CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE FLUXOGRAMA DECISÓRIO PARA PUNÇÃO INTRAVENOSA PERIFÉRICA DIFÍCIL DE CRIANÇAS

Floriano, Claudia Maria de Freitas; Avelar, Ariane Ferreira Machado; Peterlini, Maria Angélica Sorgini

doi:10.1590/1980-265X-TCE-2023-0040pt

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Artigo Original • Texto contexto - enferm. 32 • 2023 • https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2023-0040pt copiar

CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DE FLUXOGRAMA DECISÓRIO PARA PUNÇÃO INTRAVENOSA PERIFÉRICA DIFÍCIL DE CRIANÇAS

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

Objetivos:

construir e verificar a aplicabilidade clínica de um fluxograma para avaliação de crianças e adolescentes que serão submetidos à cateterização intravenosa periférica, segundo fatores de risco para insucesso do procedimento.

Método:

estudo metodológico e observacional, que seguiu diretrizes e etapas do instrumento AGREEII para a construção do fluxograma decisório para punção intravenosa periférica difícil. Depois, verificou-se a aplicabilidade clínica com crianças e adolescentes, após aprovação do mérito ético, sendo o desfecho principal o índice de sucesso na primeira tentativa de punção. Verificou-se, por análise estatística, a associação do desfecho com os fatores de risco levantados. A coleta dos dados foi realizada entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de 2019.

Resultado:

na primeira etapa do estudo realizou-se revisão de literatura para levantamento dos fatores de risco para a difícil punção sendo encontrados prematuridade, menos de três anos, pele mais pigmentada, obesidade, doenças crônicas, desidratação, vasos difíceis de serem visualizados e/ou palpados, história de múltiplas punções e complicações da terapia intravenosa. Após aplicação do fluxograma, verificou-se que 96,3% das crianças e adolescentes avaliados tinham risco para serem puncionados mais de uma vez, e que 43,9% foram submetidos a mais de um procedimento para o sucesso. Os que não obtiveram sucesso na primeira tentativa tinham menos de três anos, possuíam doença crônica, difícil visualização e palpação dos vasos e histórico de múltiplas punções.

Conclusão:

a construção do fluxograma foi fundamentada nos fatores de risco para a difícil punção identificados na literatura. A aplicabilidade clínica mostrou que pode ser instrumento útil para identificar crianças e adolescentes com risco para insucesso da punção.

DESCRITORES:
Enfermagem pediátrica; Cateterismo periférico; Infusões intravenosas; Fatores de risco; Avaliação de risco

