Acessibilidade / Reportar erro

PREVALÊNCIA DA BRUCELOSE BOVINA NA MICRORREGIÃO DA SERRA DE BOTUCATU - ESTUDO COMPARATIVO DOS RESULTADOS DAS TÉCNICAS DE SOROAGLUTINAÇÃO LENTA EM TUBOS, 2-MERCAPTOETANOL E FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO* * Apoio Financeiro: FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

PREVALENCE OF BOVINE BRUCELLOSIS IN THE BOTUCATU MOUNTAINS MICROREGION - COMPARATIVE STUDY OF THE RESULTS OF THE TECHNIQUES OF SLOW AGGLUTINATION IN TUBES, 2-MERCAPTOETHANOL AND COMPLEMENT FIXATION

RESUMO

Investigou-se a prevalência da brucelose bovina nos rebanhos da microrregião da Serra de Botucatu, Estado de São Paulo. Foram colhidos soros de bovinos pertencentes a 96 propriedades totalizando 1.789 amostras. Os soros obtidos foram submetidos às provas de Soroaglutinação com

Antígeno Tamponado Acidificado (ATA), Soroaglutinação Lenta em Tubos (SAT), 2-Mercaptoetanol

(2-ME) e Reação de Fixação de Complemento (RFC). A prevalência de animais reagentes foi de 3,6%, ressalta-se que 42,7% dos rebanhos apresentavam pelo menos um animal positivo. A análise estatística dos resultados obtidos caracterizou moderada concordância da SAT com a RFC, enquanto que a ATA e 2-ME apresentaram concordância perfeita com a RFC.

PALAVRAS-CHAVE:
Brucelose; bovinos; epidemiologia; diagnóstico; prevalência; Brasil.

ABSTRACT

The prevalence of bovine brucellosis in the microregion of Botucatu was evaluated. Sera from 1,789 bovine belonging to 96 herds were collected and submitted to Rose Bengal Plate Test (ATA), Tube Aglutination Test (SAT), 2-Mercapthoetanol Test (2-ME) and Complement Fixation Test (RFC). The regional prevalence was characterized as 3.6%, it must be emphasized that 42.7% of herds had at least one positive animal. The statistical analysis of the obtained results characterized moderate agreement of SAT with RFC, while the ATA and 2-ME presented perfect agreement with RFC.

KEY WORDS:
Brucellosis; cattle; epidemiology; diagnosis; prevalence; Brazil.

INTRODUÇÃO

A brucelose bovina, enfermidade infecto-contagiosa de caráter crônico e zoonótico, caracteriza-se nas fêmeas por abortos entre o 7º e 9º meses de gestação seguidos de retenção placentária, placentite e metrite (RADOSTITS et al., 1994; MEADOR & DOYE, 1989MEADOR, V.P. & DEYOE, B.L. Intracellular localization of Brucella abortus in bovine placenta. Vet. Pathol., v.26, p.513-515, 1989.), com conseqüente diminuição na produtividade (VASCONCELLOS et al., 1987VASCONCELLOS, S.A.; ITO, F.H.; CORTES, J.A. Bases para a prevenção da brucelose animal. Comun. Cient. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. São. Paulo, v.11, p.25-36, 1987.). Os machos podem apresentar higromas (EAGLESOME & GARCIA,1992EAGLESOME, M.D. & GARCIA, M.M. Microbial agents associated with bovine genital tract infections and semen Part I: Brucella abortus, Leptospira, Campylobacter foetus and Tritrichomonas foetus. Vet. Bull., v.62, p.743-775, 1992.), orquite e epididimite unilateral ou bilateral, podendo disseminar a doença em programas de inseminação artificial (RADOSTITS et al., 1994), não se considerando, no entanto, estas manifestações como patognomônicas da enfermidade (NICOLETTI, 1980NICOLETTI, P. The epidemiology of bovine brucellosis. Adv. Vet. Sci. Comp. Med., v.24, p.698-699, 1980.). A infertilidade é conseqüência da localização da bactéria nos testículos (SMITH, 1993SMITH, B.P. Tratado de medicina interna de grandes animais.S ão Paulo: Manole, 1993. p.250, 1387, 1394-1395, 1416, 1418.).

