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Enfermagem

ENFERMAGEM

RESUMOS ABSTRACTS

O comportamento ético e deontológico da equipe de enfermagem diante da interrupção artificial da vida

Xavier WSS ; Castro RFT; Siqueira KS; Silva COR

Hospital de Hematologia de Pernambuco - HEMOPE, Recife - PE

OBJETIVOS: Identificar o comportamento ético e deontológico da equipe de enfermagem diante da interrupção da manutenção artificial da vida e também identificar as relações dos profissionais de enfermagem com a morte dos pacientes em sua assistência; avaliar as reações da equipe de enfermagem na interrupção da manutenção artificial da vida em patologias irreversíveis na UTI; identificar a continuidade dos cuidados de enfermagem em pacientes com patologias irreversíveis.

MÉTODOS: As informações foram coletadas através de questionários aplicados à equipe de enfermagem do Hospital da Restauração, nas UTIs A, B e C, no período de novembro à dezembro de 2003. A operacionalização da pesquisa ocorreu com o levantamento dos dados sobre o comportamento, a continuidade do tratamento e os sentimentos da equipe de enfermagem diante da perda de pacientes em sua assistência.

RESULTADOS: Foi observado que, de acordo com a distribuição das opiniões dos profissionais de enfermagem diante da interrupção da vida, 50% dos enfermeiros; 25% dos técnicos e 56,5% dos auxiliares não acham ético interromper a vida em nenhuma situação, confirmando a opinião de Gelain (1998), onde se diz que nada nem pessoa alguma podem autorizar a morte de um ser humano. Já em 50% dos enfermeiros e 19% dos auxiliares acham ético interromper a vida nos casos de morte cerebral e autorização de familiares. Observamos também que 50% dos enfermeiros, 75% dos técnicos e 64% dos auxiliares, servem melhor ao paciente, dando continuidade ao tratamento com a mesma eficácia, quando alimentam a esperança de vida. No tocante à vivência da situação da interrupção da manutenção artificial da vida, 28,5% dos enfermeiros, 50% dos técnicos e 23% dos auxiliares, relatam nunca terem vivenciado essa prática que segundo Gelain (1998), os membros da equipe de saúde podem considerar essas atitudes de suspender o tratamento como possíveis, em condições especiais, mas, jamais poderão ser impostas a quem delas discorde e que queiram lutar ate o fim pela manutenção da vida, mesmo que, às vezes, apenas biológica.

CONCLUSÕES: A maioria dos profissionais de enfermagem de todos os níveis servem melhor ao paciente quando o mesmo alimenta esperança de vida, mas os números negam quase que completamente a vivência da prática da interrupção da vida; há também opiniões muito divididas no que diz respeito a questões éticas para que exista a interrupção da manutenção artificial da vida. Portanto está evidenciado a importância do trabalho de humanização em hospitais e um maior conhecimento sobre o que é a morte e a vida para todos os profissionais e acadêmicos de enfermagem.

Waleska Sinara de Souza Xavier.

Av. Manoel Borba, 71, Apt. 203.

Boa Vista. Recife, PE, Brasil. CEP: 50.060-140.

Avaliação da desnutrição energético-protéica nas crianças e adolescentes participantes do Projeto Criança Esperança - Olinda, Pernambuco

Cunha APP ; Arruda MaC; Santana L

Espaço Criança Esperança. Olinda, PE, Brasil

OBJETIVOS: Identificar a presença da desnutrição energético-protéica (DEP) nas crianças e adolecentes de 6 a 16 anos, verificar sua distribuição por faixa etária e sexo, quantificar déficit do desenvolvimento físico, relacionar situação socioeconômica.

MÉTODOS: Questionário e mensuração antropométrica (estatura e peso) individual para cada menor. Os dados coletados foram analisados e co-relacionados com a DEP, distribuídos em tabelas e gráficos por idade e sexo, e comparados às curvas de referência de saúde padrão para o desenvolvimento, pré-estabelecidas pelo National Center of Health and Statistics (NCHS) divulgadas pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde.

RESULTADOS: Foram avaliados 224 menores (113 do sexo masculino, 111 do sexo feminino) entre 6 e 16 anos. Desses, 74,63% tinha renda familiar entre um ou menos que um salário mínimo vigente. Foi identificada presença da DEP do tipo crônica através dos desvios nos índices das curvas de referência do NCHS para cada idade e sexo, quantificada e verificada sua distribuição na faixa etária dos menores quando relacionada em altura / idade para cada sexo como: moderada: 1,77% dos menores do sexo masculino (10,15 anos) e 3,60% dos do sexo feminino (12, 13,15 anos); leve: 15,04% dos menores do sexo masculino (7-13,15 anos) e 14,41% dos do sexo feminino (7,9,10-13,15 anos); relacionada em peso / idade para cada sexo como: leve: 15,04 % dos do sexo masculino (6-13anos) e 18,02% dos do sexo feminino (6,7,9-15anos); déficit de crescimento para a idade em relação a altura: 33,62% nos menores do sexo masculino, e 41,44% para os do sexo feminino, e para idade em relação ao peso: 38,94% para os menores do sexo masculino, e 37,84% para os do sexo feminino.

CONCLUSÕES: Do total de menores avaliados, foi identificada a presença da DEP em 17,41%, em suas diversas formas, e déficit de crescimento em 37,50%, evidenciando a sua presença em nossa região e a carência de recursos de nossa população.Cabe a todos os profissionais de saúde assegurar medidas de intervenção para minimizar o efeito da DEP e suas repercussões, quer seja por assistência ou promoção da educação em saúde da população e entidades, descentralizando a assistência para além dos centros de saúde.

Análise de conteúdo das videoconferências de enfermagem nas áreas de Saúde da Mulher e da Criança

Andrade FJ; Araújo LA; Araújo KS; Borba Jr JO; Couto JMLA; Cruz ELD; Novaes MA; Rosa GCC; Tavares SMB

TIS/NUTES - Núcleo de Telesaúde, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar os conteúdos dos debates entre os participantes das videoconferências de enfermagem nas áreas de Saúde da Mulher e da Criança, verificar a viabilidade dessa ferramenta como instrumento de atualização de conhecimento e de educação permanente.

MÉTODOS: O Projeto de Telesaúde da Universidade Federal de Pernambuco instituiu a videoconferência como um dos seus serviços junto aos municípios parceiros de Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu e Recife. As sessões de videoconferência de enfermagem ocorrem na quarta sexta-feira de cada mês, com uma hora de duração; seus temas foram inicialmente baseadas em assuntos abordados no "Manual de Enfermagem" do Programa de Saúde da Família (PSF). Foi utilizado um estudo de abordagem qualitativa, baseado na análise dos debates de sete videoconferências de enfermagem, gravadas entre os anos de 2003 e 2005, cujos temas centraram-se nas áreas de conhecimento de Saúde da Mulher e da Criança. Os temas foram: 1) Pré-natal (2003); 2) Dieta de transição (2004); 3) AIDS e família (2004); 4) Saúde na Adolescência (2004); 5) Enfermagem obstétrica (2004); 6) Enfermagem ginecológica (2004); 7) Asma (2005). Foram analisados os gestuais dos assistentes comparando com a literatura "O Corpo Fala", sendo então alocadas nas seguintes categorias analíticas: 1) Condições de Atendimento; 2) Condições de Conforto; 3) Produtos e Serviços; 4) Materiais de Informação.

RESULTADOS: A videoconferência possibilitou a percepção de expressões dos valores pessoais dos participantes através da linguagem oral e não-verbal, que após breve período de inibição e incentivados pelo moderador, produzem um debate produtivo evidenciando questões culturais e científicas relevantes da equipe de saúde que trabalha nas USF's.

CONCLUSÕES: Sendo assim, percebe-se que durante as videoconferências nas áreas de Saúde da Mulher e da Criança os gestuais dos participantes foi de alto grau de interesse, revelado através de uma avalia ção qualitativa, pois alguns comportamentos simulados ou dissimulados durante um debate, possibilitaram emergir o verdadeiro pensar humano.

Elisabeth Lima Dias da Cruz.

Rua Rodrigues Ferreira, 45 Bloco B Apto. 1408.

Várzea. Recife, PE, Brasil. CEP: 50.810-020.

Email: elisabeth.cruz@nutes.ufpe.br

Assistência de enfermagem ao récem-nascido em pós operatório de laparotomia exploradora e ligadura do úraco

Santos MCL ; Barbosa HTLF; Procópio EVP; Araújo NRAS

Hospital das Clínicas. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Fornecer subsídios teóricos para a implementação de uma assistência de enfermagem qualificada ao RN portador de persistência do úraco, relacionar as hipóteses diagnósticas à clínica apresentada pelo neonato, fazer uma abordagem teórica da patologia correlacionando-a com a prática vivenciada; bem como mostrar a relevância do diagnóstico de enfermagem como instrumento que fornece condições ao enfermeiro para assistir de maneira eficaz.

MÉTODOS: Estudo exploratório, descritivo, no formato de estudo de caso. Os dados foram obtidos a partir do prontuário, entrevista, anamnese e exame físico. O estudo foi realizado no período compreendido entre 07/04/2005 e 17/04/2005.

RESULTADOS: O cordão umbilical é uma derivação das membranas amnióticas, composto por duas artérias e uma veia, o alantóide rudimentar e o remanescente do ducto onfalomesentérico, envolvido pela geléia de Wharton, daí a sua aparência esbranquiçada e gelatinosa. As anomalias do úraco resultam da permeabilidade total ou parcial do úraco, que durante a vida embrionária, comunica o funículo umbilical com a bexiga, através do alantóide. Quando o fechamento do úraco não ocorre imediatamente após o nascimento, tem-se o úraco persistente; e, a presença de um canal aberto entre a bexiga e o umbigo aumenta muito a chance desse RN desenvolver cistite. A persistência do úraco pode ser classificada em total, quando a ligação entre o umbigo e a bexiga é mantida completamente e o neonato elimina urina de forma contínua ou intermitente pelo coto umbilical; e parcial, quando essa ligação é parcial e, dependo de sua localização, pode-se encontrar no quadro clínico desde a eliminação de secreção mucosa pelo umbigo até cistite. Em ambos os casos a correção do defeito é cirúrgica. O paciente do estudo apresentava com sintomatologia somente uma massa abdominal palpável, tendo sido realizado diagnóstico diferencial com TU de ovário e cisto mesentérico.

CONCLUSÕES: Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados para este cliente foram: processos familiares alterados; risco para desenvolvimento alterado; amamentação eficaz; risco para broncoaspiração; risco para infecção (cirurgia, SVD, punções venosas); e, integridade de pele prejudicada.