Autor/Ano/Tipo de estudo/Amostra	Intervenção/Comparação	Resultados	Evidência
Hartman et al., 20181. Hartman JH, Baker J, Bena JF, Morrison SL, Albert NM. Pediatric vascular access peripheral IV algorithm success rate. J Pediatr Nurs [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];39:1-6. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pedn.2017.12.002 https://doi.org/10.1016/j.pedn.2017.12.0... .11. Hartman JH, Baker J, Bena JF, Morrison SL, Albert NM. Pediatric vascular access peripheral IV algorithm success rate. J Pediatr Nurs [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];39:1-6. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pedn.2017.12.002 https://doi.org/10.1016/j.pedn.2017.12.0... Estudo: Antes e depois. Amostra: 419 crianças pré-intervenção, 302 crianças pós-intervenção.	Verificar índice de sucesso da punção antes e depois do uso de um algoritmo multicomponente.	A cada ano acrescido à idade, maior o índice de sucesso na primeira tentativa.	2b.
*Gerceker et al., 2018*2. Gerceker GO, Ayar D, Ozdemir EZ, Bektas M. The impact of the difficult vascular access, fear, and anxiety level in children on the success of first-time phlebotomy. J Vasc Access [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];19(6):620-5. Available from: https://doi.org/10.1177/1129729818765598 https://doi.org/10.1177/1129729818765598... .22. Gerceker GO, Ayar D, Ozdemir EZ, Bektas M. The impact of the difficult vascular access, fear, and anxiety level in children on the success of first-time phlebotomy. J Vasc Access [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];19(6):620-5. Available from: https://doi.org/10.1177/1129729818765598 https://doi.org/10.1177/1129729818765598... Estudo: Observacional. Amostra: 155 crianças: 4 a 10 anos.	Verificar índice de sucesso na primeira tentativa e a relação com o grau de ansiedade da criança e história pregressa de difícil punção.	Houve correlação entre o sucesso na primeira tentativa e idade e história pregressa de difícil punção.	2c.
*Choden et al., 2018*3. Choden J, Carr PJ, Brock AR, Esterman A. Nurse performed peripheral intravenous catheter first time insertion success in pediatric patients in Bhutan: An observational study. J Vasc Access [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];20(2):184-9. Available from: http://doi.org/10.1177/1129729818792826 http://doi.org/10.1177/1129729818792826... .33. Choden J, Carr PJ, Brock AR, Esterman A. Nurse performed peripheral intravenous catheter first time insertion success in pediatric patients in Bhutan: An observational study. J Vasc Access [Internet]. 2018 [cited 2022 Oct 24];20(2):184-9. Available from: http://doi.org/10.1177/1129729818792826 http://doi.org/10.1177/1129729818792826... Estudo: Observacional. Amostra: 200 crianças: 0 a 12 anos.	Verificar o índice de sucesso na primeira tentativa e os potenciais fatores que poderiam influenciar o sucesso.	O sucesso na primeira tentativa de punção foi influenciado pela idade, pele mais pigmentada e os vasos não serem visíveis.	2c.
Demir et al., 2017.1515. Demir D, Inal S. Does the use of a vein visualization device for peripheral venous catheter placement increase success rate in pediatric patients? Pediatr Emerg Care [Internet]. 2017 [cited 2022 Nov 10];35(7):474-9. Available from: http://doi.org/10.1097/PEC.0000000000001007 http://doi.org/10.1097/PEC.0000000000001... Estudo: Randômico controlado. Amostra: 129 crianças: 72 no grupo experimento e 57 no grupo controle.	Avaliar grau de dificuldade para visualizar e palpar os vasos, a presença de dano venoso.	Crianças que tinham os vasos difíceis de serem visualizados, palpados e presença de alguma lesão no local da punção foram beneficiadas com o uso de equipamentos com infravermelho.	1b.
Parker et al., 2016.55. Parker SIA, Benzies KM, Hayden KA. A systematic review: effectiveness of pediatric peripheral intravenous catheterization strategies. J Adv Nurs [Internet]. 2017 [cited 2022 Oct 24];73(7):1570-82. Available from: https://doi.org/10.1111/jan.13211 https://doi.org/10.1111/jan.13211... Estudo: Revisão sistemática. Amostra: 15 estudos foram inclusos na revisão final.	Identificar intervenções associadas ao sucesso na primeira tentativa de punção em crianças hospitalizadas.	Crianças com vasos de difícil visualização ou não palpáveis foram beneficiadas com o uso do ultrassom e da transiluminação para visualização da rede venosa.	1b.
*Guillon et al., 2015*16. Guillon P, Makhloufi M, Baillie S, Roucoulet C, Dolimier E, Masquelier AM. Prospective evaluation of venous access difficulty and a near-infrared vein visualizer at four French haemophilia treatment centers. Haemophilia [Internet]. 2015 [cited 2022 Nov 10];21(1):21-6. Available from: https://doi.org/10.1111/hae.12513 https://doi.org/10.1111/hae.12513 ... .1616. Guillon P, Makhloufi M, Baillie S, Roucoulet C, Dolimier E, Masquelier AM. Prospective evaluation of venous access difficulty and a near-infrared vein visualizer at four French haemophilia treatment centers. Haemophilia [Internet]. 2015 [cited 2022 Nov 10];21(1):21-6. Available from: https://doi.org/10.1111/hae.12513 https://doi.org/10.1111/hae.12513 ... Estudo: Multicêntrico randômico. Amostra: 450 crianças com problemas hematológicos, sendo 229 que compuseram o grupo intervenção e 221, o grupo controle.	Verificar a utilidade clínica do infravermelho para auxiliar a visualização dos vasos de crianças com e sem risco para difícil cateterização intravenosa periférica e fatores de risco associados a difícil punção.	Risco para insucesso da punção foi ocasionado por rede venosa não disponível, pouca idade, sobrepeso e dificuldade de visualizar os vasos.	2b.
