Open-access Participación de los stakeholders en la definición de prioridades para estudio de implementación sobre la planificación de la atención en salud

ape Acta Paulista de Enfermagem Acta Paul Enferm 0103-2100 1982-0194 Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo Resumen Objetivo Identificar, bajo la perspectiva de los stakeholders, los problemas enfrentados en el contexto de la Planificación de la Atención en Salud (PAS) a fin de establecer prioridades para el desarrollo de estudios de implementación. Métodos Estudio de enfoque cualitativo, realizado a partir de workshops basados en la técnica de grupo nominal. En el mapeo de los stakeholders, se buscó contemplar un conjunto de actores estratégicos que representaran la diversidad de actuación en el contexto de las PAS y se dividieron en tres grupos (A, B y C). Se llevaron a cabo nueve workshops , estructurados en cinco etapas que, al final, permitían el consenso de los participantes sobre los problemas prioritarios y la identificación de preguntas de investigación. El proceso de análisis de los datos se realizó en tres fases, a saber: análisis de contenido, jerarquización de los problemas prioritarios por el grupo de los stakeholders y ajuste de las preguntas de investigación de acuerdo con los objetivos de los enfoques teóricos de la ciencia de la implementación (CI). Resultados Participaron del estudio 84 profesionales, distribuidos entre los grupos A (n=13), B (n=14) y C (n=57). En total, se identificaron 13 temas que contemplaban diferentes desafíos en el escenario de las PAS. En el proceso de jerarquización, los temas que se destacaron por el número de votos y orden de importancia y se identificaron como prioritarios fueron: “Comprender determinantes y resultados de la implementación de las PAS” (Grupo A), “Generación de evidencias sobre las PAS” (Grupo B) y “Acceso a los cuidaos y servicios de salud” (Grupo C). Es importante destacar que las preguntas surgidas en los grupos, relacionadas con los temas prioritarios, abarcaron los diferentes enfoques teóricos de la CI. Conclusión Se identificaron diferentes temas y preguntas de investigación de implementación, entre los cuales los aspectos relacionados con la implementación y generación de evidencias sobre las PAS y el acceso a los servicios de salud fueron prioritarios. El ejercicio de definición de prioridades evidenció intereses particulares que estaban alineados con las necesidades percibidas por los stakeholders, de acuerdo con su participación y actuación en las PAS. Introdução O desenvolvimento de estratégias para reduzir a lacuna entre a produção de conhecimento e consumo de evidências em ambientes de cuidados de saúde tem se configurado com um debate de interesse crescente entre os pesquisadores, tomadores de decisão e profissionais de saúde.(1-3) Neste sentido, a ciência da implementação emerge como um campo promissor que visa acelerar a compreensão e os esforços relacionados aos processos e estratégias que movem ou integram a implementação de intervenções e inovações, baseadas em evidências, no cenário real.(3,4) Este movimento de aproximação e integração dos resultados de pesquisa em contextos específicos de prática envolve uma cadeia de processos complexos que requerem o estabelecimento de esforços ativos.(4) Frente à complexidade dos processos desencadeados no mundo real, destaca-se a importância da consolidação de parcerias, colaborações e engajamento de diferentes stakeholders (em português - partes interessadas) rompendo a lógica de modelos unidirecionais em pesquisa,(4) para apoiar a implementação bem sucedida dos programas propostos. Os stakeholders referem-se às pessoas, instituições e comunidades que possam ter interesses diretos no processo e/ou desfechos da implementação de uma proposição.(5) Em termos práticos, no âmbito da pesquisa em serviço de saúde estes atores figuram (mas não se restringem), por exemplo, aos usuários, gestores, profissionais de saúde e formuladores de políticas, que podem contribuir com perspectivas singulares e conhecimentos experimentais e empíricos sobre determinado processo para informar e apoiar a tomada de decisão. A literatura(5-10) descreve que os stakeholders podem se envolver em uma ampla gama de atividades nas diferentes etapas do ciclo da pesquisa, de acordo com suas habilidades e interesses. Estes estudos(5-10) sinalizam alguns obstáculos e facilitadores para a consolidação do diálogo e colaboração significativa entre os envolvidos além de explorar estratégias de engajamento(8) e o impacto deste envolvimento para os desfechos investigados.(10) Neste contexto, ressalta-se o potencial do envolvimento em estágios iniciais como a priorização e desenvolvimento da questão de pesquisa,(5,11) enquanto um espaço oportuno para aproximar a pesquisa (e os pesquisadores) das necessidades e preocupações que permeiam o cenário de prática e, por conseguinte, orientar esforços futuros para produção de conhecimento. O exercício de definir prioridades de pesquisa têm sido foco de estudos conduzidos principalmente em países de alta renda.(11) Apesar da diversidade de áreas temáticas, nota-se um interesse crescente e predomínio do campo da saúde(11) em encorajar o diálogo entre os grupos interessados como uma estratégia promissora para acelerar a implementação de evidências/inovações no uso regular dos profissionais de saúde. Cabe ressaltar que, no Brasil, o Ministério da Saúde(12) propôs recentemente uma agenda com eixos temáticos prioritários para o desenvolvimento de estudos. Entretanto, as iniciativas que buscam reunir opiniões e perspectivas das diferentes partes interessadas para o estabelecimento de prioridades em pesquisa relacionadas aos serviços de saúde ainda são escassas no cenário nacional. Neste sentido, a Planificação da Atenção à Saúde (PAS)(13,14) – metodologia proposta pelo CONASS para a organização dos serviços do Sistema Único de Saúde e capilarizada nas cinco regiões do Brasil – envolve uma multiplicidade de atores (técnicos, assistenciais e gerenciais), configurando-se com um modelo favorável para o desenvolvimento de estudos com abordagens colaborativas e relacionados ao seu processo de implementação, em seus diferentes níveis. Isto porque, a PAS, baseada no Modelo de Atenção às Condições Crônicas, vislumbra a integração da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) em rede com a Atenção Primária à Saúde (APS), a partir de um conjunto de ações de educação permanente e ciclos de melhoria contínua que propiciam a reflexão das equipes e qualificação dos processos de trabalho reverberando, em níveis mais amplos, na organização da Rede de Atenção à Saúde.(13,14) Assim, considerando a necessidade da ampliação do debate sobre a PAS na literatura científica e o potencial da ciência da implementação para o envolvimento de partes interessadas como uma estratégia para impulsionar a produção de conhecimento alinhadas às prioridades do cenário real, o presente estudo buscou identificar, na perspectiva dos stakeholders, os problemas enfrentados no contexto da PAS a fim de estabelecer prioridades para o desenvolvimento de pesquisas de implementação. Métodos Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa realizado a partir de workshops ancorados na técnica de grupo nominal.(15,16) A implantação da metodologia da PAS,(13,14) iniciou-se em meados de 2000 a partir de oficinas realizadas com os profissionais das gestões estaduais. A partir de 2010, foram iniciadas atividades de tutoria com profissionais da APS e da AAE em laboratórios localizados em três estados do Brasil. E, desde 2018, a PAS tem sido executada em larga escala, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), sendo desenvolvida por meio de etapas operacionais temáticas em 24 regiões de saúde de 18 unidades federativas brasileiras. Para cada etapa operacional, são produzidos e disponibilizados um conjunto de materiais técnicos operacionais com vistas a apoiar a implementação da PAS nos estados, municípios e serviços de saúde. Considerando este panorama, é importante ressaltar que o processo de implementação da PAS conta com uma ampla gama de atores e instituições que desempenham funções específicas, de acordo com seu escopo de atuação e cenário de prática como os gestores das secretarias estaduais/municipais de saúde, profissionais dos serviços de saúde, tutores locais e profissionais externos que atuam na perspectiva de consultoria para implantação da PAS. Ademais, faz-se necessário mencionar os atores que planejam o desenvolvimento técnico e monitoram a operacionalização da PAS. Assim, o presente estudo optou por integrar as perspectivas e prioridades de um conjunto de stakeholders, identificados a partir de três grupos: Grupo A – representantes dos idealizadores (proponentes), consultores e tutores, abarcando perspectivas em níveis micro, meso e macro da implantação da metodologia nas diferentes regiões do país; Grupo