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Os dez anos de Psicologia em Estudo

EDITORIAL

Em 2005 Psicologia em Estudo comemora 10 anos de existência. É uma criança. Este pode ser o pensamento que imediatamente nos ocorre. O que poderia ser confirmado, não fosse o fato de que o tempo transcorrido é sempre uma questão relativa. No caso de um periódico científico, por exemplo, o tempo é marcado, sobretudo, pela regularidade e continuidade com que vem a público, se comparado às demais publicações da área de conhecimento em questão. Prova disto é a pontuação que as publicações científicas recebem pelo seu tempo de existência e regularidade por parte da comissão nomeada pela Capes/ANPEPP que avalia os periódicos científicos do campo da Psicologia. Nestes termos já temos 26 edições de Psicologia em Estudo, vindas a público sem interrupção e seguindo rigorosamente os prazos determinados, o que lhe confere ares de uma respeitável senhora, ainda que muito jovem. Como tal, já tem uma história a contar e, provavelmente, alguma contribuição a oferecer à comunidade científica. Assim pensando, reservamos este editorial para apresentação de alguns dados reveladores do percurso realizado pela Psicologia em Estudo nesta década de existência, no interior de uma universidade pública. Ano a ano registramos um efetivo crescimento, fechando esse período (até julho de 2005) com 500 artigos, já submetidos ou ainda em processo de avaliação, com a marcante presença de 526 consultores ad hoc. É necessário ressaltar que, via de regra, estes profissionais emitiram em media três ou quatro pareceres para diferentes artigos, período em que acumulamos um notável e expressivo volume, em colaboração e número: em torno de 1500 pareceres. Outro dado deveras importante diz respeito à procedência e à diversidade institucional e geográfica do conselho editorial, de nossos consultores ad hoc e dos textos a nós enviados nesse período. Considerados quanto à procedência - por regiões brasileiras e países do exterior -, em relação aos textos recebidos totalizamos os seguintes números: Centro-Oeste, 20; Nordeste, 65; Norte, 10; Sudeste, 158; Sul, 226; e de outros países, 21. Da mesma forma, identificamos os seguintes números em relação à origem de nossos consultores ad hoc: Centro-Oeste, 35; Nordeste, 45; Norte, 08; Sudeste, 304); Sul, 129; e de outros paises, 04.

Obviamente estes não são os únicos dados gerados e administrados no processo de organização deste periódico; entretanto eles podem ser suficientes para dar ao leitor uma idéia sobre o volume de operações e decisões que se escondem no exemplar concluído. É o que denominamos, em outra ocasião, de o fetiche de um periódico, sobretudo quando se trata de divulgar conhecimentos que se incluirão no acervo do saber científico. Um dos destaques que estes números revelam é o dinâmico e intenso trabalho de consultoria ad hoc que realizamos ao longo destes anos. Passando ao largo da endogenia, foi consultado um razoável numero de profissionais altamente credenciados de diferentes regiões do Brasil e, em menor número, de outros países. Tais profissionais são os atores principais de um silencioso e competente processo pedagógico. Não foram poucos os agradecimentos de autores ao receberem os pareceres respectivos, o que não significa ausência de insatisfação. Já dedicamos um de nossos editoriais (vol.9, n.3, 2004) a esta figura imprescindível do Consultor Ad Hoc na composição de uma equipe editorial de caráter científico e ao sistema blind review, embora nunca seja demais relembrar. Nesta linha de contribuição há que se destacar, também, a importância do Conselho Editorial, sempre presente em decisões importantes. No trabalho de fazer valer este sistema sigiloso de revisão pelos pares e outras providências necessárias para levar a bom termo a editoração ou, como se diz em linguagem popular, "como manda o figurino", muitas correspondências foram trocadas. Como exemplo podemos citar o ano de 2004, quando atingimos o patamar de aproximadamente 4500 mensagens trocadas eletronicamente entre os vários atores deste processo, isto sem considerar as correspondências enviadas e recebidas por via postal.

Não obstante, é motivo de alegria saber que todo este processo deveras trabalhoso não tardou a ser reconhecido pela comunidade científica. Neste sentido Psicologia em Estudo foi classificada inicialmente como um periódico de classificação A-Local, e desde o ano 2000 conquistou e vem se mantendo na classificação A – Nacional no campo da Psicologia e de áreas afins. Está indexada em bases de dados internacionais, dentre as quais destacamos a PsycINFO da American Psychological Association – APA (http:/www.apa.org/psycinfo), o mais importante indexador da área da Psicologia. Está nas "prateleiras" da mais importante biblioteca virtual do Brasil – a Scientific Eletronic Library Online/SciELO (http:/www.scielo.br/pe). Desnecessário ressaltar a galvanização da visibilidade de um periódico científico quando conta com indexadores desta importância. Há que se destacar também que Psicologia em Estudo é o único periódico de Psicologia do Estado do Paraná que ocupa um lugar nessa biblioteca, além de ser o único periódico de uma universidade pública do Estado do Paraná a estar hospedado nesta importante base de dados.

A continuar nossas reflexões sobre esta década da publicação da Psicologia em Estudo este espaço do editorial não é o suficiente. Assim deixaremos a continuidade destas reflexões para o próximo editorial, quando deveremos nos despedir desta importante tarefa de Editora da Psicologia em Estudo. Contudo não podemos finalizar este editorial sem reconhecer que o sucesso deste periódico tem como um de seus sustentáculos a confiança dos autores que a nós enviam suas produções, resultado, seguramente, de muitas horas de estudo. Estas são algumas das questões que intensificam a nossa responsabilidade de aprimorar os quesitos que nos levaram e nos mantêm neste lugar. Estas são algumas das razões que nos fazem entender que temos muito a comemorar.

  • Os dez anos de Psicologia em Estudo

    Maria Lucia Boarini
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Out 2005
    • Data do Fascículo
      Ago 2005
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