*Kiger et al., 2014*17. Kiger T, Knudsen EA, Curran W, Hunter J, Schaub A, Williams MJ, et al. Survey of heat use during peripheral IV insertion by health care workers. J Infus Nurs [Internet]. 2014 [cited 2022 Nov 10];37(6):433-40. Available from: https://doi.org/10.1097/nan.0000000000000074 https://doi.org/10.1097/nan.000000000000... .1717. Kiger T, Knudsen EA, Curran W, Hunter J, Schaub A, Williams MJ, et al. Survey of heat use during peripheral IV insertion by health care workers. J Infus Nurs [Internet]. 2014 [cited 2022 Nov 10];37(6):433-40. Available from: https://doi.org/10.1097/nan.0000000000000074 https://doi.org/10.1097/nan.000000000000... Estudo: Observacional. Amostra: 907 profissionais que realizavam punção intravenosa periférica.	Identificar práticas comuns realizadas durante a punção intravenosa periférica.	Uso do calor para facilitar a punção foi mais empregado em crianças com rede venosa difícil de ser visualizada ou palpada e com histórico anterior de difícil punção.	2c.
Graaff et al., 2013.1818. de Graaff JC, Cuper NJ, Mungra RA, Vlaardingerbroek K, Numan SC, Kalkman CJ. Near-infrared light to aid peripheral intravenous cannulation in children: a cluster randomised clinical trial of three devices. Anaesthesia [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];68(8):835-45. Available from: https://doi.org/10.1111/anae.12294 https://doi.org/10.1111/anae.12294... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 1383 crianças foram divididas em quatro grupos 444 compuseram o grupo controle; 357, o grupo intervenção 1; 292, o grupo intervenção 2; e 290, o grupo intervenção 3.	Comparou o uso de três equipamentos com infravermelho para visualizar os vasos com a técnica convencional em crianças.	No subgrupo de crianças que tinham os vasos não visíveis, os equipamentos auxiliaram a visualizar a rede venosa.	1b.
*van der Woude et al., 2013*19. van der Woude OC, Cuper NJ, Getrouw C, Kalkman CJ, de Graaff JC. The effectiveness of a near-infrared vascular imaging device to support intravenous cannulation in children with dark skin color: a cluster randomized clinical trial. Anesth Analg [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];116(6):1266-71. Available from: https://doi.org/10.1213/ane.0b013e31828e5bde https://doi.org/10.1213/ane.0b013e31828e... .1919. van der Woude OC, Cuper NJ, Getrouw C, Kalkman CJ, de Graaff JC. The effectiveness of a near-infrared vascular imaging device to support intravenous cannulation in children with dark skin color: a cluster randomized clinical trial. Anesth Analg [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];116(6):1266-71. Available from: https://doi.org/10.1213/ane.0b013e31828e5bde https://doi.org/10.1213/ane.0b013e31828e... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 88 crianças: 45 compuseram o grupo controle e 43, o experimento.	Verificar se as crianças com cor da pele escura que utilizariam a transiluminação para auxiliar na punção intravenosa periférica tiveram maior sucesso do procedimento na primeira tentativa.	Crianças com menos de três anos e que tinham os vasos difíceis de serem visualizados e palpados tiveram maior sucesso na primeira tentativa no grupo que utilizou o infravermelho.	1b.
*Heinrichs et al., 2013*20. Heinrichs J, Fritze Z, Vandermeer B, Klassen T, Curtis S. Ultrasonographically guided peripheral intravenous cannulation of children and adults: a systematic review and meta-analysis. Ann Emerg Med [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];61(4):444-54 e1. Available from: https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.2012.11.014 https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.20... .2020. Heinrichs J, Fritze Z, Vandermeer B, Klassen T, Curtis S. Ultrasonographically guided peripheral intravenous cannulation of children and adults: a systematic review and meta-analysis. Ann Emerg Med [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];61(4):444-54 e1. Available from: https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.2012.11.014 https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.20... Estudo: Revisão sistemática. Amostra: nove estudos.	Avaliar se a punção intravenosa periférica guiada pelo ultrassom em crianças diminui o insucesso do procedimento e o número de tentativas.	Menores de 10 anos tiveram menor número de tentativas e tempo do procedimento quando o ultrassom foi utilizado.	1a.
*Chiao et al., 2013*21. Chiao FB, Resta-Flarer F, Lesser J, Ng J, Ganz A, Pino-Luey D, et al. Vein visualization: patient characteristic factors and efficacy of a new infrared vein finder technology. Br J Anaesth [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];110(6):966-71. Available from: https://doi.org/10.1093/bja/aet003 https://doi.org/10.1093/bja/aet003 ... .2121. Chiao FB, Resta-Flarer F, Lesser J, Ng J, Ganz A, Pino-Luey D, et al. Vein visualization: patient characteristic factors and efficacy of a new infrared vein finder technology. Br J Anaesth [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];110(6):966-71. Available from: https://doi.org/10.1093/bja/aet003 https://doi.org/10.1093/bja/aet003 ... Estudo: Randômico e cruzado. Amostra: 384 crianças pacientes.	Avaliar fatores relacionados aos pacientes que dificultam a visualização dos vasos e verificar se o uso da tecnologia de transiluminação auxilia na localização dos vasos.	A visualização dos vasos foi mais difícil entre as crianças de zero a dois anos com cor da pele escura e o equipamento com infravermelho auxiliou a localizar pelo menos seis vasos.	1b.
