RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A analgesia controlada pelo paciente (ACP) é eficaz no controle da dor, porém apresenta inúmeros riscos associados, tais como: hipotensão arterial, depressão respiratória, convulsões e sedação excessiva. A promoção da segurança do paciente visa reduzir o risco de lesões desnecessárias à saúde e, para tanto, é importante analisar as falhas e fatores de risco presentes em todo o processo de forma proativa. Portanto, o objetivo deste estudo foi mapear as evidências disponíveis sobre os riscos de eventos adversos associados à técnica de ACP e a ações de segurança do paciente.
CONTEÚDO:
Trata-se de uma revisão de escopo realizada segundo a metodologia Joanna Briggs Institute para Scoping Reviews, cuja questão de pesquisa se baseou na estratégia PCC (P: população; C: conceito; C: contexto). As bases de dados utilizadas foram: Medline/Pubmed, LILACS, CINAHL/EBSCOhost, CENTRAL, Portal Capes, SCOPUS, Web of Science, Google acadêmico, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Portal NICE, Portal ISMP. A estratégia de busca foi dividida em 3 etapas: a primeira ocorreu na Medline e Cinahl para identificar artigos e termos de índice sobre o tema; a segunda utilizou todas as palavras-chaves em todas as bases de dados incluídas; a terceira consistiu no rastreamento de pesquisas nas listas de referências dos estudos incluídos. A busca resultou em 1.164 estudos, dos quais 83 foram selecionados com base nos seguintes critérios de inclusão: abordagem dos riscos associados à bomba de ACP ou a medidas de segurança, contexto hospitalar, sem restrição quanto ao tipo de estudo, idioma e ano. Os achados sintetizados estão distribuídos em categorias: doenças prévias, perfil das indicações, tipos de opioides, tipos de bomba e de infusão, efeitos adversos, incidentes sem lesões, estágios de risco e medidas de segurança.
CONCLUSÃO:
Este estudo possibilitou identificar os riscos de eventos adversos associados ao uso da ACP em diferentes estágios e ações de segurança, demonstrando que quando realizada com pacientes adequados, com equipe treinada, dispositivos seguros e prescrição correta, fornece uma melhora estatisticamente significativa no alívio da dor, de forma segura e com vantagens que a analgesia convencional não possui.
Descritores:
Analgesia controlada pelo paciente; Gestão de riscos; Segurança do paciente
ABSTRACT
BACKGROUND AND OBJECTIVES:
Patient-controlled analgesia (PCA) is effective in controlling pain, but has numerous associated risks, such as: hypotension, respiratory depression, seizures and excessive sedation. The promotion of patient safety aims to reduce the risk of unnecessary health injuries and, therefore, it is important to analyze the failures and risk factors present throughout the process proactively. Therefore, the aim of this study was to map the available evidence on the risks of adverse events associated with the PCA technique and patient safety actions.
CONTENTS:
This is a scoping review conducted according to the JBI methodology, whose research question was based on the PCC strategy. The source of information is open and the search occurred in three stages. The databases used were: Medline/Pubmed; LILACS; CINAHL/ EBSCOhost; CENTRAL; Portal Capes; SCOPUS; Web of Science; Google academic; Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations; Portal NICE; and Portal ISMP. The search strategy was divided into 3 stages: the first occurred in Medline and Cinahl to identify articles and index terms on the topic; the second used all keywords in all included databases; the third consisted of tracking searches in the reference lists of the included studies. The search resulted in 1,164 studies, of which 83 were selected based on the inclusion criteria: addressing the risks associated with the PCA pump or safety measures, hospital context, without restriction as to the type of study, language, and year. The studies are distributed in categories: previous diseases, profile of indications, types of opioids, types of pump and infusion, adverse effects, incidents without harm, stages of risk, and safety measures.
CONCLUSION:
This study made it possible to identify the risks of adverse events associated with the use of PCA in different stages and safety actions, demonstrating that when performed with appropriate patients, trained staff, safe devices, and correct prescription it provides a statistically significant improvement in pain relief, safely with advantages that conventional analgesia does not have.
Keywords
Patient safety; Patient controlled analgesia; Risk management
DESTAQUES
-
A gestão de riscos no gerenciamento da dor é de extrema importância.
-
O uso da bomba de analgesia controlada pelo paciente requer que medidas proativas de risco sejam implementadas a fim de garantir a segurança do paciente.
-
Foram identificadas situações de risco que podem auxiliar o profissional na implementação dessas medidas preventivas, tais como: falhas na programação; bomba com defeito; seleção de pacientes inapropriada; falta de educação e treinamento dos profissionais, paciente e família; erros na prescrição, dispensação, preparo e administração de fármacos.
DESTAQUES
-
A gestão de riscos no gerenciamento da dor é de extrema importância.
-
O uso da bomba de analgesia controlada pelo paciente requer que medidas proativas de risco sejam implementadas a fim de garantir a segurança do paciente.
-
Foram identificadas situações de risco que podem auxiliar o profissional na implementação dessas medidas preventivas, tais como: falhas na programação; bomba com defeito; seleção de pacientes inapropriada; falta de educação e treinamento dos profissionais, paciente e família; erros na prescrição, dispensação, preparo e administração de fármacos.
INTRODUÇÃO
A dor é definida como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”, e é a principal razão pela qual um indivíduo procura uma referência hospitalar11 Raja SN, Carr DB, Cohen M, Finnerup NB, Flor H, Gibson S, Keefe FJ, Mogil JS, Ringkamp M, Sluka KA, Song XJ, Stevens B, Sullivan MD, Tutelman PR, Ushida T, Vader K. The revised International Association for the Study of Pain definition of pain: concepts, challenges, and compromises. Pain. 2020;21(9):1976-82.,22 Resnik DB, Rehm M, Minard RB. The under-treatment of pain: scientific, clinical, cultural and philosophical factors. Med Health Care Philos. 2001;4(3):277-88.. A analgesia controlada pelo paciente (ACP) é um método diferenciado e vantajoso de entrega de analgesia, pois o paciente está no controle do sistema de liberação de fármacos33 Mather LE, Owen H. The scientific basis of patient-controlled analgesia. Anaesth Intens Care. 1988;16(4):427-47.,44 Langdale A. Analgésie contrôlée par le patient. Bénéfices, risques, modalités de surveillance. Ann Fr Anesth Réanim. 1998;17(6):58-98.. Logo, melhora a satisfação do paciente e reduz o consumo de opioides55 Clinical Excellence Comission. Clinical Focus Report Patient Controlled Analgesia. 2013 [acesso em 2022 out 24]. Disponível em: https://www.cec.health.nsw.gov.au/__data/assets/pdf_file/0009/259209/patient-safety-report-pca-web.pdf.
https://www.cec.health.nsw.gov.au/__data...
