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Prevalência de síndrome da fragilidade em idosos de uma instituição hospitalar

Resumos

OBJETIVO:

medir a prevalência da síndrome da fragilidade em idosos internados numa instituição hospitalar.

MÉTODO:

estudo transversal, tendo como amostra 99 idosos com 65 anos ou mais, internados no mês de novembro de 2010, no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Foram coletados dados relacionados ao fenótipo da fragilidade, variáveis sociodemográficas, clínicas e antropométricas.

RESULTADOS:

a idade média foi de 74,5±6,8 anos e 50 (50,5%) eram mulheres. Foram classificados não frágeis quatro (4%), pré-frágeis 49 (49,5%) e frágeis 46 (46,5%). Não se identificaram fatores estatisticamente associados à fragilidade.

CONCLUSÕES:

como era esperado, a prevalência nessa população mostrou-se alta quando comparada a outros estudos com foco na comunidade. Acredita-se que a detecção precoce e a intervenção interdisciplinar evitem a progressão do quadro e reduzam a incidência de complicações e hospitalizações.

Saúde do Idoso; Hospitalização; Prevalência


OBJECTIVE:

to measure the prevalence of frailty syndrome in elderly inpatients in a hospital institution.

METHODS:

cross-sectional study using a sample of 99 subjects aged 65 or older, hospitalized in the month of November/2010 in São Vicente de Paulo Hospital in Passo Fundo, Rio Grande do Sul state (RS). Data were collected regarding the phenotype of the frailty, along with social and demographic, clinical and anthropometric information.

RESULTS:

the mean age was 74.5±6.8 years and 50 (50.5%) were women. 4% were classified as non-frail, 49 (49.5%) as pre-frail and 46 (46.5%) as frail. No statistically significant factors were identified that were associated with frailty.

CONCLUSIONS:

as was expected, the prevalence in this population was found to be high compared to other studies that focused on the community. It is believed that early detection and interdisciplinary intervention can prevent the progression of the condition and reduce the incidence of complications and hospitalization.

Health of the Elderly; Hospitalization; Prevalence


OBJETIVO:

medir la prevalencia del síndrome de fragilidad en adultos mayores internados en una institución hospitalaria.

MÉTODO:

estudio transversal, teniendo como muestra a 99 adultos mayores de 65 años o más, internados en el mes de noviembre/2010 en el Hospital São Vicente de Paulo, en Passo Fundo, Rio Grande do Sul (RS). Fueron obtenidos datos relacionados al fenotipo de la fragilidad, variables sociodemográficas, clínicas y antropométricas.

RESULTADOS:

la edad promedio fue de 74,5±6,8 años y 50 (50,5%) eran mujeres. Fueron clasificados no frágiles cuatro (4%), pre frágiles 49 (49,5%) y frágiles 46 (46,5%). No fueron identificados factores estadísticamente asociados a la fragilidad.

CONCLUSIONES:

como era esperado, la prevalencia en esta población se mostró alta cuando fue comparada a otros estudios con foco en la comunidad. Se cree que la detección precoz y la intervención interdisciplinaria evitarán la progresión del cuadro, reduciendo la incidencia de complicaciones y hospitalizaciones.

Salud del Anciano; Hospitalización; Prevalencia


Introdução

O Brasil apresenta, atualmente, acelerado processo de envelhecimento com transformações profundas na composição etária de sua população( 11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 2009. [acesso 3 mar 2010]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/indicsaude.pdf.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/...
). À medida que as sociedades envelhecem os problemas de saúde entre idosos desafiam os sistemas de saúde e de seguridade social. Atualmente, presencia-se uma "geriatrização" do cenário hospitalar brasileiro( 22. Veras RP, Caldas CP. Produção de cuidados à pessoa idosa. Ciência Saúde Coletiva. 2008;13(4):1104. - 33. Estrella K, Oliveira CEF, Sant'anna AA, Caldas CP. Detecção do risco para internação hospitalar em população idosa: um estudo a partir da porta de entrada no sistema de saúde suplementar. Cad Saúde Pública. 2009;25(3):507-12. ). Semelhante cenário demanda a identificação da população idosa com maior risco de adoecimento para aperfeiçoar a adoção de medidas que organizem intervenções assistenciais e preventivas, garantindo que a tomada de decisão em relação à escolha de prioridades seja feita de forma equânime e eficiente( 33. Estrella K, Oliveira CEF, Sant'anna AA, Caldas CP. Detecção do risco para internação hospitalar em população idosa: um estudo a partir da porta de entrada no sistema de saúde suplementar. Cad Saúde Pública. 2009;25(3):507-12. ).