*Goff et al., 2013*22. Goff DA, Larsen P, Brinkley J, Eldridge D, Newton D, Hartzog T, et al. Resource utilization and cost of inserting peripheral intravenous catheters in hospitalized children. Hosp Pediatr [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];3(3):185-91. Available from: https://doi.org/10.1542/hpeds.2012-0089 https://doi.org/10.1542/hpeds.2012-0089... .2222. Goff DA, Larsen P, Brinkley J, Eldridge D, Newton D, Hartzog T, et al. Resource utilization and cost of inserting peripheral intravenous catheters in hospitalized children. Hosp Pediatr [Internet]. 2013 [cited 2022 Nov 10];3(3):185-91. Available from: https://doi.org/10.1542/hpeds.2012-0089 https://doi.org/10.1542/hpeds.2012-0089... Estudo: Observacional. Amostra: 592 crianças que foram puncionadas 1135 vezes.	Verificar o custo da punção intravenosa periférica realizada por enfermeiros não especialistas, o seu aumento quando outros profissionais ou recursos são necessários e sua associação com as características das crianças.	Menores de dois anos e entre dois e cinco anos sofreram mais de uma tentativa de punção, tendo maior custo para realizar o procedimento. A desidratação também foi fator para aumento do custo.	2c.
*Kaddoum et al., 2012*23. Kaddoum RN, Anghelescu DL, Parish ME, Wright BB, Trujillo L, Wu J, et al. A randomized controlled trial comparing the AccuVein AV300 device to standard insertion technique for intravenous cannulation of anesthetized children. Paediatr Anaesth [Internet]. 2012 [cited 2022 Nov 10];22(9):884-9. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2012.03896.x https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2012... .2323. Kaddoum RN, Anghelescu DL, Parish ME, Wright BB, Trujillo L, Wu J, et al. A randomized controlled trial comparing the AccuVein AV300 device to standard insertion technique for intravenous cannulation of anesthetized children. Paediatr Anaesth [Internet]. 2012 [cited 2022 Nov 10];22(9):884-9. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2012.03896.x https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2012... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 146 crianças: 72 compuseram o grupo experimento e 74, o controle.	Verificar a eficácia no aumento do sucesso da punção intravenosa periférica quando equipamento com infravermelho é utilizado para auxiliar o procedimento.	Crianças com pele mais pigmentada e que tinham a rede venosa difícil de ser visualizada e/ou palpada tiveram maior índice de sucesso da punção com o infravermelho.	1b.
*Peterson et al., 2012*24. Peterson KA, Phillips AL, Truemper E, Agrawal S. Does the use of an assistive device by nurses impact peripheral intravenous catheter insertion success in children? J Pediatr Nurs [Internet]. 2012 [cited 2022 Nov 10];27(2):134-43. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pedn.2010.10.009 https://doi.org/10.1016/j.pedn.2010.10.0... .2424. Peterson KA, Phillips AL, Truemper E, Agrawal S. Does the use of an assistive device by nurses impact peripheral intravenous catheter insertion success in children? J Pediatr Nurs [Internet]. 2012 [cited 2022 Nov 10];27(2):134-43. Available from: https://doi.org/10.1016/j.pedn.2010.10.009 https://doi.org/10.1016/j.pedn.2010.10.0... Estudo: Observacional. Amostra: 546 crianças que foram puncionadas 1354 vezes, em até quatro tentativas.	Verificar se o sucesso da punção intravenosa periférica seria maior com uso de equipamentos de transiluminação em comparação com o método tradicional.	A idade das crianças influenciou no sucesso da punção, a cada seis meses de aumento na idade, melhor é o sucesso do procedimento quando o equipamento com LED é utilizado.	2c.
*Negri et al., 2011*12. Negri DC, Avelar AFM, Andreoni S, Pedreira MLG. Predisposing factors for peripheral intravenous puncture failure in children. Rev Lat Am Enfermagem [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];27(1):5-10. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000600009 https://doi.org/10.1590/S0104-1169201200... .1212. Negri DC, Avelar AFM, Andreoni S, Pedreira MLG. Predisposing factors for peripheral intravenous puncture failure in children. Rev Lat Am Enfermagem [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];27(1):5-10. Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000600009 https://doi.org/10.1590/S0104-1169201200... Estudo: Coorte Amostra: 335 crianças e adolescentes.	Determinar as variáveis preditoras ou que influenciaram o sucesso da cateterização intravenosa periférica.	História clínica de insucesso de punções anteriores, desnutrição, internações anteriores e uso prévio de terapia intravenosa influenciaram o sucesso do procedimento.	2b.
Champman et al., 2011.2525. Chapman LL, Sullivan B, Pacheco AL, Draleau CP, Becker BM. VeinViewer-assisted intravenous catheter placement in a pediatric emergency department. Acad Emerg Med [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];18(9):966-71. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011.01155.x https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 326 crianças e adolescentes: 163 no grupo controle e 163 no grupo experimento.	Verificar o tempo do procedimento, número de tentativas, dor referida pelo paciente e grau de satisfação do profissional e pais em relação ao uso do equipamento de transiluminação.	Menores de dois anos obtiveram menor tempo de punção quando o infravermelho foi utilizado para auxiliar a punção.	2b.
*Perry et al., 2011*26. Perry AM, Caviness AC, Hsu DC. Efficacy of a near-infrared light device in pediatric intravenous cannulation: a randomized controlled trial. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];27(1):5-10. Available from: https://doi.org/10.1097/pec.0b013e3182037caf https://doi.org/10.1097/pec.0b013e318203... .2626. Perry AM, Caviness AC, Hsu DC. Efficacy of a near-infrared light device in pediatric intravenous cannulation: a randomized controlled trial. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];27(1):5-10. Available from: https://doi.org/10.1097/pec.0b013e3182037caf https://doi.org/10.1097/pec.0b013e318203... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 123 crianças entre zero e 20 anos: 61 compuseram o grupo experimento e 62, o controle.	Comparar o sucesso na primeira tentativa de punção intravenosa periférica guiada com e sem equipamento de infravermelho em crianças com rede venosa comprometida.	Menores de um ano, com menos de 10 kg, que possuíam alguma doença crônica, desidratados e que possuíam histórico de difícil punção obtiveram melhor índice de sucesso da punção intravenosa periférica quando foi utilizado o infravermelho.	2b.