. A ACP engloba todo um processo que inclui paciente, enfermeiro, farmacêutico e prescritor, de modo que, se algum dos componentes falha, a segurança é comprometida66 Institute For Safe Medication Practices. ISMP Develops Guidelines for Standard Order Sets. 2010 [acesso em 2022 out 24]. Disponível em: https://www.ismp.org/resources/ismp-develops-guidelines-standard-order-sets.
https://www.ismp.org/resources/ismp-deve...
. O erro não é individual, mas consequência de um sistema mal desenhado. Portanto, a segurança deve estar aliada a uma abordagem sistêmica que promova uma gestão de riscos proativa capaz de identificar tendências de risco e mitigações necessárias para prevenção de maus resultados77 Reason J. Human error: models and management. Brit Med J. 2000;320(7237):768-70.
8 Reason J. Human error. Cambridge University Press. 2003.-99 Yarmohammadian MH, Abadi TN, Tofighi S, Esfahani SS. Performance improvement through proactive risk assessment: Using failure modes and effects analysis. J Educ Health Promot. 2014;3:28.. A revisão de escopo, por apresentar critérios de inclusão menos restritivos, permite um mapeamento amplo dos riscos e medidas de segurança para que os serviços possam planejar suas ações com foco no cuidado seguro e de qualidade. Desse modo, esta revisão objetivou mapear as evidências disponíveis sobre os riscos de eventos adversos associados à técnica de ACP e a ações de segurança do paciente.
CONTEÚDO
A revisão de escopo foi elaborada conforme a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute para Scoping Reviews1010 Aromataris E, Munn Z. JBI Manual for Evidence Synthesis. Joanna Briggs Institute. 2020 [acesso em 2022 out 24]. Disponível em: https://synthesismanual.jbi.global.https://doi.org/10.46658/JBIMES-20-01.20.
https://synthesismanual.jbi.global.https...
. O protocolo foi registrado no Open Science Framework com registro “osf.io/gkmc8” e link para acesso <https://osf.io/xbctp>.
Questão de pesquisa e critérios de inclusão
A questão de pesquisa “Quais as evidências sobre os riscos de eventos adversos e ações de segurança no uso da ACP em adultos hospitalizados?”. Foi norteada pela estratégia PCC (P: população, C: conceito e C: contexto). O “P” corresponde aos pacientes adultos em uso de bombas ACP (população), o “C” aos riscos de eventos adversos e ações de segurança (conceito), e “C” para hospitais (contexto).
Tipos de fontes
Foram considerados estudos de métodos quantitativos, qualitativos e mistos, revisões, experimentais, quase-experimentais, observacionais, descritivos e analíticos, além de teses, editoriais, guias de prática clínica, relatos de experiência, textos e artigos de opinião. Não houve restrição de idioma, nem limitações quanto à data de publicação.
Estratégia de pesquisa
A primeira etapa da busca consistiu em uma pesquisa inicial limitada na Medline via Pubmed e na CINAHL via Ebsco para identificação de artigos sobre o tema, utilizando apenas o descritor “Analgesia Controlada pelo Paciente”. As palavras do texto contidas nos artigos relevantes e os termos de índice usados para descrevê-los foram utilizados para definir os descritores da pesquisa completa: “Analgesia Controlada pelo Paciente”, “Segurança do Paciente” e “Gestão de Riscos”.
Na segunda etapa, uma busca completa foi realizada, usando todas as palavras-chave identificadas na pesquisa inicial em todas as bases de dados incluídas: Medline/PubMed; Excerpta Medica dataBASE (EMBASE - Elsevier); CINAHL/EBSCOhost; The Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL); LILACS; Portal Capes; SCOPUS; Web of Science; Google Acadêmico. A busca por literatura não publicada ocorreu na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, além dos sites de organizações sobre segurança do paciente, como National Institute for Health and Care Excellence (NICE) e The Institute for safe medication practices.
A terceira etapa se baseou no rastreamento de documentos adicionais nas listas de referências de todas as publicações incluídas na revisão.
A fim de exemplificar como os descritores foram combinados com os operadores booleanos para realizar a pesquisa, segue abaixo o modelo de busca realizada na Medline via Pubmed, equivalente à estratégia utilizada nas demais bases (Tabela 1).
Seleção dos estudos
Na seleção de estudos, todas as citações identificadas foram agrupadas e carregadas no EndNote® (Clarivate Analytics, Philadelphia, Pennsylvania, United States) e as duplicatas removidas. Após um teste piloto, títulos e resumos foram triados de acordo com os critérios de inclusão com o apoio do Rayyan®, um aplicativo da web para revisões sistemáticas1111 Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210..
Os textos completos dos estudos potencialmente relevantes foram recuperados na íntegra e avaliados detalhadamente de acordo com os critérios de inclusão. As divergências entre os avaliadores em cada etapa do processo de seleção foram resolvidas por meio de discussão ou com apoio de um terceiro revisor. Não houve análise da qualidade metodológica das fontes de evidência porque se trata de uma revisão de escopo.
Os resultados da pesquisa estão organizados em Itens de Relatório Preferenciais para Revisões Sistemáticas e Meta-análises para Diagrama de fluxo da revisão do escopo (PRISMA-SCR)1212 Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, Moher D, Peters MDJ, Horsley T, Weeks L, Hempel S, Akl EA, Chang C, McGowan J, Stewart L, Hartling L, Aldcroft A, Wilson MG, Garritty C, Lewin S, Godfrey CM, Macdonald MT, Langlois EV, Weiser KS, Moriarty J, Clifford T, Tunçalp O, Straus SE. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467-73..
Extração dos dados
Foi elaborado um instrumento de coleta, após o teste de várias versões, contendo diversos itens categorizados para preenchimento dos dados essenciais extraídos dos estudos selecionados durante a coleta. A primeira categoria apresenta os componentes: responsável pela extração, dados bibliográficos e características do estudo. A segunda corresponde aos dados da população e possui: perfil do paciente, tipo de doença, características farmacológicas e da bomba. A terceira se refere ao conceito e é constituída por: eventos adversos, incidentes sem lesões, estágios de risco e ações de segurança. A quarta trata do contexto, isto é, a instituição hospitalar. As divergências entre os revisores foram resolvidas por meio de discussão, sem a necessidade de acionar o terceiro revisor. Os dados foram obtidos por dois revisores independentes.
Análise e apresentação de dados
Os dados extraídos foram apresentados em forma de tabela, acompanhados de um resumo narrativo que descreve como eles se relacionam com o objetivo e a questão desta revisão.