A fragilidade constitui-se em síndrome multidimensional, envolvendo uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais no curso de vida individual que culmina num estado de maior vulnerabilidade, associado a maior risco de ocorrência de desfechos clínicos adversos como delírio, declínio funcional, mobilidade prejudicada, quedas, retraimento social, aumento da morbimortalidade e hospitalização( 44. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006. - 55. Koller K, Rockwood K. Frailty in older adults: Implications for end-of-life care. Cleveland Clin J Medicine. 2013;80(3):168. ).

Ainda não há consenso científico definido quanto ao termo fragilidade, sua definição e seus indicadores, nem como poderia ser identificada ou mesmo avaliada( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. - 77. Fabrício-Wehbe SCC, Schiaveto FV, Vendrusculo TRP, Haas VJ, Dantas RAS, Rodrigues RAP. Cross-cultural adaptation and validity of the "Edmonton Frail Scale - EFS" in a Brazilian elderly sample. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2009;17(6):1043-9. ), porém, o conceito mais aceito na atualidade é de que a fragilidade seria caracterizada como uma síndrome clínica, identificada por perda involuntária de peso, redução do nível da atividade física, redução da força muscular - refletida pela redução da força de preensão palmar, sensação de fadiga e redução da velocidade de marcha. Portadores de três desses sintomas seriam caracterizados como frágeis, de um ou dois definidos como pré-frágeis e aqueles sem esses sintomas classificados como não frágeis ou robustos( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ). Esse fenótipo( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. )é de fácil aplicação e de baixo custo. O mesmo torna possível a identificação precoce e adoção de medidas preventivas específicas que podem eliminar ou postergar sinais e sintomas da síndrome. É consenso na comunidade científica que mais estudos são necessários para a melhor definição da síndrome da fragilidade, quais conjuntos de sintomas as caracterizariam e que sinais, isolados ou em conjunto, seriam marcadores da síndrome da fragilidade ou de fragilidades específicas( 88. Fried LP, Hadley EC, Walston JD, Newman AB, Guralnik JM, Studenski S, et al. From bedside to bench: research agenda for frailty. Sci Aging Knowledge Environ. 2005;(31):25. - 99. Bergman H, Ferrucci L, Guralnik JM, Hogan DB, Hummel S, Karunananthan S, et al. Frailty: an emerging research and clinical paradigm - issues and controversies. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2007;62(7):731-7. ). Assim considerando, e no aguardo de uma definição operacional mais conclusiva, optou-se, neste estudo, pelo modelo desenvolvido na Johns Hopkins University( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ).

Estima-se que de 10 a 25% das pessoas acima dos 65 anos e 46% acima dos 85 anos, que vivem na comunidade, sejam frágeis( 44. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006. ). A prevalência de fragilidade no Cardiovascular Health Study, estudo realizado nos Estados Unidos com 5.317 participantes de 65 anos ou mais, foi de 6,9%( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ). Já outro estudo( 1010. Singh M, Alexander K, Roger VL, Rihal CS, Whitson HE, Lerman A, et al. Frailty and its potential relevance to cardiovascular care. Fragilização e sua potencial relevância para cuidados cardiovasculares. Mayo Clinic Proc. 2008;83(10):1146-53. )demonstrou que 7% da população dos Estados Unidos com mais de 65 anos e 30% dos octogenários são frágeis. Existem ainda poucos dados sobre prevalência da síndrome da fragilidade em idosos, principalmente pela falta de consenso de uma definição que possa ser utilizada como screeningem diferentes populações( 1111. Macedo C, Gazzola JM, Najas M. Síndrome da fragilidade no idoso: importância da fisioterapia. Arq Brase Ciências Saúde. 2008;33(3):177-84. ).

