Open-access Intervenção com aconselhamento de atividade física para adultos sem doenças diagnosticadas - uma revisão sistemática

Interventions with physical activity counseling for adults without diagnosed diseases - a systematic review

Resumo

Intervenções com aconselhamento têm sido amplamente usadas para modificar o nível de atividade física das populações. O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre intervenções com aconselhamento de atividade física (AF). Foram incluídos estudos originais de intervenção com aconselhamento tendo como desfecho a atividade física, publicados nas bases de dados do Medline/PubMed, BVS e SciELO entre janeiro de 2010 e abril de 2020, nos idiomas inglês e português e com população de adultos sem doenças diagnosticadas. A qualidade metodológica foi avaliada utilizando-se a escala PEDro. Foram encontrados 2.152 artigos, após a triagem restaram oito manuscritos, produzidos em sete países. Em relação à avaliação da qualidade dos trabalhos, as pontuações variaram entre 4/10 e 8/10 na escala PEDro. As intervenções com aconselhamento para AF tiveram duração de um a seis meses e foram efetivas em sete das oito pesquisas selecionadas. Os estudos utilizaram como formas de aconselhamento: ligações, SMS, aplicativo de celular, aconselhamento face a face, e-mail, materiais postados em website, apostila, cartilhas e telegrama. Os resultados desta revisão demonstraram que o aconselhamento à prática de AF aumenta o nível de AF de adultos saudáveis, mesmo com a heterogeneidade de métodos.

Palavras-chave: Aconselhamento; Atividade motora; Exercício; Promoção da saúde; Revisão

Abstract

Counseling interventions have been broadly used to modify the level of physical activity in the population. The scope of this study was to conduct a systematic review on physical activity counseling interventions. Original intervention studies with physical activity counseling as an outcome were included and published between January 2010 and April 2020 in the Medline/PubMed, BVS, and Scielo databases, in English and Portuguese, with an adult population without diagnosed diseases. Methodological quality was assessed using the PEDro scale. We found 2,152 articles and after screening, eight manuscripts remained, writtem in seven countries. Regarding the evaluation of the quality of the work, the scores vary between 4/10 and 8/10 on the PEDro scale. The measures with counseling for PA, lasted one month and were effective in seven of the eight selected studies. The studies use the following forms of counseling: calls, SMS, cell phone apps, face-to-face counseling, e-mail, materials posted on websites, handouts, booklets and telegrams. The results of this review showed that counseling for PA practice increases the PA level of healthy adults, irrespective of the heterogeneity of methods.

Key words: Counseling; Motor activity; Exercise; Health promotion; Review

Introdução

Praticar atividade física (AF) de forma regular pode evitar a mortalidade em 15,0%, o que equivale a 3,9 milhões de mortes por ano1. Além disso, a manutenção da prática impacta na qualidade de vida e no bem-estar geral, melhorando os sintomas de depressão e ansiedade, auxiliando na prevenção de diversas doenças como hipertensão, diabetes, doenças vasculares e cardíacas2.

Apesar dos benefícios da prática de AF, 27,5% dos adultos no mundo não atingem as recomendações atuais de AF para à saúde (≥ 150 minutos por semana), isso quer dizer que um em cada quatro indivíduos com 18 anos ou mais não são ativos fisicamente3. No Brasil, de acordo com o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 39% da população pratica AF por pelo menos 150 minutos por semana, sendo os jovens de 18 a 24 anos os mais ativos, e a prática é reduzida com o avanço da idade4.

Diante desse cenário, ações que promovam a prática de AF têm sido implementadas em diversos setores, como na atenção primária à saúde, no ambiente escolar, na comunidade, nos ambientes de trabalho, transporte e planejamento urbano5-8. Entre as estratégias para a promoção de AF, o aconselhamento tem apresentado efeitos positivos em tornar os sujeitos mais ativos, seja prescrito em grupos ou individualmente9. Essa prática engloba a atuação do profissional comprometida com a escuta, a compreensão das pessoas e o suporte por meio de orientações gerais e estruturadas voltadas ao incentivo de comportamentos saudáveis, incluindo a prática de AF10.