Maria da Conceição Luna Santos.

Rua João Rozendo, 220, Ap. 303. Cordeiro.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: cecaluna@hotmail.com

Predisposição de um grupo de mulheres para desenvolver câncer de colo do útero: um estudo realizado no Centro de Saúde Jardim Fragoso, Olinda, Pernambuco

Silva FMV; Freitas LC

FUNESO. Olinda, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a predisposição de um grupo de mulheres para desenvolver câncer de colo do útero, efetivar o levantamento documental e bibliográfico sobre o câncer de colo do útero, identificar grupos de risco para desenvolver neoplasia de colo de útero em uma população específica e descrever o nível de conhecimento das entrevistadas com relação ao exame Papanicolaou.

MÉTODOS: O campo de pesquisa foi o Centro de Saúde Jardim Fragoso, localizado em Jardim Fragoso, Olinda, Pernambuco. O período de realização foi de abril/2004 a janeiro/2005. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo exploratório-descritivo, visto que "seus propósitos são os de observar, descrever e explorar aspectos de uma situação" (Polit e Hungler 1995). A pesquisa é um desenho de estudo observacional de corte transversal. A amostragem foi probabilística simples, constituída pelas pacientes que agendaram consulta com a ginecologista, sendo selecionadas 300 mulheres. Para a coleta de dados, observação direta extensiva, empregou-se a técnica de questionário individual.

RESULTADOS: Das partes pesquisadas 28% das pacientes estavam no grupo de risco para desenvolver câncer de colo do útero, segundo a faixa etária. Segundo HALBE (2000) a faixa etária de risco para aparecimento de câncer de colo do útero encontra-se entre 35 e 59 anos de idade. A maioria das pacientes estudadas (60,3%) apresentou entre um e três parturições. De acordo com os dados deste estudo, cerca de 65% das pacientes referiram coitarca antes dos 20 anos de idade. Das pacientes entrevistadas, 88,7% não referiram sinusiorragia, achado relevante relacionado à neoplasia maligna de colo uterino segundo SMITH (2004). Duzentos e cinqüenta e três pacientes referiram não ser tabagistas. Mais da metade das mulheres referiram ter um único parceiro sexual. Cerca de 83% das pacientes já haviam realizado a citologia oncótica para cérvix uterina e a maioria possui resultado do exame preventivo normal.

CONCLUSÕES: Foi constatado que o grupo de mulheres que freqüentam o Centro de Saúde Jardim Fragoso não têm predisposição para desenvolver câncer de colo do útero, porque não pertencem aos grupos de risco estudados e possuíam conhecimento sobre a patologia e sobre a importância da realização periódica do exame papanicolaou.

Assistência de enfermagem ao récem-nascido filho de mãe HIV positivo

Santos MCL ; Barbosa HTLF; Procópio EVP; Araújo NRAS

Hospital das Clínicas, Recife - PE

OBJETIVOS: Fornecer subsídios teóricos para a implementação de uma assistência de enfermagem qualificada ao RN filho de mãe HIV +, fazer uma revisão teórica do protocolo para abordagem da gestante/puérpera HIV + preconizado pelo Ministério da Saúde correlacionando-o com a prática vivenciada, bem como mostrar a relevância do diagnóstico de enfermagem como instrumento que fornece condições para viabilizar o Processo de Enfermagem.

MÉTODOS: Exploratório, descritivo, no formato de estudo de caso. Os dados foram obtidos a partir do prontuário, entrevista, anamnese e exame físico. O estudo foi realizado no período compreendido entre 03/03/05 e 11/03/05.

RESULTADOS: A AIDS é considerada uma doença emergente, pandêmica e um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Os indivíduos infectados pelo vírus HIV desenvolvem uma grave disfunção do sistema imunológico à medida que os seus linfócitos T CD4 + são destruídos. A doença pode ou não ter expressão clínica imediata. Os testes disponíveis para diagnóstico positivam num período de 6 a 12 semanas após aquisição do vírus, com um tempo médio de 02 meses. O teste rápido para o HIV, nas gestantes, é uma rotina preconizada pelo Ministério da Saúde, durante as consultas do pré-natal. Caso seja positivo, a gestante iniciará a zidovudina (v.o) a partir da 14º semana gestacional, acompanhado de outros retrovirais se necessário, com exceção do efavirens e a hidroxiuréia, que são contra-indicados. Na transmissão vertical, o concepto adquire a infecção através do contato com sangue e secreção vaginal da mãe durante a gestação, trabalho de parto e parto e, pelo leite materno (A amamentação, em qualquer período, é considerada uma reexposição ao vírus). Com relação aos critérios de definição de caso de AIDS em crianças para fins de Vigilância Epidemiológica serão consideradas infectadas quando houver a presença de RNA ou DNA viral detectável acima de 1.000 cópias/ ml em 02 amostras ( teste de carga viral) obtidas em momentos diferentes. Estes testes poderão ser realizados após a segunda semana de vida, entretanto, é mais indicado que essas amostras sejam colhidas após o segundo mês de vida.

CONCLUSÕES: Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados para este cliente foram: processos familiares alterados, risco para C/D alterados, amamentação interrompida, risco para broncoaspiração, risco para alteração da temperatura corporal e risco para infecção pelo vírus HIV.

Maria da Conceição Luna Santos.

Rua João Rozendo, 220, Ap. 303. Cordeiro.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: cecaluna@hotmail.com

O papel do profissional de enfermagem junto à equipe multidisciplinar do SAE frente ao tratamento dos pacientes soropositivos

Santos MRL; Silva MS; Venâncio WMSN

Policlínica Lessa de Andrade. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Investigar a utilidade do profissional da enfermagem junto à equipe multidisciplinar, como auxílio na terapia do atendimento ambulatorial de portadores de HIV/AIDS, com a finalidade de melhorar a adesão do paciente ao tratamento; analisar o papel da enfermagem na ajuda ao tratamento clínico-ambulatorial; perceber a interação dos profissionais de enfermagem com os demais componentes da equipe multidisciplinar; propiciar trocas de experiências e diminuição de angústias.

METODOLOGIA: Abordagem qualitativa, utilizando-se questionários com a equipe do SAE da Policlínica Lessa de Andrade, Recife, representados por enfermeiro, psicóloga, odontólogo, auxiliar de enfermagem, médicos, farmacêutico, nutricionista, assistente social e auxiliar administrativo.

RESULTADOS: A integração dos membros do SAE com a enfermagem ajudam os pacientes a permanecerem em atividades, junto aos amigos, familiares e da equipe que os assiste. A função principal do grupo propicia mudanças de comportamento dos sujeitos consideradas benéficas para sua aceitação e adesão ao tratamento, favorece uma maior e melhor convivência entre pacientes versus equipe e os sentimentos negativos advindos da doença são aliviados pelo suporte emocional oferecido pelo grupo.

CONCLUSÕES: As atividades de enfermagem tem papel fundamental junto à equipe multidisciplinar do SAE no tratamento dos portadores de HIV/AIDS, possibilitando um espaço valioso para troca de experiências e compreensão dos aspectos psicossociais do ser humano, pela necessidade de adequação a formação do enfermeiro e apoio específico para a equipe que desenvolve projetos desta natureza.

O conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca da legalização do aborto, bem como os cuidados prestados às pacientes que sofreram ou praticaram este ato

Costa RMF; Venâcio WMSN; Mendes ADN

Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, Brasil

Hospital do Servidor do Estado, Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Investigar o conhecimento dos profissionais de enfermagem frente ao aborto, bem como conhecer os procedimentos utilizados para com as pacientes que sofreram ou praticaram este ato; aquilatar sobre a opinião dos profissionais de enfermagem entrevistados acerca da legalização do aborto no Brasil; dimensionar o conhecimento dos profissionais de enfermagem entrevistados acerca do aborto legal no Brasil; estabelecer qual a opinião dos profissionais de enfermagem entrevistados acerca da legalização do aborto como direito da mulher.

MÉTODOS: Abordagem quantitativa, do tipo aleatório simples, constituído por 42 profissionais de enfermagem entrevistados por meio de questionários e que trabalham nos Hospitais Agamenon Magalhães e do Servidor do Estado.

RESULTADOS: Dos quarenta e dois profissionais, 4,8% desconhecem a forma de aborto legal no país contra 95,2% que conhecem; e 59,52% opinam favoravelmente acerca da legalização do aborto como direito da mulher, enquanto 40,48% opinam contra. Além disso, verificou-se que as mulheres que sofreram ou provocaram o aborto recebem o devido acompanhamento dos profissionais de enfermagem resultando na melhora do quadro.

CONCLUSÕES: A legalização do aborto no Brasil precisa ser bastante discutida e esclarecida, porém, sendo ou não a favor, os profissionais de enfermagem devem cuidar das pacientes de maneira ética e moral, para que elas possam voltar o mais rápido possível à sua vida normal, necessitando que tais conceitos sejam reforçado na formação desses profissionais.

Roumayne Medeiros Ferreira Costa.

Rua Joana Norberto Pessoa, 857. Jardim Fragoso.

Olinda, PE, Brasil. CEP: 53.130-030.

E-mail: roumayne@hotmail.com

Protocolo para consulta de enfermagem em crianças portadoras de anemia falciforme

Soares NCA; Ferreira SMH

Hospital de Hematologia de Pernambuco - HEMOPE. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Elaborar protocolo para consulta de enfermagem em crianças portadoras de anemia falciforme. Discutir a epidemiologia da anemia falciforme no período neonatal. Elaborar lista de diagnósticos prioritários, secundários e terciários, para clientes portadores de anemia falciforme. Selecionar intervenções compatíveis com os diagnósticos.

MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo, com extensa revisão bibliográfica para elaboração do protocolo de consulta de enfermagem em crianças portadoras de anemia falciforme. O estudo foi realizado no Hospital de Hematologia de Pernambuco (HEMOPE) localizado na cidade do Recife. O protocolo foi constituído por duas partes: 1) formulário contendo o roteiro para a consulta de enfermagem; 2) a sistematização da assistência de enfermagem contendo os diagnósticos de enfermagem, a prescrição, a implementação dos cuidados e a orientação das ações a serem desenvolvidas.

RESULTADOS: Verificou-se um aumento no número de atendimentos às crianças portadoras, encaminhadas através do programa de triagem neonatal da anemia falciforme. Foram elaborados alguns dos seguintes diagnósticos de enfermagem: 1) déficit de conhecimento relativo ao processo da doença, fatores genéticos, prognóstico e necessidades de tratamento; 2) crescimento e desenvolvimento alterados; 3) perfusão tissular alterada; 4) dor aguda / Crônica; 5) amamentação interrompida; 6) conflito no desempenho de papéis dos pais; 7) padrão ineficaz de alimentação infantil; 8) manutenção da saúde alterada.