B – representantes da equipe de desenvolvimento técnico, que atuam na instituição parceira que executa a PAS via PROADI-SUS, sendo responsáveis pela produção de materiais educacionais e gerenciamento de processos da PAS em larga escala, de modo a apoiar o corpo técnico gerencial de estados e municípios para implantação da PAS; Grupo C – representantes dos profissionais de saúde que atuam na assistência em unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) e Serviços Especializados localizados na região sul do município de São Paulo na qual adota a metodologia da PAS para organização dos serviços e processos de trabalho, que se encontra na fase inicial de implementação. Assim, estes foram considerados pois utilizam a metodologia da PAS e possuem grupos de trabalho denominados Núcleo Local de Pesquisa e Melhores Práticas que visam desenvolver, refletir e incorporar evidências científicas na prática dos serviços de saúde, configurando-se assim como espaços potentes para o seguimento das ações levantadas no workshop. Recrutamento dos Stakeholders Os convites foram realizados aos stakeholders por meio de abordagem direta. Assim, os representantes do grupo A foram convidados após o encerramento da I Conferência Nacional de PAS (Brasília-DF, 12 e 13 de dezembro de 2022) e os representantes dos grupos B e C foram convidados em suas unidades de trabalho mediante anuência da coordenação local. Após a apresentação dos objetivos do estudo e manifestação de interesse, realizava-se a orientação sobre a dinâmica proposta para o workshop. Os critérios de elegibilidade foram ser profissional de saúde com atuação direta na assistência e/ou participar na execução técnica ou organizacional da PAS. Os critérios de exclusão foram profissionais que estavam afastados ou em período de férias no momento do workshop. Desenvolvimento dos workshops Os encontros foram realizados em formato presencial, em ambientes reservados, no período de setembro a dezembro de 2022. Destaca-se que a técnica de grupo nominal(14,15) foi utilizada para nortear o desenvolvimento das atividades propostas, conforme ilustrado na figura 1. Figura 1 Organização das etapas do workshop “Conectando pesquisa e prática” O workshop foi estruturado em cinco etapas. A primeira, intitulada “conectando a pesquisa com a prática”, foi utilizada como disparador da discussão e buscava apresentar e clarificar aspectos relacionados à conexão entre pesquisa e prática. As etapas sequentes foram planejadas de modo a estimular a participação e interação entre os membros do grupo para a construção de uma lista que refletisse os desafios vivenciados no cenário real. Deste modo, na segunda etapa (geração de ideias silenciosas), os profissionais foram convidados a registrar suas ideias, de forma individual. Para isto, receberam um impresso com duas questões disparadoras que buscavam identificar a) quais eram os problemas vivenciados nos serviços que poderiam receber contribuições de pesquisas; b) quais perguntas o profissional gostaria que fossem respondidas sobre aqueles problemas. Isto é, o material produzido durante o workshop era composto por um conjunto de problemas e suas respectivas perguntas. Na terceira etapa, os profissionais foram reunidos em pequenos grupos que oportunizaram a discussão sobre os tópicos levantados por cada membro, visando o reconhecimento de temas comuns. Na sequência, os profissionais eram convidados a elaborar um consolidado com a síntese da discussão e consenso do grupo acerca dos problemas e as perguntas priorizadas. A quarta etapa se caracterizava em uma plenária na qual cada grupo, representado por um relator, compartilhava a síntese elaborada pelo coletivo. Por fim, na quinta etapa, os problemas e perguntas levantados eram dispostos em um painel e procedia-se o processo de priorização e consenso, sendo que cada stakeholder poderia indicar até três problemas e três perguntas que considerava prioritária para resolução no cenário real. Ao final, realizava-se a contagem de votos, apresentação do tema elegido como prioritário e o fechamento da atividade. Ao todo foram oferecidos nove workshops, com tempo médio de duas horas e participação de quatro a 12 profissionais em cada. Estes encontros foram conduzidos por facilitadores, membros da equipe de pesquisa, previamente treinados. Considerando as especificidades de cada contexto, algumas customizações foram realizadas na condução da atividade. Os dados oriundos dos painéis de cada workshop (compostos pela descrição dos problemas, perguntas e o resultado do consenso) foram transcritos na íntegra. Considerando os objetivos do presente estudo, o processo de análise percorreu três fases. Na primeira, visando mapear os tópicos que emergiram dos grupos (A, B e C), realizou-se a análise de conteúdo.(17) Para isto, estabeleceu-se como unidade de análise o material referente ao levantamento dos problemas realizado em cada workshop. Deste modo, realizou-se a leitura flutuante para aproximação com o material e, em um segundo momento, procedeu-se a leitura focalizada para identificação das ideias principais que emergiram do material (codificação). Na sequência, os códigos foram agrupados conforme critério de similaridade, sendo que o cada conjunto recebeu um título (categorização) e os agrupamentos foram realizados sucessivamente até a composição de temas. Esta etapa foi conduzida por dois pesquisadores individualmente e, um terceiro pesquisador (com experiência em PAS) foi acionado para um encontro onde se realizou a validação das categorias e temas. Na segunda fase, visando evidenciar o processo de priorização, realizou-se a soma de votos recebidos por tema durante a dinâmica em cada grupo de stakeholders. Posteriormente, foi realizado o cálculo percentual da seguinte forma: (soma do número de votos nos itens agrupados no tema “x”) / (soma do número total de votos por grupo). Este processo oportunizou a hierarquização dos problemas levantados e a identificação da categoria prioritária que emergiu por grupo de stakeholders (A, B e C). Por fim, na terceira fase, as categorias que se destacaram em cada grupo de stakeholder foi apresentada ao grupo de pesquisadores. Neste momento, as perguntas elaboradas durante os workshops que estavam relacionadas aos itens contemplados na categoria prioritária foram pareadas e, posteriormente, realizou-se uma discussão entre os pesquisadores para consenso e enquadramento destas perguntas, considerando os objetivos das abordagens teóricas da ciência da implementação, propostas por Nielsen (2015),(18)a saber: descrever e/ou orientar o processo de tradução da investigação em prática; compreender e/ou explicar o que influencia os resultados da implementação; e avaliar a implementação. O estudo atendeu aos padrões de ética em pesquisa envolvendo seres humanos, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa 6.093.305 (CAAE: 12395919.0.0000.0071). Resultados Participaram do estudo 84 stakeholders, distribuídos entre os grupos A (n=13), B (n=14) e C (n=57). A maioria encontra-se na faixa etária entre 31 e 40 anos (44,0%), autodeclarados brancos (56,0%) e com predomínio de mulheres (79,8%). Além disso, notou-se diversidade de categorias profissionais, com destaque para enfermagem (34,5%) e odontologia (15,5%) e formação em nível de pós-graduação (83,3%) (Tabela 1). Tabela 1 Características dos stakeholders participantes dos workshops (n=84) Variáveis Grupo A n(%) Grupo B n(%) Grupo C n(%) Total n(%) Idade 20 a 30 anos 1(7,7) 5(35,7) 9(15,8) 15(17,9) 31 a 40 anos 2(15,4) 9(64,3) 26(45,6) 37(44,0) 41 a 50 anos 3(23,1) 0(0,0) 18(31,6) 21(25,0) Mais que 50 anos 7(53,8) 0(0,0) 2(3,5) 9(10,7) Não declarado 0(0,0) 0(0,0) 2(3,5) 2(2,4) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) Gênero Mulher 10(76,9) 13(92,9) 44(77,2) 67(79,8) Homem 3(23,1) 1(7,1) 10(17,5) 14(16,7) Não declarado 0(0,0) 0(0,0) 3(5,3) 3(3,5) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) Raça/Cor Branca 6(46,2) 7(50,0) 34(59,6) 47(56,0) Parda 6(46,2) 3(21,4) 11(19,3) 20(23,8) Preta 1(7,7) 2(14,3) 10(17,5) 13(15,5) Amarela 0(0,0) 1(7,1) 2(3,5) 3(3,6) Indígena 0(0,0) 1(7,1) 0(0,0) 1(1,2) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) Escolaridade Até Ensino Técnico 0(0,0) 1(7,1) 4(7,0) 5(6,0) Graduação 0(0,0) 1(7,1) 8(14) 9(10,7) Residência 0(0,0) 0(0,0) 6(10,5) 6(7,1) Especialização lato sensu 4(30,8) 2(14,3) 26(45,6) 32(38,1) Mestrado 6(46,2) 8(57,1) 10(17,5) 24(28,6) Doutorado 3(23,1) 2(14,3) 3(5,3) 8(9,5) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) Formação Medicina 1(7,7) 1(7,2) 4(7,0) 6(7,1) Enfermagem 7(53,8) 4(28,5) 18(31,6) 29(34,5) Psicologia 0(0,0) 1(7,2) 4(7,0) 5(6,0) Odontologia 1(7,7) 1(7,2) 11(19,3) 13(15,5) Nutrição 1(7,7) 1(7,2) 2(3,5) 4(4,8) Fisioterapia 1(7,7) 2(14,2) 1(1,8) 4(4,8) Outros1 0(0,0) 3(21,3) 13(22,8) 16(19,0) Não declarado 2(15,4) 1(7,2) 4(7,0) 7(8,3) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) Tempo do cargo