RESULTADOS
A busca resultou em 1.164 produções científicas distribuídas nas bases de dados. A figura 1 apresenta as etapas do estudo e os resultados obtidos, totalizando 83 artigos, classificados conforme autor, tipo de estudo, assunto e resultados na tabela 2. Os estudos que não atenderam aos critérios de inclusão desta revisão após leitura na íntegra foram excluídos.
Fluxograma da seleção dos estudos com base no Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews (PRISMA-SCR)
Na tabela 3, encontra-se a síntese dos achados da revisão distribuídos nas seguintes categorias: doenças prévias, perfil das indicações, tipos de opioides, tipos de bomba e de infusão, efeitos adversos, incidentes sem lesões, estágios de risco e medidas de segurança.
Síntese dos achados relacionados aos riscos e medidas de segurança na analgesia controlada pelo paciente
Nos estudos avaliados, os eventos adversos foram depressão respiratória, relacionada com sobredosagem, e fatores de risco como infusão de fundo, idade avançada, ferimento na cabeça, hipovolemia, uso de hipnóticos ou sedativos, insuficiência renal, hepática ou cardíaca, apneia do sono e obesidade1313 Lisi DM. Patient-controlled analgesia and the older patient. US Pharm. 2013;38(3):2-6.. Óbitos foram associados à overdose e sinais e sintomas de overdose ao extravasamento do analgésico. A presença dessas reações diminuiu a eficácia analgésica por serem consideradas tão angustiantes quanto a dor1414 Tsui SL, Irwin MG, Wong CM, Fung SK, Hui TW, Ng KF, Chan WS, O’Reagan AM. An audit of the safety of an acute pain service. Anaesthesia. 1997;52(11):1042-7..
A sedação excessiva e as convulsões ocorreram devido à superdosagem e a analgesia inadequada por falhas na escolha da dose e definição incorreta de parâmetros, como o limite de 4h e o intervalo de bloqueio1515 Dening F. Patient-controlled analgesia. Br J Sch Nurs. 1993;2(5): 274-7.. A parada respiratória e cardiorrespiratória e o coma estiveram associados à infusão livre de todo o opioide armazenado na bomba e à confusão de fármacos1616 Elannaz A, Chaumeron A, Viel E, Ripart J. Morphine overdose due to cumulative errors leading to ACP pump dysfunction. Ann Fr Anesth Reanim. 2004;23(11):1073-5.,1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.. O delirium foi recorrente em pacientes com câncer, uso crônico de opioide e polifarmácia1818 Dev R, Fabbro ED, Bruuera E. Patient-controlled analgesia in patients with advanced cancer. Should patients be in control? J Pain Symptom Manage. 2011;42(2):296-300.. A parada cardíaca, insuficiência renal, hemorragia gastrointestinal, encefalopatia hipóxica, anafilaxia e hipotensão foram eventos menos comuns também associados à sobredosagem. Houve alguns casos de incidentes, como a superdosagem de opioide, que não resultaram em lesões.
Os erros e falhas encontrados nos estudos foram organizados em estágios de risco. Na programação, os erros foram perda de um ponto decimal; má interpretação da prescrição; não verificação das configurações; inserção incorreta do frasco; programação da bomba inativada; confusão com as unidades de massa e de volume, de tempo e dosagem; desconexão da válvula de retenção; não realização de programação individual; fatores da equipe: inexperiência, distração por alta carga de trabalho, comunicação inadequada e rotatividade; interface difícil; reprogramação com intenção criminosa1616 Elannaz A, Chaumeron A, Viel E, Ripart J. Morphine overdose due to cumulative errors leading to ACP pump dysfunction. Ann Fr Anesth Reanim. 2004;23(11):1073-5.,1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,1919 Cohen H. Avoid PCA errors with education. Don’t let family members administer medication. Hospital Home Health. 2004;21(5):56-7.
20 Musshoff F, Padosch S, Madea B. Death during patient-controlled analgesia: piritramide overdose and tissue distribution of the drug. Forensic Sci Int. 2005;154(2-3):247-51.
21 Syed S, Paul JE, Hueftlein M, Kampf M, McLean RF. Morphine overdose from error propagation on an acute pain service. Reg Anesth Pain. 2006;53(6):586-90.
22 Abrolat M, Eberhart LHJ, Kalmus G, Koch T, Nardi-Hiebl S. Patientenkontrollierte analgesie: methoden, handhabung und ausbaufähigkeit. Anästhesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 2018;53(4):270-80.
23 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.
24 D’arcy Y. Eyeing capnography to improve PCA safety. Nursing. 2007;37(9):18-9.
25 D’arcy Y. Keep your patient safe during PCA. Nursing. 2008;38(1):51-5.-2626 Lederer W, Benzer A, Doyle DJ. Programming errors from patient-controlled analgesia. Can J Anaesth. 2003;50(8):854-6..
As falhas referentes ao dispositivo de ACP decorreram do erro de ligação; tubulação não presa; bombas que não exigem revisão dos parâmetros; dose padronizada em mililitro; problemas mecânicos; baterias insuficientes; impedimento da visualização dos rótulos das seringas; botão de ativação parecido com a campainha de chamada; não fornecimento de feedback visual ou auditivo; seringa ou cassete com rachadura que permite a sifonagem; defeito no motor, hardware ou software; defeito no gatilho do bolus e nos cabos de alimentação1616 Elannaz A, Chaumeron A, Viel E, Ripart J. Morphine overdose due to cumulative errors leading to ACP pump dysfunction. Ann Fr Anesth Reanim. 2004;23(11):1073-5.,2525 D’arcy Y. Keep your patient safe during PCA. Nursing. 2008;38(1):51-5.
26 Lederer W, Benzer A, Doyle DJ. Programming errors from patient-controlled analgesia. Can J Anaesth. 2003;50(8):854-6.
27 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.
28 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.
29 Cohen MR. Safety issues with patient-controlled analgesia wake-up call: unlabeled containers lead to patient’s death. Hospital Pharmacy. 2005;40(2):117-26.
30 Lattavo K. Safe use of patient-controlled analgesia on a medical-surgical unit. Acad Med-Surg Nurses. 2010;19(2):11-4.-3131 Notcutt WG, Morgan RJ. Introducing patient-controlled analgesia for postoperative pain control into a district general hospital. Anaesthesia. 1990;45(5):401-6..