CONCLUSÕES: O programa de triagem neonatal da anemia falciforme será efetivo havendo a formação de uma equipe multiprofissional para acompanhamento das crianças portadoras e seus familiares. A enfermeira como parte integrante desta equipe, tem como instrumento direcionador, a consulta de enfermagem que permitirá a adoção de condutas de resolutividade própria a partir dos diagnósticos traçados e da implementação dos cuidados; além de auxiliar na promoção de uma melhor qualidade de vida para essas crianças, sobretudo porque elas necessitam do tratamento durante toda a vida.

Prevenção domiciliar do câncer cérvico-uterino garantindo os principios do sistema único de saúde: um desafio para o enfermeiro

Coelho FG da S ; Veiga ÉM de L; Silva RCOL

Prefeitura da Cidade do Recife. Destrito Sanitário III. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Levantar o número de mulheres em situações especiais, identificando as que aceitam a coleta no domicílio; avaliar a opinião das usuárias quanto à coleta no domicílio e identificar a concepção dessas usuárias quanto ao exame de prevenção; identificar os motivos pelos quais algumas mulheres não aceitaram a coleta do exame preventivo no domicílio. Descrever como a coleta do papanicolaou é realizada no domicílio.

MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo com abordagem quantitativa e corte transversal, evoluindo 76 mulheres em situações especiais que residem em uma área de cobertura do Programa dos Agentes Comunitários de Saúde, do Distrito Sanitário III, da cidade do Recife.

RESULTADOS: 91% das mulheres eram maiores de 60 anos viúvas e aposentadas; 54% das mulheres aceitaram ser submetida ao exame preventivo no domicílio, 98% dessas mulheres referiram grande satisfação da coleta ter sido feita em sua residência, principalmente pelo fato de não poderem se deslocar até a unidade de saúde.

CONCLUSÕES: Concluiu-se que a coleta do exame no domicílio é possível, porém as condições técnicas muitas vezes são precárias, dificultando o procedimento; porém todas as condições não inviabilizam a realização adequada da coleta constituindo assim uma ação de saúde preventiva em mulheres que não são alcançadas pelos programas do Ministério da Saúde, e forma contribui para uma maior cobertura ao controle do câncer de colo do útero, garantindo os princípios do SUS. A prevenção domiciliar é uma conquista, os desafios para o enfermeiro são muitos, as dificuldades são reais, mas as perspectivas são vitais para o fortalecimento de seu compromisso profissional com as pessoas as quais prestam assistência, proporcionando a humanização de suas ações.

Protocolo para sistematização da assistência de enfermagem aos pacientes portadores de lla em uso do GBTLIi-LLA 93, baseado nos diagnósticos da NANDA

Ferreira HMª de S ; Soares ACN

Hospital de Hematologia de Pernambuco, HEMOPE. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Construir um protocolo para Sistematização da Assistência de Enfermagem ao paciente portador de LLA em uso do protocolo GBTLI-LLA 93, utilizando a identificação de problemas colaborativos e diagnósticos de enfermagem (NANDA) correlacionados; Relacionar as principais intercorrências apresentadas pelos pacientes em uso do GBTLI-LLA 93; Identificar as necessidades, problemas colaborativos e diagnósticos de enfermagem de acordo com a taxonomia da NANDA, Correlacionar as prescrições de enfermagem aos respectivos diagnósticos de enfermagem e conduzir o paciente durante o tratamento; propor treinamento da equipe para a atuação em cada uma das etapas utilizadas no protocolo, elaborar folheto explicativo para orientação sobre o cuidado domiciliar durante os intervalos de quimioterapia e preparo para alta.

MÉTODOS: Estudo descritivo, desenvolvido a partir de uma extensa revisão de literatura, objetivando elaborar um protocolo de assistência de enfermagem a portadores de LLA, em uso do GBTLI, e baseados na identificação de problemas colaborativos e diagnósticos de enfermagem correlacionados. Para embasar o protocolo, foram usadas como primeira etapa a realização de exame físico, posteriormente identificação dos problemas colaborativos possíveis durante o tratamento, e formulação dos diagnósticos e suas respectivas ações.

RESULTADOS: Os dados permitem sistematizar a assistências de enfermagem anteriormente ao surgimento de intercorrências e descrever ações dentro de um plano assistencial que dêem suporte a prevenção das mesmas, correlacionadas com cada fase do protocolo terapêutico o GBTLI-LLA93, utilizado na instituição.

CONCLUSÕES: Destacam-se cuidados específicos de cada fase quanto a quimioterapia, e peculiaridades do tratamento, além do uso dos aspectos colaborativos que podem suportar uma prática multidisciplinar na assistência.

Atuação do enfermeiro intensivista na assistência ao recém-nascido com dor

Mello VT ; Barbosa ES; Karolinne KCA; Javorski M; Pedrosa LL; Lucena GV; Lima MC

Hospital das Clínicas. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar a atuação dos enfermeiros no processo de intervenção à dor em recém-nascidos assistidos nas unidades de terapia intensiva neonatal; identificar o nível de conhecimento dos enfermeiros sobre o processo de investigação da dor no recém-nascido; averiguar parâmetros utilizados pelos enfermeiros para avaliar a dor no recém-nascido; descrever as condutas adotadas nas ações assistenciais ao recém-nascido em situação dolorosa.

MÉTODOS: O estudo realizado foi descritivo, exploratório, quantitativo no formato de monografia. Foram observadas e entrevistadas 45 enfermeiras assistenciais de UTIN de hospitais-escola da cidade do Recife. Foram utilizados roteiros estruturados de entrevista e de observação durante a execução dos procedimentos dolorosos. Define-se a dor como sendo uma experiência sensorial e emocional associada a dano tecidual potencial ou real, ou descrita em termos de tal dano.

RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que apesar das enfermeiras reconhecerem que o RN sente dor, muitas tinham dificuldades em defini-la e tratá-la, constatando-se que a maioria (61%) não utilizou qualquer critério para amenizar a dor no RN.

CONCLUSÕES: Conclui-se que apesar de todos os avanços disponíveis há uma distância entre o conhecimento científico e as intervenções de enfermagem no processo de cuidar do neonato.

V.T. Mello.

E-mail: vibabi@ig.com.br

Sofrimento psíquico no puerpério: o cuidar da enfermagem em um alojamento conjunto de uma maternidade da cidade do Recife, Pernambuco

Santos CMR ; Cordeiro EL

Hospital Agamenon Magalhães. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Identificar as dificuldades dos auxiliares de enfermagem no cuidar das puérperas portadoras de sofrimento psíquico.

MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com 27 auxiliares de enfermagem de um Alojamento Conjunto em uma instituição Pública Estadual da cidade do Recife, Pernambuco, através de questionário auto-aplicativo.

RESULTADOS: Os resultados obtidos mostraram como os auxiliares de enfermagem, em sua grande maioria, não receberam treinamento formal e regular para atuar na área; a pouca qualificação desses profissionais foi outro ponto curioso associado à falta de treinamento na área de saúde mental, o que revela dificuldades quanto ao sentimento e relacionamento com a puérpera em sofrimento psíquico.

CONCLUSÕES: Oferecer um bom preparo aos profissionais de enfermagem, para que desempenhem suas tarefas sob um novo olhar, assumindo novas posições, é necessário desenvolver em todos os profissionais a valorização do trabalho compartilhado, comprometido, todos voltados para um objetivo comum: o bem-estar do cliente.

Cândida Maria Rodrigues dos Santos.

Av. Beberibe, 3530 Ap. 403. Porto da Madeira.

Recife, PE, Brasil. Cep:52130-000.

E-mail: candidaenf@yahoo.com.br

O efeito terapêutico de uma atividade extra-hospitalar com mães de um alojamento cangurú de uma maternidade pública da cidade do Recife, Pernambuco

Amano PMM ; Santos CMR; Cordeiro EL

Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Reduzir os níveis de estresse das mães que acompanham seus bebês em um Alojamento Canguru, de uma Maternidade Pública da Cidade do Recife, Pernambuco.

MÉTODOS: Fizeram parte do estudo seis mães de bebês de um Alojamento Canguru, que realizaram visitas a um Shooping Center e ao Aeroporto da cidade, acompanhadas de uma enfermeira e uma auxiliar administrativa do setor, ficando seus bebês aos cuidados de duas auxiliares de enfermagem.

RESULTADOS: Os resultados evidenciaram uma redução no nível de estresse, um aumento da produção láctea e melhora no relacionamento interpessoal: mãe-bebê e mãe-equipe de saúde.

CONCLUSÕES: É sugerido a sistematização dessas atividades extra-hospitalares direcionadas a essa clientela, onde a concepção de um bebê, que necessita de cuidados especiais, desencadeia forte impacto em seu cotidiano, resultando em desequilíbrio emocional, comprometendo a assistência e prolongando sua permanência no hospital.

Patty Miwako Meira Amano.

Rua Suely Menelau, 195. Imbiribeira.

Recife, PE, Brasil. CEP: 51170-150.

E-mail: pmiwako@hotimail.com

Vivenciando a paternidade: o olhar dos homens sobre sua participaçâo na gravidez e após o nascimento

Rocha TPL; Freitas WMF; Nóbrega LHF; Soares MPC

Universidade Federal da Paraíba. Jõao Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Investigar a experiência de homens durante a primeira gestação de suas companheiras, sob o enfoque de gênero.

MÉTODOS: Estudo de abordagem qualitativa, realizado em duas UBS localizadas nos municípios de João Pessoa e Teixeira, Paraíba. A população do estudo foi constituída por 10 homens cujos filhos eram atendidos no ambulatório da puericultura dessas unidades de saúde. O material empírico foi produzido por meio de entrevistas subsidiadas por uma questão norteadora, que estimulava o participante a falar da sua experiência durante a primeira gravidez de sua companheira.

RESULTADOS: Foi mostrado que os homens estão buscando novas formas de se relacionar no âmbito familiar, especialmente, durante o período pré-natal e, principalmente, no que tange ao seu papel de pai. Foi possível observar que os pais estão se envolvendo mais com a gravidez, parto e pós-parto, contribuindo assim para a formação de vínculos afetivos com seu filho ainda na gestação, propiciando uma aproximação mais afetiva e um relacionamento pai-mãe-filho melhor. Foi possível observar também que apesar dessa situação, ainda é pouca a participação desses homens no contesto doméstico.