No Brasil, é conhecida, desde 1922, tendo-se obtido o isolamento da bactéria em fetos abortados no Estado de São Paulo em 1930 (MELO, 1950MELLO, M.T. Animal Brucellosis in Brazil. In: INTER-AMERICAN CONGRESS ON BRUCELLOSIS, 3., 1950, Washington. Proceedings. Washington: 1950. p.56-89.). Em 1977, um levantamento nacional demonstrou a seguinte prevalência animal para cada região: norte 4,1%, nordeste 2,5%, centro-oeste 6,8%, sudeste 7,5% e sul 4,0% (POESTER et al., 2002POESTER, F.P.; GONÇALVES, V.S.P.; LAGE, A.P. Brucellosis in Brazil. Vet. Microbiol., v.90, p.55-62, 2002.). A doença foi relatada em alguns municípios da Bahia, atingindo valores de prevalência em torno de 10% (COSTA et al.,1971COSTA, M.D.M.; VIEGAS, E.A.; TEIXEIRA, E.M.L. Contribuição ao estudo da brucelose bovina na Bahia. I prevalência nos municípios de Itapetininga, Itambié, Itororó. Bol. Inst. Biol. Bahia, v.10, p.16-24, 1971.). CORRÊA et al. (1972)CORRÊA, C.N.M.; GOTTSCHALK, A.F.; C ORREA, W.M.; SILVA, A.S. DA; TERUYA, J.M. Brucelose e leptospirose bovina em São Manuel - Estado de São Paulo, Inquérito sorológico. Biológico, São Paulo, v.38, p.46-51, 1972. relataram 19% de vacas reativas para brucelose no Estado de São Paulo e FIGUEIREDO (1985)FIGUEIREDO, B.L. Brucelose como doença ocupacional: I. Aglutininas anti-Brucella sp em grupos ocupacionais dos frigoríficos da grande Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: II. Aglutininas anti-Brucella sp. em bovinos e suínos abatidos nestes frigoríficos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.37, p.385-407, 1985. referem um índice de prevalência em bovinos de matadouro de 3,9% em Belo Horizonte.

Em São Paulo, FEITOSA et al. (1991)FEITOSA, M.H.; BITTAR, C.R.; GOMES, S.P. Brucelose: Levantamento sorológico no Estado de São Paulo no período de 1977 a 1987. Vet. Zootec., v.3, p. 9-15, 1991. relataram uma prevalência de bovinos positivos para brucelose, testados nas provas de Soroaglutinação Rápida em Placa, Soroaglutinação Lenta em Tubos (SAT), Cardtest e 2-Mercaptoetanol (2-ME) de 13,3%. Adicionalmente, SAMARA et al. (1996)SAMARA, S.I.; SEIXAS, L.F.Z.; OLIVEIRA, M.A. Diagnóstico da situação sanitária do gado leiteiro em PitangueiraSP: II - brucelose. Ars Vet., v.12, p.137-140, 1996. investigando a situação sanitária da brucelose na pecuária leiteira da região de Pitangueiras, SP, nos anos de 1990, 1991, 1992 e 1993, observaram índices de prevalência de 6,2%, 13,8%, 18,7% e 16,8%, respectivamente, no município.

No Estado do Rio Grande do Sul, como resultado de um sucessivo programa de vacinação, a prevalência animal caiu de 2% em 1977 para 0,3% em 1986. Em Santa Catarina, houve um aumento de 0,2% em 1977 para 0,6% em 1996. Em Minas Gerais, o maior Estado leiteiro do Brasil, a prevalência caiu de 7,6% em 1977 para 6,7% em 1980 (POESTER et al., 2002POESTER, F.P.; GONÇALVES, V.S.P.; LAGE, A.P. Brucellosis in Brazil. Vet. Microbiol., v.90, p.55-62, 2002.).

Em 2000, no Brasil, foi lançado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento um Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), que tem como objetivo diminuir a prevalência e a incidência destas enfermidades (BRASIL, 2001BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p.).

Desta forma, considerando a implantação do PNCEBT, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência da brucelose bovina, na microrregião de Botucatu, Estado de São Paulo. Adicionalmente, o estudo objetivou correlacionar a prevalência da enfermidade no rebanho com a percentagem de ocorrência de abortamentos em rebanhos positivos e avaliar a concordância das provas de SAL, 2-ME e RFC.

MATERIAL E MÉTODOS

Amostragem

O tamanho da amostra foi obtido a partir de um intervalo de confiança 95% com uma prevalência esperada para brucelose em torno de 5%. Tomou-se como base para a amostragem um total de 252.481 bovinos distribuídos em 3.244 propriedades rurais nos 11 municípios da microrregião da Serra de Botucatu (dados cedidos pela Coordenadoria de Defesa Animal - CATI /Botucatu, embasados na campanha de vacinação contra febre aftosa, realizada em novembro de 1998).

Seleção das propriedades e animais

Foram selecionadas propriedades da Serra de Botucatu. De posse dos dados das propriedades, cedidos pelo Departamento de Defesa Agropecuária - CATI de Botucatu, estas foram selecionadas, ao acaso, através de sorteio, levando-se em consideração a localização das propriedades de um mesmo município para que não houvesse proximidade entre elas.

Os animais foram selecionados de acordo com o tamanho do rebanho. Em propriedades com número de animais superior a 15 cabeças, foi realizada a escolha aleatória. Em propriedades, com número de animais inferior ou igual a 15, foram colhidas amostras de todos os animais.

Colheita de material

A colheita de material foi iniciada no mês de abril de 1999, sendo finalizada em junho de 2000. Foram colhidas, 1.789 amostras de soro sangüíneo de bovinos de 96 propriedades visitadas, nos 11 nos municípios que constituem a microrregião da serra de Botucatu (Anhembi, Areiópolis, Bofete, Botucatu, Conchas, Laranjal Paulista, Itatinga, Pardinho, Pereiras, Pratânia e São Manuel).