O aconselhamento tem sido amplamente utilizado na aplicação de intervenções com desfecho de AF, por se tratar de uma forma de abordagem que busca promover mudanças de comportamento e desenvolver a consciência crítica dos sujeitos para a adesão e manutenção de um estilo de vida ativo e saudável11. Além de sua aplicabilidade ser de baixo custo, com potencial de efetividade1, e fácil aplicabilidade, pode ser utilizado por todos os profissionais de saúde10. No entanto, é necessário considerar o caráter multidimensional e complexo do comportamento de AF, que envolve diferentes atributos físicos, socioeconômicos e comportamentais do movimento humano, como idade, sexo ou gênero, renda, nível educacional, condicionamento cardiorrespiratório, muscular (força e flexibilidade) e gasto energético. E também os diferentes domínios da vida cotidiana (doméstico, deslocamento, ocupacional e lazer ou tempo livre)12.

Estabelecida a complexidade do comportamento de AF na população, os resultados apresentados por revisões sistemáticas que avaliaram intervenções com aconselhamentos para promover o aumento do nível de AF em adultos ainda são difusos e controversos13-16. A revisão de Patnode et al. (2017)13 analisou estudos de intervenção com aconselhamentos para melhora da dieta e aumento da AF visando a prevenção de doenças cardiovasculares em adultos sem fatores de risco grave para essas doenças. Os autores encontraram 88 pesquisas que demonstraram resultados de baixa consistência para mortalidade/morbidade por doença cardíaca e para qualidade de vida relacionada à saúde. Também demonstraram pequena diferença estatística para pressão arterial, nível de colesterol, lipoproteína de baixa densidade, colesterol total, índice de massa corporal e nível de AF. Cabe salientar que esta revisão analisou estudos com aconselhamentos que poderiam ser aplicados no contexto de serviços de atenção primária à saúde, onde os sujeitos estão em tratamento.

A revisão de revisões de Lamming et al. (2017)14 analisou estudos de intervenção com aconselhamentos para AF em adultos, realizados somente no contexto da atenção primária à saúde. Os autores incluíram 16 pesquisas, sendo que apenas três utilizaram especificamente aconselhamentos para AF. Os estudos demonstraram que utilizar aconselhamentos durante as intervenções pode aumentar o nível de AF a curto prazo. Outras duas revisões realizadas pela Cochrane Library analisaram estudos com aconselhamentos fora da atenção primária e em populações de adultos sem diagnóstico de doenças e não apresentaram consenso em seus resultados quanto ao aumento do nível de AF15,16. A pesquisa de Murtagh et al. (2020)15 investigou intervenções que incluíram aconselhamentos como uma das estratégias aplicadas com a população adulta, e encontraram pouco efeito com evidências de baixa certeza para o aumento dos níveis de AF de intensidades leve e de moderada a vigorosa.

Contudo, o estudo de Petkovic et al. (2021)16, que avaliou intervenções com aconselhamentos por meio de mídias sociais (incluindo mídias de papel) para mudança de comportamentos de saúde em adultos (amamentação, uso de preservativo, qualidade da dieta, adesão à medicação, exames e exames médicos, AF, uso de tabaco e vacinação), encontrou efeitos positivos, porém com melhores resultados no aumento da AF do que em comportamentos como dieta saudável e uso de tabaco. Foi observado aumento de 28 minutos por semana no nível de AF de intensidade moderada a vigorosa. Os autores concluem que intervenções com aconselhamentos por intermédio de mídias sociais podem ser eficazes para aumentar a AF em adultos. Um ponto importante a ressaltar é que apenas 14% dos estudos analisados pela revisão da Cochrane foram realizados em países de renda populacional média16.

Esses resultados indicam que ainda não há consenso sobre qual estratégia de intervenção pode ser mais efetiva no aumento do nível de AF em adultos saudáveis, aquelas que incluem aconselhamentos entre outras estratégias ou as que compreendem exclusivamente aconselhamentos, ou mesmo qual meio de aconselhamento pode ser mais eficaz (face a face, mídias sociais). Portanto, o objetivo desta revisão sistemática foi descrever e analisar os estudos de intervenção com aconselhamento para aumentar o nível de AF de adultos.

Metodologia

Este estudo se caracteriza como uma revisão sistemática da literatura, partindo da seguinte questão norteadora: como a literatura científica apresenta os estudos de intervenção para promoção de AF em adultos sem doenças previamente diagnosticadas? Seu protocolo foi registrado na base PROSPERO (International Prospective Register of Systematic Reviews)17, sob número de registro CRD42020218822. A estruturação da revisão e a realização dos passos metodológicos seguiram as recomendações do modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses)18.

