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Estudo da glibenclamida no tratamento do diabete melito gestacional e sua repercussão no peso e glicemia neonatal

Study of glibenclamide for the management of gestational diabetes mellitus and its impact on neonatal weight and glucose levels

RESUMO DE TESE

Estudo da glibenclamida no tratamento do diabete melito gestacional e sua repercussão no peso e glicemia neonatal

Study of glibenclamide for the management of gestational diabetes mellitus and its impact on neonatal weight and glucose levels

Autor: Jean Carl Silva

Orientadora: Profa. Dra. Anna Maria Bertini

Co-orientador: Prof.Dr. Dr. Wladimir Taborda

Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, em 16 de agosto de 2005

OBJETIVOS: estudar a glibenclamida no tratamento do diabete melito gestacional (DMG) e sua repercussão no peso e glicemia do recém-nascido, em comparação com a insulina.

MATERIAL E MÉTODOS: ensaio clínico randomizado, realizado no período entre 1º de outubro de 2003 e 8 de março de 2005. Foram sujeitos deste estudo 72 gestantes com DMG que necessitaram de terapêutica complementar a dietoterapia e atividade física, randomizadas e alocadas em dois grupos com estratégias terapêuticas diferentes, insulina e glibenclamida.

RESULTADOS: as características gerais nos grupos não tiveram diferença, com exceção dos resultados do OGTT 75g que apresentaram valores maiores no grupo da glibenclamida (p=0,02). As glicemias maternas coletadas em jejum e pós-prandial não apresentaram diferença. Seis (18,75%) gestantes atingiram a dose máxima de glibenclamida sem o controle glicêmico. O peso dos recém-nascidos foi maior no grupo da glibenclamida (p=0,01), com peso médio neste grupo de 3.372g, contra 3.082g no grupo da insulina. Não houve diferença na incidência de recém-nascidos GIG, porém encontramos diferença (p=0,01) na incidência de macrossômico entre os grupos da glibenclamida e insulina (15,6% e 0%, respectivamente). A hipoglicemia neonatal estava mais presente (p=0,01) nos recém-nascidos do grupo da glibenclamida (25%) que com insulina (2,7%), mas tivemos apenas um caso de hipoglicemia neonatal persistente, que necessitou infusão endovenosa de glicose, no grupo da glibenclamida.

CONCLUSÃO: a glibenclamida pode ser a droga de escolha para tratamento do DMG na maioria das pacientes. O peso dos recém-nascidos e a incidência de hipoglicemia foi maior no grupo da glibenclamida, porém o peso médio foi normal e tivemos apenas um caso de hipoglicemia neonatal que necessitou de glicose endovenosa.

Palavras-chave: Diabete melito gestacional, Glibenclamida, Recém-nascido.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Jan 2006
  • Data do Fascículo
    Out 2005
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