise da carga horária

Resumos

OBJETIVO: identificar, entre os cursos de Mestrado Acadêmico dos programas de pós-graduação em enfermagem brasileiros, analisados por ocasião da avaliação trienal (2007-2009) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a carga horária informada pelos programas para a formação de mestre. MÉTODO: trata-se de estudo descritivo, quantitativo, documental, com dados coletados em julho de 2010, mediante consulta aos relatórios da citada Coordenação, no quesito "Propostas dos Programas", dos Cadernos de Indicadores, disponíveis na web. RESULTADOS: foram encontradas discrepâncias entre as cargas horárias dos 32 cursos de Mestrado Acadêmico das diversas regiões do Brasil, sendo que a menor carga horária foi de 315 horas e a maior de 1.530 horas. CONCLUSÕES: há necessidade de maior discussão acerca da carga horária necessária à formação das competências e habilidades para o perfil desejado do egresso. O estudo propicia avanços no conhecimento da enfermagem, pois não foram identificadas investigações pregressas que tratem de tal tema. Espera-se que os cursos de Mestrado Acadêmico de enfermagem percebam-se nesse processo e revejam suas decisões pedagógicas, à luz dos novos modelos de formação/capacitação dos profissionais de enfermagem, centrados na ciência, tecnologia e inovação na área.

Enfermagem; Educação Superior; Educação de Pós-Graduação; Educação em Enfermagem


OBJECTIVE: to identify, among the Academic Master's courses, run by Brazilian post-graduate nursing programs, analyzed in the three-yearly evaluation (2007-2009) of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), the course load stated by the programs for training Master's degree students. METHOD: a descriptive, quantitative, documental study, with data collected in July 2010, through consulting the above-mentioned Coordination's reports in the item "Programs' Proposals", in the Table of Indicators, available on the Internet. RESULTS: discrepancies were found between the course loads of the 32 Academic Master's courses in the different regions of Brazil, with the smallest having a course load of 315 hours and the largest, 1530 hours. CONCLUSIONS: greater discussion is needed about the course load necessary for training the competencies and skills for the profile desired for the students on graduating from the course. The study provides advances in nursing knowledge, as previous investigations on the same issue were not identified. It is hoped that Academic Master's courses in nursing may see themselves in this process and may review their pedagogical decisions in the light of the new models of training/qualification of nursing professionals, centered in science, technology and innovation in the area.

Nursing; Education, Higher; Education, Graduate; Education, Nursing


OBJETIVO: identificar, entre los cursos de Maestría Académico de los programas de posgrado brasileños en enfermería, analizados por ocasión de la evaluación trienal (2007-2009) de la Coordinación de Perfeccionamiento de Personal de Nivel Superior, la carga horaria informada por los programas para la formación del maestro. MÉTODO: estudio descriptivo, cuantitativo, documental, con datos colectados en julio de 2010, mediante consulta a los informes de la citada Coordinación, en el ítem "Propuestas de los Programas", de los Cuadernos de Indicadores, disponibles en la Web. RESULTADOS: fueron encontradas discrepancias entre las cargas horarias de los 32 cursos de Maestría Académico de las diversas regiones de Brasil, siendo que la menor carga horaria fue de 315 horas y la mayor de 1530 horas. CONCLUSIONES: hay necesidad de mayor discusión acerca de la carga horaria necesaria a la formación de las capacidades y habilidades para el perfil deseado del egreso. El estudio propicia avances en el conocimiento de la enfermería pues no fueron identificadas averiguaciones anteriores que traten de tal tema. Se espera que los cursos de Maestría Académica de enfermería se perciban en ese proceso y revean sus decisiones pedagógicas a la luz de los nuevos modelos de formación/capacitación de los profesionales de enfermería, centrados en la ciencia, tecnología e innovación en el área.