Foram realizadas buscas sistemáticas nas seguintes bases de dados eletrônicas: Medline/PubMed (United States National Library of Medicine), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online), além de buscas manuais nas listas de referências dos artigos selecionados para esta revisão. Foram utilizados descritores cadastrados no MeSh Terms (Medical Subject Headings) do PubMed e nos DeCs (Descritores em Ciência da Saúde). Os termos selecionados e a combinação entre eles foram: 1) exercise OR motor activity AND counseling; 2) exercise OR motor activity OR physical activity AND counseling; 3) exercise OR motor activity OR physical activity AND counseling AND intervention e seus respectivos em português, a saber: 1) exercício OR atividade motora AND aconselhamento; 2) exercício OR atividade motora OR atividade física AND aconselhamento; 3) exercício OR atividade motora OR atividade física AND aconselhamento AND intervenção.

De forma conceitual, foi utilizado nas buscas o modelo de aconselhamento breve. O mesmo é definido como uma interação que oferece oportunidade para uma pessoa explorar, descobrir e esclarecer maneiras de viver com maior bem-estar, geralmente em uma discussão individual com um conselheiro treinado19.

Para encontrar estudos que envolvessem AF, utilizou-se apenas o descritor atividade motora, cadastrado no DeCs e no MeSh Terms. No entanto, poucos estudos foram encontrados. Então, optou-se por utilizar o termo atividade física e ampliar a busca. O termo atividade física é um sinônimo no DeCs e um Entry Terms do PubMed. A palavra intervenção, de maneira isolada, não é um descritor no DeCs e no Mesh Terms, tanto em português quanto em inglês, no entanto ela foi utilizada na busca por associação mais próxima com o desfecho de estudos com intervenção em AF. As intervenções deveriam conter aconselhamentos para mudança de comportamentos, a fim de tornar os sujeitos mais ativos (AF, comportamento sedentário/tempo sentado, número de passos). Os estudos deveriam apresentar como desfecho primário ou secundário a AF avaliada em pelo menos dois períodos.

Como critérios de inclusão, estipulou-se que a revisão seria composta por: 1) estudos originais de intervenção, experimentais, quase-experimentais ou tipo antes e depois, com aconselhamento para a prática de atividade física (AF), independentemente do tipo de orientação utilizada, da intensidade e da forma de mensurar AF; 2) ter como desfecho, primário ou secundário a AF; 3) apresentar medida de AF antes e depois da intervenção; 4) investigar como população adultos sem doenças previamente diagnosticadas (por exemplo sem hipertensão, diabetes ou outras doenças crônicas).

Os critérios de exclusão adotados foram: 1) artigos que não abordassem o aconselhamento para AF; 2) estudos qualitativos; 3) pesquisas em que os participantes eram pessoas atendidas em serviços de saúde (atenção básica, ambulatórios, hospitais, clínicas médicas) ou idosos (maior que 60 anos), crianças, adolescentes (menor que 18) e gestantes ou pós-parto até 18 meses; 6) o estudo não apresentar ao menos duas medidas de AF.

As buscas foram realizadas em abril de 2020 no idioma inglês nas três bases de dados, e também em português nas bases BVS e SciELO, buscando identificar artigos publicados entre janeiro de 2010 e abril de 2020 e que tivessem no título e/ou no resumo os descritores utilizados. Os estudos identificados foram salvos e exportados para o programa EndNote X4. Após as buscas eletrônicas, a seleção dos artigos seguiu os seguintes passos: exclusão dos estudos duplicados, leitura de títulos, de resumos, leitura de textos completos e buscas manuais nas referências dos estudos selecionados. A seleção dos artigos foi realizada por dois pesquisadores independentes (SL e JJ) com participação de outros dois pesquisadores (JB e VH) para estabelecer consenso no caso de dúvidas durante o processo de seleção.

Na leitura dos títulos e resumos, as intervenções elegíveis foram aquelas que tinham como desfecho primário ou secundário o aconselhamento para a AF, com medidas na linha de base e após a intervenção, e que a população estivesse na faixa etária adulta. Os estudos tiveram que relatar um desfecho comportamental (por exemplo AF, intervenção no estilo de vida ou prevenção de doenças em populações sem doenças diagnosticadas). Seguiram para a etapa de leitura na íntegra e permaneceram aqueles que deixaram claro que a intervenção envolvia aconselhamento em AF e seguiam todos os critérios de inclusão (Figura 1). O mesmo procedimento foi adotado na leitura das referências dos manuscritos que permaneceram após todas as etapas.