Saber diagnosticar a fragilidade e conhecer o perfil do idoso hospitalizado é de grande importância, pois permite aprofundamento na questão do cuidado interdisciplinar durante a hospitalização. A prevalência de fragilidade nessa população é desconhecida, tanto em nível local quanto nacional e internacional. Portanto, torna-se indispensável se entender o problema das síndromes geriátricas no ambiente hospitalar e suas implicações para o cuidado.

Dentro dessa perspectiva, questiona-se: qual a prevalência da síndrome da fragilidade em idosos numa instituição hospitalar? Para responder a esse questionamento teve-se como objetivo medir a prevalência da síndrome da fragilidade em idosos numa instituição hospitalar, quanto às variáveis sociodemográficas, clínicas e antropométricas.

Método

Este é um estudo transversal objetivando medir a prevalência de síndrome da fragilidade em idosos internados nas enfermarias do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no mês de novembro de 2010, com 65 anos ou mais, totalizando 99 idosos. Optou-se por incluir neste estudo idosos com 65 anos ou mais porque o critério estabelecido para definição de síndrome da fragilidade( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. )foi validado em idosos, a partir dessa faixa etária. Em uma revisão realizada( 1212. Tribess S, Oliveira RJ. Síndrome da fragilidade biológica em idosos: revisão sistemática. Rev Salud Pública. 2011;13(5):853-64. ), todas as publicações apresentavam a população numa faixa etária igual ou superior a 65 anos. O HSVP é um hospital terciário, de ensino, com abrangência macrorregional, integrado ao sistema SUS e conta com 617 leitos de internação. O número total de internações durante o mês de novembro de 2010, na instituição, foi de 2.590 pessoas. O número de idosos com 65 anos ou mais, nesse mesmo período, foi de 697 e a média de permanência foi de cinco dias. Dentre as principais causas de internações estão as doenças cardiovasculares, pulmonares, cerebrovasculares e renais.

Os idosos concordaram em participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos deste estudo idosos com alta ou óbito nas primeiras 72 horas; internados em unidades fechadas (emergência, sala de recuperação, UTI, centro cirúrgico e unidade de estudo hemodinâmico); restritos ao leito; cadeirantes impossibilitados de andar; com doença neurológica limitante; com lesões de pele extensas; com amputação de membros inferiores; pacientes terminais e aqueles com déficit cognitivo sugestivo de demência, avaliado pelo Miniexame do Estado Mental e que não estavam acompanhados por familiares ou cuidadores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (UPF), através do Parecer nº197/2010 e pelo Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do HSVP.

Por meio de um questionário estruturado, foram coletados dados demográficos, variáveis clínicas, dados antropométricos e critérios de síndrome da fragilidade, através do fenótipo desenvolvido na Johns Hopkins University( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ). A exaustão foi avaliada através da Escala de Depressão do Center for Epidemiological Studies (CES-D). A força de preensão palmar foi avaliada através de dinamômetro digital, marca SAEHAN. O procedimento de verificação seguiu as recomendações da American Society of Hand Therapists (ASHT)( 1313. Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Silva FCM, Souza MAP. Teste de força de preensão utilizando o dinamômetro Jamar. Acta Fisiátrica. 2007;14(2):104-10. ). O nível de atividade física foi avaliado através do Questionário Minnesota de Atividade Física e de Lazer. A diminuição da velocidade de marcha foi avaliada através do tempo gasto para percorrer uma distância de 4,6m.

Para a estruturação do banco de dados, utilizou-se o aplicativo Microsoft Excel 2007, e para as análises o programa estatístico Statistical Pachage for Social Sciences(SPSS), versão 17,0, para Windows. As variáveis numéricas foram descritas como média±desvio-padrão e as categóricas como frequência absoluta e relativa. As associações entre fragilidade e as variáveis categóricas foram testadas com o uso do teste qui-quadrado de Pearson e, entre fragilidade e variáveis quantitativas, com análise de variância com um critério de classificação. Para comparações múltiplas utilizou-se o teste post-hocde Tukey. Foram consideradas como significativas associações com valor de p<0,05.