Menos de 1 ano 6(46,1) 1(7,1) 7(12,3) 14(16,7) Entre 1 e 3 anos 1(7,7) 11(78,6) 18(31,6) 30(35,7) Mais de 3 e menos de 5 anos 0(0,0) 2(14,3) 4(7,0) 6(7,1) Mais de 5 e menos de 10 anos 3(23,1) 0(0,0) 17(29,8) 20(23,8) Mais de 10 anos 2(15,4) 0(0,0) 10(17,5) 12(14,3) Não declarado 1(7,7) 0(0,0) 1(1,8) 2(2,4) Total 13(100,0) 14(100,0) 57(100,0) 84(100,0) 1- Outros: Educação física, fonoaudiologia, terapia ocupacional, serviço social, farmácia, veterinária, biologia, administração, agente comunitário de saúde, assistente social Os problemas e desafios vivenciados no cotidiano, elencados pelos stakeholders, foram organizados em 13 temas (Quadro 1). Quadro 1 Descrição dos problemas elencados durante os workshops, de acordo com o tema principal e grupo de stakeholders Tema Categoria Código Grupo Atenção às condições crônicas Manejo clínico Manejo de condições crônicas A Manejo dos casos de saúde mental C Gestão dos casos Acompanhamento e monitoramento das pessoas com condições crônicas C Gestão dos casos das pessoas com epilepsia C Acesso aos cuidados e serviço de saúde Acesso de subpopulação ao serviço Barreiras de acesso e envolvimento dos homens ao cuidado à saúde C Necessidade de formulação de ações para ampliar acesso ao adolescente C Acesso em tempo oportuno e uso do serviço Garantir acesso ao serviço e ao SUS C Características das ações ofertadas na UBS C Compreensão do usuário sobre a assistência na UBS C Disparidade entre uso do serviço e necessidade de saúde C Modelos de agendamento Insuficiência da oferta de vagas para demanda aguda C Necessidade de organização do acesso e agenda C Determinantes e resultados da implementação da PAS Contexto local Fragilidade e fragmentação das SES A Falta de tempo para desenvolver as etapas da PAS na unidade A Rotatividade de profissionais A Atribuições do tutor Sobreposição de tarefa do tutor A Falta de um tutor exclusivo para PAS A Falta de incentivo financeiro para o tutor A Carga horária insuficiente do tutor B Sustentabilidade da intervenção Sustentabilidade da PAS A Engajamento dos envolvidos Apoio da gestão para PAS A Clareza do gestor das secretarias municipais e estaduais sobre o papel na PAS A Necessidade de envolvimento da secretaria estadual com a PAS A Baixa adesão às atividades disponíveis B Baixa participação nos workshops B Capilaridade da intervenção Expansão da PAS A Replicação de competências para PAS em larga escala B Problemas na execução da expansão da PAS B Adaptação de Estratégias Desenvolvimento de tecnologias educacionais compatíveis com as necessidades dos profissionais B Coordenação do cuidado Articulação entre serviços da RAS Falta de articulação entre serviços da RAS A Fragilidade na integração dos serviços da RAS B Fragmentação do cuidado na RAS C Dificuldade para o compartilhamento dos casos com atenção especializada C Falta de clareza dos profissionais sobre as competências da rede C Dificuldade em realizar o cuidado integral do usuário C Descontinuidade do cuidado das pessoas com comportamento suicida C Articulação com rede intersetorial Fragilidade na articulação com equipamentos intersetoriais C Desenvolvimento de competências dos profissionais Qualificação profissional Falta de qualificação dos profissionais para atuação em rede A Necessidade de desenvolver a prática clínica dos médicos e enfermeiros A Fragilidade na prática clínica de enfermagem C Ausência de iniciativas de educação permanente/continuada C Necessidade de desenvolver habilidades científicas nos profissionais da assistência C Geração de evidências sobre a PAS Estratégias de avaliação Necessidade da avaliação do impacto da PAS B Falta de ferramentas para avaliação da efetividade do cuidado C Produção de conhecimento Lacuna na literatura sobre PASA B Gestão de base populacional Processos de territorialização Dificuldade para implantação de gestão de base populacional B Desafios para territorialização e cadastro C Organização do cuidado da população Atenção à pessoa vítima de violência C Violência no território C Atenção à grupos minoritários C Atenção à saúde da pessoa idosa C Aumento da demanda de pessoas com transtorno mental C Organização de ações comunitárias Falta de ações de promoção de saúde C Necessidade de ações coletivas e comunitária C Carência de ações no território C Dificuldade na oferta e organização de atividade em grupo C Gestão de pessoas Planejamento e dimensionamento da força de trabalho Falta de profissionais na ESF A Dimensionamento de recursos humanos C Sobrecarga e condições de trabalho Sobrecarga profissional B Sobrecarga profissional C Motivação dos profissionais no cotidiano laboral C Saúde mental do profissional C Violência contra o profissional C Infraestrutura e materiais Sistema de Informação em Saúde Ausência de sistema de informação integrado A Falta de integração das informações entre os serviços A Falta de registro dos processos B Excesso de ferramentas de registros C Falta de ferramentas para gestão do cuidado C Fragilidade dos registros de atendimento C Recursos tecnológicos Incorporação de tecnologias para qualificação do cuidado C Falta de recursos tecnológicos B Gestão de resíduos e insumos Uso excessivo de materiais descartáveis C Falta de medicamentos C Estrutura física Espaço físico inadequado C Melhoria contínua nos processos da APS Padronização de práticas Fragilidade em práticas de qualidade e segurança do paciente B Multiplicidade de protocolos e diretrizes C Necessidade de incorporar práticas de qualidade e segurança C Perda de doses de vacina C Padronização de fluxos e processos Fragilidades na organização do fluxo da odontologia C Fragilidades de organização do fluxo da emulti C Necessidade de qualificação da informação para organizar fluxo dos usuários C Fragilidade na organização e manutenção dos processos de trabalho C Dificuldade para a avaliação e monitoramento de ações coletiva C Dificuldade na definição de prioridades das demandas C Participação social Falta de integração com o conselho gestor C Qualificação da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) Destinação de recursos Ausência de cofinanciamento da AAE A Financiamento inadequado da AAE A Organização e estruturação da AAE Fragilidade do apoio da SES para organização da AAE A Desconhecimento e adesão ao modelo AAE A Ausência de política AAE A Custos do modelo PASA Alto custo na manutenção do modelo PASA A Gestão e trabalho interprofissional Prática colaborativa Dificuldade para realização da prática multidisciplinar C Modelo de gestão Centralização na tomada de decisão C Trabalho em equipe Fragilidade na comunicação entre equipes C Falta de alinhamento da equipe C Falta de envolvimento da equipe C Dificuldade para trabalhar em equipe C Cuidado centrado na pessoa Adesão terapêutica e autocuidado Falta de adesão à exames de rastreio da saúde da mulher C Falta de adesão ao tratamento de IST C Não adesão ao tratamento C Necessidade de empoderamento do usuário C Relação entre usuário e equipe Fragilidade na relação do usuário e equipe C Necessidade de qualificação na comunicação com usuário C AAE - Atenção Ambulatorial Especializada; APS - Atenção Primária à Saúde; IST - Infecções Sexualmente Transmissível; PAS - Planificação da Atenção à Saúde; PASA -Ponto de Atenção Secundária Ambulatorial; RAS - Redes de Atenção à Saúde; SES - Secretaria Estadual de Saúde; ESF -Estratégia de Saúde Família Nota-se que alguns temas, tais como “Acesso aos cuidados e serviço de saúde”, “Gestão e trabalho interprofissional” e “Cuidado centrado na pessoa”, foram mencionados somente pelos participantes do grupo C, composto por stakeholders com atuação em nível assistencial. Por outro lado, os problemas relacionados a “Qualificação da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE)” foram reportados somente entre os stakeholders do Grupo A. Destaca-se que os problemas relativos aos temas “Coordenação do cuidado”, “Gestão de pessoas” e “Infraestrutura e materiais” foram apresentados no painel de todos os grupos. Dentre os temas identificados, aqueles que receberam ao menos um voto (durante o workshop) foram organizados para identificação das prioridades de cada grupo. A tabela 2 descreve os temas priorizados por grupo, de acordo com o número de votos e a sua ordem de importância. Tabela 2 Temas priorizados por cada grupo de stakeholders, de acordo com o número de votos e a sua ordem de importância Temas Ordem Grupo A Pontos % 1 Determinantes e resultados da implementação da PAS 20 45,5 2 Qualificação da Atenção Ambulatorial Especializada 15 34,1 3 Atenção às condições crônicas 6 13,6 4 Infraestrutura e materiais 2 4,5 5 Desenvolvimento de competências 1 2,3 Ordem Grupo B Pontos % 1 Geração de evidências sobre a PAS 17 41,5 2 Determinantes e resultados da implementação da PAS 10 24,4 3 Infraestrutura e materiais 6 14,6 4 Melhoria contínua nos processos da APS 4 9,8 5 Gestão de base populacional 2 4,9 6 Coordenação do cuidado 1 2,4 7 