A colheita do material foi realizada, após assepsia local, com álcool iodado. O sangue foi colhido através de venopunção jugular utilizando-se sistema a vácuo estéril sem anticoagulante (Vacuttainer), com agulha 21G, retirando-se, aproximadamente, 10 mL de sangue por animal. Este material foi mantido em posição de descanso por, no máximo, 24 horas, para a formação do coágulo visando a obtenção do soro. Após a retração do coágulo e liberação do soro, garantindo-se a ausência de hemólise, as amostras foram identificadas e aliquotadas em tubos tipo eppendorf® e conservadas em freezer (-20º C), para posterior realização das provas sorológicas.

Provas sorológicas

Todas as 1.789 amostras colhidas foram submetidas às provas de ATA (MAC MILLAN, 1990MAC MILLAN, A. Conventional serologic tests In: NILSEN, K. & DUNCAN, J.R. (Eds.). Animal brucellosis. Boca Raton: CRC Press, 1990. p.154-300.), SAT e 2-ME (ALTON et al., 1975ALTON, G.G.; MAW, J.; ROGERSON, B.A. Serological diagnosis of bovine brucellosis an evaluation of the complement fixation, serum agglutination and rose bengal tests. Aust. Vet. J., v.51, p.57-63, 1975.) e RFC (ALTON et al., 1976ALTON, G.G.; JONES, L.M.; PIETZ, D.E. Las tecnicas de laboratorio en la brucellosis. World Health Organ Monogr. Ser., v.55, p.55-133, 1976.).

Os resultados do ATA, SAT e 2-ME foram interpretados conforme os critérios do PNCEBT (BRASIL, 2001BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p.). Para a RFC, foram consideradas positivas quaisquer reações de uma a quatro cruzes, a partir da diluição 1:8; reações na diluição 1:4, em qualquer percentual de hemólise, foram consideradas suspeitas, enquanto que na diluição 1:2 foram consideradas negativas; as amostras que apresentaram hemólise completa (100%), foram classificadas como negativas; o resultado final foi dado de acordo com a última diluição, em que se observou a sedimentação de hemácias (ALTON et al., 1976ALTON, G.G.; JONES, L.M.; PIETZ, D.E. Las tecnicas de laboratorio en la brucellosis. World Health Organ Monogr. Ser., v.55, p.55-133, 1976.).

Inquérito epidemiológico

Foi aplicado um questionário epidemiológico em todas as propriedades que participaram deste estudo.

Para a avaliação dos resultados, as propriedades foram classificadas com base no número de animais existentes em cada propriedade; dessa forma as que apresentaram de 1 a 50 animais foram classificadas como de pequeno porte (PPP), de 51 a 100 animais como de médio porte (PMP) e as que apresentaram acima de 100 animais como de grande porte (PGP). Também foram classificadas como abertas as que executavam com freqüência a compra e venda de animais, ou fechadas, as que, normalmente, trabalhavam com cria e recria, sem entrada ou saída freqüente de animais.

Análise estatística

A análise estatística foi baseada no estudo da concordância entre os métodos através do coeficiente Kappa (K), com base em MACKINNON (2000). Para efeito desta análise, as amostras que resultaram suspeitas foram consideradas negativas.

RESULTADOS

Houve 50 amostras positivas à SAT; destas, 45 (90%) foram positivas ao ATA, 29 (1,6%) foram positivas ao 2-ME, 28 (56%) positivas e 3 (6%) suspeitas à RFC. Quando comparada às provas de ATA, 2-ME e RFC, a SAT apresentou respectivamente, 90,3%, 89,6% e 89,3% de resultados concordantes positivos e negativos entre as provas. Os coeficientes Kappa foram, respectivamente, 0,72; 0,48 e 0,46.

Em relação aos resultados da ATA 73 reagiram positivos; destes, 66 (90,4%) foram positivos ao 2-ME, 61 (83,6%) positivos e 5 (6,8%) suspeitos à RFC. Quando comparada às provas de 2-ME e RFC, a ATA apresentou, respectivamente, 99,6% e 97,3% de resultados concordantes. Os coeficientes Kappa foram, respectivamente, 0,94 e 0,86.

Do total de amostras avaliadas, 149 foram inconclusivas no 2-ME, destas, 18 (12,1%) e 131 (87,9%) resultaram, respectivamente, suspeitas e negativas à RFC.

Das amostras positivas ao 2-ME, 64 (97%) resultaram positivas, uma (1,5%) suspeita e uma (1,5%) negativa a RFC. Foi observado 97,8% de resultados concordantes positivos e negativos entre os 2 testes. A avaliação estatística demonstrou K = 0,96 caracterizando uma perfeita concordância entre estas duas provas.

A faixa etária compreendeu apenas animais acima da puberdade, sendo em sua maioria vacas em produção (72%), com idade média de 5 anos. Foram avaliados 26 (1,4%) machos.

Das 96 propriedades avaliadas 8 (8,3%) eram PGP, 12 (12,5%) PMP e 76 (79,2%) eram PPP. Dos 1.789 animais utilizados, 1.720 (96,08%) eram destinados à exploração leiteira. Foi geralmente observado o regime de semi-confinamento (96,9%), apenas 3 (3,1%) propriedades criavam os animais em regime extensivo.