Resultados

Participaram do estudo 99 idosos com média de idade de 74,5±6,8 anos, dos quais 50 (50,5%) eram mulheres. A renda média dos participantes foi de 2,8±5,3 salários-mínimos, sendo a maior parte (90-90,9%) aposentada e apenas duas (2%) declararam desenvolver atividades profissionais. A média de anos de estudo nessa população foi de 5,2±4,5 anos e 17 (17%) eram analfabetos. A maioria dos idosos (53-53,5%) era casada e residia em domicílio próprio (84-84,8%). Quanto ao número de filhos, a média foi 3,2±0,7. A Tabela 1mostra as variáveis sociodemográficas relacionadas ao diagnóstico de fragilidade.

Tabela 1
Descrição das características sociodemográficas relacionadas ao diagnóstico de fragilidade. Passo Fundo, RS, Brasil, 2011

A prevalência de fragilidade no presente estudo foi de 4 (4%) de idosos não frágeis, 49 (49,5%) pré-frágeis e 46 (46,5%) frágeis. A idade média foi maior no grupo dos idosos frágeis quando comparada aos demais grupos, porém, essa diferença não se apresentou estatisticamente significativa (p=0,843). Entre os gêneros, a prevalência de fragilidade mostrou-se muito semelhante (p=0,995). Quanto à etnia, os brancos representaram a maior parte da amostra (92%). Na prevalência de fragilidade relacionada ao estado civil, observou-se que, apesar do pequeno número de idosos solteiros na amostra, 83,3% desses eram frágeis (p=0,216). A prevalência de idosos não frágeis, pré-frágeis e frágeis, relacionada à alfabetização, foi semelhante entre os grupos (p=0,644). Não houve diferença estatística significativa quando comparados anos de estudo e prevalência de fragilidade, porém, idosos não frágeis apresentaram mais anos de estudo do que os pré-frágeis e frágeis (p=0,397). Diferente do esperado, a renda média foi maior no grupo dos idosos frágeis quando comparada aos demais grupos, porém, essa diferença não se apresentou estatisticamente significativa (p=0,958). Na Tabela 2pode ser observada a prevalência de fragilidade relacionada às comorbidades.

Tabela 2
Associação das comorbidades com a síndrome da fragilidade. Passo Fundo, RS, Brasil, 2011

Com exceção do tabagismo, não houve diferença estatisticamente significativa ao se avaliar a prevalência de fragilidade e a presença ou não de comorbidades. Apesar do pequeno valor de probabilidade associado a essa comparação, deve-se ressaltar que, nesse caso, houve violação dos pressupostos do teste estatístico empregado, uma vez que as 4 caselas da tabela de contingência produzida apresentaram valores esperados <5. Quanto ao Índice de Massa Corpórea (IMC), os idosos não frágeis apresentaram em média 26,3±5,3, os pré-frágeis, 27,1±5,0 e os frágeis 26,6±5,4 (0,667).

A prevalência de cada um dos fenótipos propostos no referencial metodológico( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. )nos idosos não frágeis, pré-frágeis e frágeis pode ser observada na Tabela 3.

Tabela 3
Fenótipos propostos(6) e diagnóstico de síndrome da fragilidade. Passo Fundo, RS, Brasil, 2011

Ao se avaliarem os itens do fenótipo proposto( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ), pode-se observar que o mais frequente, presente nos idosos considerados frágeis, foi a diminuição da força de preensão palmar, seguida pela exaustão, pela diminuição da velocidade de marcha, pela perda de peso, e, por fim, o item menos frequente foi a diminuição da atividade física. Todos os fenótipos avaliados neste estudo, independentemente da caracterização da fragilidade dos grupos de idosos pesquisados, apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05).

Discussão

A idade média dos idosos (74,5±6,8 anos) mostrou-se idêntica à encontrada em outro estudo(14) (74,5 anos).