CONCLUSÕES: Foi possível compreender que os homens estão mais dispostos a participar da gravidez para além da provisão, compreendendo o "ser pai" desde a gestação; todavia ainda existe uma ampla resistência dessa interação no contexto privado, no que se refere a divisão igualitária das responsabilidades domésticas e do cuidado com os filhos. Assim, torna-se importante que desde o pré-natal a enfermagem articule o pai nesse contexto, levando-o a refletir que a paternidade deve ser ampliada para além da provisão material.

Lícia Helena Farias Nóbrega.

Rua Francisco das Chagas Feitosa, 107. Cristo Redentor.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58.071-360.

Dor em crianças: a percepção da equipe de enfermagem

Araújo TLM ; Holanda VR; Holanda,ER; Lacerda Jr. AG

Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Propor uma assistência de enfermagem frente às crianças com dor, e descrever a percepção da dor pela equipe de enfermagem.

MÉTODOS: Estudo descritivo, realizado no período de janeiro à abril de 2005, através do levantamento literário no acervo da biblioteca central da Universidade Federal da Paraíba e biblioteca setorial do Hospital Universitário Lauro Wanderley, acrescido de sites da internet sobre o tema abordado, além da observação participativa na assistência de crianças internadas na clínica pediátrica do Hospital Universitário Lauro Wanderley.

RESULTADOS: A preocupação em relação à assistência de enfermagem passa por dois pólos principais: a administração da medicação analgésica, procedimentos que exigem conhecimentos psico-biológicos e farmacológicos complexos, e a avaliação da dor, processo complexo que exige do profissional uma instrumentalização que permita identificar corretamente as características e intensidade da dor referida para atuar corretamente

CONCLUSÕES: A complexidade do fenômeno da dor é a base de limitações a compreensão dos seus mecanismos e da multiplicidade de abordagens terapêuticas. Nesse sentido, a conduta de enfermagem a ser tomada diante da percepção de uma criança com dor, só poderá ser efetiva se for realizada de forma holística e humanizada.

TLM Araújo. Rua João Rodrigues Alves.

270 Ap. 206, Bl.A, Ed. Maringá. Bancários.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58.051 000.

Assistência de enfermagem a um paciente com Leucemia Linfóide Aguda infantil portador de Síndrome de Down

Silva PKA ; Silva PRAM; Araújo TLM; Silva KPA

Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica e Administração. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Associar a aprendizagem teórica na disciplina de Enfermagem em Clínica Pediátrica com a prática hospitalar e ampliar os conhecimentos sobre a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e a Síndrome de Down (SD), praticando o processo de enfermagem que se baseia nas Necessidades Humanas Básicas.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo clínico que aborda em seu contexto a patologia Leucemia Linfóide Aguda em Paciente portador de SD, diagnosticada em uma paciente internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley na Clínica Pediátrica. Para isso segue as seguintes etapas: revisão de literatura; histórico de enfermagem; plano de cuidados; implementação; avaliação; evoluções; prescrição médica; exames laboratoriais e estudo das drogas utilizadas nesta patologia. Na pesquisa bibliográfica foram selecionados livros, artigos, e endereços eletrônicos referentes ao tema.

RESULTADOS: Através da observação e o registro de enfermagem, instrumentos no desenvolvimento da sistematização da assistência de enfermagem, foram obtidos subsídios para o planejamento da assistência, para a execução dos cuidados e para a avaliação da assistência prestada; Houve associação entre a aprendizagem teórica na disciplina de Enfermagem em Clínica Pediátrica com a prática hospitalar e foi ampliado o conhecimentos sobre LLA e SD.

CONCLUSÕES: Foi verificada a articulação entre o ensino e prática da enfermagem, enquanto trabalho socialmente estruturado e institucionalizado evidenciado através das atividades desenvolvidas. Esse não se resume somente a técnicas executadas em série: trata-se de esforços de construção de uma legitimidade em torno de sua própria prática.

P.K.A. Silva.

Rua Francisco Timóteo de Souza, 414, Ap. 202. Bl.B. Bancários.

João Pesoa, PB, Brasil. CEP: 58.052-130.

Processo de enfermagem aplicado a um paciente pediátrico acometido por Mastoidite Aguda

Holanda ER ; Holanda VR; Lacerda Jr. AG; Lima TS

Hospital Universitário Lauro Wanderley - HULW. João Pessoa, PB, Brasil

OBJETIVOS: Superar os desafios que a avaliação do cliente pediátrico apresenta e ampliar os conhecimentos sobre a mastoidite aguda praticando a sistematização da assistência e o cuidar, que é a razão existencial da enfermagem.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso que aborda em seu contexto a mastoidite aguda diagnosticada em um paciente pediátrico internado no Hospital Universitário Lauro Wanderley na Clínica Pediátrica, no período de 17/03 a 23/03 de 2005 em João Pessoa, Paraíba. O instrumento utilizado para levantamento de dados foi um roteiro estruturado embasado nas necessidades humanas básicas e no modelo biomédico.

RESULTADOS: Foi constatada a recuperação e alívio do quadro álgico que se encontrava a criança. Ela conseguiu manter comunicação verbal com a equipe, cooperou com as técnicas e procedimentos utilizados no tratamento, demonstrando confiança e diminuição da ansiedade gerada pelo processo de hospitalização. Também participou das atividades lúdicas juntamente as outras crianças mantendo relacionamento pessoal-social compatível com sua faixa etária. A acompanhante demonstrou conhecimento em relação à natureza e tratamento da patologia e a importância de seguir as orientações pós-alta. Expressou contribuição da mudança do estilo de vida e de hábitos higiênicos para melhorar o bem-estar da criança.

CONCLUSÕES: Os enfermeiros têm um papel vital em fornecer à criança e seus familiares os instrumentos e conhecimentos necessários para condutas bem sucedidas a fim da promoção do bem-estar e de uma vida de qualidade, considerando-a como um indivíduo único nesse processo.

E.R. Holanda.

R. Antonio Assunção, 480, Ap. 401, Bl.B. Ed. Bouquet. Bancários.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58.052 230.

E-mail: eliane.rolim@yahoo.com.br

Hanseníase em menores de 15 anos, o que podemos fazer?

Nascimento RD ; Santos DCM; Gregório VRN

Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças - FENSG. Universidade de Pernambuco - UPE. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Realizar atividades de educação em saúde em hanseníase para adolescentes de escolas do Recife, estimulando assim a auto-suspeição e o reconhecimento precoce da doença.

METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa-ação realizada no ano de 2005, que teve como área de trabalho escolas do bairro de Vasco da Gama do Distrito Sanitário III do Recife, Pernambuco. O público alvo constou de estudantes da rede pública do ensino fundamental II.

RESULTADOS: Foram realizadas na escola Gilberto Freire cinco oficinas , sendo uma para professores, quatro para estudantes, além de uma feira. Na escola Aderbal Galvão foi realizada uma oficina, contudo o trabalho foi interrompido por greve em escolas municipais do Recife que iniciou-se neste período. As oficinas foram realizadas sob a ótica de uma pedagogia dialética, participativa e problematizadora, através de rodas de discussão em sala de aula, dinâmicas que aguçaram a criatividade, valorizando o saber e participação de todos. Estas foram facilitadas por 15 acadêmicos da FENSG- UPE, contando com o apoio dos professores da escola. A feira baseou-se em apresentações informativas artísticas e culturais sobre hanseníase, como fantoches, teatro, paródia e pinturas realizadas pelos estudantes. Assistiram às apresentações da feira a equipe do projeto de extensão, professores e direção da escola, estudantes de escola próxima, profissionais do serviço de saúde e militantes do MORHAN.

CONCLUSÕES: Os estudantes mostraram que haviam se sensibilizado com a problemática da hanseníase e já podiam identificar os primeiros sinais e sintomas da doença, sendo capazes, portanto, da suspeição da mesma. Um árduo trabalho ainda precisa ser feito para alcançarmos a eliminação da doença. No entanto a meta da eliminação é passível de ser alcançada desde que os esforços envolvam todos, os serviços de saúde, os profissionais da área e a população.

Carlos Pena Filho.

334. Afogados. Recife, PE, Brasil.

CEP: 50.850-030.

E-mail: raphaeladelmondes@yahoo.com.br

Anàlise do nível de conhecimento das gestantes sobre o seu pré-natal, em pós-consulta de enfermagem

Sousa RS ; Rodrigues RMA; Vieira AC

PSF de Caixa D'água, Olinda, PE, Brasil

OBJETIVOS: Avaliar o nível de conhecimento das gestantes sobre o seu pré-natal após consulta de enfermagem e Identificar o nível de conhecimento das gestantes em relação aos parâmetros avaliados durante a consulta pré-natal. Verificar a compreensão das gestantes no que diz respeito aos cuidados para a prevenção de complicações na gestação.Investigar o nível de conhecimento das gestantes em relação a importância da assiduidade no pré-natal e cuidados com o recém nascido.

MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, com gestantes e o conhecimento das mesmas sobre pré-natal, após a consulta de enfermagem na Unidade de Saúde da Família de Caixa D'água da cidade de Olinda, Pernambuco, no período de julho a setembro de 2004. A amostra foi obtida através da média de atendimento mensal das consultas de pré-natal de 40 gestantes cadastradas no serviço, sendo 32 atendidas durante o período de estudo.

RESULTADOS: Observou-se que 100% das gestantes afirmaram que o pré-natal era importante; 93,8% souberam dizer quais exames foram solicitados; 81,3% tinham conhecimento da importância do sulfato ferroso na gravidez; 68,7% foram orientadas sobre sua alimentação; porém, 62,5% das mesmas não tinham conhecimento sobre qual doença a vacina que receberam prevenia; 78,1% desconhecem a solicitação do VDRL; 65,6% não receberam explicações sobre o controle do peso, 68,7% afirmaram não terem recebido orientação sobre os cuidados com o recém-nascido.

CONCLUSÕES: Foi demonstrada a pequena compreensão das informações dadas a essas gestantes, relacionadas à linguagem inadequada da enfermagem e/ou à evasão das gestantes nas consultas de pré-natais.

Protocolo de cuidados de enfermagem a uma criança com doença de Werdnig-Hoffmann: relato de um caso

Muniz IG; Silva ACF; Santos YMA

Hospital da Restauração - HR, Recife - PE

OBJETIVOS: Descrever a revisão teórica da Doença de Werdnig-Hoffmann, relatar o caso de uma criança com a doença e elaborar um protocolo de cuidados de enfermagem a partir da identificação dos principais diagnósticos de enfermagem e respectivas intervenções.