Das 96 propriedades estudadas, apenas 8 (8,3%) adquiriam animais em leilão, uma (1,0%) permutava com vizinhos e as 87 (90,6%) restantes trabalhavam no regime de cria e recria de animais. Nove (9,4%) eram abertas (trabalhavam com compra e venda de animais), enquanto que 87 (90,6%) eram fechadas. Das propriedades abertas, 14 (66,7%) apresentaram animais positivos em seus rebanhos e apenas 3 (3,1%) exigiam a apresentação do atestado de brucelose antes da aquisição dos animais. Das 75 propriedades fechadas, em 27 (36,0%) foi observada a presença de animais positivos.

A atenção profilática em 100% das propriedades foi direcionada à febre aftosa. Quando questionados sobre a vacinação contra brucelose bovina, somente 2,1% a executaram mesmo fora da idade ideal.

Foi observada a ocorrência de aborto, no terço médio de gestação, em 8 (8,3%) das propriedades. Cem por cento das propriedades já tinham o conhecimento da doença, entretanto 87 (90,6%) não davam importância ao aspecto zoonótico da enfermidade.

Foram observados animais positivos em 41 propriedades, caracterizando 42,7% de rebanhos infectados com prevalência intra-rebanho, com base na RFC variando de 2,1% a 26,3%.

A prevalência da brucelose bovina na microrregião da serra de Botucatu, no período de 1999 á 2000, foi de 3,7% e 3,6 % se considerarmos, respectivamente, a positividade no 2-ME e RFC.

DISCUSSÃO

Quando comparada às provas de ATA, 2-ME e RFC, a SAT apresentou, respectivamente, 90,3%, 89,6% e 88,4% de resultados concordantes. Estes resultados foram semelhantes aos encontrados por ALTON et al. (1975)ALTON, G.G.; MAW, J.; ROGERSON, B.A. Serological diagnosis of bovine brucellosis an evaluation of the complement fixation, serum agglutination and rose bengal tests. Aust. Vet. J., v.51, p.57-63, 1975., CAMPERO et al. (1990)CAMPERO, C.M.; LADDS, P.W.; HOFFMANN, D.; DUFFIELD, B.; WATSON, D.; FORDYCE, G. Immunopathology of experimental Brucella abortus strain 19 infection of the genitalia of bulls. Vet. Immunol. Immunopathol., v.24, p.235-246, 1990., MORGAN (1969)MORGAN, W.J.B.; MACKINNON, D.J.; LAWSON, J.R.; CULLEN, G.A. The rose Bengal plate agglutination test in the diagnosis of brucellosis. Vet. Rec., v.85, p.636-641, 1969. e NICOLETTI (1969)NICOLETTI, P. Further evaluations of serologic test procedures used to diagnose brucellosis. Am. J. Vet. Res., v.30, p.1811-1861, 1969..

Foram observados 97,3% de resultados concordantes entre ATA e RFC, similares aos encontrados por BERCOVICH et al. (1998)BERCOVICH, Z.; GÜLER, L.; BAYSAL,T.; SCHREUDER, B.E.C.; ZIJDERVELD, F.G. Evaluation of the currently used diagnostic procedures for the detection of Brucella melitensis in sheep. Small Rumin. Res., v.31, p.1-6, 1998., que afirmam ter encontrado resultados semelhantes entre a RFC e ATA. Em contrapartida, das 1.716 amostras negativas ao ATA, 30 (1,7%) e 6 (0,3%) foram, respectivamente, suspeitas e positivas a RFC. Este fato justifica-se pelo menor limiar de detecção da RFC em relação ao ATA (ALTON et al., 1975; NICOLETTI, 1969NICOLETTI, P. Further evaluations of serologic test procedures used to diagnose brucellosis. Am. J. Vet. Res., v.30, p.1811-1861, 1969.), e é reforçado por SZULOWSKI et al. (1996) que afirmaram a superior sensibilidade da RFC, quando comparada a ATA, pois, ao testarem 87 soros suínos suspeitos para brucelose, observaram 81 (93,1%) positivos a RFC, enquanto que 78 (89,6%) foram positivos à ATA.

ABDELRAHIM et al. (1990)ABDELRAHIN, A.I.; SULIMAN, H.B.; SHOMMEIN, A.M.; BAKHEIT, H.A. Prevalence of bovine brucellosis in dairy herd pre and post isolation of reactors. Bull. An. Health Prod. Africa., v.38, n.1, p.19-21, 1990., avaliando a prevalência da brucelose bovina por 2 anos consecutivos, referiram a RFC como o método diagnóstico mais confiável da enfermidade e o indicaram como teste confirmatório para resultados positivos a ATA. A afirmação destes autores é corroborada pelo elevado percentual de resultados negativos a RFC obtidos em soros considerados positivos ao ATA e inconclusivos ao 2-ME observados neste experimento.