No estágio de administração, as principais falhas foram ACP por procuração; confusão do botão de demanda com o de solicitação da enfermagem; confusão de fármacos como morfina e hidromorfona; identificação incorreta do paciente; técnica, taxa, forma farmacêutica e via; falta de etiquetas de tubos, fármaco não autorizado e falha na fixação. Alguns fatores contribuíram para tais falhas, como distrações, equipe inexperiente, alta carga de trabalho e mudança de turno1515 Dening F. Patient-controlled analgesia. Br J Sch Nurs. 1993;2(5): 274-7.,1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,1919 Cohen H. Avoid PCA errors with education. Don’t let family members administer medication. Hospital Home Health. 2004;21(5):56-7.,3030 Lattavo K. Safe use of patient-controlled analgesia on a medical-surgical unit. Acad Med-Surg Nurses. 2010;19(2):11-4.,3232 Hicks RW, Becker SC, Krenzischeck D, Beya SC. Medication errors in the PACU: a secondary analysis of MEDMARX findings. J Perianesth Nurs. 2004;19(1):18-28.
33 Hicks RW, Hernandez J, Wanzer LJ. Perioperative pharmacology: patient-controlled analgesia. AORN J. 2012;95(2):255-65.-3434 Ohashi K, Dykes P, Mcintosh K, Buckley E, Yoon C, Luppi C, Bane A, Bates DW. Evaluation of use of electronic patient controlled analgesia pumps to improve patient safety in an academic medical center. Stud Health Technol Inform. 2014;201:153-9..
Na prescrição, os erros ocorreram durante a conversão do fármaco por via oral para intravenosa; ao calcular a dose para um paciente com obesidade mórbida, sem opioides ou idoso; infusão basal para pacientes com riscos; prescrição de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) no contexto de insuficiência renal e úlcera péptica ativa; coadministração de opioides incorretos; escolha inadequada de protocolo; escolha de fármaco para o qual o paciente é alérgico; seleção de meperidina para paciente com insuficiência renal; dose de acompanhamento apropriada para um opioide diferente do prescrito; pedidos simultâneos de outros opioides enquanto a ACP está em uso; administração simultânea de sedativos ou hipnóticos; parâmetros inadequados; erro de omissão; pedidos incompletos, duplicados e ordens de doses impróprias. Os fatores que contribuíram para tais falhas foram: falha de comunicação, perda de informações em transferências, uso de dosagens não padrões e insuficiência de dados sobre o paciente2323 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.,2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3232 Hicks RW, Becker SC, Krenzischeck D, Beya SC. Medication errors in the PACU: a secondary analysis of MEDMARX findings. J Perianesth Nurs. 2004;19(1):18-28.,3333 Hicks RW, Hernandez J, Wanzer LJ. Perioperative pharmacology: patient-controlled analgesia. AORN J. 2012;95(2):255-65.,3535 Alberta RN. Beware of basal opioid infusions with PCA therapy. Alta RN. 2009;65(9):12-3.,3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312..
Na seleção de pacientes, os perfis de riscos apontados foram: indivíduos com idade avançada, obesidade, asma, tolerantes a opioides, comprometimento respiratório pré-existente, comprometimento renal, apneia obstrutiva do sono, em uso de fármacos que potencializam opioides (benzodiazepínicos, relaxantes musculares, antieméticos e barbitúricos)1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2929 Cohen MR. Safety issues with patient-controlled analgesia wake-up call: unlabeled containers lead to patient’s death. Hospital Pharmacy. 2005;40(2):117-26.,3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.,3737 Macintyre PE, Jarvis DA. Age is the best predictor of postoperative morphine requirements. Pain. 1995;64(2):357-64.. Além de bebês, crianças pequenas e idosos confusos2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50..
No estágio referente à educação, as falhas ocorreram na formação e treinamento inadequado dos profissionais, falta de avaliação e reavaliação periódica da proficiência e de atualizações da equipe. A educação inadequada de pacientes e familiares também foi recorrente2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2929 Cohen MR. Safety issues with patient-controlled analgesia wake-up call: unlabeled containers lead to patient’s death. Hospital Pharmacy. 2005;40(2):117-26.,3838 Paul JE, Bertram B, Antoni K, Kampf M, Kitowski T, Morgan A, Cheng J, Thabane L. Impact of a comprehensive safety initiative on patient-controlled analgesia errors. Anesthesiology. 2010;113(6):1427-32..
Na dispensação de fármacos, as falhas ocorreram devido a pedidos simultâneos de outros opioides; confusão da concentração e dose; reabastecimento inadequado da ACP (carregamento impróprio da seringa); ilegibilidade e ao uso de abreviações ambíguas nos pedidos3030 Lattavo K. Safe use of patient-controlled analgesia on a medical-surgical unit. Acad Med-Surg Nurses. 2010;19(2):11-4.,3333 Hicks RW, Hernandez J, Wanzer LJ. Perioperative pharmacology: patient-controlled analgesia. AORN J. 2012;95(2):255-65..
No preparo, ocorreu a seleção inadequada de fármacos devido a embalagens semelhantes como morfina e meperidina e a nomes parecidos como morfina e hidromorfona2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,2929 Cohen MR. Safety issues with patient-controlled analgesia wake-up call: unlabeled containers lead to patient’s death. Hospital Pharmacy. 2005;40(2):117-26..
As medidas de segurança no uso da ACP também foram organizadas em estágios. Educar o paciente requer apresentá-lo à bomba no pré-operatório; ensiná-lo o que constitui um “bom” alívio da dor; alertar sobre os riscos; abordar a importância do monitoramento e de comunicar presença de dor1515 Dening F. Patient-controlled analgesia. Br J Sch Nurs. 1993;2(5): 274-7.,1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,1919 Cohen H. Avoid PCA errors with education. Don’t let family members administer medication. Hospital Home Health. 2004;21(5):56-7.,2222 Abrolat M, Eberhart LHJ, Kalmus G, Koch T, Nardi-Hiebl S. Patientenkontrollierte analgesie: methoden, handhabung und ausbaufähigkeit. Anästhesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 2018;53(4):270-80.,3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.,4040 Sardin B, Lecour N, Terrier G, Grouille D. À propos des paramètres de sécurité des pompes d’analgésie contrôlée par le patient (PCA). Ann Fr Anesth Reanim. 2012;31(10):813-7.,4141 Grissinger M. Fatal PCA adverse events continue to happen: better patient monitoring is essential to prevent harm. P T. 2016;41(12):736-7..