Quanto à prevalência, 49,5% dos idosos mostraram-se pré-frágeis e 46,5% frágeis. Um estudo( 1515. Crossetti MGO, Antunes M. Nursing disgnoses of those with frail eldrely syndrome in surgical impatient units. Anais da NANDA International 40th Anniversary Conference; 2012. )mostrou relação com esses achados, encontrando a seguinte prevalência de síndrome da fragilidade em idosos em instituição hospitalar: 26,2% nos internados em unidade clínica e 62,4% em unidade cirúrgica. Uma busca ampla e sistematizada é necessária para assegurar que realmente não existem outros estudos apresentando dados da síndrome da fragilidade, em instituições hospitalares. Todavia, a busca na base de dados corrente não encontrou esses dados. Neste estudo, houve maior prevalência de fragilidade quando comparado a estudos com foco na comunidade. No Cardiovascular Health Study( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ), a prevalência foi de 6,9%. Outro estudo( 1616. Szanton SL, Seplaki CL, Thorpe JR, Roland J, Fried LP. Socioeconomic Status is associated with Frailty: the Women's Health and Aging Studies. J Epidemiol Commun Health. 2010;64(1):63-7. )mostra que 10% dos idosos apresentava-se frágil, 46% com fragilidade intermediária, semelhante ao presente, e 44% não frágil. Outro( 1717. Carmo LV, Drummond LP, Arantes PMM. Avaliação do nível de fragilidade em idosos participantes de um grupo de convivência. Fisioter Pesqui. 2011;18(1):17-22. ), avaliando a prevalência em idosos brasileiros, com 65 anos ou mais, em grupos de convivência, mostrou 33% de idosos não frágeis, 66% de idosos pré-frágeis e apenas 1% dos idosos com fragilidade. A possível explicação para essa diferença na prevalência deve-se ao fato de a amostra deste estudo ter sido composta por idosos hospitalizados. Uma revisão( 1212. Tribess S, Oliveira RJ. Síndrome da fragilidade biológica em idosos: revisão sistemática. Rev Salud Pública. 2011;13(5):853-64. )identificou que os 18 estudos analisados indicaram ampla variação de prevalência de fragilidade, com variação geral de 6,9 a 21,0% para o estado frágil e 33 a 55% para o estado pré-frágil.

Existe correlação entre a fragilidade e o gênero, onde a prevalência foi maior em mulheres do que em homens( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. , 1212. Tribess S, Oliveira RJ. Síndrome da fragilidade biológica em idosos: revisão sistemática. Rev Salud Pública. 2011;13(5):853-64. , 1515. Crossetti MGO, Antunes M. Nursing disgnoses of those with frail eldrely syndrome in surgical impatient units. Anais da NANDA International 40th Anniversary Conference; 2012. ), diferentemente, nos dados deste estudo não se observou associação estatisticamente significativa entre sexo e prevalência de fragilidade. Possivelmente esse evento esteja relacionado ao motivo da internação, sendo nos homens mais graves e incapacitantes.

Em outros estudos( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. , 1616. Szanton SL, Seplaki CL, Thorpe JR, Roland J, Fried LP. Socioeconomic Status is associated with Frailty: the Women's Health and Aging Studies. J Epidemiol Commun Health. 2010;64(1):63-7. )houve diferença estatisticamente significativa na prevalência de fragilidade por etnia, sendo nos negros maior do que nos brancos. Neste, o pequeno número de negros impossibilitou essa análise.

O presente estudo identificou prevalência de fragilidade maior nos idosos com renda média mais alta (diferença não significativa). Não foi encontrada justificativa para tal achado, pois se pressupõe que aqueles com renda mais alta tenham melhor percepção de autocuidado, qualidade de vida e acesso à medicina preventiva. Como é esperado, em outro estudo( 1616. Szanton SL, Seplaki CL, Thorpe JR, Roland J, Fried LP. Socioeconomic Status is associated with Frailty: the Women's Health and Aging Studies. J Epidemiol Commun Health. 2010;64(1):63-7. ), aqueles com renda inferior a 10.000 dólares por ano tinham chances duas vezes maior de apresentarem fragilidade do que os mais ricos.

A aposentadoria mostrou-se como importante fator desencadeador de fragilidade nos idosos, uma vez que 45,6% apresentaram fragilidade intermediária e 50% apresentaram-se frágeis.