Figura 1
Fluxograma da seleçãode artigos de acordo com os itens para revisões sistemáticas e meta-análises (PRISMA).

A partir da leitura na íntegra dos artigos selecionados, os dados foram tabulados e posteriormente analisados por quatro pesquisadores independentes (SL, JJ, JB e VH) para estabelecer os principais aspectos e as informações relacionadas ao desfecho e à metodologia dos estudos. Após a leitura na totalidade, foram analisados quais preenchiam aos critérios de elegibilidade. Os resultados de cada estudo foram extraídos considerando as informações relevantes para análise, como os desenhos dos estudos, instrumentos e as formas de aconselhamento dos grupos de intervenção e controle. A metodologia de filtragem e seleção encontra-se na Figura 1.

A qualidade metodológica dos estudos selecionados também foi avaliada pelos mesmos quatro pesquisadores por meio da escala PEDro: Physiotherapy Evidence Database, sendo qualquer divergência resolvida por consenso. Essa escala foi desenvolvida para avaliar o risco de viés e integridade de relatórios estatísticos de estudos indexados na base de dados PEDro, e hoje é comumente utilizada em revisões sistemáticas20. Ela foi traduzida e adaptada para a língua portuguesa do Brasil e possui 11 itens que abordam a validade interna dos estudos, se as informações estatísticas são suficientes para a interpretação dos resultados e a validade externa ou potencial de generalização. Cada um dos itens que a compõem é avaliado de forma dicotômica como “sim” ou “não”, e a pontuação total é a soma do número de itens atendidos. Para a pontuação da qualidade metodológica dos estudos são utilizados os critérios de 2 a 11, podendo, para cada estudo, ser atribuída pontuação de 0 a 1021.

Resultados

Dos 2.152 artigos identificados, foram excluídos 658 duplicados, 1.102 após a leitura dos títulos e 356 depois da leitura dos resumos. Após leitura na íntegra dos 36 artigos, 30 foram retirados por se encaixarem em algum dos critérios de exclusão. Nos seis artigos restantes, foram realizadas buscas manuais na totalidade de suas listas de referências (n = 240) para verificação de possíveis pesquisas não encontradas no processo inicial. Utilizando os mesmos critérios já descritos, foram excluídos 202 artigos após a leitura dos títulos, 28 depois da leitura dos resumos, permanecendo dez artigos elegíveis para leitura na íntegra, entre os quais dois foram incluídos na revisão. Dessa forma, oito estudos foram selecionados para esta revisão (Figura 1).

O Quadro 1 descreve as características dos estudos avaliados. Seis eram do tipo experimental22-27 (sendo três ensaios clínicos randomizados)22,23,25 e dois quase-experimentais28,29. Somados, os oito incluíram 1.201 participantes, dos quais três estudos foram apenas com mulheres (n = 457)25,27,28, três com estudantes universitários (n = 313)23,26,27 e dois somente com trabalhadores (n = 180)24,29.

Quadro 1
Características dos estudos incluídos (n = 8).

As intervenções tiveram duração entre um e seis meses, sendo a maioria delas de 12 semanas (Quadro 1). Os protocolos para mensurar a AF variaram, sendo o mais prevalente a contagem de passos (três utilizando pedômetro24,25,27 e um usando acelerômetro29). As versões curta26 e longa25 do IPAQ, o monitoramento semanal por meio de website e dispositivo móvel22, o questionário de estágios de mudança de comportamento para o exercício físico e AF de lazer via Physical Activity Questionnaire, versão tailandesa27, também foram utilizados.

Os estudos selecionados lançaram mão de formas distintas de aconselhamento, como ligações22,28, SMS22,24,28, aplicativo de celular29, aconselhamento face a face (indivual23,26,29 e em grupos24,25), e-mails23, materiais postados em website24,27, apostila29, cartilhas25 e telegrama29. Como estratégias de aconselhamento, as intervenções apresentaram monitoramento e aumentos gradativos da AF, como: crescimento entre 15%-20% do número de passos29; AF moderada a vigorosa (AFMV) orientada inicialmente para 100 min + 50 min a cada semana22; acumular ao menos 90 min/sem de AFMV e aumentar nove min/sem tentando atingir a meta de 60 min/dia três vezes por semana27. Ainda, durante as intervenções, um estudo reforçou os benefícios da AF e fez levantamento dos obstáculos para a prática29.