Gestão de pessoas 1 2,4 Ordem Grupo C Pontos % 1 Acesso aos cuidados e serviço de saúde 35 22,7 2 Gestão de pessoas 22 14,3 3 Gestão de base populacional 20 13,0 Gestão do serviço e trabalho interprofissional 20 13,0 4 Coordenação do cuidado 12 7,8 5 Melhoria contínua nos processos da APS 12 7,8 6 Cuidado centrado na pessoa 11 7,1 7 Infraestrutura e materiais 9 5,8 8 Atenção às condições crônicas 6 3,9 9 Geração de evidências sobre a PAS 4 2,6 10 Desenvolvimento de competências 3 2,0 APS - Atenção Primária à Saúde; PAS - Planificação da Atenção à Saúde Identificou-se, nesta etapa, as particularidades dos grupos de stakeholders durante o exercício de priorização dos temas. No grupo A, priorizou-se problemas focalizados em aspectos do “Determinantes e resultados da implementação da PAS” (45,5%); no grupo B, evidenciou-se os problemas relacionados a “Geração de evidências sobre a PAS (41,5%)”; e no grupo C, os problemas referentes ao “Acesso aos cuidados e serviço de saúde” (22,7%) foram os mais votados. A figura 2 apresenta as perguntas propostas pelos participantes durante a realização dos workshops que estavam relacionadas aos problemas priorizados em cada grupo de stakeholders, considerando as abordagens teóricas da ciência da implementação. Figura 2 Perguntas relacionadas ao problema priorizado de cada grupo de stakeholders, de acordo com as abordagens teóricas da ciência da implementação RTA - Recepção Técnica Acolhedora; APS - Atenção Primária à Saúde; PAS - Planificação da Atenção à Saúde; RAS - Redes de Atenção à Saúde; PASA - Ponto de Atenção Secundária Ambulatorial Discussão O presente estudo identificou uma ampla gama de situações que, na perspectiva de diferentes stakeholders, representam desafios vivenciados no contexto da PAS. Embora alguns temas tenham se apresentado transversalmente entre os grupos, o exercício de definição de prioridades evidenciou interesses particulares e alinhados às necessidades percebidas entre os diferentes stakeholders, sendo, respectivamente, o “Determinantes e resultados da implementação da PAS”, “Geração de evidências sobre a PAS” e “Acesso aos cuidados e serviço de saúde” as prioridades descritas pelos grupos A, B e C. Estes achados reforçam a importância de se identificar e compreender a opinião e olhares dos envolvidos no fenômeno, a fim de desenvolver abordagens para integrá-las e incorporá-las no processo de implementação. Neste sentido, movimentos como as Redes de Pesquisa Baseada na Prática (PBRN)(19,20) se configuram como abordagens que podem se somar aos esforços da ciência da implementação na tentativa de aproximar as pesquisas às prioridades do mundo real e maximizar os resultados da implementação. Em linhas gerais, o PBRN(19,20) reconhece que o serviço de saúde se caracteriza como um cenário potente para a produção de conhecimento e propõe o envolvimento dos profissionais e gestores de saúde locais como parceiros no desenvolvimento de pesquisas, isto é, integrando-os à equipe de pesquisa e não considerando-os apenas como sujeitos/fontes de informação sobre um fenômeno a ser investigado. Nesta relação, complexa e desafiadora, pesquisadores/academia podem contribuir, principalmente, com aspectos relacionados à infraestrutura e capacitação em pesquisa enquanto os profissionais/gestores identificam e formulam perguntas de pesquisa, baseadas em sua experiência da prática clínica e de gestão, buscando responder os problemas percebidos no serviço e no território de modo a potencializar o consumo e a incorporação dos achados de pesquisa para apoiar a tomada de decisão.(19,20) Pondera-se que, apesar do interesse crescente às abordagens e modelos de pesquisa colaborativos e em parceria,(21) em termos práticos, nota-se ainda um descompasso entre a produção científica e a incorporação de evidências na realidade local, sugerindo a necessidade de amplificar o envolvimento dos stakeholders nos processos atrelados à pesquisa bem como lançar mão de outras estratégias para fortalecer a tradução do conhecimento. No presente estudo, por exemplo, identificam-se oportunidades para acelerar a tradução de descobertas já descritas na literatura em ações de melhoria de processos, especialmente entre os problemas e desafios elencados no painel dos participantes do grupo C - composto por profissionais diretamente conectados à assistência. Ressalta-se que, em relação aos temas que emergiram na definição de problemas prioritários, os três grupos de stakeholders definiram tópicos que se caracterizam como lacunas na literatura. Para os representantes do grupo A, a definição de prioridade remete ao processo de crescimento e consolidação da própria metodologia da PAS em diferentes regiões do Brasil. Foram levantadas perguntas relacionadas a institucionalização e integração entre esferas de governo, articulação entre os pontos de atenção da RAS, apoio da gestão e questões especificas sobre o processo de operacionalização, expansão e sustentabilidade da PAS. Nesta perspectiva, destaca-se o potencial da ciência da implementação para responder os problemas e perguntas indicados, considerando a investigação das estratégias(22) e desfechos(23)de implementação bem como sua relação com resultados dos serviços e desfechos clínicos nas diferentes regiões que compõem o cenário da PAS. Outro tópico de importância para este grupo foi a qualificação da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), temática que se caracteriza como um dos grandes gargalos na construção do SUS devido a estrutura “insuficiente”, fragmentada e heterogênea da rede de cuidados especializados(24) bem como o tempo de espera e o processo regulatório de agendamento das consultas e exames especializados.(25) Neste contexto, a PAS preconiza o modelo PASA para organização da AAE em rede com a APS. A ausência de uma política para a atenção especializada no SUS, bem como o financiamento e predominância do modelo silos em detrimento à adesão ao modelo PASA são problemas no cenário real que vem acompanhados de questionamentos relacionados ao impacto e respostas de custo-efetividade deste modelo. Assim, ao passo que os participantes do grupo A apresentam interesse em compreender o modelo e seus desafios, o grupo B pontua como sua prioridade a necessidade da geração de evidências, especialmente relacionadas ao modelo PASA buscando resoluções que possam contribuir na tomada de decisão dos atores chaves para sua implantação. Estes achados endossam a relevância de se considerar múltiplos stakeholders pois apresentam perspectivas únicas inclinadas ao escopo de atuação frente ao fenômeno. Para o grupo C, o acesso aos cuidados e serviço de saúde foi indicado como o desafio prioritário, abarcando questões relacionadas à infraestrutura, organização da agenda, modelos de agendamento e a oferta de vagas com equidade. Embora não destacada pelos participantes do grupo A e B, a temática, de fato, carece de investimentos em pesquisa, visto o limitado corpo de evidências sobre modelos de organização do acesso e agenda aplicáveis às especificidades do SUS, ressaltando a importância das contribuições do grupo assistencial na proposição de perguntas de pesquisa. No presente estudo, embora alguns temas tenham surgido de maneira transversal entre os grupos de stakeholders, foi notada diferença significativa durante o exercício de priorização. Por exemplo, questões relacionadas à gestão de pessoas ganharam maior destaque no Grupo C, que estava interessado na busca por soluções para problemas como a sobrecarga e a motivação dos profissionais, bem como questões relacionadas à violência contra esses profissionais e a sua saúde mental. Estas inquietações corroboram outros achados relacionado aos serviços de saúde da APS,(26,27) apresentando-se como um possível dificultador para o processo de institucionalização da PAS. Dentre as limitações do estudo, reconhece-se o desafio de envolver os stakeholders da PAS em sua totalidade, em especial, gestores de saúde e pessoas usuárias do serviço. A fim de considerar a geração e tradução de conhecimento aos múltiplos contextos do território brasileiro, sinaliza-se ainda, a necessidade de expandir a proposta para os stakeholders de outras regiões do Brasil. Como ponto forte, destaca-se a apresentação de uma proposta sistematizada que favorece a inclusão de diferentes stakeholders, tal como proposto na ciência da implementação. Conclusão Em geral, os temas apresentaram-se transversalmente entre os grupos e abarcaram uma ampla gama de situações desafiadoras para o cenário real. Entretanto, no exercício de definição de prioridades, as temáticas que foram destacadas pelos grupos A “Compreender determinantes e resultados da implementação da PAS”, grupo B “Geração de evidências sobre a PAS” (Grupo B) e Grupo C “Acesso aos cuidados e serviço de saúde”, evidenciaram interesses particulares que estavam alinhados às necessidades percebidas pelos stakeholders, de acordo com seu envolvimento e atuação na PAS. Deste modo, considerando a implantação da PAS como um movimento de grande potencial e capilaridade em larga escala, entende-se que os achados do presente estudo contribuem com direcionamentos para a produção de conhecimento alinhado às necessidades do cotidiano. Além disso, destaca-se o potencial das diferentes abordagens teóricas da ciência da implementação para responder os problemas e perguntas indicados pelos grupos de stakeholders, perpassando pelo processo de tradução de conhecimento, compreensão dos determinantes e avaliação da implementação. Agradecimentos Os autores reconhecem o apoio para financiamento da publicação pelo Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (lei n.