Um estudo mostrou que há tendência estatisticamente significativa no aumento da prevalência de fragilidade em pessoas com mais doenças( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ). As pessoas com doença cardiovascular, insuficiência renal, acidente vascular cerebral, osteoartrite e depressão são significativamente mais prováveis de serem classificadas como frágeis do que pessoas sem essas condições, mesmo após ajuste para idade e sexo( 99. Bergman H, Ferrucci L, Guralnik JM, Hogan DB, Hummel S, Karunananthan S, et al. Frailty: an emerging research and clinical paradigm - issues and controversies. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2007;62(7):731-7. ). Diferentemente, um estudo(6) demonstrou diferença significativa quanto à ocorrência de hipertensão arterial sistêmica e fragilidade, enquanto que o presente estudo não encontrou significância entre essas variáveis. Determinadas condições podem partilhar algumas das mesmas características da fragilidade, levando a potencial erro de classificação. Quando as pessoas com depressão ou diabetes têm sintomas que satisfazem os critérios de fragilidade, é difícil saber se eles são realmente frágeis( 99. Bergman H, Ferrucci L, Guralnik JM, Hogan DB, Hummel S, Karunananthan S, et al. Frailty: an emerging research and clinical paradigm - issues and controversies. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2007;62(7):731-7. ).

Quanto ao diagnóstico de fragilidade, a diminuição da força de preensão foi encontrada em 80% dos idosos frágeis, a exaustão em 59%, a perda de peso em 45%, a diminuição da velocidade de marcha em 40% e, por fim, a diminuição da atividade física foi encontrada em apenas 18% dos idosos frágeis. A diminuição da força de preensão palmar também foi o fenótipo mais frequente envolvido na caracterização dos idosos pré-frágeis. Outros autores( 1717. Carmo LV, Drummond LP, Arantes PMM. Avaliação do nível de fragilidade em idosos participantes de um grupo de convivência. Fisioter Pesqui. 2011;18(1):17-22. )também identificaram a diminuição da força de preensão palmar como o fenótipo mais frequentemente envolvido no diagnóstico da síndrome da fragilidade e a diminuição da atividade física como o fenótipo menos envolvido. Esse dado é também corroborado por outro estudo( 1818. Xue QL, Roche KB,Varadhan R, Zhou J, Fried LP. Initial manifestations of frailty criteria and the development of frailty phenotype in the Women's Health and Aging Study II. J Gerontol: Medical Sciences. 2008;63(9):984-90. )onde se observou a existência de uma hierarquia na manifestação dos fatores associados à fragilidade física, sendo que o risco de desenvolver fraqueza muscular, lentidão de marcha e baixo nível de atividade física é 3,7, 1,7 e 1,9 vezes maior que o risco de se desenvolver perda de peso, respectivamente. Além disso, esse mesmo estudo identificou que, enquanto a fraqueza muscular se manifesta no princípio e é reversível, a exaustão e a perda de peso são marcadores evidenciados no final do ciclo de fragilidade e indicam idosos com tendência à progressão rápida desse ciclo. Nesse contexto, conclui-se que não é o número de marcadores que determina o risco de se tornar frágil, mas quais marcadores se manifestam primeiro.

O índice de fragilidade está fortemente correlacionado ao risco de morte, com coeficiente de correlação maior do que 0,95( 55. Koller K, Rockwood K. Frailty in older adults: Implications for end-of-life care. Cleveland Clin J Medicine. 2013;80(3):168. ). Apesar de não existir, até o momento, tratamento específico para essa síndrome, a realização periódica de uma avaliação geriátrica global por uma equipe multidisciplinar pode ser capaz de retardar o declínio funcional e prevenir a fragilidade e, assim, diminuir o índice de institucionalização e hospitalização, alterando positivamente as taxas de morbimortalidade nessa parcela da população. No entanto, protocolos sistematizados devem ser estabelecidos para a otimização do processo de reabilitação desses pacientes( 1111. Macedo C, Gazzola JM, Najas M. Síndrome da fragilidade no idoso: importância da fisioterapia. Arq Brase Ciências Saúde. 2008;33(3):177-84. ).

Avaliar as necessidades individuais de saúde das pessoas que são frágeis requer a avaliação da sua cognição, função, mobilidade, equilíbrio e circunstâncias sociais, além de compreender os seus problemas médicos, pois a fragilidade tem implicações importantes para as necessidades de cuidados dos idosos acometidos pela síndrome( 55. Koller K, Rockwood K. Frailty in older adults: Implications for end-of-life care. Cleveland Clin J Medicine. 2013;80(3):168. ).