*Riker et al., 2011*14. Riker MW, Kennedy C, Winfrey BS, Yen K, Dowd MD. Validation and refinement of the difficult intravenous access score: a clinical prediction rule for identifying children with difficult intravenous access. Acad Emerg Med [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];18(11):1129-34. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011.01205.x https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011... .1414. Riker MW, Kennedy C, Winfrey BS, Yen K, Dowd MD. Validation and refinement of the difficult intravenous access score: a clinical prediction rule for identifying children with difficult intravenous access. Acad Emerg Med [Internet]. 2011 [cited 2022 Nov 10];18(11):1129-34. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011.01205.x https://doi.org/10.1111/j.1553-2712.2011... Estudo: Observacional. Amostra: 366 crianças, sendo 75 para cada faixa etária, entre 0 e 11 meses, 12 e 23 meses, 24 e 25 meses e 36 meses ou mais.	Verificar o índice de sucesso na primeira tentativa de punção com o uso do torniquete entre os pacientes que eram avaliados em relação à cor da pele e se os vasos eram visíveis e palpáveis.	Vasos não palpáveis, veias não visíveis, idade e histórico de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal influenciaram significativamente o sucesso da punção na primeira tentativa.	2c.
*Nafiu et al., 2010*27. Nafiu OO, Burke C, Cowan A, Tutuo N, Maclean S, Tremper KK. Comparing peripheral venous access between obese and normal weight children. Paediatr Anaesth [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];20(2):172-6. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2009.03198.x https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2009... .2727. Nafiu OO, Burke C, Cowan A, Tutuo N, Maclean S, Tremper KK. Comparing peripheral venous access between obese and normal weight children. Paediatr Anaesth [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];20(2):172-6. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2009.03198.x https://doi.org/10.1111/j.1460-9592.2009... Estudo: Observacional. Amostra: 103 crianças, entre 2 e 18 anos.	Verificar a relação entre índice de massa corpórea e a facilidade em obter o sucesso da punção intravenosa periférica.	Crianças obesas com vasos não visíveis e não palpáveis tiveram menor índice de sucesso na primeira tentativa, maior número de tentativas e tempo para o sucesso do procedimento.	2c.
Hess HA, 201028. Hess HA. A biomedical device to improve pediatric vascular access success. Pediatr Nurs [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];36(5):259-63. Available from: https://www.researchgate.net/publication/47741351_A_biomedical_device_to_improve_pediatric_vascular_access_success https://www.researchgate.net/publication... .2828. Hess HA. A biomedical device to improve pediatric vascular access success. Pediatr Nurs [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];36(5):259-63. Available from: https://www.researchgate.net/publication/47741351_A_biomedical_device_to_improve_pediatric_vascular_access_success https://www.researchgate.net/publication... Estudo: Observacional. Amostra: 241 crianças entre zero e 17 anos: 91 compuseram o grupo experimento e 150, o grupo controle.	Verificar o sucesso na primeira tentativa de punção, tempo do procedimento e número de tentativas com o uso do equipamento de transiluminação.	Menores de seis anos tiveram o sucesso na primeira tentativa de punção maior no grupo em que foi utilizado o infravermelho.	2c.
*Larsen et al., 2010*13. Larsen P, Eldridge D, Brinkley J, Newton D, Goff D, Hartzog T, et al. Pediatric peripheral intravenous access: does nursing experience and competence really make a difference? J Infus Nurs [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];33(4):226-35. Available from: https://doi.org/10.1097/NAN.0b013e3181e3a0a8 https://doi.org/10.1097/NAN.0b013e3181e3... .1313. Larsen P, Eldridge D, Brinkley J, Newton D, Goff D, Hartzog T, et al. Pediatric peripheral intravenous access: does nursing experience and competence really make a difference? J Infus Nurs [Internet]. 2010 [cited 2022 Nov 10];33(4):226-35. Available from: https://doi.org/10.1097/NAN.0b013e3181e3a0a8 https://doi.org/10.1097/NAN.0b013e3181e3... Estudo: Observacional. Amostra: 592 crianças, entre zero e 18 anos, que foram puncionadas 1135 vezes.	Verificar o número de tentativas e o tempo requerido por enfermeiros pediatras para o sucesso da punção e quais características relacionadas às crianças e aos profissionais poderiam interferir no tempo e no número de tentativas de punção.	Menores de dois anos com histórico de difícil punção obtiveram maior índice de insucesso na primeira tentativa de punção.	2c.