MÉTODOS: Pesquisa do tipo estudo de caso, exploratória e descritiva, realizada no Hospital da Restauração, no período de 1 de maio a 30 de junho de 2005. A coleta de dados foi realizada através de busca no prontuário e acompanhamento da história clínica. Os diagnósticos de enfermagem foram identificados com base nas evoluções e prescrições de enfermagem, sendo estruturados na teoria de Wanda Horta e relacionados segundo Carpenito.

RESULTADOS: E.M.N.C., cinco anos, sexo feminino, natural de Recife, Pernambuco. Internada aos oito meses de vida desde o dia 20 de janeiro de 2001, com diagnóstico de Doença de Werdnig-Hoffmann. Atualmente, a criança encontra-se na dependência total de assistência ventilatória mecânica. Os problemas atuais de saúde foram priorizados e identificados os diagnósticos de enfermagem como: comunicação verbal prejudicada relacionado ao funcionamento motor dos músculos da fala, prejudicada secundário à hipotonia muscular, evidenciado por incapacidade de dizer palavras; desobstrução ineficaz de vias aéreas, relacionado à estase de secreções secundária à doença do sistema nervoso, evidenciado por tosse ausente; risco para infecção, relacionado ao comprometimento das defesas da criança, secundário à imobilidade prejudicada e permanência prolongada no hospital. A implementação dos cuidados foi feita considerando a individualidade da criança. Para os diagnósticos identificados foram propostas intervenções de enfermagem como: identificar um método através do qual a criança possa comunicar as necessidades humanas básicas; manter a hidratação adequada; reduzir a entrada de organismos na criança, bem como protegê-la de infecções e reduzir sua suscetibilidade à infecção; fazer com que as refeições sejam feitas em ambiente agradável; proporcionar privacidade durante rotina do banho e para vestir-se.

CONCLUSÕES: A elaboração do protocolo de cuidados de enfermagem oferece à criança uma assistência humanizada e holística, para que a mesma responda satisfatoriamente ao plano de cuidados devidamente elaborado. Com isso, os benefícios se estendem não apenas a mesma e sua família, como também à enfermagem, visto que com essa prática passa cada vez mais a consagrar-se aos cuidados baseados em conduta científica.

A.C.E. Silva.

Rua Arenópolis, 32. Piedade.

Jaboatão dos Guararapes, PE, Brasil. CEP: 54.430-332.

E-mail: isabele_muniz@hotmail.com

Perfil das crianças de 0 a 2 anos admitidas no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP, em junho e julho de 2005

Melo DB ; Germano EM; Vidal SA

OBJETIVOS: Traçar o perfil das crianças de 0 a 2 anos admitidas num hospital público da cidade do Recife.

MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo, prospectivo com 300 crianças com faixa etária entre 0 e 2 anos internadas no 4º Hospital Geral de Pediatria do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP), no período de junho e julho de 2005.

RESULTADOS: Das 300 crianças estudadas, 56,7% eram do sexo masculino, com 44,7% procedentes do interior. A idade materna em 59,7% dos casos foi menor ou igual a 24 anos. No que se refere à escolaridade materna, 8,7% eram analfabetas e 32,0% tinham escolaridade inferior ou igual a 4 anos de estudo, com 75,3% apresentando companheiro fixo. A central de leitos do estado foi responsável por 68% dos internamentos, com 86,0% afirmando a existência do PSF no município; no entanto, apenas 35% afirmaram receber um acompanhamento pela equipe. Quanto às características clínicas destas crianças, 21,3% foram admitidas com diagnóstico de afecções do aparelho respiratório, 18,0% tiveram diagnóstico de diarréia e 13,3% foram admitidas com desconforto respiratório no período neonatal. No que se refere ao motivo da alta, 86,2% tiveram alta por cura e 6,4% evoluíram para o óbito.

CONCLUSÕES: As principais causas de internamento foram doenças preveníveis com ações primárias de saúde. Parece haver um conhecimento a respeito da equipe de saúde da familiar pela mães, no entanto, o acompanhamento pelo programa não é informado pela maioria delas.

Daniela Bezerra de Melo.

Rua dos Prazeres, 184. Boa Vista.

Recife, PE, Brasil. CEP: 50.070-570.

E-mail: enpped@imip.org.br

Padronização da técnica de punção venosa em um hospital escola da cidade do Recife, 2004

Morimura MCR ; Melo MIB; Andrade LG; Haimenis RP

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Relatar a experiência de um grupo de enfermeiros na padronização da técnica de punção venosa, a fim de otimizar a qualidade da assistência de enfermagem e minimizar custos.

MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, visando a melhoria da atenção em Enfermagem e redução de custos, realizado uma revisão da literatura para avaliação das técnicas.

RESULTADOS: Foi implantado um cronograma a fim de organizar pequenos grupos de técnicos e auxiliares de enfermagem; o treinamento se fez em serviço. As atividades eram realizadas com base no conhecimento prévio do grupo e após as discussões e justificativas de cada etapa da técnica, o procedimento era realizado pelos participantes. Após o treinamento no laboratório, o profissional retornava ao setor de origem para implementação do processo sob a supervisão do enfermeiro da educação continuada ou do setor. Com isso foi possível implementar de forma uniforme uma técnica de enfermagem no serviço, trazendo benefícios para o cliente e sua família, para a instituição e também para a Enfermagem, mostrando a importância da educação permanente do trabalho em grupo. Conforme padronização, é descrita a seguir a técnica escolhida para utilização no serviço. Técnica Padrão para Punção Venosa: 1) esclarecer ao cliente o procedimento; 2) lavar as mãos por 15 segundos (dentro da técnica); 3) preparar o material; ( cuba rim ou bandeja contendo: algodão embebido em solução, garrote, esparadrapo, catéter, seringa com diluente para testar a veia, transfuso já conectado ao soro, luvas de procedimento); 4) posicionar o paciente; 5) seleção consciente da veia ( preferencialmente dorso das mãos, pés, ou antecubital, evitar puncionar veia com bifurcações ); 6) lavar novamente as mãos por 15 segundos; 7) calçar luvas de procedimentos; 8) garrotear o membro a ser puncionado; 9) fazer anti-sepsia local com algodão umedecido com álcool a 70%, clorexidina solução alcoólica aquosa a 0,5%(recém-nascidos pré-termo) e clorexidina solução alcoólica aquosa a 1,0% (recém-nascidos a termo), com movimentos circulares do centro para periferia; 10) aguardar por 30 segundos para atuação do anti-séptico; 11) puncioná-la com bisel para cima; 12) introduzir o scalp / cateter intravenoso no ângulo de 45º e transfixar a pele; 13) a medida que há retorno sangüíneo, retirar lentamente o guia, e introduzindo a parte siliconada para evitar a transfixação da veia; 14) fixar o scalp / cateter intravenoso com adesivo anti-alérgico ou esparadrapo, datar e rubricar; 15) controlar o gotejamento; 16) posicionar o paciente confortavelmente; 17) retirar as luvas; 18) lavar as mãos; 19) notificar o procedimento no prontuário

CONCLUSÕES: A implantação de uma única técnica dentro da instituição pode parecer simplório, porém é relevante ressaltar que esse processo inclui mudanças de atitudes, permite lançar-se ao novo, além de provocar atualização em massa, quebrando paradigmas.

Maria Celina Rocha Morimura.

Rua Washington Luiz, 123, Ap. 9. Cidade Universitária.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: celinamorimura@ig.com.br

A Construção do Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduaçào em Enfermagem da Escola Pernambucana de Enfermagem - EPEn

Moura A; Morimura MCR; Figueira MCS; Melo MIB

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Relatar a experiência de um grupo de enfermeiros na elaboração da construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) para realização de um Curso de Graduação em Enfermagem, de uma escola privada no Estado de Pernambuco.

MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, no período de janeiro a março de 2005.

RESULTADOS: O trabalho foi construído de forma participativa e reflexiva, com a atuação coletiva de um grupo de enfermeiros. partindo da experiência individual de cada participante, através de oficinas de trabalho, grupos de estudo, além de relatos de experiências de outros projetos políticos pedagógicos. Inicialmente foi realizado um estudo sobre as diretrizes curriculares nacionais para implantação das diretrizes nos Cursos de Graduação em Enfermagem. Nessa etapa foi pactuada permanência da metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) como um novo desenho curricular que procurou traduzir as propostas dos SENADENs/ABEn. O compromisso do PPP em construção na EPEN é com o aprender a aprender; o aprender a ser; o aprender a fazer; o aprender a conhecer: O produto final registra as atividades realizadas pelo núcleo coordenador do processo, denominado de Comissão de Assessoria à Coordenação (CAC), direcionadas para promover a apropriação crítica das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Enfermagem. Buscou-se organizar o primeiro período e sua articulação nos períodos subseqüentes. Importante ressaltar que todas as áreas temáticas, blocos e conteúdos serão trabalhados em todos os períodos buscando uma aproximação gradativa dos pressupostos da integralidade, como eixo estruturante da formação do trabalho no Sistema de Saúde Vigente. Como esse trabalho representou um movimento de idas e vindas e sucessivas aproximações, outra etapa foi operacionalizada, uma nova qualificação dos sujeitos e dos processos. Todas as etapas foram revistas num processo de reconstrução, a partir da incorporação de novos conhecimentos oriundos dos grupos de estudo, da crítica e da reflexão sobre o fazer cotidiano no processo de construção do Curso. A concepção educacional da EPEN busca construir uma proposta que atenda a multiplicidade de exigências e a ampliação dos conhecimentos advindos das ciências humanas, físicas e biológicas, somando às injunções da organização estrutural da sociedade.

CONCLUSÕES: O estudo representou a qualificação do grupo de enfermeiros envolvidos, além da construção de um projeto político pedagógico inovador para a enfermagem, que contribuirá para a formação de um profissional generalista, capacitado, com visão holística e compromisso social.

Maria Celina Rocha Morimura.

Rua Washington Luiz, 123, Ap. 9. Cidade Universitária.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: celinamorimura@ig.com.br

Projeto político-pedagógico da Escola Pernambucana de Enfermagem

Figueira MCS ; Germano EM; Andreto LM; Andrade L

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Descrever as novas práticas pedagógicas propostas no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola Pernambucana de Enfermagem (EPEn).

MÉTODOS: Um estudo descritivo tipo relato de experiência.

