Resumo
Introdução
A fibromialgia é uma doença crônica caracterizada por mialgias localizadas no sistema locomotor que causam comprometimento funcional. Seu tratamento é baseado no uso de medicamentos combinado com intervenções de várias modalidades terapêuticas, incluindo as da terapia ocupacional. Os sintomas da doença afetam todas as áreas ocupacionais e são evidentes no desempenho diário.
Objetivo
Os objetivos deste estudo foram identificar as ocupações com maior grau de afetação em pessoas com fibromialgia, explorar o impacto de fatores biopsicossociais nas ocupações de pessoas diagnosticadas com fibromialgia, conceituar a influência da qualidade da rede de apoio e da situação econômica de pacientes com fibromialgia em sua autopercepção dos sintomas da doença e determinar a possível existência de uma relação entre eventos negativos na infância e fibromialgia.
Métodos
Foi utilizada uma metodologia qualitativa a partir de uma abordagem fenomenológica. Os dados foram coletados por meio de entrevistas ad hoc administradas aos oito participantes voluntários. Posteriormente, os resultados foram analisados utilizando-se o ATLAS.ti® e transcritos em Microsoft Word®.
Resultados
Os entrevistados apresentaram limitações nas seguintes áreas ocupacionais: atividades instrumentais de vida diária (AIVD), lazer e tempo livre, participação social, descanso e sono, atividade sexual e trabalho. Foi estabelecida uma relação entre a qualidade da rede de apoio e a situação econômica com a percepção dos sintomas. A relação entre eventos negativos na infância e a fibromialgia também foi explorada.
Conclusões
Fatores biopsicossociais influenciam crucialmente a qualidade de vida e podem atuar como fatores protetores ou de risco para a intensidade dos sintomas.
Palavras-chave:
Terapia ocupacional; Impacto Psicossocial; Atividades Cotidianas; Fatores Socioeconômicos; Qualidade de Vida