Educar os familiares é orientá-los para que ninguém, exceto o paciente, possa pressionar o botão. Os funcionários devem ser informados sobre os opioides usados para ACP; os perigos da ACP por procuração; os sinais e sintomas de toxicidade; erros; política; ajustes em caso de mudança de fármacos e monitoramento. Podem ser disponibilizados guias informativos nos locais de uso da ACP. É importante promover: treinamentos; sessões de atualização; aulas ou avaliações anuais de recertificação da bomba; simulações e rounds de dor aguda com consultores e especialistas em dor2222 Abrolat M, Eberhart LHJ, Kalmus G, Koch T, Nardi-Hiebl S. Patientenkontrollierte analgesie: methoden, handhabung und ausbaufähigkeit. Anästhesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 2018;53(4):270-80.,2323 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.,2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3939 Pasero CL. PCA: for patients only. Am J Nurs. 1996;96(9):22-3.,4242 Institute For Safe Medication Practices. PCA by proxy - an overdose of care. Patient Saf Advis. 2005;2(2):23-4.,4343 Institute For Safe Medication Practices. Worth Repeating… Recent PCA By Proxy Event Suggests Reassessment of Practices that May Have Fallen by the Wayside. 2016 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.ismp.org/resources/worth-repeating-recent-pca-proxy-event-suggests-reassessment-practices-may-have-fallen.
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Uma bomba segura é projetada para ser mais fácil de programar com base em técnicas de engenharia de fatores humanos; com biblioteca de fármacos divididos por áreas; limites de doses em múltiplas concentrações com alertas, se excedidos; bombeamento de seringa; teclados não numéricos; relatórios de eventos; alerta de confirmação de fluxo; busca rápida de fármacos; programação intuitiva; sistema de wireless embutido; módulo de monitoramento respiratório; codificação de barras; integração com registros médicos e de farmácia (interoperabilidade); proteção de fluxo livre; menos etapas de programação; feedback visual e auditivo; configuração em miligramas ou microgramas; aparência diferenciada do botão de ativação; guia do paciente para uso; testes pré-comercialização; alertas de seringa ou cassete vazio; mecanismo resistente à adulteração; bateria de longa duração; estrutura leve e robusta; ação silenciosa; sobreposições transparentes; válvula antir-refluxo2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.,4444 Vicente KJ, Bekhaled KK, Hillel G, Cassano A, Orser BA. Programming errors contribute to death from patient-controlled analgesia: case report and estimate of probability. Can J Anaesth. 2003;50(4):328-32.
45 Akridge J. New pumps outsmart user error. 2011 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://cdn.hpnonline.com/inside/2011-04/1104-OR-Pumps.html.
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-4646 Kluger MT, Owen H. Patient-controlled analgesia: can it be made safer? Anaesth Intensive Care. 1991;19(3):412-20.. As medidas gerais incluem: um único modelo de bomba; verificação das configurações padrão antes da distribuição; etiqueta de advertência “SOMENTE PARA USO DO PACIENTE”; modo de falha e análise de efeito e vigilância1616 Elannaz A, Chaumeron A, Viel E, Ripart J. Morphine overdose due to cumulative errors leading to ACP pump dysfunction. Ann Fr Anesth Reanim. 2004;23(11):1073-5.,2121 Syed S, Paul JE, Hueftlein M, Kampf M, McLean RF. Morphine overdose from error propagation on an acute pain service. Reg Anesth Pain. 2006;53(6):586-90.,2323 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50..
O monitoramento adequado envolve: a avaliação da dor em intervalos de 15 minutos na recuperação cirúrgica, na enfermaria de hora em hora nas primeiras 4 horas, e então de 4 em 4 horas com escala padrão; a avaliação da respiração por meio da frequência e qualidade respiratória; uso do oxímetro de pulso contínuo e capnógrafo (pelo menos intermitente ou para pacientes de risco); a avaliação da sedação; limitar oxigênio suplementar; monitorar com mais frequência no período imediato após o início, durante as primeiras 24 horas e à noite, quando podem ocorrer hipoventilação e hipóxia noturna; registro e verificação das configurações, do volume analgésico e da condição do acesso intravenoso a cada turno1515 Dening F. Patient-controlled analgesia. Br J Sch Nurs. 1993;2(5): 274-7.,1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,4141 Grissinger M. Fatal PCA adverse events continue to happen: better patient monitoring is essential to prevent harm. P T. 2016;41(12):736-7.,4444 Vicente KJ, Bekhaled KK, Hillel G, Cassano A, Orser BA. Programming errors contribute to death from patient-controlled analgesia: case report and estimate of probability. Can J Anaesth. 2003;50(4):328-32.,4747 Chumbley G, Mountford L. Patient-controlled analgesia infusion pumps for adults. Nurs Stand. 2010; 25(8):35-40.
48 American Nurse Association. Avoid the dangers of opioid therapy. 2009 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.myamericannurse.com/avoid-the-dangers-of-opioid-therapy/.
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49 D’Arcy Y. Keep your patient safe during PCA. Nursing. 2008;38(1):5-50.-5050 D’Arcy Y. Patient safety issues with patient-controlled analgesia. Topics in Advanced Pract Nurs J. 2007;7(1).; monitorar quando os pacientes estão prontos para interromper a ACP e utilizar analgesia menos potente4747 Chumbley G, Mountford L. Patient-controlled analgesia infusion pumps for adults. Nurs Stand. 2010; 25(8):35-40..
A seleção adequada de pacientes visou a escolha de pacientes apropriados por profissionais bem treinados e informados. O paciente deve estar mentalmente alerta e capaz de controlar sua própria dor e atender aos critérios de seleção, como nível adequado de consciência, capacidade cognitiva e de destreza manual para ativar o botão1919 Cohen H. Avoid PCA errors with education. Don’t let family members administer medication. Hospital Home Health. 2004;21(5):56-7.,2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.. As medidas de segurança envolveram: obter histórico de saúde e fazer um exame físico para avaliar o potencial do paciente para abuso de opioides; consentimento informado; analisar os riscos e benefícios; individualizar a dosagem; avaliar contraindicações e comorbidades3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.,4343 Institute For Safe Medication Practices. Worth Repeating… Recent PCA By Proxy Event Suggests Reassessment of Practices that May Have Fallen by the Wayside. 2016 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.ismp.org/resources/worth-repeating-recent-pca-proxy-event-suggests-reassessment-practices-may-have-fallen.
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,4848 American Nurse Association. Avoid the dangers of opioid therapy. 2009 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.myamericannurse.com/avoid-the-dangers-of-opioid-therapy/.
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,5151 Stewart D. Pearls and pitfalls of patient-controlled analgesia. US Pharm. 2017;42(3):24-7..