RESULTADOS: No PPP da EPEn o educando deverá integralizar, para a obtenção do grau de enfermeiro, um total de 4000 horas, com duração mínima de quatro anos . Às 3200 horas teórico-práticas foram distribuídas do 1º ao 6º período, com um total de 516 horas por semestre (20 semanas). As competências em cada período serão conformadas de modo a garantir a integração dos conteúdos durante todo o processo. No 7º e 8º períodos, ocorrerá o estágio supervisionado. Estarão disponibilizados para o aluno 100 horas para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e no percorrer de todo o curso serão destinadas 40 horas para as disciplinas complementares. O currículo está organizado em áreas temáticas, às quais integrarão simultânea e gradativamente as Ciências Biológicas, Humanas e Sociais, os conhecimentos técnicos, científicos e políticos da Saúde e da Enfermagem. As áreas temáticas imprimem uma dinâmica na proposta pedagógica tendo como preocupação central a inter-relação dos conhecimentos sem superposição de conteúdos. Essa proposta será desenvolvida em estruturas de módulos obrigatórios, e/ou atividades acadêmicas complementares, que se sucedem em ordem de complexidade crescente, favorecendo a interdisciplinaridade, a integralidade e a terminalidade do processo de formação. O PPP constitui-se em duas bases e dois processos. São eles: Bases Biológicas, Humanas e Sociais do Trabalho em Saúde/Enfermagem; Bases Teórico-Metodológicas do Trabalho de Enfermagem; Processo Assistir/Intervir e Gerenciar da Enfermagem e o Processo Ensinar/Aprender e Investigar da Enfermagem.

CONCLUSÕES: O PPP da EPEn estrutura-se, não para atender apenas uma exigência do mercado ou das políticas ministeriais, e sim para contribuir com a educação brasileira, a fim de galgar mais uma etapa, rumo aos níveis de qualidade para o ensino e a prática profissional, estabelecidos pela própria categoria, em que ressaltam o compromisso político, técnico e pedagógico da enfermagem. Concebe a investigação como processo de trabalho e como princípio científico e pedagógico da formação do enfermeiro, comprometendo-se com a produção de conhecimentos inerentes ao trabalho da enfermagem.

Maria Cristina dos Santos Figueira.

Rua Arlindo Gouveia, 130, Ap.802. Madalena.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: enf@imip.org.br

Aprendizagem Baseada em Problemas - ABP: uma realidade na graduaçào de enfermagem no nordeste brasileiro

Figueira MCS ; Haimenis RP; Andreto LM ; Ramos KS

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira, Recife - PE

OBJETIVOS: Conhecer a experiência metodológica inovadora, participativa e reflexiva em um projeto político pedagógico de enfermagem, o qual resultará no crescimento profissional do educador e do educando.

MÉTODOS: A adoção de novos referenciais na formação em saúde da Escola Pernambucana de Enfermagem - EPEN é baseada numa abordagem moderna, transformadora, referida como Aprendizagem Baseada em Problemas, estimulando a aprendizagem ativa, desencadeada, através de ambientes ou cenários facilitadores, problemas (casos) captados ou não da realidade, desenvolvidos por grupos tutoriais. Para a realização do grupo tutorial é necessário seguir a técnica própria do método denominado "os sete passos", os quais serão descritos a seguir: 1º Passo) ler e compreender o texto, definindo os termos desconhecidos. O secretário deve listar os termos que continuarem sem esclarecimento após a discussão; 2º Passo) definição do problema ou problemas a serem discutidos; 3º Passo) tempestade de idéias. Formular hipóteses e oferecer explicações baseadas no conhecimento prévio que o grupo tem sobre o assunto proposto; 4º Passo) rever os passos 2 e 3, resumir e listar estas explicações; 5º Passo) estabelecer e listar os objetivos de aprendizagem, que levam o educando a comprovar/negar, aprofundar, complementar as explicações; 6º Passo) estudo individual. Cada educando deve coletar informações relativas aos objetivos de aprendizagem estabelecidos; 7º Passo) compartilhamento do conhecimento obtido no qual o educando identifica sua fonte e partilha seus resultados com o grupo. Ao término elabora-se um relatório final.

CONCLUSÕES: Essa nova metodologia possibilita o desenvolvimento do educando com um diferencial em sua essência, pois na possibilidade da aprendizagem com maior responsabilidade individual e em grupo, onde o entendimento em saúde passa a se formar na integralidade, livre das fragmentações existentes no ensino tradicional e em geral na sociedade, mostrando a indissociabilidade entre o homem e seu contexto social. Reforça a possibilidade que só a educação pode permitir ao homem intervir em sua realidade, mostrando que a verdadeira educação permite a transformação do conhecimento. Essa proposta pedagógica retrata o principio pedagógico e científico como o modo de conformação da autonomia intelectual do enfermeiro, estabelecendo elo precoce com as diferentes atividades no campo de saúde.

Maria Cristina dos Santos Figueira.

Rua Arlindo Gouveia, 130, Ap. 802. Madalena.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: enf@imip.org.br

Perfil nutricional das gestantes atendidas no pré-natal do ambulatório do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP, Recife, Pernambuco

Andreto LM; Impieri AS; Melo MIB; Figueira MC

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Descrever o perfil nutricional das gestantes atendidas no pré-natal do ambulatório do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP).

MÉTODOS: Realizou-se um estudo longitudinal, de análise secundária, em gestantes atendidas no serviço de pré-natal da referida instituição. Esta pesquisa baseia-se em dados secundários, oriundos de um banco de informações, gerados pelo Grupo de Estudos da Saúde da Mulher do IMIP (2000). Foi constituída de 240 gestantes de baixo risco que realizaram o pré-natal no período de maio de 2000 a julho de 2001.

RESULTADOS: Observou-se bom nível de escolaridade nessa população, onde 60,4% das gestantes tinham mais de oito anos de estudo. Aproximadamente 60% das gestantes tem idade abaixo de 25 anos, 93% moram com companheiro e são procedentes de Recife. Em relação ao número de gestações, 57,0% estavam na primeira gestação e entre as que já tinham tido filho, o intervalo intergestacional acima de dois anos foi observado em 74,5%. Quanto ao estado nutricional, observa-se que 26% encontravam-se com baixo peso e 26% com sobrepeso , ou seja, menos de 50% das gestantes apresentavam estado nutricional inicial adequado para a idade gestacional, segundo os critérios proposto por Atalah et al (1997).

CONCLUSÕES: Na etapa de transição nutricional na qual o Brasil se encontra têm sido relatados ganhos de peso gestacional elevados o que também tem ocorrido no estado de Pernambuco. Desta forma, observa-se que muito embora sejam encontrados valores associados a ocorrência de baixo peso, um número importante de gestantes apresentam sobrepeso/obesidade no início da gestação. Os serviços de pré-natal precisam adaptar-se a essa nova realidade social de forma que a orientação nutricional ocorra de forma individualizada, possibilitando além de interferência social, uma mudança nos hábitos alimentares, assim como na rotina pessoal, permitindo a esta parcela da população uma melhor qualidade de vida e evolução da gestação.

Maria Inês Bezerra de Melo.

Rua da Soledade, 380 Ap. 101. Boa Vista.

Recife, PE, Brasil. CEP: 50.050-190.

E-mail: inesmel2000@yahoo.com.br

Mortalidade fetal em uma Maternidade-Escola do Recife: característica, causa e taxa de mortalidade

Andrade LGS ; Melo MIB; Amorim MMR; Figueiredo SR; Vidal SA

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP, Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Determinar a taxa de mortalidade fetal, as características e as causas básicas dos óbitos fetais atendidos em uma Maternidade-Escola do Recife.

MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo, tipo corte transversal, estudando-se todos os partos (n= 4856) assistidos no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) no período entre junho de 2004 e março de 2005, onde os óbitos fetais totalizaram 116 casos.

RESULTADOS: A taxa de mortalidade fetal foi de 23,8%. Dos óbitos fetais, 44,8% pesava menos que 1500g; 31,9% dos fetos apresentavam batimentos cardíacos na admissão; 95,7% morreram antes do parto e 4,3% durante o trabalho de parto; 18,1% eram macerados. Quando se analisaram as causas básicas, 30,8 % dos óbitos foram determinados por causas maternas e placentárias, destacando-se dentre essas as síndromes hipertensivas (39,4%); as síndromes hemorrágicas (27,3%); o trabalho de parto prematuro (15,1%) e o diabetes mellitus. As malformações fetais corresponderam a 4,7%, as infecções a 3,7%, e as causas feto-anexiais a 9,3%.

CONCLUSÕES: A taxa de mortes fetais no IMIP é elevada, o que pode estar relacionado às suas características de hospital de referência. As principais causas de óbito fetal são representadas pelas síndromes hipertensivas e pelo descolamento prematuro de placenta, predominando as mortes anteparto.

Lannuze Gomes Andrade.

Rua Arquiteto Luiz Nunes, 1247, Ap. 102. Imbiribeira.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: enfped@imip.org.br

Morte por homicídio de mulheres em idade fértil, na cidade do Recife, Pernambuco, no ano de 2002

Figueira MCS ; Falbo G; Alencar LCA; Amorim MR; Germano EM; Haimenis RP; Morimura MCR

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Determinar a prevalência de morte por homicídio em mulheres na idade fértil em Recife, 2002.

MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, tipo corte transversal, a partir da análise de todos os óbitos de mulheres na idade fértil (10-49 anos) residentes no Recife, no ano de 2002. Os dados foram obtidos através da Diretoria de Epidemiologia e Vigilância Sanitária (DEVIS) da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura da Cidade do Recife, considerando-se as informações contidas nas declarações de óbito (D.O.).

RESULTADO: No ano de 2002, dos 605 óbitos de mulheres em idade fértil, 105 foram óbitos por causas externas, correspondendo a aproximadamente 17% do total de causas de óbito nesse grupo. Desses 105 óbitos, 39% foram acidentes, 41,9% homicídios e 12,4% suicídios. Quanto ao homicídio, 52% dos óbitos ocorreram entre 20 e 29 anos e na faixa etária de 30 a 39 anos o percentual de homicídio gerou em torno de 46%; Quanto às regiões políticos administrativas (RPAs), aproximadamente 37% dos homicídios ocorreram na RPA 6, que corresponde aos bairros de Boa Viagem, Brasília Teimosa, Imbiribeira, Ipsep, Ibura, Jordão, Cohab e Pina; em segundo lugar, com 30%, a RPA 3 que corresponde a 29 bairros, entre eles: Aflitos, Casa Amarela, Casa Forte, Derby, Alto José do Pinho, Nova Descoberta, Macaxeira, Vasco da Gama entre outros. Quando relacionamos a faixa etária com bairro de ocorrência do óbito, evidenciamos que: na faixa etária de 10 a 19 anos, a maior freqüência de homicídios foi na RPA 3, e na faixa de 20 a 49 anos a maior freqüência foi na RPA 6. Quanto ao local do óbito, 48% ocorreram em via pública, sendo mais freqüentes nas RPAs 3 ,5 e 6.

