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Psicologia - oral - 21/09/05

FISIOTERAPIA - ORAL - 21/09/05

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O efeito da música na redução de ansiedade em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco

Danielle Misumi Watanabe; Cintia Emi Watanabe; Bellkiss Wilma Romano; Luiz Junya Kajita; Eulogio Emilio Martinez Filho

Instituto do Coração - HCFMUSP São Paulo SP BRASIL

Ansiedade é uma resposta normal do ser humano frente ao desconhecido. Contudo, quando exagerada pode levar à ocorrência de doenças, constituindo-se em um importante alvo de cuidados. O cateterismo cardíaco, embora seja um exame, é um procedimento médico invasivo que envolve sentimentos de incerteza, estresse, medo e ansiedade. Estudos revelam que a música envolve uma resposta de relaxamento, podendo ser um método de intervenção para redução da ansiedade. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos da música na redução dos níveis de ansiedade em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco pela primeira vez. O estudo foi realizado no período de setembro a novembro de 2004. Participaram do protocolo 70 pacientes de origem ambulatorial, independente do sexo, divididos em 2 grupos: um grupo controle submetido ao procedimento da maneira convencional e um grupo intervenção submetido ao procedimento com um fundo musical. Foi utilizado o Inventário de Ansiedade Beck e um questionário de avaliação do procedimento aplicado no pré e pós cateterismo imediato. Os resultados indicaram uma redução do nível de ansiedade de antes para depois do procedimento em ambos os grupos, contudo, maior no grupo de intervenção. Constatou-se também que os pacientes não eram tão ansiosos mesmo antes do exame. Concluiu-se que a música se mostrou um bom método de intervenção, sendo de fácil aplicabilidade, fácil aderência e boa tolerância. O efeito positivo constatado reforça os resultados de pesquisas anteriores, porém este estudo traz a inovação do momento em que o estímulo foi aplicado.

Descritores: cateterismo cardíaco, ansiedade, música, psicologia

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Avaliação de um programa de educação em saúde: grupo de diabetes multiprofissional

Angela F. R. Godoy; Cintia Emi Watanabe; Bellkiss Wilma Romano

Instituto do Coração - HCFMUSP São Paulo SP BRASIL

A educação como instrumento terapêutico em diabetes mellitus é uma prática relativamente recente. O Grupo de Diabetes Multiprofissional (GDM) é realizado no hospital, coordenado por enfermeira, psicóloga, nutricionista e dentista. Visa fornecer informações sobre diabetes e auto-cuidado aos pacientes que apresentam reticente elevação da glicemia visando uma boa adesão ao tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de informações assimiladas sobre diabetes e auto-cuidado em diferentes amostras que freqüentaram o GDM; avaliar a presença de sintomas depressivos nos participantes afim de analisar possíveis influências na compreensão dos conteúdos informados. Foram avaliados três grupos: A, que havia passado pelo GDM há um ano; B, há seis meses; e C, há um mês, totalizando 75 sujeitos. Utilizou-se o questionário de avaliação do GDM e o Inventário de Depressão de Beck. Observou-se que a assimilação de informações independe do tempo que o indivíduo recebeu o estímulo informativo. Características individuais mostraram-se mais influentes no tipo e na quantidade de informações necessárias para conduzir o tratamento. Indivíduos com depressão classificada como moderada e grave apresentaram baixo desempenho no questionário de avaliação do GDM. Questões explanadas com a participação dos indivíduos em situações interativas parecem ter sido melhor assimiladas. Os indivíduos sugerem que, além de receber informações, participem de grupos terapêuticos. Faz-se necessário continuar o desenvolvimento de pesquisas nessa área, considerando o aumento constante do número de diabéticos, as co-morbidades resultantes de uma má adesão ao tratamento, e os altos-custos que os conseqüentes tratamentos acarretarão.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus; educação em saúde; ambulatório hospitalar; depressão.

