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Incontinência urinária de esforço em mulheres no menacme: tratamento com exercícios do assoalho pélvico associados ao biofeedback eletromiográfico

Stress urinary incontinence in women in reproductive age: treatment with sEMG-assisted biofeedback

RESUMO DE TESE

Incontinência urinária de esforço em mulheres no menacme: tratamento com exercícios do assoalho pélvico associados ao biofeedback eletromiográfico

Stress urinary incontinence in women in reproductive age: treatment with sEMG-assisted biofeedback

Autora: Mariana Tirolli Rett

Orientador: Prof. Dr. José Antonio Simões

Co-orientadora: Prof. Dra. Viviane Herrmann

Dissertação de Mestrado apresentada à Pós-graduação do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 25 de novembro de 2004.

OBJETIVO: avaliar o tratamento fisioterápico da incontinência urinária de esforço (IUE) feminina com exercícios do assoalho pélvico associados ao biofeedback eletromiográfico.

SUJEITOS E MÉTODOS: ensaio clínico não controlado de 26 mulheres no menacme. Foram excluídas aquelas com diagnóstico urodinâmico de deficiência esfincteriana intrínseca da uretra e hiperatividade idiopática do detrusor, distopias grau III e cirurgias prévias para IUE. Todas preencheram um diário miccional, responderam a um questionário de qualidade de vida (King's Health Questionnaire) e a outro para elaboração de um índice de perda urinária. Foram submetidas ao teste do absorvente (pad test) de uma hora e à avaliação da força muscular do assoalho pélvico pelo toque vaginal, pelo perineômetro (PeritronTM) e pela eletromiografia de superfície (Myotrac 3GTM). O protocolo consistia em 12 sessões individuais e os exercícios foram realizados em decúbito dorsal, nas posições sentada e ortostática.

RESULTADOS: As perdas urinárias diminuíram (p < 0,0001) e o mesmo foi observado em relação à noctúria (p = 0,0012) e ao número de absorventes utilizados (p = 0,0014). A cura objetiva pelo pad test foi encontrada em 20 (76,9%) mulheres. Houve um aumento na força de contração do assoalho pélvico, tanto pelo toque vaginal quanto pelo perineômetro (p < 0,0001). A eletromiografia de superfície aumentou ao longo do tratamento, principalmente na primeira metade (p < 0,0001). O índice de perda urinária diminuiu e observou-se melhora da qualidade de vida em praticamente todos os parâmetros avaliados.

CONCLUSÃO: este tratamento fisioterápico pode ser uma alternativa eficaz na abordagem conservadora da IUE em mulheres no menacme.

Palavras-chave: Incontinência urinária de esforço; Estudo urodinâmico; Qualidade de vida; Eletromiografia

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Jul 2005
  • Data do Fascículo
    Abr 2005
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