Enfermería; Educación Superior; Educación de Postgrado; Educación en Enfermería


ARTIGO ORIGINAL

Cursos de mestrado acadêmico na área de enfermagem: análise da carga horária

Maria Lúcia do Carmo Cruz RobazziI; Alacoque Lorenzini ErdmannII; Josicélia Dumêt FernandesIII; Rosalina Aparecida Partezani RodriguesI; Valéria Lerch LunardiIV

IPhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Brasil

IIPhD, Professor Titular, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil

IIIPhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem, Universidade Federal da Bahia, Brasil

IVPhD, Professor Associado, Universidade Federal do Rio Grande, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Departamento de Enfermagem Geral e Especializada Av. dos Bandeirantes, 3900 Bairro: Monte Alegre CEP: 14040-902, Ribeirão Preto, SP, Brasil E-mail: avrmlccr@eerp.usp.br

RESUMO

OBJETIVO: identificar, entre os cursos de Mestrado Acadêmico dos programas de pós-graduação em enfermagem brasileiros, analisados por ocasião da avaliação trienal (2007-2009) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a carga horária informada pelos programas para a formação de mestre.

MÉTODO: trata-se de estudo descritivo, quantitativo, documental, com dados coletados em julho de 2010, mediante consulta aos relatórios da citada Coordenação, no quesito "Propostas dos Programas", dos Cadernos de Indicadores, disponíveis na web.

RESULTADOS: foram encontradas discrepâncias entre as cargas horárias dos 32 cursos de Mestrado Acadêmico das diversas regiões do Brasil, sendo que a menor carga horária foi de 315 horas e a maior de 1.530 horas.

CONCLUSÕES: há necessidade de maior discussão acerca da carga horária necessária à formação das competências e habilidades para o perfil desejado do egresso. O estudo propicia avanços no conhecimento da enfermagem, pois não foram identificadas investigações pregressas que tratem de tal tema. Espera-se que os cursos de Mestrado Acadêmico de enfermagem percebam-se nesse processo e revejam suas decisões pedagógicas, à luz dos novos modelos de formação/capacitação dos profissionais de enfermagem, centrados na ciência, tecnologia e inovação na área.

Descritores: Enfermagem; Educação Superior; Educação de Pós-Graduação; Educação em Enfermagem.

Introdução

A pós-graduação stricto sensu é um sistema de aprimoramento científico em seguimento à graduação, que visa desenvolver e aprofundar a formação adquirida no âmbito da graduação, conduzindo à obtenção do grau acadêmico(1). É a última etapa da educação formal; seus alunos procedem dos níveis de ensino anteriores(2); é direcionada para a formação acadêmica de um profissional que se dedica a uma determinada área do conhecimento, concedendo-lhe o título de mestre ou doutor, assegurando-lhe atuação profissional diferenciada.

Objetiva, ainda, formar recursos humanos de alto nível para uma prática transformadora na área do ensino e da pesquisa, que devem apresentar sólida formação geral. Proporciona o aprofundamento do saber que permite o alcance de elevado padrão de competência científica ou técnico-profissional, impossível de ser alcançado no âmbito da graduação; oferece, na universidade, o ambiente e os recursos adequados para que se realize a investigação científica e afirme-se a gratuidade criadora das mais altas formas da cultura universitária(3).

No Brasil, a pós-graduação foi instituída em 1961, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e aprovada em 1965, pelo Conselho Federal de Educação, por meio do Parecer 977/65 (Parecer Sucupira)(1). Em 1968, com a Lei 5.540 (da Reforma do Ensino Superior), foi institucionalizada em dois níveis (Mestrado e Doutorado) e. a partir daí, iniciou-se o crescimento das matrículas no ensino superior, a expansão dos institutos e departamentos, a necessidade de docentes mais qualificados e o aumento da demanda para a pós-graduação, atingindo padrão qualitativo importante, distinto de outras nações emergentes(4-6). De 1976 a 2009, houve aumento de 370,3% no número dos cursos de mestrado e 685,6% nos de doutorado; de 2004 a 2009, o crescimento foi de 35,9% em relação aos cursos de mestrado e de 34,4% aos de doutorado. Suas taxas de crescimento anuais mantêm-se elevadas, o que demonstra potencial de crescimento ainda ativo(2).