O presente estudo está de acordo com MEGID et al. (2000)MEGID, J.; RIBEIRO, M.G.; MARCOS JUNIOR, G.; CROCI, A.J. Avaliação das provas de soroaglutinação rápida, soroaglutinação lenta, antígeno acidificado e 2mercaptoetanol no diagnóstico da brucelose bovina. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., v.37, n.5, p.1-10, 2000. e BRASIL (2001)BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p. quando preconizam a utilização do ATA como teste de triagem para rebanhos, complementado pelo 2-ME e concordam com JACQUES et al. (1998)JACQUES, I.; OLIVER-BERNARDIN, V.; DUBRAY, G. Efficacy of ELISA compared to conventional tests (RBPT and CFT) for the diagnosis of Brucella melitensis infection in sheep. Vet. Microbiol., v.64, p.61-73, 1998. que se referem ao ATA como teste de triagem em rebanhos que necessita de um teste sorológico complementar mais sensível e mais específico, o que é confirmado por UZAL et al. (1996)UZAL, F.A.; CARRASCO, A.E.; NIELSEN, K.; ECHAIDE, S.; CABRERA, R.E. An indirect ELISA using a monoclonal anti TgG1 enzyme conjugate for the diagnosis of bovine brucellosis. Vet. Microbiol., v.52, n.1-2, p. 175-180, 1996., SARAVI et al. (1995)SARAVI, M.A.; GREGORET, R.J.; WRIGHT, P.F.; GALL, D.E.J. Comparison of an indirect enzime immunoassay and conventional serological techniques for the detection of bovine antibody to Brucella abortus. Regional network for Latin America on animal disease diagnosis using immunoassay and labelled DNA probe techniques. Proceedings of a final Research Coordination Meeting of FAO/IAEA/SIDA. Vienna: IAEA, 1995. p.151-162., JACQUES et al. (1998)JACQUES, I.; OLIVER-BERNARDIN, V.; DUBRAY, G. Efficacy of ELISA compared to conventional tests (RBPT and CFT) for the diagnosis of Brucella melitensis infection in sheep. Vet. Microbiol., v.64, p.61-73, 1998., NICOLETTI (1969)NICOLETTI, P. Further evaluations of serologic test procedures used to diagnose brucellosis. Am. J. Vet. Res., v.30, p.1811-1861, 1969. e MAC MILLAN (1990)MAC MILLAN, A. Conventional serologic tests In: NILSEN, K. & DUNCAN, J.R. (Eds.). Animal brucellosis. Boca Raton: CRC Press, 1990. p.154-300., que consideram a FC como o mais sensível e o mais específico dos testes.

A análise estatística dos resultados obtidos caracterizou moderada concordância da SAT com a RFC, enquanto que a ATA e 2-ME apresentaram concordância perfeita com a RFC.

A prevalência de 3,7 e 3,6% obtidas, respectivamente, com o 2-ME e RFC são discrepantes ao encontrado por FEITOSA et al. (1991)FEITOSA, M.H.; BITTAR, C.R.; GOMES, S.P. Brucelose: Levantamento sorológico no Estado de São Paulo no período de 1977 a 1987. Vet. Zootec., v.3, p. 9-15, 1991., que relataram 63,4% de animais positivos ao 2-ME, no Estado de São Paulo, em 10 anos de levantamento, porém podem ser justificados pelo delineamento experimental e amostragem diferentes.

Neste trabalho, observou-se uma concordância entre o 2-ME e a RFC de 97,0 %, revelando similaridade de especificidade do 2-ME com a RFC de acordo com CARRASCO et al. (1995)CARRASCO, E.A.; UZAL, F.A.; NIELSEN, K. Comparacion de cuatro tecnicas de ELISA en la evaluacion de la respuesta com Brucella abortus Cepa 19. Ars Med. Vet., v.27, p.5157, 1995., MARIÑO et al. (1991)MARIÑO, J.O.C.; GALLEGO, M.M.I.; SEDANO DE DELEON, L.; ALMANSA, M.J.; FRANK, J.F. Comparacion de tecnicas serologicas en la evaluacion de bovinos infectados naturalmente por Brucella abortus. Networking in brucellosis research: Report of the United Nations University Brucellosis Research Network, 1991. p.120130., NICOLETTI et al. (1969), porém, discordando de ANÍBAL BELLO et al. (1976)ANÍBAL BELLO, N.; MOGOLLÓN, P.; MARTÍNEZ, H. Resultados comparativos de cinco metodos de diagnostico de la brucelosis. Vet. Trop., v.1, p.79-87, 1976. e SARAVI et al. (1995)SARAVI, M.A.; GREGORET, R.J.; WRIGHT, P.F.; GALL, D.E.J. Comparison of an indirect enzime immunoassay and conventional serological techniques for the detection of bovine antibody to Brucella abortus. Regional network for Latin America on animal disease diagnosis using immunoassay and labelled DNA probe techniques. Proceedings of a final Research Coordination Meeting of FAO/IAEA/SIDA. Vienna: IAEA, 1995. p.151-162. que afirmaram ter encontrado maior sensibilidade e especificidade do 2-ME frente a RFC em animais não vacinados.