*Simhi et al., 2008*29. Simhi E, Kachko L, Bruckheimer E, Katz J. A vein entry indicator device for facilitating peripheral intravenous cannulation in children: a prospective, randomized, controlled trial. Anesth Analg [Internet]. 2008 [cited 2022 Nov 10];107(5):1531-5. Available from: https://doi.org/10.1213/ane.0b013e318185cdab https://doi.org/10.1213/ane.0b013e318185... .2929. Simhi E, Kachko L, Bruckheimer E, Katz J. A vein entry indicator device for facilitating peripheral intravenous cannulation in children: a prospective, randomized, controlled trial. Anesth Analg [Internet]. 2008 [cited 2022 Nov 10];107(5):1531-5. Available from: https://doi.org/10.1213/ane.0b013e318185cdab https://doi.org/10.1213/ane.0b013e318185... Estudo: Randômico e controlado. Amostra: 202 crianças entre 3 meses e 17 anos: 101 compuseram o grupo controle e 101, o grupo experimento.	Verificar o sucesso da primeira tentativa, número de tentativas e o tempo total para o sucesso do procedimento, após avaliação da rede venosa com e sem dispositivos para facilitar a inserção do cateter intravenoso.	Crianças com vasos difíceis de serem palpados e visualizados se beneficiaram com o uso do dispositivo para facilitar a punção.	2b.
*Yen et al., 2008*30. Yen K, Riegert A, Gorelick MH. Derivation of the DIVA score: a clinical prediction rule for the identification of children with difficult intravenous access. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2008 [cited 2022 Nov 10];24(3):143-7. Available from: https://doi.org/10.1097/pec.0b013e3181666f32 https://doi.org/10.1097/pec.0b013e318166... .3030. Yen K, Riegert A, Gorelick MH. Derivation of the DIVA score: a clinical prediction rule for the identification of children with difficult intravenous access. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2008 [cited 2022 Nov 10];24(3):143-7. Available from: https://doi.org/10.1097/pec.0b013e3181666f32 https://doi.org/10.1097/pec.0b013e318166... Estudo: Coorte. Amostra: 650 crianças entre zero e 21 anos.	Desenvolver instrumento com fatores clínicos, sensíveis e fáceis de serem aplicados, para identificar crianças que possam ser difíceis de serem puncionadas.	Idade, histórico de prematuridade, visibilidade e palpação do vaso foram as variáveis efetivas para avaliar crianças difíceis de serem puncionadas.	2b.
*Atalay et al., 2005*31. Atalay H, Erbay H, Tomatir E, Serin S, Oner O. The use of transillumination for peripheral venous access in paediatric anaesthesia. Eur J Anaesthesiol [Internet]. 2005 [cited 2022 Nov 10];22(4):317-8. Available from: https://doi.org/10.1017/s026502150524053x https://doi.org/10.1017/s026502150524053... .3131. Atalay H, Erbay H, Tomatir E, Serin S, Oner O. The use of transillumination for peripheral venous access in paediatric anaesthesia. Eur J Anaesthesiol [Internet]. 2005 [cited 2022 Nov 10];22(4):317-8. Available from: https://doi.org/10.1017/s026502150524053x https://doi.org/10.1017/s026502150524053... Estudo: Observacional. Amostra: 334 crianças de 0-36 meses que foram puncionadas 434 vezes.	Investigar a eficácia da técnica de transiluminação para realizar a punção intravenosa periférica.	Crianças com idade média de 20 meses, vasos não visíveis ou palpáveis e uso de terapia intravenosa prévia se beneficiaram com uso de equipamentos com LED. Obesidade e histórico prévio de múltiplas punções foram as variáveis que inviabilizaram o sucesso.	2c.
*Goren et al., 2001*32. Goren A, Laufer J, Yativ N, Kuint J, Ben Ackon M, Rubinshtein M, et al. Transillumination of the palm for venipuncture in infants. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2001 [cited 2022 Nov 10];17(2):130-1. Available from: https://doi.org/10.1097/00006565-200104000-00013 https://doi.org/10.1097/00006565-2001040... .3232. Goren A, Laufer J, Yativ N, Kuint J, Ben Ackon M, Rubinshtein M, et al. Transillumination of the palm for venipuncture in infants. Pediatr Emerg Care [Internet]. 2001 [cited 2022 Nov 10];17(2):130-1. Available from: https://doi.org/10.1097/00006565-200104000-00013 https://doi.org/10.1097/00006565-2001040... Estudo: Observacional. Amostra: 100 crianças com idade entre 2 e 36 meses: 40 delas necessitaram do uso da transiluminação.	Investigar a eficácia do uso da transiluminação pela região palmar para realizar a punção intravenosa periférica.	Crianças com idade média de 16,7 meses, desidratadas, sépticas e com vasos difíceis de serem visualizados obtiveram melhor índice de sucesso com o uso de equipamentos de LED.	2c.
*Franck et al., 2001*33. Franck LS, Hummel D, Connell K, Quinn D, Montgomery J. The safety and efficacy of peripheral intravenous catheters in ill neonates. Neonatal Netw [Internet]. 2001 [cited 2022 Nov 10];20(5):33-8. Available from: https://doi.org/10.1891/0730-0832.20.5.33 https://doi.org/10.1891/0730-0832.20.5.3... .3333. Franck LS, Hummel D, Connell K, Quinn D, Montgomery J. The safety and efficacy of peripheral intravenous catheters in ill neonates. Neonatal Netw [Internet]. 2001 [cited 2022 Nov 10];20(5):33-8. Available from: https://doi.org/10.1891/0730-0832.20.5.33 https://doi.org/10.1891/0730-0832.20.5.3... Estudo: Observacional. Amostra: 57 crianças que foram puncionadas 264 vezes.	Estabelecer a prevalência de complicações relacionadas à punção intravenosa periférica e identificar fatores de risco.	Idade gestacional influenciou o número de tentativas de punção.	2c.
*Fein et al., 1999*34. Fein JA, Callahan JM, Boardman CR, Gorelick MH. Predicting the need for topical anesthetic in the pediatric emergency department. Pediatrics [Internet]. 1999 [cited 2022 Nov 10];104(2):e19. Available from: https://doi.org/10.1542/peds.104.2.e19 https://doi.org/10.1542/peds.104.2.e19... .3434. Fein JA, Callahan JM, Boardman CR, Gorelick MH. Predicting the need for topical anesthetic in the pediatric emergency department. Pediatrics [Internet]. 1999 [cited 2022 Nov 10];104(2):e19. Available from: https://doi.org/10.1542/peds.104.2.e19 https://doi.org/10.1542/peds.104.2.e19... Estudo: Observacional. Amostra: 4926 crianças foram avaliadas e 2052 foram incluídas.	Avaliar a habilidade de enfermeiras em verificar se os pacientes triados seriam puncionados e determinar fatores de risco para insucesso da punção intravenosa periférica.	Menores de um ano, com doenças crônicas possuíam maior risco para serem puncionados e o sucesso não ser obtido.	2c.