Na enfermagem brasileira, a pós-graduação stricto sensu iniciou-se em 1972, com a criação do curso de Mestrado, no Rio de Janeiro. Ainda nessa década, foram implantados mais sete cursos desse nível: em 1981 iniciou-se o primeiro curso de Doutorado em São Paulo. A partir de então, a pós-graduação em enfermagem foi se expandindo em número de programas e cursos(4-5).

Em outras nações da América, esse nível de ensino é anterior ao brasileiro. No Canadá, o reconhecimento da importância dos enfermeiros e da enfermagem, durante a Segunda Guerra Mundial, bem como a expansão da educação superior no período pós-guerra, foram fatores decisivos para o início dos primeiros cursos de mestrado; um programa foi criado em 1959 na University of Western Ontario e na McGill University, dois anos após(7). Nos Estados Unidos, o primeiro programa de doutorado em enfermagem foi da Case Western Reserve University, em 1979(8). Em ambos os países, os dois níveis de cursos de pós-graduação em enfermagem iniciaram-se antes do que no Brasil.

A expansão de cursos e programas de pós-graduação brasileiros vem exigindo novos saberes e a necessidade de maior conhecimento técnico-científico, com embasamento ético, social, político e cultural, como requisitos e atributos de qualificação profissional(9).

A avaliação da pós-graduação é um processo contínuo, fundamental na garantia da qualidade da formação/capacitação dos alunos. Essa avaliação vem sendo desenvolvida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desde a recomendação de funcionamento do curso, por meio de acompanhamento anual e da avaliação trienal do seu desempenho. Esse processo está fundamentado em princípios, diretrizes e normas, cujos procedimentos são realizados por consultores de diferentes instituições nacionais(5). Na área da enfermagem, a avaliação ocupa posição de importância, estimulando os programas ao alcance de metas para o incremento da construção de conhecimentos relevantes e inovadores, de utilidade para a sociedade.

Na avaliação de 2010, referente aos anos 2007-2009, existiam 41 programas de pós-graduação em enfermagem (PPGEnf) stricto sensu. Desses, 92,68% eram de cursos de Mestrado Acadêmico (MA) e/ou Doutorado (DO) e apenas três (7,31%) de Mestrado Profissional (MP)(10). Em junho de 2011, a enfermagem contava com 53 PPGEnfs, contabilizando 76 cursos: 42 MA, 24 DO e 10 MP, com conceitos de três a seis(11). Nesse processo de avaliação, identificou-se considerável diversidade de carga horária entre os vários cursos de MA em enfermagem. Dentre os critérios estabelecidos pela Capes sobre os cursos e programas de pós-graduação, não foi identificada recomendação acerca da carga horária ideal, necessária aos cursos; constam, no entanto, alguns indicativos referentes à sua duração.

Sabe-se que a carga horária é fundamental para a formação do mestre, tanto em disciplinas quanto no desenvolvimento da dissertação; o mestrando deve buscar a sua formação sólida, tanto no âmbito do ensino como da pesquisa.

Buscou-se, assim, a realização da presente investigação com o objetivo de analisar a carga horária dos cursos de MA por ocasião da avaliação de 2007-2009, identificando aquela estabelecida para a realização de disciplinas, para a elaboração da dissertação e para outras finalidades.

Reveste-se de importância analisar a questão da carga horária dos cursos de pós-graduação, ainda que os mesmos diferenciem-se, também, em relação à qualificação de seu corpo docente, infraestrutura de pesquisa, laboratórios, entre outros. Tal análise poderá embasar as futuras discussões, não só para dirimir dissonâncias detectadas, materializadas pela diversidade apresentada, mas, também, para suprir lacunas existentes na literatura sobre o tema em pauta.

