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NOTÍCIAS DA REM

Prof. Fernando Flávio Marques de Almeida homenageado na Escola de Minas - UFOP

No dia 31 de maio, a EMOP teve a honra de homenagear o maior geólogo brasileiro, o Prof. Fernando Flávio Marques de Almeida, em um evento memorável.

Nascido no Rio de Janeiro em 1916, o jovem Fernando formou-se em Engenharia Civil em 1939, na Escola Politécnica da USP. Teve como Professor Luiz Flores de Moraes Rego, formado na EMOP, que, vendo o interesse e potencial do aluno, convidou-o para um estágio no IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas e para ser seu assistente, responsável pela disciplina Taxionomia Paleontológica.

Já em 1937, o Prof. Fernando iniciara sua carreira de geólogo, fazendo estudos sobre a então denominada Série Passa-Dois (Permiano da Bacia do Paraná). Além do ambiente de Escola Politécnica, freqüentava também os Departamentos de Geologia e Paleontologia, de Mineralogia e Petrografia, e de Geografia da recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, onde convivia com o Prof. Viktor Leinz e com os primeiros geólogos de formação paulista, na realidade formados em História Natural mas que optaram pela Geologia.

Em 68 anos de profícua atividade, o Prof. Fernando escreveu mais de 200 trabalhos, muitos dos quais são verdadeiros clássicos da literatura geológica brasileira. Ele foi o criador ou elaborador de alguns dos maiores temas e conceitos da nossa geologia, como o Cráton de São Francisco, os estudos da Plataforma Brasileira, nossas ilhas vulcânicas, e a descoberta dos primeiros fósseis pré-cambrianos no Brasil. Foi também o coordenador e principal pesquisador da equipe brasileira que, durante a década de 1960, trabalhou num projeto internacional patrocinado pela UNESCO/IUGC sobre as correlações entre a América do Sul e a África, cujo principal resultado prático foi a confirmação da então Teoria da Tectônica das Placas, transformando-a no conceito hoje incontestado de Tectônica Global.

Suas atividades, porém, foram muito amplas e ele escreveu sobre quase todas as áreas da geologia: paleontologia, petrologia, geologia de engenharia, geotectônica, geomorfologia, metalogênese, mineração. Desenvolveu uma brilhante carreira universitária, atingindo os mais altos postos na Escola Politécnica e, já aposentado nesta, deu aulas na Unicamp. Considerando-se, até hoje, "antes de tudo um professor", sempre recusou cargos administrativos, preferindo a sala de aula e o trabalho de campo. Foi agraciado com inúmeras honrarias, como a Medalha José Bonifácio da Sociedade Brasileira de Geologia - SBG, Professor Emérito da Escola Politécnica USP, Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Campinas, e Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

O Prof. Fernando visitou as dependências da EMOP acompanhado pelo Diretor, Prof. Antonio Gomes de Araújo, pelo Prof. Fernando Alkmim, e pelo Geólogo Arnaldo Gramani, da Fundação Victor Dequech, que promoveu sua vinda a Belo Horizonte e Ouro Preto. Mostrou-se particularmente interessado pelo Museu e pela Seção de Obras Raras da Biblioteca.

Na homenagem que lhe foi prestada no Salão Nobre, apresentada pelo Diretor da EMOP, o Prof. Fernando falou do orgulho que sente por ser "neto intelectual" da Escola. Foi Moraes Rego, disse, "quem pôs nas minhas mãos o martelo de geólogo e o giz de professor". Visivelmente emocionado, e emocionando também a platéia, lembrou outros formados na EMOP com quem conviveu e trabalhou, como Djalma Guimarães, Luciano Jacques de Moraes e Otávio Barbosa, seu professor e colega de tantas viagens e trabalhos científicos. O Prof. Fernando relatou casos de sua vida profissional, que lhe trouxe momentos de imensa alegria, mas também chegou a colocar sua vida em risco, como aconteceu no calor do Sahara e no frio do Círculo Polar Ártico - mas ressaltou que se tivesse que começar de novo, escolheria novamente a geologia. Ao final, felicitou os alunos por sua escolha e por estudarem na EMOP.

O querido Professor encantou a todos por seu amor à geologia, sua memória, sua facilidade de expressão, e sua modéstia. A EMOP sente-se orgulhosa de ter recebido esse seu famoso "neto".