Os resultados demonstraram uma elevada concordância do 2-ME comparativamente a RFC. A prova de 2-ME é considerada como um dos métodos diagnósticos mais específicos para brucelose bovina (MARIÑO et al., 1991MARIÑO, J.O.C.; GALLEGO, M.M.I.; SEDANO DE DELEON, L.; ALMANSA, M.J.; FRANK, J.F. Comparacion de tecnicas serologicas en la evaluacion de bovinos infectados naturalmente por Brucella abortus. Networking in brucellosis research: Report of the United Nations University Brucellosis Research Network, 1991. p.120130.; NICOLETTI, 1969NICOLETTI, P. Further evaluations of serologic test procedures used to diagnose brucellosis. Am. J. Vet. Res., v.30, p.1811-1861, 1969.; SARAVI et al., 1995SARAVI, M.A.; GREGORET, R.J.; WRIGHT, P.F.; GALL, D.E.J. Comparison of an indirect enzime immunoassay and conventional serological techniques for the detection of bovine antibody to Brucella abortus. Regional network for Latin America on animal disease diagnosis using immunoassay and labelled DNA probe techniques. Proceedings of a final Research Coordination Meeting of FAO/IAEA/SIDA. Vienna: IAEA, 1995. p.151-162.; UZAL et al., 1996UZAL, F.A.; CARRASCO, A.E.; NIELSEN, K.; ECHAIDE, S.; CABRERA, R.E. An indirect ELISA using a monoclonal anti TgG1 enzyme conjugate for the diagnosis of bovine brucellosis. Vet. Microbiol., v.52, n.1-2, p. 175-180, 1996.).

Neste estudo, a prevalência da brucelose bovina, obtida na prova de RFC, foi de 3,7%, percentual bastante inferior ao encontrado por MOLNÁR et al. (2000)MOLNÁR, E.; MOLNÁR, L.; DIAS, H.L.T.; SOUSA, J.S.; VALE, W.G. Ocorrência de brucelose bovina no Estado do Pará confirmada por métodos sorológicos. Rev. Bras. Med. Vet., v.22, n.3, p.117-121, 2000. que avaliando a ocorrência da brucelose bovina no Estado do Pará em 3.338 amostras de soro sangüíneo, provenientes de 13 rebanhos encontraram 11,29% de animais positivos.

Adicionalmente, este trabalho está de acordo com os dados de notificações oficiais que indicam uma prevalência de animais soropositivos entre 4 e 5% no período de 1989 a 1998 (BRASIL, 2001BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p.), uma vez que a prevalência da enfermidade com base na RFC foi de 3,6%.

Embora a prevalência da brucelose tenha situado-se em 3,7%, com base na RFC, 42,7% das propriedades avaliadas apresentaram, pelo menos, um animal positivo em seus rebanhos, caracterizando elevado percentual de rebanhos infectados na região estudada.

Os proprietários demonstraram total desinformação quanto à importância e à idade da vacinação e a realizavam na época do desmame, independentemente, da idade em que o desmame era realizado. Uma vez que a idade de desmame variou de 10 meses a 1 ano e 6 meses, observou-se a aplicação de forma inadequada da vacinação, considerando-se que a idade máxima indicada para imunização dos animais é 8 meses de idade (NICOLETTI, 1990NICOLETTI, P. Vaccination. In: NIELSEN, K.H. & DUNCAN, J.R. (Eds.). Animal Brucellosis. Boca Raton: CRC, 1990. p.283-300.).

O percentual de proprietários conscientes da necessidade de vacinação observado neste trabalho foi bastante reduzido, aspecto que favorece a disseminação da enfermidade, uma vez que o nível vacinal diminui a susceptibilidade em função da redução do número de animais infectados e, conseqüentemente, na prevalência intra-rebanho (NIELSEN et al., 1990NIELSEN, K. & DUNCAN, J.R. Animal Brucellosis. Boca Raton: CRC Press., 1990. 453 p.). Este aspecto reforça as normas oficiais do PNCEBT, em que a primeira medida, objetivando o controle da enfermidade é a vacinação do rebanho bovino (BRASIL, 2001BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p.).

O maior percentual (66,7%) de rebanhos infectados foi observado em propriedades que realizavam a compra e venda freqüente de animais, consideradas propriedades abertas e este alto índice está, diretamente, relacionado com o desconhecimento dos proprietários, no momento da aquisição de animais, relativo à exigência do atestado de brucelose, aspecto que possibilita a disseminação da enfermidade intra-rebanhos e inter-rebanhos. NIELSEN et al. (1990)NIELSEN, K. & DUNCAN, J.R. Animal Brucellosis. Boca Raton: CRC Press., 1990. 453 p. consideram que os fatores que influenciam a transmissão inter-rebanhos envolvem a reposição de animais, a freqüência e origem da compra, a proximidade com rebanhos infectados e, ainda, o transporte de materiais infectados por aves e animais que se alimentam de matéria em decomposição, reforçando os dados obtidos neste experimento, relacionados à ausência de destino adequado dos fetos abortados a campo, possibilitando o transporte por aves com conseqüente contaminação de rebanhos vizinhos.

