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Análise de fatores de risco associados a cefaleia da angiografia cerebral

Resumo

Antecedentes

Apesar de estudos prévios indicarem uma incidência moderada/alta de cefaleia da angiografia (CA), os dados sobre os fatores de risco associados à sua ocorrência ainda são relativamente escassos.

Objetivo

O presente estudo teve como objetivo avaliar as associações entre as características demográficas, clínicas e técnicas da angiografia cerebral por subtração digital (ACSD) e a ocorrência de CA.

Métodos

Estudo observacional analítico transversal com uma amostra composta por indivíduos com indicação de ACSD em caráter eletivo. Entrevistas clínicas foram realizadas utilizando um questionário padronizado para acessar a ocorrência de CA.

Resultados

Entre os 114 indivíduos, a idade média foi de 52,8 (±13,8) anos, 75,4% (86/114) eram mulheres, 29,8% (34/114) tinham histórico de enxaqueca e 10,5% (12/114) tinham cefaleia crônica. A frequência geral de CA foi de 45,6% (52/114). Desses, 88,4% (46/52) foram submetidos à angiografia 3D, 7,7% (4/52), à aortografia e 1,9% (1/52), aos dois procedimentos. Houve associação estatisticamente significativa entre CA e histórico prévio de enxaqueca (odds ratio [OR] 4,9; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,62–14,7; p = 0,005) e angiografia 3D (OR 6,62; IC95%: 2,04–21,5; p = 0,002).

Conclusões

A angiografia 3D está fortemente associada à ocorrência de CA, o que é inédito na literatura. A associação entre um histórico de enxaqueca e a CA confirma os resultados de estudos anteriores.

Palavras-chave:
Angiografia Cerebral; Cefaleia; Transtornos de Enxaqueca; Cefaleias Secundárias; Transtornos da Cefaleia

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