CONCLUSÕES: As mortes por causas externas representam uma causa importante dos óbitos femininos na idade fértil, bem como é um importante problema de saúde pública, devendo ser investigadas com maiores detalhes no sentido de elaborar estratégias para sua prevenção. A mulher ainda hoje é carente de atenção em relação a sua condição social e política. Urge a necessidade, dentro desse grupo, de ações públicas de saúde que minimizem a morte evitável dessas mulheres impedindo a ausência dessa no seio da família, o que pode levar a sérias complicações sociais. Vale ressaltar a importância do correto preenchimento das declarações de óbitos, evitando assim subnotificações. Os profissionais de saúde necessitam de uma conscientização da relevância desses dados no sentido de garantir o conhecimento da sua população e assim atuar nos aspectos mais críticos.

Maria Cristina dos Santos Figueira.

Rua Arlindo Gouveia, n. 130, Ap. 802. Madalena.

Recife, PE, Brasil. CEP 50.720-595.

E-mail: enf@imip.org.br

Aspectos psicossociais da aids na gravidez: uma reflexão crítica

Ramos FC ; Alencar ÉJ; Souza KMJ

OBJETIVOS: Estabelecer uma reflexão crítica acerca dos aspectos psicossociais da AIDS na gravidez, enfocando as tensões vivenciadas pela gestante portadora do vírus HIV, bem como, promover uma reflexão em torno de questões relacionadas à Saúde da Mulher.

MÉTODOS: Trata-se de uma investigação bibliográfica de natureza exploratória, que foi realizado no período de maio a julho de 2005 na Universidade Federal da Paraíba, Campus I, João Pessoa, Paraíba.

RESULTADOS / CONCLUSÕES: Foi constatado que a soropositividade acarreta inúmeros conflitos internos para a gestante, os quais reclamam uma intervenção psicossocial imediata, a fim de que a mesma seja encorajada a expressar seus sentimentos, como forma de aliviar suas tensões. O cuidar de uma paciente com AIDS e ainda gestante, parturiente ou puérpera, representa um grande desafio para a competência básica do enfermeiro, para os valores pessoais e profissionais, e mesmo para as convicções éticas.

F.C. Ramos.

Rua Guilherme Pessoa Serrano, 195. Bancários.

João Pessoa, PB, Brasil. CEP: 58051 - 350.

E-mail: bichalinda22@yahoo.com.br

Cateter de Tenckhoff: análise das crianças que realizam diálise peritoneal no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP, de 2000 a dezembro de 2004

Sales C ; Cruz G; Germano EM; Melo A

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Traçar o perfil clínico/epidemiológico e avaliar o tempo de permanência do cateter de Tenckhoff dos pacientes que estão em tratamento de diálise peritoneal na Unidade Renal do Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (IMIP).

MÉTODOS: Estudo descritivo de caráter quantitativo e retrospectivo que envolveu a revisão de todos os 41 prontuários das crianças internadas na Unidade Renal do IMIP no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2004. Foram excluídas todas as crianças cujos cateteres tenham sido implantados em outros serviços.

RESULTADOS: Das 41 crianças estudadas 46,3% são do sexo feminino, 14,6 % têm idade inferior a 6 anos, 29,3% entre 7 e 12 anos. Deste total, 97,6% possuem quarto de troca em alvenaria, 90,3% possuem água encanada, com 63,4% das crianças residindo com 05 pessoas ou mais. Quanto à escolaridade materna, 53,7% tinham escolaridade inferior ao primeiro grau completo, com 46,3% recebendo menos de dois salários mínimos por mês. No que se refere ao início do processo dialítico, 53,7% já iniciaram o tratamento em diálise peritoneal com um tempo de permanência, em 43,9% das crianças, inferior ou igual a 12 meses de tratamento, ocorrendo troca de cateter em 43,9% delas. No que se refere a condição atual, 36,6% permanecem em diálise peritoneal, 31,7% foram transplantados e 12,2% das crianças admitidas no serviço evoluíram para o óbito.

CONCLUSÕES: O serviço de hemodiálise do IMIP vem prestando assistência a crianças de baixas condições socioeconômicas, no entanto, o número de crianças transplantadas e óbito estão dentro do aceitável na literatura.

C. Sales.

Rua Joana Darc, 7, Casa Amarela.

Recife, PE, Brasil. CEP: 52.070-444.

E-mail: enfped@imip.org.br

Prevalência de testagem sorológica anti - HIV no pré-natal em parturientes admitidas em uma maternidade-escola do recife no período de 6 de março a 7 de abril de 2004

Morimura MCR ; Arraes LCA; Andreto LM; Melo MIB; Figueira MC; Germano EM

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP, Recife - PE, Brasil

OBJETIVOS: Determinar a prevalência de testagem sorológica anti-HIV no pré-natal em parturientes atendidas na Emergência Obstétrica de uma Maternidade-Escola do Recife no período de março de 2004.

MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo, tipo corte transversal, através da aplicação de questionário às puérperas no Centro de Atenção à Mulher, do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP).

RESULTADOS: Foram entrevistadas 400 mulheres no puerpério do IMIP no período de 6 de março a 7 de abril no ano de 2004. Do total de mulheres entrevistadas, 3,3% não realizou assistência pré-natal, dentre as que realizaram, 22,3% fizeram na região metropolitana, 27,8% no IMIP e 21% no interior. No que se refere ao número de profissionais que atenderam a mulher durante o pré-natal, apenas 36,6% foram atendidas por somente um profissional; 37,1% foram atendidas por 2 ou 3 profissionais e 23,8% foram atendidas por quatro ou mais profissionais. Das mulheres entrevistadas apenas 40% afirmaram ter conversado com o pré-natalista sobre HIV/AIDS e para 62,8% não foi oferecido o exame durante o pré-natal. Quanto a solicitação do teste em 60% da amostra foi realizado na primeira consulta, e 75% afirmaram ter colhido o exame. Do total de mulheres participantes do estudo 23,3% não realizaram o teste. Quanto ao recebimento do resultado do teste anti-HIV, 60,8% afirmaram ter recebido o resultado do exame no pré-natal, tendo 1,3% do total de mulheres o resultado como reagente.

CONCLUSÕES: Os princípios básicos da pré-testagem não se resumem ao simples oferecimento do teste.A consulta pré-natal deve contemplar uma explicação detalhada sobre as conseqüências do oferecimento do teste anti-HIV, suas implicações psicológicas e os benefícios que as medidas profiláticas podem representar; isto é a drástica redução nas taxas de TMI.Este estudo revelou dados preocupantes.A qualidade da consulta pré-natal é deficiente, revelada pela baixa taxa de diálogo do profissional assistente com a gestante. Além do mais, ele revela ainda uma taxa de pré-testagem muito baixa,embora o Conselho Federal de Medicina determine a obrigatoriedade do oferecimento da testagem pelo médico assistente. É importante lembrar que esse oferecimento tem que levar em conta os princípios da gratuidade,da universalidade e o livre consentimento da gestante.Diversos estudos demonstraram que uma consulta pré-natal bem realizada, com as informações necessárias e pertinentes, aproxima a aceitação da gestante a fazer o teste a números acima de 90%. Fica claro que a informação é um elemento importante mas não suficiente para implementação de uma nova sistemática, como nesse caso, as medidas de detecção de gestantes HIV positivas e as medidas profiláticas decorrentes.Um treinamento permanente,uma educação continuada e um monitoramento eficiente podem ser medidas para que a informação gere mudanças de comportamento,resultando na efetividade das medidas preventivas da TMI, que,como sabemos, apresenta elevada eficácia.

Maria Celina Morimura.

Rua Pres. Washington Luiz, 123, At. 9. Engenho do Meio.

Recife, PE, Brasil. CEP: 50730-620.

E-mail: celinamorimura@ig.com.br

Fatores associados ao óbito fetal em uma Maternidade-Escola do Recife no período de junho 2004 a março 2005: um estudo caso-controle

Andrade LGS; Melo MIB; Amorim MMR; Figueiredo SR; Vidal SA

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Determinar os principais fatores associados aos óbitos fetais em uma Maternidade-Escola do Recife.

MÉTODOS: Realizou-se um estudo observacional, tipo caso-controle, no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP), Recife, Pernambuco no período de junho de 2004 a março de 2005. Foram incluídos 116 (casos) e 472 (controles), cujos partos tivessem sido assistidos na instituição. Analisou-se a associação entre a variável dependente (óbito fetal) e variáveis independentes, como biológicas,demográficas, clínicas e obstétricas. Os dados foram digitados no programa Epi-Info 3.2.2. Utilizou-se como estimativa do risco relativo o odds ratio (OR), para determinar a força da associação entre as variáveis.

RESULTADOS: Encontraram-se associações estatisticamente significantes entre óbito fetal e idade materna acima de 35 anos (OR=2,5), escolaridade menor que oito anos (OR=2,3) e procedência do interior de Pernambuco e outros estados (OR=2,6). Em relação às características obstétricas, observaram-se associações significantes entre óbito fetal e número de gestações maior ou igual a quatro (OR=1,8), história de um ou mais filhos mortos (OR=4,3), idade gestacional menor que 32 semanas (OR=19,7) e entre 32 e 36 semanas (OR=3,0), ausência de pré-natal (OR=3,8) e número de consultas pré-natais menor que seis (OR=5,9). Entre as complicações gestacionais, estiveram associadas ao óbito fetal as síndromes hemorrágicas (OR=3,2), sífilis (OR=3,2) e malformações (OR=10,4).

CONCLUSÕES: O óbito fetal associou-se a diversos fatores potencialmente preveníveis, ressaltando-se a contribuição das variáveis sócio-demográficas e ausência ou inadequação do pré-natal. O aumento da cobertura e a melhora da qualidade da assistência pré-natal, principalmente nas cidades do interior, poderiam contribuir para uma diminuição da morte fetal.

Lannuze Gomes Andrade

Rua Arquiteto Luiz Nunes, n. 1247, Apt. 102. Imbiribeira.

Recife, PE, Brasil.

E-mail: enfped@imip.org.br

Experiência de um hospital escola com residência multidisciplinar em um Programa de Integração Residentes X Preceptoria

Germano EM; Melo MIB; Morimura MCR; Andreto LM

Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira - IMIP. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Relatar a experiência do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) em um programa de integração para os residentes recém-chegados (residentes do primeiro ano) e os preceptores, com o objetivo de otimizar as relações entre os estudantes e a preceptoria, em que foram desenvolvidas atividades recreativas, apresentações e dinâmicas de grupo, tendo como finalidade integrá-los à instituição, à direção e aos coordenadores.