A prescrição adequada se baseia na escolha do opioide compatível (início rápido, duração intermediária, efeitos secundários mínimos e livre de metabólitos tóxicos); consideração de alergias, função renal e dosagem; redução de dose quando um paciente é alternado entre opioides; dose em bolus que forneça analgesia significativa e com 10% da dose diária; dose de ataque suficiente; optar pelo parâmetro de dose cumulativa máxima; período de bloqueio que proteja o paciente de uma administração excessiva; infusão de fundo para pacientes tolerantes a opioides ou com necessidades maiores; avaliação funcional do alívio da dor; programabilidade individual; adicionar outros fármacos como antieméticos; coanalgésicos; prescrição com as modalidades de administração; concentração padrão para cada opioide e reavaliar a adequação da ACP em intervalos regulares2222 Abrolat M, Eberhart LHJ, Kalmus G, Koch T, Nardi-Hiebl S. Patientenkontrollierte analgesie: methoden, handhabung und ausbaufähigkeit. Anästhesiol Intensivmed Notfallmed Schmerzther. 2018;53(4):270-80.,2727 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part II - Pratical Error-Reduction Strategies. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3636 Etches RC. Patient-Controlled analgesia. Surg Clin North Am. 1999;79(2):297-312.,3737 Macintyre PE, Jarvis DA. Age is the best predictor of postoperative morphine requirements. Pain. 1995;64(2):357-64.,4040 Sardin B, Lecour N, Terrier G, Grouille D. À propos des paramètres de sécurité des pompes d’analgésie contrôlée par le patient (PCA). Ann Fr Anesth Reanim. 2012;31(10):813-7.,4747 Chumbley G, Mountford L. Patient-controlled analgesia infusion pumps for adults. Nurs Stand. 2010; 25(8):35-40.,5151 Stewart D. Pearls and pitfalls of patient-controlled analgesia. US Pharm. 2017;42(3):24-7.
52 Etches RC. Respiratory depression associated with patient-controlled analgesia: a review of eight cases. Can J Anaesth. 1994;41(2):125-32.-5353 Reimer HD. Intravenous dead space and patient safety in patient-controlled analgesia. Can J Anaesth. 1995;42(7):658..
O preparo e dispensação seguros estão relacionados a rótulos claros com a concentração total do fármaco; morfina em concentração única; preparações já prontas; etiquetas de advertência em concentrações não padrões; definir limites de dose máxima; revisar ajustes de dose; embalar com a naloxona as diretrizes de seu uso; validar pedido original; confirmar alergias; nomes semelhantes separados e claramente identificáveis em caixa alta; formulários de prescrição; suporte de informações relacionadas à compatibilidade de fármacos; supervisionar o componente farmacêutico da terapia e preparo em ambiente mais controlado1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3333 Hicks RW, Hernandez J, Wanzer LJ. Perioperative pharmacology: patient-controlled analgesia. AORN J. 2012;95(2):255-65.,4646 Kluger MT, Owen H. Patient-controlled analgesia: can it be made safer? Anaesth Intensive Care. 1991;19(3):412-20.,5454 Cohen MR. Misprogramming patient-controlled analgesia concentration leads to dosing errors. Hospital Pharmacy. 2008;43(12):960-4.,5555 Dunwoody C, Skledar S, Freeman S. Changes in patient-controlled analgesia following a meperidine overdose. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2006;32(9):528-30..
Pedidos de ACP adequados são padronizados e eletrônicos que seguem a sequência de programação da bomba, incluem o monitoramento e as precauções necessárias; com destaque para as alergias; doses em mg ou mcg; letras em caixa alta para hidromorfona; concentrações padronizadas; bloqueio de concentrações inapropriadas; disponibilidade de ajuste da morfina para pacientes com insuficiência renal; tabela de conversão padronizada para taxas de infusão basal e pedidos verbais limitados1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3.,2323 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.,5656 Weber LM, Ghafoor VL, Phelps P. Implementation of standard order sets for patient-controlled analgesia. Am J Health Syst Pharm. 2008;65(12):1184-91..
Administração segura compreende a verificação e sinalização das alergias; alertas sobre a restrição do uso ao paciente; linhas de infusão com etiquetas; exigir que o paciente demonstre como ativa a bomba; conexão da ACP próxima ao paciente; administração de ansiolíticos com cautela; ter atenção para opioides concomitantes; deixar oxigênio e naloxona prontamente disponíveis; verificação médica dupla antes do uso; evitar ACP por procuração; comparar o registro com o rótulo; no início de cada turno documentar características da terapêutica como solução, método, parâmetros; verificações duplas e sugerir aos familiares medidas complementares para aliviar o desconforto do paciente2828 Cohen MR, Smetzer J. Patient-controlled analgesia safety issues. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2005;19(1):45-50.,3939 Pasero CL. PCA: for patients only. Am J Nurs. 1996;96(9):22-3.,4848 American Nurse Association. Avoid the dangers of opioid therapy. 2009 [acesso em 2022 25 out]. Disponível em: https://www.myamericannurse.com/avoid-the-dangers-of-opioid-therapy/.
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,5454 Cohen MR. Misprogramming patient-controlled analgesia concentration leads to dosing errors. Hospital Pharmacy. 2008;43(12):960-4..
Programação segura envolve dupla verificação independente; revisão da política de enfermagem sobre configuração e programação; revisão das configurações das bombas durante a transferência do paciente e a cada mudança de turno; folheto de referência rápida para as enfermarias com dicas de programação e avisos de dose máxima para cada fármaco; tecnologia de código de barras; programa simples de executar com poucas etapas; menus de fácil leitura; proteção de software contra quedas de corrente e interferência estática; e prescrição personalizada para diferentes modos de entrega2121 Syed S, Paul JE, Hueftlein M, Kampf M, McLean RF. Morphine overdose from error propagation on an acute pain service. Reg Anesth Pain. 2006;53(6):586-90.,2323 Ahmad I, Thompson A, Frawley M, Hu P, Heffernan A, Power C. Five-year experience of critical incidents associated with patient-controlled analgesia in an Irish University Hospital. Ir J Med Sci. 2010;179(3):393-7.,4444 Vicente KJ, Bekhaled KK, Hillel G, Cassano A, Orser BA. Programming errors contribute to death from patient-controlled analgesia: case report and estimate of probability. Can J Anaesth. 2003;50(4):328-32.,4646 Kluger MT, Owen H. Patient-controlled analgesia: can it be made safer? Anaesth Intensive Care. 1991;19(3):412-20.,5454 Cohen MR. Misprogramming patient-controlled analgesia concentration leads to dosing errors. Hospital Pharmacy. 2008;43(12):960-4..
DISCUSSÃO
As morbidades identificadas nos estudos chamam atenção para os diferentes usos da ACP e os cuidados para cada caso. A obesidade é caracterizada por alterações hemodinâmicas capazes de alterar a cinética do fármaco e infiltração gordurosa hepática que limita a atividade metabólica do fígado. Portanto, a dose de opioide deve levar em conta o peso corporal ideal, a distribuição do fármaco no excesso de massa corporal e a dose de manutenção deve ser reduzida5757 Cheymol G. Effects of obesity on pharmacokinetics. Clin Pharmacokinet. 2000;39(3):215-31..