º 12.101, de 27 de novembro de 2009), por meio da portaria n.º 3.362, de 8 de dezembro de 2017 – Parecer Técnico Inicial Recomendativo de Análise Técnica e Financeira de Projeto no Âmbito do PROADI-SUS nº21/2021-CGMAD/DAPES/SAPS/MS25000.036837/2021-51 Referências 1 1. 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Corresponding author: Daiana Bonfim Email: bonfim.daiana@einstein.br Guest Associate Editor: Danila Cristina Paquier Sala (https://orcid.org/0000-0003-3723-6706) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil Conflicts of interest: none to declare. Abstract Objective To identify the problems faced in the context of Health Care Planning (HCP) from the perspective of stakeholders for setting priorities in the development of implementation research. Methods Qualitative study based on workshops anchored in the nominal group technique. In mapping stakeholders, we sought to include a set of strategic actors that represented the diversity of action in the context of HCP. They were organized into three groups (A, B and C). Nine workshops structured in five stages were conducted. At the end, participants had the opportunity to reach a consensus on priority problems and identify the research questions. The data analysis process went through three phases, namely: content analysis, hierarchization of priority problems by stakeholder group and classification of research questions according to the objectives of theoretical approaches to implementation science (IS). Results participation of 84 professionals distributed between groups A (n=13), B (n=14) and C (n=57). In total, 13 themes that addressed different challenges in the HCP scenario were identified. The themes “Understanding determinants and results of HCP implementation” (Group A), “Generating evidence on HCP” (Group B) and “Access to health care and services” (Group C) stood out in hierarchization process by the number of votes and order of importance, and were identified as priority. The questions raised by the groups, related to the priority themes, covered the different theoretical approaches to IS. Conclusion Various themes and questions on implementation research were identified. Priority aspects were related to implementation and generation of evidence on HCP and access to health services. The priority setting exercise highlighted particular interests aligned with the needs perceived by stakeholders according to their involvement and performance in HCP. Keywords Stakeholder participation Implementation Science Health research agenda Planning Introduction The development of strategies to reduce the gap between the production of knowledge and consumption of evidence in healthcare environments has been a debate of growing interest among researchers, decision-makers and healthcare professionals.(1-3) Implementation science emerges as a promising field that aims to accelerate understanding and efforts related to the processes and strategies that move or integrate the implementation of evidence-based interventions and innovations in the real scenario.(3,4) This movement of approximation and integration of research results in specific contexts of practice involving a chain of complex processes that require the establishment of active efforts.(4) Given the complexity of processes triggered in the real world, the consolidation of partnerships, collaborations and engagement of different stakeholders is important, breaking the logic of unidirectional models in research(4) to support the successful implementation of the proposed programs. Stakeholders refer to people, institutions and communities that may have direct interests in the process and/or results of the implementation of a proposition.(5) In practical terms within the scope of health service research, these actors are (although not restricted to), for example, users, managers, health professionals and policymakers who can contribute to unique perspectives and experimental and empirical knowledge about a given process to inform and support decision-making. The literature(5-10) describes that stakeholders can get involved in a wide range of activities at different stages of the research cycle according to their skills and interests. These studies(5-10) highlight some obstacles and facilitators for consolidating the dialogue and meaningful collaboration between those involved, in addition to exploring engagement strategies(8) and the impact of this involvement on the outcomes investigated.(10) In this context, the potential of involvement in early stages, such as the prioritization and development of research question stands out(5,11) as an opportune space to bring research (and researchers) closer to the needs and concerns permeating the practice scenario and, therefore, to guide future efforts towards knowledge production. The exercise of defining research priorities has been the focus of studies conducted mainly in high-income countries.(11) Despite the diversity of thematic areas, in the health field, there is growing interest and predominance(11) of encouragement of communication between interested groups as a promising strategy to accelerate the implementation of evidence/innovations for the regular use by healthcare professionals. Note that the Ministry of Health(12) in Brazil recently proposed an agenda with priority thematic axes for the development of studies. However, initiatives to gather opinions and perspectives from different stakeholders for setting priorities in research related to health services are still scarce on the national scene. In this sense, Health Care Planning (HCP)(13,14) is a methodology proposed by National Council of Health Secretaries (Portuguese acronym: CONASS) for the organization of services in the Unified Health System (Portuguese acronym: SUS) which is spread throughout the five regions of Brazil. It involves a multiplicity of actors (technical, care and management), configuring a favorable model for the development of studies with collaborative approaches related to their implementation process at the different levels. The reason is that HCP based on the Chronic Conditions Care Model envisions the integration of Specialized Outpatient Care (SOC) in a network with Primary Health Care (PHC) from a set of continuing education actions and cycles of continuous improvement that encourages the team reflection and qualification of work processes reverberating at broader levels in the organization of the Health Care Network.(13,14) Thus, considering the need to expand the debate on HCP in the scientific literature and the potential of implementation science for the involvement of interested parties as a strategy to boost the production of knowledge aligned with the priorities of the real scenario, the present study sought to identify the problems faced in the context of HCP from the perspective of stakeholders for setting priorities in the development of implementation research. Methods This qualitative study was conducted from workshops anchored in the nominal group technique.