Em relação aos objetivos primários das intervenções, quatro eram voltados para promoção ou aumento da AF23,25,27,29, enquanto outros três eram de base comportamental22,26,28, com a AF entre os comportamentos a serem melhorados. Além disso, outro estudo avaliou a modificação do estilo de vida, por meio do incentivo à prática de AF e nutrição24.

As intervenções com aconselhamento para AF obtiveram resultados positivos em sete dos oito estudos selecionados (Quadro 1). Apenas no estudo conduzido no Japão24 a intervenção não foi capaz de modificar o número de passos diários. Outras duas pesquisas que também monitoraram a AF por meio de passos diários, realizadas na Coreia29 e Tailândia27, obtiveram aumentos significativos ao final do estudo. No Brasil25, a intervenção com passos diários foi eficaz aos três meses, mas não se manteve aos seis meses. Os participantes também aumentaram o nível de AF após a intervenção com aconselhamento em estudos conduzidos na Itália23, nos Estados Unidos26, na Tailândia (AF de lazer)27 e no Irã28.

O Quadro 2 apresenta a avaliação da qualidade metodológica dos estudos segundo resultado da pontuação atribuída a cada um dos itens da escala PEDro21. A média de pontos foi de 5,9, com variação de 4 a 8. Com base na avaliação da qualidade da evidência dos oito estudos selecionados, a maior pontuação foi atribuída a um ensaio clínico randomizado22 (8/10). Dos demais, cinco estudos experimentais23-27 pontuaram 6/10 e dois quase-experimentais28,29 receberam pontuações de 4/10 e 5/10, respectivamente.

Quadro 2
Detalhamento da avaliação da qualidade metodológica dos estudos pela escala PEDro.

Discussão

A presente revisão sistemática identificou oito estudos, resultado que difere de outras revisões, que identificaram 2911 e 8816. Contudo, essas revisões abordaram pesquisas com outras características: sujeitos atendidos na atenção primária à saúde e intervenções com aconselhamentos aplicados por meio de mídias sociais, respectivamente. Essa diferença se dá pela abordagem distinta entre os estudos. Enquanto os de Patnode et al. (2017)13 e Lamming et al. (2017)14 avaliaram sujeitos atendidos na atenção primária e verificaram intervenções com aconselhamentos aplicados em ambientes onde maioria dos sujeitos está em tratamento, o presente estudo se deteve em analisar os estudos de intervenção com aconselhamento para aumentar o nível de AF de adultos considerados saudáveis, ou seja, que ainda não desenvolveram doenças crônicas e agravos diagnosticados pelos serviços de saúde.

Por outro lado, pesquisa de revisão sistemática com metanálise15 realizado com sujeitos entre 18 e 59 anos, faixa etária semelhante à do presente estudo, incluiu 13 manuscritos na análise. Seus resultados sugerem que estudos de intervenção com aconselhamentos para promoção de AF nessa população ainda são escassos. A diferença de cinco artigos selecionados ao final da triagem pode ter ocorrido pela diferença do número de bases de dados eletrônicas exploradas nas duas revisões, oito bases na revisão Cochrane15 e três na presente revisão.

Os resultados indicam que intervenções com aconselhamento para a prática de AF podem ser consideradas boas estratégias para tornar os sujeitos mais ativos, visto que, com exceção de um estudo24, todos os outros22,23,25-29 tiveram efeitos positivos no pós-intervenção. Cabe destacar que as intervenções utilizaram metodologias distintas de aconselhamento e mensuração da AF. Por exemplo, no estudo conduzido com trabalhadores de escritório do Japão24, a AF dos sujeitos foi avaliada apenas pela contagem do número de passos, podendo ter deixado de fora outros tipos de atividade como o deslocamento ativo com o uso de bicicleta. Destaca-se também que, na mesma intervenção, os aconselhamentos para a AF foram realizados em três encontros (um por mês), com dedicação de tempo de 10 minutos e sem outras estratégias que poderiam ter aumentado a adesão dos participantes, como o envio de SMS22,26,28,29 ou e-mails23,27. Ainda, a intervenção foi no estilo de vida, envolvendo dieta e AF, e os trabalhadores recrutados para o grupo intervenção (GI) e o grupo controle (GC) possuíam fatores de risco para síndrome metabólica. Mesmo não aumentando o número de passos diários nos dois grupos, os sujeitos do grupo GI apresentaram índices melhorados em 14 parâmetros, sendo eles antropométricos e bioquímicos24.