A anemia falciforme causa crises dolorosas controláveis com doses baixas tituladas conforme nível da dor e avaliação de fatores, como idade, genótipo, uso de hidroxiureia, níveis de hemoglobina fetal e presença de tórax agudo5858 Bakir M, Atici SR, Yildirim HU, Tiftik EN, Unal S. Patient-controlled analgesia and morphine consumption in sickle cell anemia painful crises: a new protocol. Agri. 2020;32(3):115-9..
Na apneia obstrutiva do sono, o paciente só retoma a respiração quando a PaCo2 aumenta. No entanto, a morfina dificulta esse processo, por isso o prescritor deve contraindicar infusão basal e ajustar o limite de dose5959 Vandercar DH, Martinez AP, Lisser EA. Sleep apnea syndromes: a potential contraindication for patient-controlled analgesia. Anesthesiology. 1991;74(3):623-4..
Na insuficiência renal, o desafio é aliar o controle da dor à proteção da função renal, por isso o prescritor deverá acompanhar a função renal, selecionar opioides com perfil farmacológico seguro como fentanil e ajustar a dose6060 Tawfic QA, Bellingham G. Postoperative pain management in patients with chronic kidney disease. J Anaesthesiol Clin Pharmacol. 2015;31(1):6-13..
A literatura indica que o controle da dor pós-cirúrgica com ACP produz resultados fisiológicos e funcionais associados a alta mais precoce do hospital, deambulação mais rápida e menores níveis de dor e incapacidade6161 Wasylak TJ, Michael JM, Jeans ME. Reduction of postoperative morbidity following patient-controlled morphine. Can J Anaesth. 1990;37(7):726-31.. A ACP também se mostra eficaz no alívio da dor aguda e oncológica intensa com os pacientes sendo capazes de titular sua analgesia sem sedação excessiva. Neste caso, o intervalo de bloqueio escolhido foi maior do que o utilizado em pós-operatórios. A principal vantagem destacada foi o menor intervalo entre a necessidade do analgésico e sua administração, ideal para pacientes em cuidados paliativos também6262 Fernandes MTP. Patient-Controlled Analgesia (PCA) in Acute Pain: Pharmacological and Clinical Aspects. Pain Relief. 2017 [acesso em 2022 out 25]. Disponível em: https://www.intechopen.com/chapters/54018.
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63 Prommer E. Patient Controlled Analgesia in Palliative Care. Palliative care network of Wisconsin. 2009 [acesso em 2022 out 25]. Disponível em: https://ocpe.mcw.edu/sites/default/files/FF%20%2392%20PCA%203rd%20Ed.doc.
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-6464 Citron ML, Early AJ, Boyer M, Krasnow SH, Hood M, Cohen MH. Patient-controlled analgesia for severe cancer pain. Arch Intern Med. 1986;146(4):734-6..
A morfina é considerada padrão ouro para ACP, porém produz um metabólito ativo com eliminação renal e pode causar náuseas, vômitos, prurido, retenção urinária, sedação e depressão respiratória. Portanto, exige cautela na disfunção renal, em idosos e ajuste individual de dosagem e parâmetros. A hidromorfona é indicada para pacientes com insuficiência renal e alérgicos. Sua confusão com a morfina é grave, já que a dosagem desta é bem superior. A meperidina apresenta metabolização hepática, excreção renal e efeito central associado a riscos de confusão, espasmos e convulsões. Seu uso seguro requer uma dose diária de 10 mg/kg/dia até três dias, no máximo, apenas em casos de alergia a morfina e hidromorfona. O fentanil apresenta maior risco de erros de programação por ser dosado em microgramas, e de efeitos adversos, se associado a infusão basal, uso frequente e prolongado, dado que possui ação analgésica curta e meia-vida longa. A oxicodona é similar ao fentanil quanto aos efeitos adversos, mas pode ser usado sob demanda e associado à infusão basal. A piritramida é contraindicada em pacientes com porfiria e seu uso seguro requer uma titulação cuidadosa durante tratamento a longo prazo, a fim de evitar acúmulo6262 Fernandes MTP. Patient-Controlled Analgesia (PCA) in Acute Pain: Pharmacological and Clinical Aspects. Pain Relief. 2017 [acesso em 2022 out 25]. Disponível em: https://www.intechopen.com/chapters/54018.
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,6565 Momeni M, Cruvitti M, Kock M. Patient-controlled analgesia in the management of postoperative pain. Drugs. 2006;66(18):2321-37..
A infusão de fundo contínua não melhora o efeito analgésico e aumenta o risco de efeitos adversos. Contudo, pode ser utilizada em pacientes tolerantes a opioides, com dor oncológica e crises de dor, se a dose bolus corresponder 50% a 100% da taxa basal66.
A depressão respiratória é consequência de uma overdose de opioides ou de sua interação com sedativos. Sua ocorrência está associada a intervalos e bloqueios curtos, administrações repetidas e doses altas. Os fatores de risco são pacientes com mais de 70 anos, em uso de infusão basal contínua, com disfunção renal, hepática, pulmonar, cardíaca, história de apneia obstrutiva do sono, uso de depressores do sistema nervoso central, obesidade, cirurgia torácica ou de abdômen superior, bolus maiores que 1 mg, hipovolemia e falta de compreensão sobre o funcionamento do dispositivo da ACP. Sua incidência é maior nas primeiras 24 horas de pós-operatório e durante a noite.
A forma mais confiável de detecção da hipoventilação é através do capnógrafo. Há outros indicadores, como mudanças na frequência respiratória, qualidade da respiração e oxímetro de pulso contínuo. Esta detecta a hipoxemia, mas pode não ser precisa, sem uso de oxigênio suplementar e baixa perfusão periférica6767 Duarte LTD, Fernandes MCBC, Costa VV, Saraiva RA. The incidence of postoperative respiratory depression in patients undergoing intravenous or peridural analgesia with opioids. Rev Bras Anestesiol. 2009;59(4):409-20..
Paradas respiratórias, cardíacas e coma foram consequências da depressão respiratória. Relatos de óbitos associados a paradas respiratórias foram associados ao atraso da equipe na resposta e não percepção da hipoventilação. Náuseas e vômitos pós-operatórios são efeitos adversos comuns associados ao uso de opioides, por isso recomenda-se o uso de antieméticos concomitantemente. O prurido é menos comum e seu tratamento com fármacos antipruríticos pode favorecer a sedação, portanto é recomendável escolher outro opioide. A sedação pode estar associada ao acúmulo de metabólitos ativos, por isso o fentanil seria a opção mais segura, ou a coadministração de AINES6868 Grass JA. Patient-controlled analgesia. Anesth Analg. 2005;101(5):44-61.. Convulsões foram relatadas associadas à meperidina em doses altas. Os fatores de risco incluem: insuficiência renal e coadministração de fármacos indutores de enzimas hepáticas ou fenotiazinas6969 Hagmeyer KO, Mauro LS, Mauro VF. Meperidine-related seizures associated with patient-controlled analgesia pumps. Ann Pharmacother. 1993;27(1):29-32.. A analgesia insuficiente foi decorrente do ajuste inadequado dos parâmetros da ACP. O delirium é mais comum em idosos com dor subtratada e pacientes oncológicos6868 Grass JA. Patient-controlled analgesia. Anesth Analg. 2005;101(5):44-61.. Os demais eventos foram associados à overdose de opioides.