MÉTODOS: O presente estudo constitui um estudo descritivo, relatando-se a experiência obtida em um programa de integração realizado no período de 8 a 10 de abril de 2005, no Hotel Portal de Gravatá, interior de Pernambuco, espaço que disponibiliza condições para eventos científicos, com estrutura de auditórios, contando ainda com infra-estrutura de lazer.

RESULTADOS: Os residentes foram recepcionados pela direção, coordenadores, preceptores e funcionários do recursos humanos da instituição, que ofereceram como atração um grupo musical tradicional da região. Após a recepção, os residentes e funcionários foram acomodados em apartamentos triplos de forma casual, permitindo o conhecimento de pessoas dos demais programas. Em seguida foram acomodados no auditório para o início do programa, onde mais uma vez, os grupos foram organizados de forma que todos tivessem a oportunidade de conhecer novos colegas. Durante o período foram realizados trabalhos com o grande e pequenos grupos momentos nos quais foram abordados alguns temas entre eles: comunicação, motivação e trabalho em equipe, assim como a missão e a filosofia da instituição. Além destes momentos foram realizados momentos de descontração, tais como: jogos, banho de piscina, passeio a cavalo, festa country e forró, dentre outras possibilidades oferecidas pelo hotel fazenda. Com o desenvolver dos trabalhos, os residentes tiveram a oportunidade de expor seus sentimentos no que diz respeito à profissão, a residência e a instituição que optaram para especialização enquanto residente, expondo dessa forma, suas expectativas durante o programa.

CONCLUSÕES: A criação de eventos de integração no início do Programa de Residência favorece o aumento da oportunidade de compartilhar experiências, assim como permitir que os atores envolvidos no processo tenham a oportunidade de conviver em um ambiente nos quais as regras e os processos mórbidos não sejam o principal foco, compartilhando momentos de descontração e troca de conhecimentos.

Eliane Mendes Germano

Rua Arlindo Gouveia, 130, Ap. 802. Madalena

Recife, PE, Brasil.

E-mail: eliane.germano@bol.com.br

A arte de contar estórias como forma de preparação da criança para procedimentos médicos e de enfermagem

Farias TC da ; Lima VKH de; Trezza MCSF

Departamento de Enfermagem. Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, Brasil

OBJETIVOS: Produzir estórias infantis escritas e ilustradas com os temas: injeção, nebulização, pré-operatório e venóclise; preparar as crianças que foram submetidas a esses procedimentos utilizando o recurso das estórias; acompanhar o comportamento e reações das crianças que ouviram as estórias e posteriormente foram submetidas aos procedimentos já mencionados; e verificar a contribuição das estórias na preparação de crianças para as seguintes situações: injeção, nebulização, pré-operatório e venóclise.

MÉTODOS: O estudo foi do tipo descritivo-exploratório. Os cenários utilizados foram o setor de Pediatria do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, a Clínica Infantil Santa Terezinha e o domicílio das crianças. Os sujeitos do nosso estudo foram as crianças encontradas nesses locais.

RESULTADOS: Do estudo fizeram parte 22 crianças (ambos os sexos e idades variando de 2 a 12 anos) distribuídas em três grupos amostrais. As estórias como forma de preparação para crianças tiveram, nesse estudo, efeito de amenizar seu medo, desde que narradas no momento certo e que tivéssemos conquistado um certo grau de confiança das crianças. Observamos ainda alguns pontos que nos fazem pensar em outras formas que não sejam somente as estórias, como idade avançada ou muito precoce, momento certo para realização da narração, boa interação com o contador e o gostar de estórias.

CONCLUSÕES: As estórias mostraram ser uma boa forma para amenizar o medo das crianças nas situações estudadas, quando contadas àquelas que tiveram um entendimento acerca da mesma. O efeito da narrativa teve curta duração para algumas crianças, devendo a mesma ser contada a cada repetição do procedimento.

Perfil dos hospitais de médio e grande porte de Maceió, Alagoas, no cumprimento das leis brasileiras de proteção ao aleitamento materno

Timóteo AKCD ; Marroquim PMG; Silva AN; Oliveira RL

OBJETIVOS: Avaliar o cumprimento das leis brasileiras que asseguram às mães trabalhadoras de hospitais de médio e grande porte da cidade de Maceió-Alagoas, o direito de amamentar seus filhos.

MÉTODOS: Avaliaram-se 17 hospitais, onde foram aplicados formulários junto ao setor de recursos humanos ou pessoal ou ainda a coordenação de enfermagem. Nos hospitais que possuíam ou mantinham convênio com uma creche, foram entrevistadas três funcionárias de funções distintas que utilizam ou utilizaram essa creche. Foram também visitadas as creches referidas pelas funcionárias entrevistadas nos hospitais.

RESULTADOS: Dos 17 hospitais pesquisados, todos cumpriam o direito a licença-maternidade de 120 dias sem prejuízo de emprego ou do salário para amamentar, e concediam os descansos às funcionárias nutrizes para amamentação em horário diferente dos intervalos normais para repouso ou alimentação própria. 58,80% dos hospitais pesquisados não oferecem creche ou fazem qualquer outro trabalho de incentivo à prática de aleitamento materno com suas funcionárias. Dos hospitais que oferecem creche (41,20%) para suas nutrizes trabalhadoras, 57,04% divulgam as funcionárias sobre o direito e disponibilidade de creche destinada à aleitamento de seus filhos. O presente trabalho mostrou também que os hospitais que oferecem creche (41,20%), não possuem os requisitos básicos para o funcionamento das mesmas. Das funcionárias dos hospitais pesquisados, 40% não utilizam as creches para fins de amamentação, por opção própria.

CONCLUSÕES: Observou-se, que apesar da campanha de incentivo ao aleitamento materno, junto às instituições, principalmente de saúde, essas não cumprem efetivamente com as leis brasileiras de proteção ao aleitamento materno.

Anny Karinny Calheiros Dutra Timóteo.

Rua Jornalista Augusto Vaz Filho, 867. Farol.

Maceió, AL, Brasil. CEP: 57.057-150.

E-mail: karinnytimoteo@yahoo.com.br

Estudo das mulheres do município de São Sebastião, Alagoas acerca do auto-exame das mamas

Santos APS

Unidades de Saúde do município de São Sebastião, Alagoas, Brasil

OBJETIVOS: Identificar o grau de conhecimento nas mulheres sobre o auto-exame das mamas (AEM) e identificar a realização da prática do exame nessas mulheres; bem como verificar o que interfere na sua realização

MÉTODOS: A pesquisa, de natureza quantitativa, foi realizada com 90 mulheres, escolhidas ao acaso, atendidas no programa de planejamento familiar nas Unidades Básicas de Saúde do município de São Sebastião, Alagoas, no período de 1 de novembro de 2003 a 30 de janeiro de 2004. Utilizou-se o questionário estruturado contendo perguntas sobre o auto-exame das mamas (AEM) (já ouviu falar do exame, sabe o que é, para que serve, possui o hábito de fazê-lo e qual o motivo em não realizá-lo). As variáveis foram: Faixa etária, grau de instrução, ocupação, multiparidade, método contraceptivo utilizado, grau de conhecimento sobre o AEM, prática de realizá-lo e motivo pelo qual não o realiza.

RESULTADOS: Predominaram as mulheres na faixa etária de 30-39 anos, cadastradas no Programa de Planejamento Familiar. Com relação ao nível de instrução, predominou a categoria analfabeta, onde 30 mulheres relataram não saber ler nem escrever. Quanto à ocupação, com quarenta e cinco mulheres, a maioria eram agricultoras. Em relação ao método contraceptivo utilizado, houve predominância pelos métodos da pílula anticoncepcional e laqueadura, com 30 mulheres em cada um desses grupos. Quanto à variável multiparidade, 30 mulheres relataram ter dois filhos e outras 30, quatro filhos ou mais. Os achados da pesquisa apontaram que 84 mulheres já ouviram falar do AEM; 66 sabem o que é e para que serve, e, 50 possuem o hábito de fazer o exame. Observou-se ainda que das 39 mulheres que não realizam o exame, 21 alegaram não fazer por não saber fazê-lo, enquanto nove esquecem de fazer, seis alegam falta de tempo e três têm medo em realizá-lo.

CONCLUSÕES: O auto-exame das mamas não é estranho ou remoto à realidade, pois, mais de 90% das entrevistadas já ouviram falar do exame, porém, apenas pouco mais de 50% o realiza e as que não realizam, não fazem por não saber fazer. A técnica do AEM deve ser ensinada sempre que possível durante as consultas diárias. Assim, durante uma sessão de ensino individual com a paciente pode-se aumentar a freqüência da realização do mesmo, atuando de forma preventiva. O diagnóstico precoce é uma das estratégias em diagnosticar o câncer de mama, através do auto-exame das mamas. Para isso se faz necessário treinar os profissionais de saúde capacitando-os para realizar o exame clínico e trabalhar a educação das mulheres para a realização do AEM dentro dos programas das instituições de saúde por meio de palestras, vídeos educativos e grupos de discussões.

Síndrome de Marfan: intervenções assistenciais de enfermagem (relato de experiência)

Cantarutti LML; Morais AA; Moreira PLP

Hospital das Clínicas. Recife, PE, Brasil

OBJETIVOS: Elaborar intervenções assistenciais de Enfermagem ao portador da Síndrome de Marfan, com base nos diagnósticos de enfermagem, considerando as condições socioeconômicas, culturais, fisiopatológicas e as manifestações clínicas.

MÉTODOS: Vivenciado durante a prática da disciplina de Enfermagem em Pediatria, desenvolvido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período de 3 a 10 de maio de 2005. Trata-se de um caso clínico sobre um menor de 17 anos, sexo masculino, procedente de Oricurí, Pernambuco, possui ensino fundamental incompleto e renda familiar abaixo de um salário mínimo para o sustento de três pessoas.

RESULTADOS: O paciente apresentava manifestações clínicas compatíveis com a Síndrome de Marfan (estruturas ósseas alongadas, escoliose, déficit visual e cardiopatia). Observou-se limitação de atividades e lazer em decorrência da fisiopatologia. Baseando-se nos achados clínicos, as autoras elaboraram as intervenções assistenciais, visando o atendimento das necessidades biopsicossociais e culturais, voltadas para o paciente e a família.

CONCLUSÃO: Trata-se de patologia limitante e incapacitante, o enfermeiro através de uma atuação holística poderá contribuir no sentido de minimizar tais condições, buscando elevar a auto-estima do paciente.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Ago 2006
  • Data do Fascículo
    Maio 2006
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