(15,16) The implementation of the HCP methodology,(13,14) began in mid-2000 through workshops held with professionals from state administrations. Starting in 2010, mentoring activities began with PHC and SOC professionals in laboratories located in three states in Brazil. Since 2018, HCP has been implemented on a large scale via the SUS Institutional Development Support Program (Portuguese acronym: PROADI-SUS), developed through thematic operational stages in 24 health regions in 18 Brazilian federative units. For each operational stage, a set of technical operational materials are produced and made available with a view to supporting the implementation of HCP in states, municipalities and health services. Considering this panorama, it is important to highlight that the HCP implementation process involves a wide range of actors and institutions that perform specific functions according to their scope of action and practice scenario, such as managers of state/municipal health departments, health service professionals, local tutors and external professionals who work from a consultancy perspective for the implementation of HCP. The actors who plan the technical development and monitor the operationalization of the HCP should also be mentioned. Therefore, the present study chose to integrate the perspectives and priorities of a set of stakeholders identified from three groups: Group A – representatives of the creators (proponents), consultants and tutors, covering perspectives at micro, meso and macro levels of the implementation of the methodology in different regions of the country; Group B – representatives of the technical development team, who work at the partner institution that executes HCP via PROADI-SUS. They are responsible for the production of educational materials and management of HCP processes on a large scale in order to support the technical management team of states and municipalities for the implementation of HCP; Grupo C – representatives of health professionals who provide care in Primary Health Care (PHC) and Specialized Services units located in the southern region of the city of São Paulo, where the HCP methodology is adopted (initial implementation phase) for organizing services and work processes. These were considered because they use the HCP methodology and have working groups called Center for Local Research and Best Practices that aim to develop, reflect and incorporate scientific evidence into the practice of health services. These configure powerful spaces for monitoring the actions raised in the workshop. Stakeholder recruitment Invitations were made to stakeholders through a direct approach. The representatives of group A were invited after the end of the 1st National HCP Conference (Brasília-DF, December 12 and 13, 2022) and the representatives of groups B and C were invited at their work units with approval of the local coordination. After presenting the objectives of the study and expressing interest, guidance on the dynamics of the workshop was provided. Eligibility criteria comprised being a health professional acting in direct care and/or participating in the technical or organizational execution of the HCP. Professionals who were away or on vacation at the time of the workshop were excluded. Development of workshops The meetings were held in person in private environments between September and December 2022. Note that the nominal group technique(14,15) was used to guide the development of the proposed activities, as illustrated in figure 1. Figure 1 Organization of the stages of the workshop “Connecting research and practice” The workshop was structured in five stages. The first, entitled “connecting research with practice”, was used as a trigger for discussion and sought to present and clarify aspects related to the connection between research and practice. The subsequent steps were planned to encourage participation and interaction between group members to build a list that reflected the challenges experienced in the real scenario. In the second stage (silent idea generation), professionals were invited to record their ideas individually. They received a form with two triggering questions that sought to identify a) what were the problems experienced in the services that could receive research contributions; b) questions about those problems that the professional would like to be answered. That is, the material produced during the workshop was composed of a set of problems and their respective questions. In the third stage, professionals were gathered into small groups that provided opportunities for discussion on the topics raised by each member, aiming to recognize common themes. Next, professionals were invited to prepare a consolidated summary of the group’s discussion and consensus on the problems and prioritized questions. The fourth stage was characterized by a plenary session in which each group, represented by a rapporteur, shared the synthesis prepared by the collective. Finally, in the fifth stage, the problems and questions raised were arranged in a panel and the prioritization and consensus process began. Each stakeholder could indicate up to three problems and three questions they considered as a priority for resolution in the real scenario. At the end, the votes were counted, the topic chosen as priority was presented and the activity was closed. In total, nine workshops with an average duration of two hours and participation of four to 12 professionals in each were offered. These meetings were led by previously trained facilitators, members of the research team. Considering the specificities of each context, some customizations were made when conducting the activity. The data from the panels of each workshop (consisting of the description of the problems, questions and the result of the consensus) were transcribed in full. Considering the objectives of the present study, the analysis process covered three phases. In the first, aiming to map the topics that emerged from the groups (A, B and C), content analysis was carried out.(17) For this, the material referring to the survey of problems carried out in each workshop was established as the unit of analysis. Then, skim reading was performed for an initial familiarization with the material. In a second moment, a focused reading was carried out to identify the main ideas that emerged from the material (coding). Subsequently, the codes were grouped according to similarity criteria, each set received a title (categorization) and the groupings were carried out successively until the composition of themes. This stage was conducted by two researchers individually and a third researcher (with experience in HCP) was called to a meeting where the categories and themes were validated. In the second phase, aiming to highlight the prioritization process, the total of votes received per topic during the dynamics in each group of stakeholders was counted. Subsequently, the percentage calculation was carried out as follows: (sum of the number of votes on the items grouped under theme “x”) / (sum of the total number of votes per group). This process provided the opportunity to prioritize the problems raised and identify the priority category that emerged by group of stakeholders (A, B and C). Finally, in the third phase, the categories that stood out in each stakeholder group were presented to the group of researchers. At this time, the questions created during the workshops which were related to the items included in the priority category were paired. Subsequently, a discussion was held between the researchers to reach consensus and classify these questions, considering the objectives of the theoretical approaches to implementation science proposed by Nielsen (2015),(18) namely: describe and/or guide the process of translating research into practice; understand and/or explain what influences implementation results; and evaluate implementation. The study met ethical standards for research involving human beings and was approved by the Research Ethics Committee 6.093.305 (CAAE: 12395919.0.0000.0071). Results The 84 stakeholders participating in the study were distributed between groups A (n=13), B (n=14) and C (n=57). Most were women (79.8%), aged between 31 and 40 years (44.0%), self-declared as white (56.0%). Furthermore, a diversity of professional categories was observed, with emphasis on nursing (34.5%) and dentistry (15.5%) and postgraduate training (83.3%) (Table 1). Table 1 Characteristics of stakeholders participating in the workshops (n=84) Variables Group A n(%) Group B n(%) Group C n(%) Total n(%) Age 20-30 years 1(7.7) 5(35.7) 9(15.8) 15(17.9) 31-40 years 2(15.4) 9(64.3) 26(45.6) 37(44.0) 41-50 years 3(23.1) 0(0.0) 18(31.6) 21(25.0) More than 50 years 7(53.8) 0(0.0) 2(3.5) 9(10.7) Not declared 0(0.0) 0(0.0) 2(3.5) 2(2.4) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) Sex Female 10(76.9) 13(92.9) 44(77.2) 67(79.8) Male 3(23.1) 1(7.1) 10(17.5) 14(16.7) Not declared 0(0.0) 0(0.0) 3(5.3) 3(3.5) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) Race/Color White 6(46.2) 7(50.0) 34(59.6) 47(56.0) Brown 6(46.2) 3(21.4) 11(19.3) 20(23.8) Black 1(7.7) 2(14.3) 10(17.5) 13(15.5) Yellow 0(0.0) 1(7.1) 2(3.5) 3(3.6) Indigenous 0(0.0) 1(7.1) 0(0.0) 1(1.2) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) Education Up to Technician Training 0(0.0) 1(7.1) 4(7.0) 5(6.0) Undergraduate 0(0.0) 1(7.1) 8(14) 9(10.7) Residency 0(0.0) 0(0.0) 6(10.5) 6(7.1) Specialization 4(30.8) 2(14.3) 26(45.6) 32(38.1) Master degree 6(46.2) 8(57.1) 10(17.5) 24(28.6) PhD degree 3(23.1) 2(14.3) 3(5.3) 8(9.5) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) Training Medicine 1(7.7) 1(7.2) 4(7.0) 6(7.1) Nursing 7(53.8) 4(28.5) 18(31.6) 29(34.5) Psychology 0(0.0) 1(7.2) 4(7.0) 5(6.0) Dentistry 1(7.7) 1(7.2) 11(19.3) 13(15.5) Nutrition 1(7.7) 1(7.2) 2(3.5) 4(4.8) Physiotherapy 1(7.7) 2(14.2) 1(1.8) 4(4.8) Others1 0(0.0) 3(21.3) 13(22.8) 16(19.0) Not declared 2(15.4) 1(7.2) 4(7.0) 7(8.3) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) Time