As falhas humanas durante a programação podem estar relacionadas a lacunas no conhecimento, falta de experiência ou alta carga de trabalho. Bombas inteligentes possibilitam a redução de erros de fármacos, porém não eximem os profissionais de verificarem o dispositivo e conexões e dispor de conhecimento e julgamento clínico para validar a precisão das informações. Falhas na vigilância podem originar lesões irreversíveis, se a equipe não responder em tempo hábil. A adequada avaliação da dor e da sedação durante o uso de um fármaco de alto risco torna a terapêutica mais segura e eficaz7070 Craft J. Patient-controlled analgesia: Is it worth the painful prescribing process? Proc Bayl Univ Med Cent. 2010;23(4):434-8.,7171 Giuliano KK, Ruppel H. Are smart pumps smart enough? Nursing. 2017;47(3):64-6.. A bomba de ACP é de uso exclusivo do paciente, pois uma vez sedado, não pressiona o botão de demanda1717 Institute For Safe Medication Practices. Safety Issues with Patient-Controlled Analgesia Part I - How erros occur. KBN Connection. 2005;3(1):21-3..
É responsabilidade do profissional de saúde educar e avaliar o paciente e familiar e certificar-se do uso correto que inicia na seleção adequada do paciente, o qual deve ter capacidade cognitiva, física e psicológica para controlar sua própria dor. Conhecer o paciente e seu histórico, escolher o opioide mais adequado e respeitar as padronizações da instituição são fundamentais para uma prescrição segura. Deve-se salientar a importância do cuidado com o preparo e dispensação e da restrição do acesso, já que são fármacos de alta vigilância66 Institute For Safe Medication Practices. ISMP Develops Guidelines for Standard Order Sets. 2010 [acesso em 2022 out 24]. Disponível em: https://www.ismp.org/resources/ismp-develops-guidelines-standard-order-sets.
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,7272 San Diego Patient Safety Council. Tool Kit Patient Controlled Analgesia (PCA) Guidelines of Care For the Opioid Naïve Patient. 2009.
73 Institute For Safe Medication Practices. High-Alert Medications in Acute Care Settings. 2018 [acesso em 2022 out 25]. Disponível em: https://www.ismp.org/recommendations/high-alert-medications-acute-list.
https://www.ismp.org/recommendations/hig...
-7474 Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. 2017 [acesso em 2022 out 25]. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/uso-seguro-medicamentos.pdf.
https://portal.coren-sp.gov.br/sites/def...
.
Os inúmeros riscos reunidos nesta revisão possibilitam que as organizações avaliem os próprios riscos com maior facilidade por meio de sua classificação, descrição, relação com outros riscos e seu impacto potencial. As estratégias de mitigação podem visar evasão de risco, transferência para outra parte corresponsável ou redução. Em seguida, deve-se monitorar e controlar os riscos por meio de reavaliação, identificação de novos e fechamento dos que não representam ameaça; auditorias que documentem a eficácia das medidas de resposta; análise da variância; medição das realizações técnicas; análise de reserva e reunião de status7575 Srinivas K. Process of Risk Management. IntechOpen. 2019.. As medidas de segurança também proporcionam um grande escopo de ações úteis para o gerenciamento dos riscos.
A notificação de incidentes é a pedra angular de qualquer processo de gestão de riscos, porém o relato voluntário é pouco realizado devido a fatores como: sobrecarga de trabalho; falha no reconhecimento; descrença na notificação; falta de feedback; medo de ação disciplinar ou judicial; falta de compreensão de quais tipos de incidentes devem ser relatados. Logo, cabe à instituição realizar atividades educativas e simulações sobre a notificação voluntária aliada à busca ativa de incidentes, pois se trata de um instrumento de gestão da qualidade, não uma ferramenta disciplinar7676 Cullen DJ, Bates DW, Small SD, Cooper JB, Nemeskal AR, Leape LL. The incident reporting system does not detect adverse drug events: a problem for quality improvement. Jt Comm J Qual Improv. 1995;21(10):541-8..
Esta pesquisa se limita por não avaliar criteriosamente a qualidade metodológica dos estudos selecionados. Contudo, não há revisões com estrutura sistemática sobre gestão de riscos no uso da ACP disponíveis na literatura; portanto, cabe inicialmente uma revisão de escopo para reconhecer e reunir os vários tipos de evidências produzidas sobre o assunto. Dessa maneira, com os riscos mapeados e as medidas de segurança delimitadas, os serviços poderão planejar suas ações para prevenir incidentes e eventos adversos por meio de manuais, checklists, folhetos informativos e protocolos baseados nesses achados. A divisão em estágios ainda possibilita criar, em cada fase da ACP, barreiras capazes de impedir que o risco afete o paciente.
Dada a riqueza de produção científica existente e a relevância do tema para o controle eficaz e seguro da dor, é válido realizar estudos futuros sistemáticos e de eficácia nessa área, que também abordem especificamente os diferentes usuários e modalidades da ACP.
CONCLUSÃO
A ideia de ACP provoca inseguranças nos profissionais de saúde, que historicamente assumem o cuidado do outro. Estudos de longas datas e outros mais recentes mostram uma variedade de riscos e eventos adversos durante o uso da técnica, que acentua as incertezas e descrença. Todavia, a mesma literatura revela que com planejamento e gerenciamento adequados é possível obter um método eficaz no controle da dor, de forma segura com vantagens que a analgesia convencional não possui.
Os opioides não são totalmente seguros, por isso eventos como lesões, não intencionais e evitáveis, podem ocorrer. O conhecimento dos fatores contribuintes, da diversidade de eventos adversos, dos estágios de risco e das medidas de segurança presentes nesta revisão possibilita o gerenciamento de riscos e, consequentemente, a implantação de um sistema de analgesia que equilibra eficácia e segurança em favor do paciente.
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Fontes de fomento: não há.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
09 Out 2023 -
Data do Fascículo
Apr-Jun 2023
Histórico
-
Recebido
25 Out 2022 -
Aceito
20 Jul 2023