CVRD assina Memorando de Entendimento com Petrobras e Mitsui

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas, a Petrobras, maior empresa brasileira de óleo, gás e energia, e a Mitsui & Co., Ltd, principal grupo empresarial japonês, assinaram na sexta-feira, 27 de maio, memorando de entendimento para desenvolver, em conjunto, estudos de logística para exportação pelo Brasil de álcool para uso combustível para o mercado japonês e outros mercados. É a primeira vez que as três empresas juntam esforços no sentido de buscar as melhores soluções logísticas e, assim, viabilizar a exportação de álcool brasileiro para o mercado japonês e mundial. Desde 2003, o governo japonês autorizou o uso de até 3% de etanol em adição à gasolina, visando atender ao Tratado de Quioto na busca de redução de emissão de gases nocivo ao efeito estufa. Vários estudos vêm sendo conduzidos, tanto pela iniciativa privada, quanto pelo governo japonês no sentido de buscar o melhor uso desse insumo no seu mercado de combustíveis. Atualmente, o Japão consome 60 milhões de metros cúbicos por ano de gasolina.Pelo acordo, que ainda precisa ser submetido à aprovação pelo Conselho de Administração da CVRD, Petrobras e a Mitsui vão conduzir estudos para buscar o melhor aproveitamento de seus ativos logísticos para o transporte do etanol. Tanto a CVRD quanto a Petrobras dispõem de uma ampla infra-estrutura logística capaz de atender às necessidades de transporte de álcool combustível. A CVRD opera três ferrovias que cobrem 9.306 km de malha, oito terminais portuários, uma empresa de navegação costeira e infra-estrutura de armazenagem. A Petrobras possui uma rede de 27.120 km de dutos para óleo e gás, 51 tanques com capacidade de 62,9 milhões de barris de armazenagem, 54 navios próprios e 43 terminais marítimos e terrestres. Os estudos de viabilidade devem durar até nove meses, a partir da assinatura do acordo.

Arcelor triplica lucro

A Arcelor, maior siderúrgica do mundo, triplicou o lucro no primeiro semestre. O lucro líquido somou US$ 390M com aumento de 247% em relação ao mesmo período em 2002. O faturamento da empresa no semestre alcançou Euros $ 13.58B. A Arcelor foi o resultado da fusão da Aceralia, Usinor e Arbed, concluída no início de 2002. No Brasil, a empresa controla a Vega do Sul e tem participação na siderúrgica CST, através da Aços Planos do Sul, Acesita e Siderúrgica Belgo Mineira. As concorrentes européias são a alemã ThyssenKrupp e a Corus da Inglaterra. A Arcelor tem costurado alianças com a CVRD, pois é a única que não teve ou tem envolvimento com mineração de ferro no Brasil. A Thyssen controlava a Ferteco antes da venda para a CVRD e a Corus recentemente tentou fazer uma fusão com a CSN, para ter acesso ao minério de Casa de Pedra no Quadrilátero Ferrífero. 29/8/2003.

Fontes: www.geologo.com.br

PETROBRAS

Produção de petróleo cresce 21,1%

Produção de Petróleo da PETROBRAS no Brasil cresce 21,1% e bate novo recorde mensal

A Petrobras alcançou, em maio, a produção média mensal de 1 milhão 729 mil barris por dia de petróleo no Brasil, indicando um aumento de 21,1% sobre o volume produzido em maio de 2004 (1 milhão 428 mil barris/dia). Esse resultado é 1,5% superior à produção do mês de abril corrente (1 milhão 704 mil barris/dia) e 15,8 % acima da média do ano passado (1 milhão 493 mil barris/dia). O recorde histórico de produção diária foi obtido em 12 de maio, quando a produção chegou a 1 milhão 820 mil barris/dia.

Com esse novo patamar de produção, a companhia mantém sua trajetória de garantir a auto-suficiência brasileira em petróleo no final de 2005 ou início de 2006.

A média mensal atingida agora ultrapassa em 25 mil barris o recorde mensal anterior, de 1 milhão 704 mil barris diários, registrado em abril de 2005, e em mais de 236 mil bpd a produção média de 2004 (1 milhão 493 mil barris/dia). Durante nove dias de maio, a produção esteve acima de 1 milhão e 750 mil.

Esse novo salto na média de produção nacional foi obtido em função da elevada eficiência operacional das plataformas localizadas nos litorais do Rio de Janeiro e da crescente recuperação dos campos localizados nas áreas maduras das regiões Norte e Nordeste e no Estado do Espírito Santo.

