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O efeito de tarefa na produção do ritmo por estudantes cantonenses de português como L2

RESUMO

Este estudo examina a produção oral em português como L2 produzida por oito falantes nativos cantonenses de Macau, China. Os objetivos deste estudo são investigar (1) se o ritmo da fala em português L2 se aproxima da língua de partida (i.e., cantonense) ou do da língua de chegada (português), e (2) se o ritmo da fala L2 difere entre três tarefas diferentes: leitura, recontagem e interpretação. Sete métricas de ritmo, i.e., %V, ΔC, ΔV, VarcoC, VarcoV, rPVI_C, e nPVI_V foram adotadas para comparação e investigação. Os resultados mostraram que o ritmo do português como L2 produzido pelos falantes cantonenses diferia do ritmo dos falantes cuja L1 é português. O apagamento de r e a vogal epentética são as razões para as variabilidades da produção de L2 português pelos falantes cantonenses, pois propriedades estas afetam a duração e o número dos intervalos vocálicos e consonantais. Além disso, na produção destes falantes, as tarefas semi-espontâneas (recontagem e interpretação) apresentaram uma diferença significativa em relação à tarefa de leitura. A força motriz de tal diferença é a carga cognitiva por detrás das tarefas.

Palavras-chave:
ritmo da fala L2; Português; Cantonense; efeito de tarefa; carga cognitiva

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