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Estratégias de enfrentamento (coping) de pacientes valvopatas frente à cirurgia cardíaca

Cibele M. O. Marras; Cintia Emi Watanabe; Bellkiss Wilma Romano

Instituto do Coração - HCFMUSP São Paulo SP BRASIL

Valvopatia é uma doença crônica que acomete jovens, causando-lhes restrições. A cirurgia é medida paliativa no seu tratamento, sendo muitas vezes repetida ao longo da vida desses pacientes. É geralmente vista como um evento estressor, forçando-os a utilizarem esforços cognitivos e comportamentais para controlarem a demanda externa que excede seus recursos, o que é chamado coping. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as estratégias utilizadas pelos valvopatas para lidar com a cirurgia cardíaca, além da influência de cirurgias anteriores cardíacas ou não, participação no grupo informativo de fila de espera de pacientes valvopatas que aguardavam cirurgia e atendimento psicológico anterior ou durante a internação. Participaram deste estudo 22 pacientes pré-cirúrgicos internados. O instrumento utilizado foi o inventário de estratégias de coping, de Folkman e Lazarus (1985), adaptado para o português por Savoia et al. (1996). As estratégias mais utilizadas foram reavaliação positiva (100%), autocontrole (95,5%) e fuga-esquiva (59,1%). O menos utilizado foi o suporte social (45,5%). Experiências anteriores e o atendimento psicológico colaboraram no enfrentamento da cirurgia. Diante disso, concluiu-se que, os pacientes buscaram elementos favoráveis da cirurgia, além de transformações no seu estilo de vida. Utilizaram mecanismos de adaptação e minimizaram conteúdos dela geradores de angústia. Apresentaram prejuízo nas relações interpessoais, mas experiências anteriores contribuíram para melhor enfrentamento. O atendimento psicológico auxiliou os sujeitos a aceitarem e lidarem com os sentimentos ambivalentes advindos da cirurgia, pois por um lado era possibilidade de melhora e, por outro, trazia riscos a integridade física.

Descritores: adaptação psicológica, estresse, procedimentos cirúrgicos cardíacos, hospitalização, psicologia.

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Interferência do atendimento psicológico e grupal nas estratégias de enfrentamento (coping) dos acompanhantes de crianças cardíacas internadas

Cintia Yoshihara; Cintia Emi Watanabe; Bellkiss Wilma Romano

Instituto do Coração - HCFMUSP São Paulo SP BRASIL

O tratamento da cardiopatia congênita pode ser permeada por várias internações, podendo ser vivenciada como uma situação estressante pelos acompanhantes. As estratégias de enfrentamento (coping) destes acompanhantes são informações importantes para que a equipe de saúde proporcione uma atendimento global a criança doente. O serviço de psicologia desta instituição proporciona atendimentos aos acompanhantes tanto individuais quanto grupais. Na enfermaria infantil é realizado o grupo da equipe multiprofissional com os acompanhantes das crianças tanto em pré quanto em pós-operatório. No ambulatório é realizado um grupo informativo com acompanhantes de crianças pré-cirúrgicas. O objetivo foi avaliar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos acompanhantes das crianças cardíacas internadas e avaliar se a participação nos grupos informativo e/ou multiprofissional, e/ou o atendimento psicológico interferiu no enfrentamento destes. Foram avaliados 44 acompanhantes de crianças internadas entre 0 e 11 anos, no segundo ou terceiro dia de internação. Utilizou-se o Inventário de estratégias de coping, de Folkman e Lazarus (1985), adaptado por Savoia et al.(1996). As estratégias utilizadas em ordem de freqüência foram: resolução de problema, fuga e esquiva, reavaliação positiva, suporte social, auto controle, afastamento, confronto e aceitação de responsabilidade. Concluiu-se que a resolução de problema, a fuga-esquiva e a reavaliação positiva foram as estratégias mais utilizadas. A participação nos grupos e os atendimentos psicológicos interferiram nos resultados. A importância dos resultados encontrados nesse estudo é estruturar intervenções que auxiliem que a família desenvolva e mobilize estratégias para melhor se adaptar a situação de internação infantil.

Descritores: adaptação psicológica, psicologia, psicologia aplicada, estresse.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Dez 2005
  • Data do Fascículo
    Set 2005
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