in the position Less than 1 year 6(46.1) 1(7.1) 7(12.3) 14(16.7) 1 and 3 years 1(7.7) 11(78.6) 18(31.6) 30(35.7) More than 3 and less than 5 years 0(0.0) 2(14.3) 4(7.0) 6(7.1) More than 5 and less than 10 years 3(23.1) 0(0.0) 17(29.8) 20(23.8) More than 10 years 2(15.4) 0(0.0) 10(17.5) 12(14.3) Not declared 1(7.7) 0(0.0) 1(1.8) 2(2.4) Total 13(100.0) 14(100.0) 57(100.0) 84(100.0) 1- Others: Physical education, speech therapy, occupational therapy, social work, pharmacy, veterinary, biology, administration, community health agent, social worker The problems and challenges experienced in everyday life were listed by stakeholders and organized into 13 themes (Chart 1). Chart 1 Description of the problems listed during the workshops, according to the main topic and stakeholder group Topic Category Code Group Care to chronic conditions Clinical management Management of chronic conditions A Management of mental health cases C Case management Follow-up and monitoring of people with chronic conditions C Case management for people with epilepsy C Access to health care and services Subpopulation access to the service Barriers to men’s access and involvement in healthcare C Need to formulate actions to expand access to adolescents C Timely access and use of the service Guarantee the access to the service and SUS C Characteristics of the actions offered at the UBS C User understanding of care at the UBS C Disparity between service use and health needs C Scheduling templates Insufficient supply for acute demand C Need to organize access and scheduling C Determinants and results of HCP implementation Local context Weakness and fragmentation of SHD A Lack of time to develop the HCP steps in the unit A Professional turnover A Tutor’s duties Tutor task overlap A Lack of an exclusive tutor for HCP A Lack of financial incentive for the tutor A Insufficient tutor workload B Sustainability of the intervention HCP sustainability A Engagement of those involved Management support for HCP A Clarity from the manager of municipal and state departments about their role in HCP A Need for involvement of the state secretariat with HCP A Low adherence to available activities B Low participation in workshops B Capillarity of the intervention HCP expansion A Replication of skills for large-scale HCP B Problems in executing the HCP expansion B Adaptation of strategies Development of educational technologies compatible with the needs of professionals B Care coordination Coordination between HCN services Lack of coordination between HCN services A Weaknesses in the integration of HCN services B Fragmentation of care in the HCN C Difficulty in sharing cases with specialized care C Professionals’ lack of clarity about competencies of the network C Difficulty in providing comprehensive care to the user C Discontinuation of care for people with suicidal behavior C Coordination with intersectoral network Weakness in articulation with intersectoral services C Development of professional skills Professional qualification Lack of professional qualification to work in a network A Need to develop the clinical practice of physicians and nurses A Weakness in clinical nursing practice C Lack of permanent/continuing education initiatives C Need to develop scientific skills in care professionals C Generating evidence on HCP Evaluation strategies Need to evaluate the impact of HCP B Lack of tools for evaluating the effectiveness of care C Knowledge production Gap in the literature on PASA B Population-based management Territorialization processes Difficulty implementing population-based management B Challenges for territorialization and registration C Organization of population care Care to the person victim of violence C Violence in the territory C Care to minority groups C Health care for older adults C Increased demand from people with mental disorders C Organization of community actions Lack of health promotion actions C Need for collective and community actions C Lack of actions in the territory C Difficulty in offering and organizing group activities C People management Workforce planning and sizing Lack of professionals in the FHS A Human resources sizing C Overload and work conditions Professional overload B Professional overload C Motivation of professionals in daily work C Professional’s mental health C Violence against professionals C Infrastructure and materials Health Information System Lack of integrated information system A Lack of integration of information between services A Lack of registration of processes B Excess of recording tools C Lack of tools for care management C Weakness of service records C Technological resources Incorporation of technologies to qualify care C Lack of technological resources B Management of waste and inputs Excessive use of disposable materials C Lack of medicines C Physical structure Inadequate physical space C Continuous improvement in PHC processes Standardization of practices Weakness in quality and patient safety practices B Multiplicity of protocols and guidelines C Need to incorporate quality and safety practices C Loss of vaccine doses C Standardization of flows and processes Weaknesses in the organization of the dentistry flow C Weaknesses in the organization of the eMulti flow C Need to qualify information to organize user flow C Weakness in the organization and maintenance of work processes C Difficulty in evaluating and monitoring collective actions C Difficulty in prioritizing demands C Social participation Lack of integration with the management board C Qualification of Specialized Outpatient Care (SOC) Resource allocation Lack of co-financing from SOC A Inadequate SOC funding A Organization and structuring of the SOC Weakness of SHD support for SOC organization A Lack of knowledge and adherence to the SOC model A Lack of SOC policy A PASA model costs High cost of maintaining the PASA model A Interdisciplinary management and work Collaborative practice Difficulty in carrying out multidisciplinary practice C Management model Centralization in decision making C Team work Weakness in communication between teams C Lack of team alignment C Lack of team involvement C Difficulty in team working C Person-centered care Therapeutic adherence and self-care Lack of adherence to women’s health screening exams C Lack of adherence to STI treatment C Non-adherence to treatment C Need for user empowerment C Relationship between user and team Weakness in the user and team relationship C Need for qualifications in communicating with users C SOC - Specialized Outpatient Care; PHC - Primary Health Care; STI - Sexually Transmitted Infections; HCP - Health Care Planning; PASA - Outpatient Secondary Care Point (Portuguese acronym); HCN - Health Care Networks; SHD - State Health Department; FHS - Family Health Strategy Note that some themes, such as “Access to health care and services”, “Interdisciplinary management and work” and “Person-centered care” were mentioned only by participants in group C, composed of stakeholders working at the care level. On the other hand, problems related to “Qualification of Specialized Outpatient Care (SOC)” were reported only among stakeholders in Group A. Problems related to the themes “Care coordination”, “People management” and “Infrastructure and materials” were presented on the panel of all groups. Among all themes identified, those that received at least one vote (during the workshop) were organized to identify the priorities of each group. Table 2 describes the themes prioritized by group according to the number of votes and their order of importance. Table 2 Themes prioritized by each stakeholder group according to the number of votes and their order of importance Topics Order Group A Points % 1 Determinants and results of HCP implementation 20 45.5 2 Qualification of Specialized Outpatient Care (SOC) 15 34.1 3 Care to chronic conditions 6 13.6 4 Infrastructure and materials 2 4.5 5 Development of skills 1 2.3 Order Group B Points % 1 Generating evidence on HCP 17 41.5 2 Determinants and results of HCP implementation 10 24.4 3 Infrastructure and materials 6 14.6 4 Continuous improvement in PHC processes 4 9.8 5 Population-based management 2 4.9 6 Care coordination 1 2.4 7 People management 1 2.4 Order Group C Points % 1 Access to health care and services 35 22.7 2 People management 22 14.3 3 Population-based management 20 13.0 Interdisciplinary management and work 20 13.0 4 Care coordination 12 7.8 5 Continuous improvement in PHC processes 12 7.8 6 Person-centered care 11 7.1 7 Infrastructure and materials 9 5.8 8 Care for chronic conditions 6 3.9 9 Generating evidence on HCP 4 2.6 10 Development of skills 3 2.0 PHC - Primary Health Care; HCP - Health Care Planning At this stage, the particularities of the stakeholder groups were identified during the topic prioritization exercise. In group A, priority was given to problems focused on aspects