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Olhares sobre a culpa no capitalismo moderno: um diálogo entre Deleuze-Guattari e Walter Benjamin

Perspectivas sobre la culpa en el capitalismo moderno: un diálogo entre Deleuze-Guattari y Walter Benjamin

Resumo

O objetivo deste artigo consistiu em refletir acerca das conexões que podem ser estabelecidas entre a caracterização que Deleuze e Guattari fazem da “máquina capitalista civilizada” em seu O anti-Édipo e as análises que Walter Benjamin fez da “estrutura religiosa capitalista” no seu fragmento intitulado O capitalismo como religião, especialmente no que diz respeito à ideia de culpa. Como pôde ser observado, o que parece ser distinto no pensamento Benjaminiano em comparação com a abordagem Deleuze-Guattariana é o fato de que o filósofo alemão apresenta, inicialmente, o capitalismo como tendo uma natureza instrinsecamente religiosa, ou seja, o capitalismo seria uma religião em si. Esse aspecto parece não encontrar aproximações com a concepção Deleuze-Guattariana da “máquina capitalista civilizada”, embora essa última admita o caráter “divino do capital”. A religião, para Deleuze e Guattari, teria uma clara função de auxílio na repressão e na modelagem do desejo humano.

Palavras-chave:
Culpa; Capitalismo; Desejo; Walter Benjamin; Deleuze e Guattari

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