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Os Estudos Críticos da Branquitude e as Relações Internacionais: disputando narrativas e desafiando estruturas epidérmicas de poder em ensino, pesquisa e extensão

Resumo

O objetivo do artigo é mostrar que os Estudos Críticos da Branquitude (ECB) podem aportar ferramentas úteis para interpretar as relações epidermizadas de poder no sistema internacional, e para desafiar as dinâmicas raciais que atravessam as dimensões do ensino, da pesquisa e extensão do campo de Relações Internacionais (RI). Este estudo mostra que os ECB têm o potencial de apoiar na implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/2008, que prescrevem a inclusão, de forma transversalizada, da educação para as relações étnico-raciais nos componentes curriculares do ensino superior no Brasil. No presente texto, mobilizo primordialmente a contribuição afro-feminista brasileira em pretuguês de Cida Bento, com seu conceito de pactos narcísicos da branquitude. A problemática deste artigo se refere ao poder da branquitude, e a sua hegemonização no tempo e no espaço, e nos meios do seu exercício na academia e na política internacional. Metodologicamente, a pesquisa se utiliza de abordagem decolonial, apoiando-se nas técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Trata-se de um estudo inédito e original, que inova ao introduzir epistemologias negras e atestar a sua aplicabilidade em termos de ensino, pesquisa e extensão, abrindo caminhos para a desestabilização das vigas de sustentação coloniais no campo das Relações Internacionais.

Palavras-chave:
Estudos Críticos da Branquitude. Relações Internacionais. Racismo. Ensino; pesquisa e extensão

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