Acredita-se que o presente estudo pode oferecer subsídios aos PPGEnfs, em seu compromisso com a qualidade do processo de formação de seus alunos. A escassez de publicações desperta para a importância da contextualização da problemática, centrada no vazio de conhecimentos sobre tal objeto de estudo, e em suas implicações na prática da formação dos mestres em enfermagem. O avanço na produção de conhecimentos em enfermagem depende do investimento na aprendizagem dos pós-graduandos que, seguramente, estão implicados na carga horária ou na determinação do tempo gasto para o exercício do aprender nos programas de pós-graduação.

Método

Trata-se de estudo descritivo exploratório, quantitativo, documental, com a coleta de dados realizada em julho de 2010. Os documentos consultados foram os Cadernos de Indicadores dos PPGEnfs, relativos ao MA, disponíveis no quesito Avaliação, na página da web da Capes. Nesses Cadernos, foi efetuada consulta às Propostas dos Programas (PP), preenchidas pelos seus coordenadores, com as informações relacionadas à carga horária dos cursos de enfermagem, nível MA.

Considerando-se que a carga horária de um curso de Mestrado apresenta estabilidade de um ano para outro, selecionou-se a referente a 2009, último ano da avaliação trienal, tendo sido identificados 32 cursos. Os cursos de Doutorado e/ou Mestrado Profissional não foram investigados, podendo ser considerados objeto de estudos posteriores. Foram consultados, também, os regimentos/regulamentos de cada um dos programas/universidades, obtidos em seus endereços eletrônicos, buscando-se as normatizações a respeito de cada um.

Nos Cadernos de Indicadores, foram obtidos os dados de carga horária e número de créditos dos 32 cursos de MA, tanto no total como em disciplinas e outros. As informações foram copiadas da web, em instrumento de coleta de dados impresso, com espaços para o preenchimento das seguintes informações: nome da área de avaliação, código e nome do programa, instituição à qual pertence, nível do curso (MA), requisitos para a titulação (contendo o número de créditos exigidos para disciplinas, dissertações e outros), equivalência do crédito em horas e carga horária exigida (soma das horas em disciplinas e outros). Computou-se a carga horária destinada às disciplinas propostas pelos cursos, aquela destinada à elaboração da dissertação e a registrada no item denominado outros. A carga horária total foi determinada pela soma desses três elementos. Na maioria dos cursos, a cada crédito são computadas 15 horas.

Após copiadas, essas informações foram digitadas em planilha do programa Excell e foram reconferidas com o instrumento impresso, mais de uma vez, por todos os autores, separadamente, objetivando-se a não ocorrência de erros. Na sequência, os 32 cursos de MA foram codificados por números sequencias (1, 2, 3...), para se evitar possíveis constrangimentos; a análise foi feita, sendo os dados comparados com a literatura existente sobre o assunto.

Por se tratar de informações de domínio público, que não identificam os participantes da pesquisa, sem envolvimento de seres humanos, não houve necessidade de aprovação por parte de Comitê de Ética em Pesquisa, conforme preconizam as normatizações nacionais(12).

Resultados

Dos 32 cursos de MA analisados, 59,37% vinculam-se a universidades federais, 6,25% a fundações, 31,25% a universidades estaduais e 3,12% a universidade particular. Os vinculados às fundações estão localizados na Região Nordeste, que também apresenta 50% de seus cursos de MA oriundos de universidades federais; a totalidade dos cursos do Centro-Oeste é de universidades federais; na Região Sul apenas um vincula-se a uma universidade estadual; no Sudeste 46,66% são de universidades estaduais e é a região onde está localizado o da universidade particular.

Analisando a carga horária constituída pela distribuição de horas em disciplinas, em dissertação e em outros, constatou-se que nem todos apresentam horas computadas para a elaboração das dissertações.

Os cursos encontram-se apresentados a seguir, com a carga horária total em forma crescente.