A maior positividade em rebanhos abertos foi evidenciada neste estudo concordante com NIELSEN et al. ( 1990NIELSEN, K. & DUNCAN, J.R. Animal Brucellosis. Boca Raton: CRC Press., 1990. 453 p.)

Embora os proprietários tivessem conhecimento da enfermidade, foi observada ausência de medidas de profilaxia específicas e inespecíficas contra a brucelose bovina. Adicionalmente, embora soubessem do caráter zoonótico, demonstraram descrença na possibilidade de adquirirem a doença. As condições higiênicas da maioria das propriedades favoreciam, não somente a disseminação da brucelose, como também de outras enfermidades.

CONCLUSÕES

  1. A ATA apresentou perfeita concordância com o 2-ME e a RFC, justificando sua utilização como método de triagem.

  2. A prova de 2-ME apresentou concordância perfeitacom a RFC, reforçando a sua realização como método complementar.

  3. A região possui elevado percentual de rebanhos infectados, caracterizado principalmente por pequenas propriedades.

  4. A prevalência microrregional de brucelose bovinana Serra de Botucatu é de 3,7%.

  • *
    Apoio Financeiro: FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ABDELRAHIN, A.I.; SULIMAN, H.B.; SHOMMEIN, A.M.; BAKHEIT, H.A. Prevalence of bovine brucellosis in dairy herd pre and post isolation of reactors. Bull. An. Health Prod. Africa, v.38, n.1, p.19-21, 1990.
  • ALTON, G.G.; MAW, J.; ROGERSON, B.A. Serological diagnosis of bovine brucellosis an evaluation of the complement fixation, serum agglutination and rose bengal tests. Aust. Vet. J., v.51, p.57-63, 1975.
  • ALTON, G.G.; JONES, L.M.; PIETZ, D.E. Las tecnicas de laboratorio en la brucellosis. World Health Organ Monogr. Ser, v.55, p.55-133, 1976.
  • ANÍBAL BELLO, N.; MOGOLLÓN, P.; MARTÍNEZ, H. Resultados comparativos de cinco metodos de diagnostico de la brucelosis. Vet. Trop, v.1, p.79-87, 1976.
  • BERCOVICH, Z.; GÜLER, L.; BAYSAL,T.; SCHREUDER, B.E.C.; ZIJDERVELD, F.G. Evaluation of the currently used diagnostic procedures for the detection of Brucella melitensis in sheep. Small Rumin. Res, v.31, p.1-6, 1998.
  • BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal. Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT: legislação. Brasília: 2001. 47p.
  • CAMPERO, C.M.; LADDS, P.W.; HOFFMANN, D.; DUFFIELD, B.; WATSON, D.; FORDYCE, G. Immunopathology of experimental Brucella abortus strain 19 infection of the genitalia of bulls. Vet. Immunol. Immunopathol, v.24, p.235-246, 1990.
  • CARRASCO, E.A.; UZAL, F.A.; NIELSEN, K. Comparacion de cuatro tecnicas de ELISA en la evaluacion de la respuesta com Brucella abortus Cepa 19. Ars Med. Vet, v.27, p.5157, 1995.
  • CORRÊA, C.N.M.; GOTTSCHALK, A.F.; C ORREA, W.M.; SILVA, A.S. DA; TERUYA, J.M. Brucelose e leptospirose bovina em São Manuel - Estado de São Paulo, Inquérito sorológico. Biológico, São Paulo, v.38, p.46-51, 1972.
  • COSTA, M.D.M.; VIEGAS, E.A.; TEIXEIRA, E.M.L. Contribuição ao estudo da brucelose bovina na Bahia. I prevalência nos municípios de Itapetininga, Itambié, Itororó. Bol. Inst. Biol. Bahia, v.10, p.16-24, 1971.
  • EAGLESOME, M.D. & GARCIA, M.M. Microbial agents associated with bovine genital tract infections and semen Part I: Brucella abortus, Leptospira, Campylobacter foetus and Tritrichomonas foetus. Vet. Bull, v.62, p.743-775, 1992.
  • FEITOSA, M.H.; BITTAR, C.R.; GOMES, S.P. Brucelose: Levantamento sorológico no Estado de São Paulo no período de 1977 a 1987. Vet. Zootec, v.3, p. 9-15, 1991.
  • FIGUEIREDO, B.L. Brucelose como doença ocupacional: I. Aglutininas anti-Brucella sp em grupos ocupacionais dos frigoríficos da grande Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: II. Aglutininas anti-Brucella sp. em bovinos e suínos abatidos nestes frigoríficos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec, v.37, p.385-407, 1985.
  • GARCIA-CARRILLO, C. La brucellosis de los animales en la América y su relación con la infección humana. Rev. Sci. Tech. O.I.E. (Off. Int. Epizoot), v.6, p.43-295, 1987.