A triagem realizada em ambiente hospitalar, na pré-hospitalização, poderia ser o momento mais adequado para avaliação multidimensional do idoso, com o objetivo de estratificá-lo por nível de fragilidade. Essa permitiria ao profissional direcionar o cuidado, possibilitando assistência de enfermagem focada nas potenciais necessidades do idoso. Acredita-se que uma barreira para a caracterização desses pacientes seria a inexistência de instrumentos e critérios padronizados para avaliar a síndrome da fragilidade em pessoas idosas.

A disponibilidade de um instrumento válido e confiável para avaliar a fragilidade entre idosos no Brasil é de grande utilidade para os profissionais da saúde seja no âmbito da pesquisa como também na prática clínica( 77. Fabrício-Wehbe SCC, Schiaveto FV, Vendrusculo TRP, Haas VJ, Dantas RAS, Rodrigues RAP. Cross-cultural adaptation and validity of the "Edmonton Frail Scale - EFS" in a Brazilian elderly sample. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2009;17(6):1043-9. ).

Dados referentes à comparação do fenótipo da fragilidade com alterações fisiológicas do envelhecimento, bem como as condições de adoecimento e o impacto da internação nas variáveis do fenótipo não foram analisados, pois o delineamento transversal do estudo não permite inferir causalidade. Entretanto, sabe-se que tanto fatores que levaram o paciente ao hospital quanto a internação hospitalar, em si, podem afetar negativamente as condições de saúde, mesmo que transitoriamente, alterando a classificação do paciente quanto ao fenótipo estabelecido( 66. Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch, C, Gottdiener J, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol Series A - Biological Sciences and Medical Sciences. 2001;56(3):146-56. ). Mesmo havendo essa limitação, a identificação da situação do idoso, quanto à fragilidade, no momento da internação, é de grande importância, por modificar o planejamento de ações para o cuidado pela enfermagem, bem como as demais condutas terapêuticas pela equipe multidisciplinar.

Conclusões

Avaliar e identificar no idoso a síndrome de fragilidade constitui um problema atual para os profissionais de saúde atuarem na implementação de programas específicos, a fim de minimizar os efeitos de fragilidade e suas consequências. A enfermagem pode estar presente em todos os níveis de cuidado a esses pacientes, otimizando a qualidade de vida.

Não foram identificados fatores estatisticamente associados à fragilidade. Como era esperada, a prevalência nessa população mostrou-se alta quando comparada a estudos que focam o idoso não hospitalizado.

A presente pesquisa apresenta limitações, pois estudos transversais não permitem distinção entre causa e efeito. Questiona-se se a utilização de um modelo de fragilidade estático, medido em um único ponto do tempo, seria apropriado para avaliar uma condição dinâmica, envolvendo a mudança ao longo do tempo de hospitalização e, posteriormente, após a alta. Estudos longitudinais e com populações maiores, talvez, poderiam melhor responder tais questionamentos.

Acredita-se que as primeiras setenta e duas horas representem o período em que a pessoa hospitalizada estaria agudamente afetada, podendo apresentar alterações hemodinâmicas. Nesse sentido, questiona-se se o diagnóstico de fragilidade não deveria ser realizado no momento de maior estabilidade clínica do idoso. Idosos em estado agudo de doença, principalmente nos primeiros dias de hospitalização, podem apresentar sinais e sintomas que mascarariam ou superestimariam a fragilidade.

O objetivo deste estudo foi alcançado ao demonstrar a prevalência de síndrome da fragilidade em idosos em instituição hospitalar. Espera-se que, com base nesses resultados, sejam sugeridos modelos de diagnóstico e de cuidado para o idoso frágil (detecção precoce e tratamento) e para o idoso não frágil (prevenção primária), beneficiando os profissionais de saúde, os idosos e a sociedade. Com isso, pode-se evitar a progressão do quadro, reduzir a incidência de complicações, o tempo de hospitalização e reinternações do cliente idoso. Acredita-se que uma intervenção multidisciplinar, apoiada por iniciativas de saúde pública, seja estratégia eficiente e eficaz no cuidado ao idoso frágil.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Aug 2013

Histórico

  • Recebido
    19 Out 2012
  • Aceito
    21 Maio 2013
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