Variáveis	Número de tentativas		p
	1 (n=60)	2 ou mais (n=47)
	f(%)	f(%)
Idade (em anos)			0,233^*
Média ± DP^§	6,6±4,5	5,5±5,3
Sexo			0,936^†
Feminino	26 (43,3)	20 (42,6)
Masculino	34 (56,7)	27 (57,4)
Índice de Massa Corpórea			0,883^†
Magreza	7 (11,7)	7 (14,9)
Eutrofia	42 (70,0)	32 (68,1)
Obesidade	11 (18,3)	8 (17,0)
Pigmentação da pele			0,686^†
Mais	27 (45,0)	23 (48,9)
Menos	33 (55,0)	24 (51,1)
Tipo de tratamento			0,493^†
Clínico	48 (80,0)	40 (85,1)
Cirúrgico	12 (20,0)	7 (14,9)
Acometimento clínico			0,095^†
Agudo	26 (43,3)	13 (27,7)
Crônico	34 (56,7)	34 (72,3)
Uso prévio de TIV^\|\|			0,795^†
Sim	19 (31,7)	16 (34,0)
Não	41 (68,3)	31 (66,0)
Tempo de utilização prévia da TIV^\|\| (dias)			0,888^‡
Média ± DP	4,5±4,5	6,3±8,8
Complicação prévia relacionada a TIV^\|\|			0,205^†
Não	25 (41,7)	14 (29,8)
Sim	35 (58,3)	33 (70,2)
Calibre do cateter intravenoso (Gauge)			0,491^†
22	23 (38,3)	15 (31,9)
24	37 (61,7)	32 (68,1)