Na Região Nordeste, a média da carga horária, considerando-se todos os cursos, foi de 402,875; mediana de 444 e desvio-padrão 204,5283. Em seis dos cursos analisados (75%), cada crédito correspondia a 15 horas; em um (12,5%) a 16 e em outro (12,5%) a 17 horas. Três (37,5%) não computavam, na carga horária total, as horas dispendidas para a elaboração das dissertações, que variou de zero ao máximo de 450 horas; quanto às disciplinas, a carga horária variou de 270 a 510 horas. Na Região Sul, constatou-se, em relação à carga horária total, a média 570; mediana de 465 e desvio-padrão de 250,5494. Quanto ao número de créditos, 85,71% dos cursos computavam para cada crédito 15 horas. Na carga horária destinada para as dissertações, também foi constatada a variação de zero (um curso) até o máximo de 510 horas; quanto às disciplinas, variaram de 270 até 600 horas. No Centro-Oeste, obteve-se a média e mediana de 877,5 horas e desvio-padrão 159,099; a Região Sudeste é a que mais apresentava cursos de MA, obtendo-se a média de 1.067 horas; mediana de 1.440 e desvio-padrão 462,2569. Apenas dois dos cursos, considerando-se os 32 avaliados, computaram 75 horas no item outros.

Nas regiões estudadas, a média de carga horária média foi de 729,34 horas e 806,1 horas da mediana. Apenas o Sudeste apresenta a média e mediana acima dessas médias. Por outro lado é, também, onde existe um curso de MA com a menor carga horária dentre todas as regiões do país.

Discussão

Os resultados apontam diversidades entre as cargas horárias dos 32 cursos de MA nas diversas regiões nacionais. No Sudeste, local onde se concentra a maioria dos cursos e que apresenta as maiores médias, eles se encontram centrados em universidades estaduais, principalmente do Estado de São Paulo. Isso, contudo, não significa que a carga horária para a integralização do mestrado deva ser igualada em todas as regiões, pois um curso pode ser mais extenso e outro mais intenso e compacto, atentando-se às diferenças econômicas, sociais e culturais das várias regiões do país, que, se projetando sobre o trabalho educativo, condicionam o funcionamento dos PGEnfs e o próprio comportamento dos alunos, individualmente considerados.

O tempo para estudo deveria ser considerado e compor a carga horária dos cursos. Investigação realizada na Universidade de Brasília, com dados coletados em 2011, com alunos de graduação e de pós-graduação, identificou que eles estudam mais horas semanais, tanto em material impresso, quanto em disponíveis na internet, do que os de graduação e apresentaram preferência por estudarem sozinhos e entre seis da tarde e meia-noite(13).

Ao se comparar os resultados obtidos no presente estudo com a literatura, não se evidenciaram estudos nacionais e são poucos os internacionais relacionados ao tema. A maior parte das informações refere-se aos anos ou semestres de duração dos cursos, não se obtendo dados sobre a carga horária ideal de um MA.

Nos Estados Unidos, o programa de mestrado em enfermagem exige, minimamente, um ano de estudo em tempo integral e visa preparar os formandos para alcançarem posições destacadas na prática clínica, ensino, pesquisa, administração e consultoria. Os graus obtidos são Mestre em Enfermagem e Mestre em Ciência de Enfermagem(14); no Canadá tais programas exigem uma tese ou a elaboração de um grande projeto ou estágio. Programas ainda podem incluir cursos obrigatórios e eletivos para preparar os formandos a assumirem posições em ensino avançado de enfermagem, prática, administração, desenvolvimento de políticas e/ou fornecer base para o doutorado(15).

Na Suiça, na Bern University of Applied Sciences, o programa de mestrado constitui-se em um esforço conjunto entre as Bern University, St. Gallen e Zurique de Ciências Aplicadas. Trata-se de um curso de três semestres, totalizando 90 créditos, direcionado para estudantes em período integral ou de seis semestres, aproximadamente, para os que fazem opção pelo tempo parcial. É dividido em diferentes módulos e, para a sua finalização, exige-se a apresentação de um estudo que amalgama conhecimentos, habilidades e competências adquiridas durante o programa), que corresponde a 20 créditos(16). Como o sistema de acreditação usado atualmente em toda a Europa é o European Credit Transfer System (ECTS) e que um crédito ECTS equivale a 30 horas de estudo, esse programa de Mestrado, em especial, apresenta 2.700h. Na Inglaterra, o Midwifery Studies da University of Southampton, apresenta a duração de dois anos em período integral; o de Nursing Studies tem a duração de um ano em tempo integral, ou até dois anos em tempo parcial(17).