A seguir está apresentada a distribuição do volume (barris por dia) produzido em maio de 2005, por área de produção da Petrobras:

Amazonas

Bacia do Solimões: 59.052

Rio Grande do Norte e Ceará

Bacias Potiguar e Ceará: 92.827

Sergipe e Alagoas

Bacias Sergipe e Alagoas: 51.781

Bahia

Recôncavo: 51.688

Espírito Santo

Bacias Espírito Santos e Campos: 27.025

Rio de Janeiro

Bacia de Campos: 1.438.241

São Paulo e Paraná

Bacia de Santos e Xisto: 8.411

Total Brasil: 1.729.025

Siderurgia investirá US$ 13 bilhões até 2010

Tomou posse, dia 01/06, em Brasília, o novo presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia

Tomou posse, dia 01/06, em Brasília, o novo presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luiz André Rico Vicente (Gerdau Açominas). A vice-presidência do instituto ficará a cargo de Rinaldo Campos Soares (Usiminas/Cosipa). Entre outras autoridades, estiveram presentes na cerimônia o vice-presidente da República, José Alencar, o Ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, e Líderes Parlamentares.

Rico Vicente destacou os excelentes resultados da siderurgia nos últimos dois anos, atribuindo-os em parte "a uma conjuntura favorável no cenário interno e internacional" e, em parte, "a estratégias bem delineadas e corretamente implementadas pelas empresas" através de investimentos de US$ 13 bilhões desde a privatização (1994). Destacou que tais investimentos foram focados na modernização do parque industrial, redução de custos e melhoria da qualidade dos produtos e métodos gerenciais.

O presidente do IBS afirmou que a previsão é investir outros US$ 13 bilhões entre 2005 e 2010, priorizando, agora, o aumento de capacidade. Destacou, no entanto, que parte do sucesso nesse programa depende de "questões relacionadas aos custos dos investimentos, à estabilidade das regras e à necessidade de estabelecimento de um ambiente logístico concorrencial".

Rico Vicente disse que os planos do setor elevarão "a capacidade instalada do parque existente dos atuais 34 para 50 milhões de toneladas até 2010", o suficiente para atender o crescimento da demanda interna de aço (estimada em mais de um milhão de toneladas por ano) e manter destacada posição exportadora. No ano passado, foram 12 milhões de toneladas de aço exportadas, com valor recorde de US$ 5,3 bilhões, o que representou 13,9% do saldo comercial do País.

Ao comentar o comportamento do mercado interno, Rico Vicente ressaltou que "apesar do elevado crescimento da demanda, não houve indicação de qualquer segmento da indústria de transformação que tenha reduzido ou paralisado sua produção por falta de aço. Ao contrário, alguns segmentos apresentavam excesso de estoque no final do ano".

As exportações indiretas de aço indicam ainda que "a maioria dos setores intensivos em aço aumentou, significativamente, as exportações sem necessidade de recorrer às importações, mesmo dispondo do mecanismo de draw back", o que comprova o repasse de competitividade da siderurgia para a cadeia. O crescimento das exportações indiretas de aço em 2004 foi de 48%. Logo, a redução de alíquota para a importação de aço, determinada pelo Governo no início desse ano, foi desnecessária.

Ele lembrou ainda que o Brasil - 8º produtor de aço no ranking mundial -, está inserido em um ambiente marcado pela emergência de novos pólos de produção, como a China, Índia e Rússia. "Caso reduza substancialmente suas importações e aumente as exportações, como já vem ocorrendo, a China pode promover fortes desequilíbrios no mercado internacional do aço com efeitos sobre os preços", completou.

Livro

Durante a visita do Professor Fernando Flávio à Escola de Minas, foi lançado o livro "Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida". Organizado por Virginio Mantesso Neto, Andrea Bartorelli, Celso Dal Ré Carneiro e Benjamin Bley de Brito Neves, o livro é apresentado em edição de luxo: 673 páginas, profusamente ilustrado e em cores. Em 33 capítulos, 74 autores apresentam o estado da arte dos principais temas tratados pelo Prof. Fernando, que, aliás, é também autor de 2 capítulos. As referências bibliográficas, consolidadas ao final do volume, somam 2.611 trabalhos.

O livro vem acompanhado de um CD-ROM que contém o próprio livro em formato digital, a bibliografia das obras do Prof. Fernando (permitindo a busca por termos), uma biografia do homenageado, a reprodução de 187 de suas obras em formato PDF (imagem), mais de 700 fotos de seu arquivo particular, depoimentos de alunos e colegas de trabalho, minicurrículos dos autores e outras informações. Este CD é uma excelente ferramenta didática, pois torna todo o conteúdo do livro instantaneamente utilizável em conferências e salas de aula.