  • JACQUES, I.; OLIVER-BERNARDIN, V.; DUBRAY, G. Efficacy of ELISA compared to conventional tests (RBPT and CFT) for the diagnosis of Brucella melitensis infection in sheep. Vet. Microbiol, v.64, p.61-73, 1998.
  • MAC MILLAN, A. Conventional serologic tests In: NILSEN, K. & DUNCAN, J.R. (Eds.). Animal brucellosis Boca Raton: CRC Press, 1990. p.154-300.
  • MARIÑO, J.O.C.; GALLEGO, M.M.I.; SEDANO DE DELEON, L.; ALMANSA, M.J.; FRANK, J.F. Comparacion de tecnicas serologicas en la evaluacion de bovinos infectados naturalmente por Brucella abortus. Networking in brucellosis research: Report of the United Nations University Brucellosis Research Network, 1991. p.120130.
  • MEADOR, V.P. & DEYOE, B.L. Intracellular localization of Brucella abortus in bovine placenta. Vet. Pathol., v.26, p.513-515, 1989.
  • MEGID, J.; RIBEIRO, M.G.; MARCOS JUNIOR, G.; CROCI, A.J. Avaliação das provas de soroaglutinação rápida, soroaglutinação lenta, antígeno acidificado e 2mercaptoetanol no diagnóstico da brucelose bovina. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci, v.37, n.5, p.1-10, 2000.
  • MELLO, M.T. Animal Brucellosis in Brazil. In: INTER-AMERICAN CONGRESS ON BRUCELLOSIS, 3., 1950, Washington. Proceedings Washington: 1950. p.56-89.
  • MOLNÁR, E.; MOLNÁR, L.; DIAS, H.L.T.; SOUSA, J.S.; VALE, W.G. Ocorrência de brucelose bovina no Estado do Pará confirmada por métodos sorológicos. Rev. Bras. Med. Vet, v.22, n.3, p.117-121, 2000.
  • MORGAN, W.J.B.; MACKINNON, D.J.; LAWSON, J.R.; CULLEN, G.A. The rose Bengal plate agglutination test in the diagnosis of brucellosis. Vet. Rec, v.85, p.636-641, 1969.
  • NICOLETTI, P. Further evaluations of serologic test procedures used to diagnose brucellosis. Am. J. Vet. Res, v.30, p.1811-1861, 1969.
  • NICOLETTI, P. The epidemiology of bovine brucellosis. Adv. Vet. Sci. Comp. Med, v.24, p.698-699, 1980.
  • NICOLETTI, P. Vaccination. In: NIELSEN, K.H. & DUNCAN, J.R. (Eds.). Animal Brucellosis Boca Raton: CRC, 1990. p.283-300.
  • NIELSEN, K. & DUNCAN, J.R. Animal Brucellosis Boca Raton: CRC Press., 1990. 453 p.
  • POESTER, F.P.; GONÇALVES, V.S.P.; LAGE, A.P. Brucellosis in Brazil. Vet. Microbiol, v.90, p.55-62, 2002.
  • RADOSTITIS, O.M.; BLOOD, D.C.; GAY, C.C. Veterinary medicine: a textbook of the disease of cattle, sheep, pigs, goats and horses 8.ed. London: Bailliere Tindall, 1995. p.570579.
  • SAMARA, S.I.; SEIXAS, L.F.Z.; OLIVEIRA, M.A. Diagnóstico da situação sanitária do gado leiteiro em PitangueiraSP: II - brucelose. Ars Vet, v.12, p.137-140, 1996.
  • SARAVI, M.A.; GREGORET, R.J.; WRIGHT, P.F.; GALL, D.E.J. Comparison of an indirect enzime immunoassay and conventional serological techniques for the detection of bovine antibody to Brucella abortus. Regional network for Latin America on animal disease diagnosis using immunoassay and labelled DNA probe techniques. Proceedings of a final Research Coordination Meeting of FAO/IAEA/SIDA Vienna: IAEA, 1995. p.151-162.
  • SMITH, B.P. Tratado de medicina interna de grandes animaisS ão Paulo: Manole, 1993. p.250, 1387, 1394-1395, 1416, 1418.
  • SZULOWSKI, K.; IWANIAK, I.; PILASZEK, J.; TRUSZCZYNSKI, M.; CHROBOCINSKA, M. The ELISA for the examination of hare sera for anti-Brucella antibodies. Comp. Immunol. Microbiol. Infect. Dis, v.22, p.33-40, 1999.
  • UZAL, F.A.; CARRASCO, A.E.; NIELSEN, K.; ECHAIDE, S.; CABRERA, R.E. An indirect ELISA using a monoclonal anti TgG1 enzyme conjugate for the diagnosis of bovine brucellosis. Vet. Microbiol, v.52, n.1-2, p. 175-180, 1996.
  • VASCONCELLOS, S.A.; ITO, F.H.; CORTES, J.A. Bases para a prevenção da brucelose animal. Comun. Cient. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. São. Paulo, v.11, p.25-36, 1987.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Jun 2024
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2004

Histórico

  • Recebido
    25 Maio 2004
  • Aceito
    26 Jun 2004
Instituto Biológico Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 - Vila Mariana - São Paulo - SP, 04014-002 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: arquivos@biologico.sp.gov.br