of “Determinants and results of HCP implementation” (45.5%); in group B, problems related to “Generating evidence on HCP (41.5%)” were highlighted; and in group C, problems relating to “Access to health care and services” (22.7%) were the most voted. Figure 2 presents the questions proposed by participants during the workshops that were related to the problems prioritized in each group of stakeholders, considering the theoretical approaches of implementation science. Figure 2 Questions related to the prioritized problem in each stakeholder group according to the theoretical approaches of implementation science RTA – Acute Demand Reception (Portuguese acronym); PHC - Primary Health Care; HCP - Health Care Planning; RAS - Health Care Networks (Portuguese acronym); PASA - Outpatient Secondary Care Point Discussion A wide range of situations that represent challenges experienced in the context of HCP from the perspective of different stakeholders were identified in the present study. Although some themes were presented transversally between the groups, the priority setting exercise highlighted particular interests aligned with the needs perceived among the different stakeholders, namely “Determinants and results of HCP implementation”, “Generating evidence on HCP” and “Access to health care and services”, which were respectively the priorities described by groups A, B and C. These findings reinforce the importance of identifying and understanding the opinions and views of those involved in the phenomenon, in order to develop approaches to integrate and incorporate them into the implementation process. In this sense, movements such as Practice-Based Research Networks (PBRN)(19,20) are approaches that can add to the efforts of implementation science in an attempt to bring research closer to real-world priorities and maximize the results of implementation. In general terms, PBRN(19,20) recognize that the health service is characterized as a powerful scenario for the production of knowledge and propose the involvement of local health professionals and managers as partners in the development of research, i.e., by integrating them to the research team and not considering them only as subjects/sources of information about a phenomenon to be investigated. In this complex and challenging relationship, researchers/academia can contribute mainly with aspects related to research infrastructure and training while professionals/managers identify and prepare research questions based on their experience in clinical and management practice, seeking to answer the problems perceived in the service and the territory in order to enhance consumption and the incorporation of research findings to support decision making.(19,20) Despite the growing interest in collaborative and partnership research approaches and models,(21) in practical terms, there is still a gap between scientific production and the incorporation of evidence into the local reality, suggesting the need for greater stakeholder involvement in processes linked to research, as well as the use of other strategies to strengthen knowledge translation. In the present study, for example, opportunities to accelerate the translation of discoveries already described in the literature into process improvement actions were identified, especially among the problems and challenges listed in the panel of participants in group C - composed of professionals directly connected to care. Note that in relation to the themes that emerged in the setting of priority problems, the three groups of stakeholders defined topics characterized as gaps in the literature. For representatives of group A, the definition of priority refers to the process of growth and consolidation of the HCP methodology itself in different regions of Brazil. Questions related to institutionalization and integration between spheres of government, coordination between health care network’s points of care and management support were raised, as well as specific questions about the process of operationalization, expansion and sustainability of HCP. From this perspective, the potential of implementation science to answer the indicated problems and questions stands out, considering the investigation of implementation strategies(22) and results,(23) as well as their relationship with service results and clinical outcomes in the different regions that make up the HCP scenario. Another important topic for this group was the qualification of Specialized Outpatient Care (SOC). This topic is characterized as one of the major bottlenecks in the construction of the SUS given the “insufficient”, fragmented and heterogeneous structure of the specialized care network,(24) in addition to the waiting time and the regulatory process for scheduling consultations and specialized exams.(25) In this context, the Outpatient Secondary Care Point (Portuguese acronym: PASA) model is recommended in HCP for organizing the SOC in a network with PHC. The absence of a policy for specialized care in the SUS, as well as the financing and predominance of the silo model to the detriment of adherence to the PASA model are problems in the real scenario that come together with questions related to the impact and cost-effectiveness responses of this model. Thus, while group A participants are interested in understanding the model and its challenges, group B indicates the need to generate evidence as their priority, especially evidence related to the PASA model, seeking resolutions that can contribute to decision-making by key actors for its implementation. These findings endorse the relevance of considering multiple stakeholders as they present unique perspectives inclined to the scope of action in relation to the phenomenon. For group C, access to health care and services was indicated as the priority challenge, covering issues related to infrastructure, organization of the schedule, scheduling models and the provision of equitable service. Although not highlighted by participants in groups A and B, the topic actually requires investment in research, given the limited body of evidence on organization models of access and scheduling applicable to the specificities of SUS, highlighting the importance of contributions of the care group in proposing research questions. In the present study, although some themes emerged across the stakeholder groups, a significant difference was noted during the exercise of priority setting. For example, issues related to people management gained greater prominence in Group C, which was interested in finding solutions to problems such as overload, motivation of professionals, and issues related to violence against these professionals and their mental health. These concerns corroborate other findings related to PHC health services,(26,27) presenting themselves as a possible obstacle to the process of institutionalization of HCP. Among the limitations of the study, the challenge of involving all stakeholders of HCP, especially health managers and the service users, is recognized. In order to consider the generation and translation of knowledge to the multiple contexts of the Brazilian territory, it is also necessary to expand the proposal to stakeholders from other regions of Brazil. The presentation of a systematized proposal that favors the inclusion of different stakeholders is a strong point, as proposed in implementation science. Conclusion In general, the themes were presented transversally between the groups and covered a wide range of challenging situations for the real scenario. However, in the priority setting exercise, the themes highlighted by groups A “Understanding determinants and results of HCP implementation”, group B “Generating evidence on HCP” and Group C “Access to health care and service” showed particular interests aligned with the needs perceived by stakeholders, according to their involvement and performance in HCP. Thus, considering the implementation of HCP as a movement with great potential and large-scale capillarity, the findings of the present study contribute with directions for the production of knowledge aligned with everyday needs. Furthermore, the potential of different theoretical approaches to implementation science to answer the problems and questions indicated by stakeholder groups is highlighted, going through the process of knowledge translation, understanding the determinants and evaluation of implementation. Acknowledgements The authors acknowledge the financing support for publication by the SUS Institutional Development Support Project (law number 12.101 of November 27, 2009), through ordinance number 3.362 of December 8, 2017 – Opinion Initial Technical Recommendation for Technical and Financial Analysis of Project within the Scope of PROADI-SUS number 21/2021-CGMAD/DAPES/SAPS/MS25000.036837/2021-51.
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