Publicado no final de 2004, com o patrocínio da Petrobrás e o apoio da Sociedade Brasileira de Geologia, o livro já tem lugar garantido na história da literatura geológica brasileira.

Para mais informações:

BECA EDITORA - Rua Capote Valente nº 779

CEP 05409-002, São Paulo, SP

Fone: (11) 3082-5467 e (11) 3061-1908

E-mail: beca@editorabeca.com.br.

CBA faz 50 anos e comemora com investimentos

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Empresa do Grupo Votorantim, comemorou 50 anos de atividades no dia 4 de junho. Como parte das comemorações, a Companhia anunciou uma série de investimentos para ampliação de sua área fabril, em mineração e em energia elétrica.

Na Fábrica, localizada no município de Alumínio, no interior de São Paulo, o investimento será feita na implantação de 164 fornos para produção de alumínio e em uma nova área de laminação, que será uma das mais modernas em tecnologia e em equipamentos do mundo. A CBA terá crescimento de 70% em sua produção e será a única empresa a produzir bobinas de 14 toneladas e dois metros de largura. Com isso, permitirá sua ampliação para o mercado de transformados (cabos, chapas e bobinas, extrudados, folhas de alumínio e telhas).

Este é o segundo projeto de expansão da área fabril da CBA, desde ano 2000, quando eram produzidas 240 mil toneladas de alumínio primário por ano. De lá para cá, os investimentos devem atingir a marca de US$ 1 bilhão, sendo US$ 300 milhões destinados à ampliação dessa etapa. Com o montante, a Fábrica passará a produzir 400 mil toneladas de alumínio primário por ano, já nesse ano em que comemora seu cinqüentenário. Para 2007, a meta é atingir entre 470 e 500 mil toneladas por ano.

Já no setor de mineração, a CBA investirá US$ 30 milhões até o início do ano que vem para a instalação de uma nova Unidade de extração de bauxita, em Miraí, Minas Gerais. O projeto, que deverá ser inaugurado no início de 2006, inclui a construção de uma nova planta para seu beneficiamento. Com mais essa Unidade, a CBA passará a ter três plantas no Estado mineiro.

A CBA já é auto-suficiente em bauxita e segue no mesmo caminho na questão da energia. Atualmente, a empresa possui 13 usinas hidrelétricas, que geram 60% da energia que consome. Para esse setor, a Companhia investirá na construção de mais duas usinas, Barra Grande (SC/RS) e Campos Novos (SC), que serão inauguradas no começo de 2006, além de Ourinhos (SP), que será inaugurada em junho desse ano.

Para a construção de Ourinhos, a CBA investiu R$ 120 milhões. A usina terá capacidade instalada de 44 MW e será a primeira a possuir tecnologia adequada para rios de queda baixa e vazão grande.

Alto-forno 1 bate recorde de produção mensal

O Alto-forno 1 alcançou mais um recorde de produção no último mês. Em maio, foram produzidas 330.180 toneladas de gusa, superando a marca anterior de 325.860 toneladas, alcançada em dezembro de 2004. Os resultados do mês de maio também apontam baixo consumo de combustível e a ausência de ocorrências ambientais e acidentes pessoais. O excelente desempenho deve-se à dedicação de todos os empregados e contratados envolvidos no processo, que contribuem para manter a estabilidade operacional e a sustentabilidade do equipamento que está há 21 anos em operação.

Onda de fusões e aquisições divide analistas

As últimas fusões no mercado internacional, envolvendo empresas grandes ou médias, deixaram analistas e investidores didividos. Afinal, essa onda continuará ou é somente uma fase? Os editores do Portal do Geólogo têm acompanhado esse fenômeno sistematicamente, de maneira que podemos afirmar que essa tendência não é passageira e deve continuar por um bom tempo.

As grandes fusões até agora em 2005 foram Noranda-Falconbridge e BHP-WMC. Mas há inúmeras pequenas empresas sendo compradas por outras maiores, simplesmente porque grandes empresas estão começando a sofrer com a falta de portfolio. Sem portfolio, as empresas perdem seus investidores. Já muitas empresas pequenas (junior companies) possuem áreas interessantíssimas que acabam despertando o interesse das grandes, fazendo com que as grandes, para comprar o portfolio, acabem levando a empresa toda.

Enquanto as grandes empresas não criarem mecanismos mais flexíveis de gerenciamento (evitando a "burocratização" de suas atividades), as juniors continuarão sendo as estrelas da mineração mundial, fazendo com que as fusões e aquisições continuem por um bom tempo.

Fonte: www.geologo.com.br

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jul 2005
  • Data do Fascículo
    Jun 2005
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