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CONTEMPORALIS HOMO SACER: BARREIRAS DA POPULAÇÃO TRANS PARA ACESSAR AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

RESUMO

Objetivo:

examinar as experiências vivenciadas por parte de pessoas auto-identificadas como trans para acessar aos cuidados de saúde mental e, em particular, sua percepção de barreiras de acesso.

Métodos:

estudo qualitativo que utilizou a análise fenomenológica interpretativa (IPA) e a teoria Tanatopolítica de Giorgio Agamben como referencial teórico. Foram realizadas 11 entrevistas individuais e semi-estruturadas entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.

Resultados:

em nossa análise, identificamos as seguintes principais barreiras em relação ao acesso aos sistemas de saúde: desempenho dos profissionais de saúde e; as politicas de invisibilização e apagamento. Através das experiências analisadas, identificamos a existência de um despotismo panóptico (psiquiátrico) liderado por instituições de saúde, prestadores de cuidados de saúde e políticas públicas. A psiquiatria tanatopolítica e outras estratégias de apagamento passivo têm um impacto cumulativo porque os trans-corpos não são contados nem reconhecidos como indivíduos saudáveis com condições de saúde específicas.

Conclusão:

os achados demostram que, embora tenha havido algum progresso com relação ao acesso aos serviços de saúde canadense, ainda existem inúmeros desafios para superar as barreiras de acesso.

DESCRITORES:
Transsexualidade; Acessibilidade aos serviços de saúde; Pesquisa qualitativa; Saúde pública; Identidade de género

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