Na Ásia, no East Asia Institute of Management, em Singapura, o Master in Nursing Education tem a duração de dois anos em período parcial e é oferecido pela Queen Margaret University(18).

No Brasil, não foram encontradas, em documentos da Capes e/ou de outros órgãos fomentadores de pós-graduação, determinações a respeito de carga horária dessa modalidade de curso. Em geral, também, os programas nacionais exigem dedicação integral do aluno ao curso, mas em nenhum programa de MA nacional encontrou-se uma carga horária, tal como a suiça.

A Resolução nº5, de 10/3/83, fixa normas de funcionamento e credenciamento dos cursos de pós-graduação stricto sensu; o artigo 10, inciso 4, explicita que os regimentos desses cursos definirão a duração máxima de permanência do estudante; o inciso 5 aponta que será de um ano a duração mínima do mestrado e de dois anos a do doutorado, sem, entretanto, especificar a carga horária(19). Para a modalidade lato sensu existe normatização mais específica: a Resolução CNE/CES nº1, de 3/4/2001, estabelece normas para o seu funcionamento e em seu 10º artigo explicita que a pós-graduação lato sensu deve ter duração mínima de 360 horas(20).

Na estrutura do Sistema Nacional de Pós-Graduação, um conjunto mínimo de normas definiu que os cursos de mestrado e doutorado deveriam ter a duração mínima de um e dois anos, respectivamente, e que, além do preparo da dissertação ou tese, o candidato deveria cursar matérias relativas à sua área de concentração e áreas afins, consideradas de domínio conexo(21). Como esse conjunto normatizador foi sucinto, na ausência de regulamentações nacionais, algumas universidades, no exercício de sua autonomia, estabeleceram, em seus regimentos internos, a carga horária dos seus MA, o que explica as diferenças constatadas neste estudo.

Na enfermagem, o propósito do mestrado é preparar um profissional para a utilização de novos conhecimentos para prestar cuidados de saúde de alta qualidade e melhorar a prática profissional(22). A pós-graduação stricto sensu nessa área tem como missão criar e disseminar o conhecimento na ciência da enfermagem, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, mantendo um ambiente de respeito à diversidade propícia à convivência e ao livre debate das ideias, contribuindo para o desenvolvimento da atenção à saúde da população; formar profissionais capazes de constante aprendizado, preparados para atuar com base nos princípios éticos e com vistas ao exercício pleno da cidadania e consolidação do Sistema Único de Saúde(5).

O alcance dessa missão implica em considerar como indissociáveis três aspectos relevantes: duração do curso, sua carga horária e integralização. Implica, destarte, em considerar a carga horária compatível com uma formação sólida, contextualizada e eticamente embasada, como elemento constitutivo de um perfil de egressos qualificados para o título de mestre e doutor.

Já que o diploma atesta o conhecimento recebido, ele deve pressupor determinadas horas de trabalho acadêmico, refletidas na acumulação de conhecimentos e maturidade intelectual, mensuráveis frente aos requisitos considerados como necessários. O presente estudo evidenciou, entretanto, que alguns dos cursos analisados estão apresentando carga horária inferior às exigidas na modalidade lato sensu; outros não computam créditos para a elaboração da dissertação, que é uma finalização do MA, e demanda tempo para estudo e aprofundamento da temática da pesquisa a ser desenvolvida.

A produção do conhecimento na área da enfermagem apresenta numerosas pesquisas que contemplam a fase da descrição dos problemas, porém, torna-se urgente a busca por proposições para a intervenção nos problemas detectados, bem como novas abordagens e métodos para estudar novos e antigos problemas(23). Para que isso aconteça, há que melhor se equacionar a carga horária dos programas de pós-graduação, permitindo distribuição de horas para estudos e debates mais apropriada, oferecendo tempo para que aconteça melhor embasamento das pesquisas produzidas.