Fatores predisponentes para o insucesso da punção intravenosa periférica	Número de tentativas		p
	1 (n=60)	2 ou mais (n=47)
	f(%)	f(%)
Histórico de parto prematuro			0,961^*
Sim	10 (55,5)	8 (44,5)
Não	50 (56,2)	39 (43,8)
Menos de 3 anos			0,003*
Sim	14 (36,8)	24 (63,2)
Não	46 (66,7)	23 (33,3)
Pele mais pigmentada			0,686*
Sim	33 (57,9)	24 (42,1)
Não	27 (54,0)	23 (46,0)
Obesos			0,860*
Sim	11 (57,9)	8 (42,1)
Não	49 (55,7)	39 (44,3)
Doença crônica			0,095*
Sim	34 (50,0)	34 (50,0)
Não	26 (66,7)	13 (33,3)
Desidratação			0,129^†
Sim	4 (100,0)	Z^‡
Não	56 (54,4)	47 (45,6)
Difícil visualização dos vasos			0,046*
Sim	18 (43,9)	23 (56,1)
Não	42 (63,6)	24 (36,4)
Difícil palpação dos vasos			0,064*
Sim	10 (40,0)	15 (60,0)
Não	50 (61,0)	32 (39,0)
Histórico de múltiplas punções			0,025*
Sim	38 (49,4)	39 (50,6)
Não	22 (73,3)	8 (26,7)
Complicação de TIV^§ anteriores			0,389*
Sim	36 (52,9)	32 (47,1)
Não	24 (61,5)	15 (38,5)

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[1] AUTOR CORRESPONDENTE
Claudia Maria de Freitas Floriano cmffloriano@gmail.com