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Pensar o corpo feminino como diálogo de saberes?

Resumo:

A pesquisa buscou descrever os sentidos que as feministas de um coletivo do sul do Chile produzem em torno da menstruação, e a relação entre esses significados e a cultura indígena regional mapuche, que faz parte dos referentes simbólicos das mulheres para a produção de sentidos corporais. Trata-se de um estudo qualitativo, com base na teoria fundamentada, com uma perspectiva de gênero e uma perspectiva intercultural. Por meio de entrevistas e de um grupo de discussão, os resultados evidenciaram múltiplos significados em torno do menstrual, originados pelas diferentes posições históricas e espaciais das mulheres, com a cultura mapuche. As conclusões problematizam o feminismo menstrual, mostrando suas limitações no reconhecimento das diferentes experiências corporais entre as mulheres do hemisfério sul e na resistência à colonialidade simbólica ocidental.

Palavras-chave:
menstruação; feminismo menstrual; interculturalidade; cultura indígena Mapuche; Chile

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