Além da carga horária dissonante entre programas, a pós-graduação em enfermagem nacional apresenta problemas outros que devem ser trabalhados, tais como: aprofundar melhor a formação adquirida pelos alunos no âmbito da graduação, identificar em que setores do mercado de trabalho foram absorvidos seus egressos; incrementar a sua internacionalização para ressoar em sua visibilidade externa; buscar parâmetros de excelência já alcançados em países mais desenvolvidos; aumentar a capacidade de captação de recursos para realizar projetos de apoio, desenvolvimento e fortalecimento das linhas de pesquisa; qualificar melhor seu corpo docente, entre outros. Trabalho árduo, esforço coletivo, solidariedade dos programas mais fortes com aqueles em desenvolvimento, mais recursos e maior esforço por universidades são necessários para enfrentar os desafios e minimizar tais problemas(24).

Conclusões

Constatou-se diversidade de cargas horárias dos 32 cursos de MA avaliados pela área de enfermagem da Capes, nas distintas regiões do Brasil, com médias maiores nos cursos das universidades estaduais da Região Sudeste, principalmente do Estado de São Paulo.

Considerando-se as regiões estudadas, a menor carga horária foi de 315 horas e a maior de 1.530 horas, o que evidencia expressiva diversidade na formação de profissionais para uma mesma titulação, com a maior diferença encontrada no Sudeste.

Torna-se preocupante a formação de um mestre em enfermagem com cargas horárias tão díspares. Necessariamente não significa que quanto maior for a carga horária, maior qualificação terá o mestrando. No entanto, reitera-se a importância de formação sólida, contextualizada, eticamente embasada e politicamente comprometida, como elemento constitutivo de um perfil profissional capaz de compreender e contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador para a área da enfermagem.

Os dados apresentados sinalizam a necessidade de discussão e busca de maior uniformidade perante as possibilidades de validação de disciplinas cursadas em outros cursos com mobilidade de alunos em distintos programas. De outro modo, a riqueza dessas informações pode sustentar a compreensão das atividades e tempo investido na internalização de conhecimentos versus abstração e profundidade de conteúdos, segundo o nível de formação. O domínio pelos alunos de conhecimentos avançados possivelmente demanda carga horária diferenciada entre os mesmos, todavia, o volume desses conteúdos pode, a partir dos resultados obtidos, ser objeto de novas pesquisas, segundo o potencial de maturidade e práticas de leitura, interpretação e discussão exercitada pelos pós-graduandos, conforme as modalidades de ensino dos programas, indicando questões e posições, além da definição de carga horária e duração dos cursos, por mais que tais aspectos mereçam profunda análise de conjunturas e contextos.

Nesse sentido e após investigações ulteriores, acredita-se ser importante haver recomendação da área de enfermagem da Capes, para que a carga horária dos cursos de MA seja menos desigual, mas que atenda a formação do mestrando com competência e perfil de qualificação adequado para a promoção da autonomia, do desenvolvimento da criticidade e da sua capacidade reflexiva, respeitando-se, contudo, a autonomia das instituições.

O estudo propicia avanços no conhecimento da enfermagem, já que não foram identificadas investigações pregressas que tratem de tal tema. Espera-se que os dados apresentados estimulem os responsáveis pelos cursos a se perceberem nesse processo e a reverem suas decisões pedagógicas à luz dos novos modelos de formação/capacitação dos profissionais de enfermagem, centrados na ciência, tecnologia e inovação na área, evidenciando compromisso ético, político e técnico com a melhor qualidade de vida e saúde da sociedade e destaque científico do país.

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Recebido: 2.4.2012

Aceito: 10.10.2012

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  • Endereço para correspondência:

    Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi
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    Departamento de Enfermagem Geral e Especializada
    Av. dos Bandeirantes, 3900
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      17 Dez 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2012

    Histórico

    • Recebido
      02 Abr 2012
    • Aceito
      10 Out 2012
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