Quanto ao desenho das pesquisas, pode-se verificar a existência de estudos com um ou mais grupos de intervenção, bem como a utilização ou não de GC (Quadro 1). A presença de um GC minimiza o efeito de todas as variáveis de comparação, exceto a independente (aconselhamento). Já a ausência, deixa o estudo vulnerável e sem parâmetros para analisar as mudanças ocorridas antes e depois da intervenção30. Nos ensaios clínicos randomizados (ECR) selecionados para a presente revisão, dois22,25 não utilizaram GC, mas apresentaram outro grupo de comparação para testagem, e foram observadas apenas as diferenças entre as variáveis independentes. Um dos ECR22 comparou a intervenção comportamental padrão com a aprimorada, com uso de dispositivo, e o outro25 comparou os grupos com diferentes sessões de aconselhamento e monitoramento.

Outras características importantes variaram entre os estudos, como as formas de aconselhamento, o tempo de duração da intervenção e o instrumento para obtenção de medidas de AF. Ao analisar o período de intervenção dos estudos, observou-se que 80% das intervenções tiveram duração inferior a seis meses. Apesar do curto período de intervenção, alguns programas encontraram resultados importantes. Estudo realizado na Coreia29 avaliou o efeito de uma intervenção de aconselhamento para AF, durante período de três meses, encontrando aumento no número de passos diários, além de melhora no comportamento de AF, na autoeficácia para AF e no bem-estar dos trabalhadores do GI. Outro programa de aconselhamento em grupo realizado nos EUA22, por um período de seis meses, encontrou pouca efetividade da intervenção rea lizada na prática de AF. Dessa forma, além das diferenças metodológicas aplicadas nas intervenções, é complexo afirmar a influência do período da intervenção sobre os componentes relacionados à saúde dos indivíduos, visto que a efetividade das intervenções foi independente da duração dos programas.

Quanto às formas de aconselhamento para a promoção de AF, os estudos apresentaram resultados sucessivos, tendo como características principais o aconselhamento face a face somado ao envio de mensagens (e-mails, SMS) durante o período de intervenção26,27,29. Também apresentaram como conteúdo em comum nas sessões de aconselhamento a definição de metas junto aos participantes. Essas estratégias podem guiar futuros estudos que almejam aumentar os níveis de AF e reduzir os impactos de longas horas de comportamento sedentário na população adulta15.

Sobre os instrumentos para a mensuração da AF, a maioria das pesquisas avaliadas obteve as medidas de AF de forma direta, por meio de sensores de movimento (acelerômetros ou pedômetros)24,25,27,29. Essa forma de avaliação pode ser vista como um grande ponto positivo, pois esses instrumentos proporcionam maior confiança para mensurar a AF dos indivíduos, minimizando vieses que prejudiquem a qualidade dos estudos31. Dois trabalhos utilizaram o questionário como única fonte de mensuração da AF. Pesquisa realizada com estudantes universitários dos EUA26 utilizou o IPAQ versão curta, que pode superestimar os níveis de AF dos indivíduos32, sendo portanto recomendada a utilização da versão longa do instrumento, que permite obter informações individualizadas sobre os domínios que compõem a AF (lazer, deslocamento, trabalho e ocupação). Tal informação permite identificar o nível de AF por domínio (e também total), auxiliando no planejamento, no desenvolvimento e na implementação de programas para a promoção da AF na população em estudo. O outro estudo28 avaliou a AF utilizando um questionário composto por sete domínios (AF, nutrição, imagem corporal, saúde sexual, sono e psicossocial), entre os quais a AF, que não foi detalhada no estudo, o que dificulta sua comparabilidade com as demais pesquisas33.

Foi possível perceber variedade quanto ao tipo de aconselhamento nas pesquisas incluídas nesta revisão, porém 90% das intervenções apresentaram algum efeito positivo nas medidas de AF, independentemente do tipo de aconselhamento realizado. Estudos indicam que mesmo intervenções baseadas em estratégias educativas e atividades informativas podem ser suficientes para produzir impacto positivo em fatores relacionados ao estilo de vida e à saúde dos indivíduos34,35. Contudo, é necessário que as abordagens educativas estejam de acordo com os meios e recursos disponíveis e com a realidade e o cotidiano das pessoas, para que a adesão aos programas que visem o aumento da AF seja efetivo36. Nesse aspecto, as ações podem ser no sentido de que a população reconheça seus problemas e suas causas em relação aos espaços públicos para a prática e as políticas necessárias para a reestruturação.

Avaliar a qualidade metodológica dos estudos em uma revisão sistemática é primordial em aspectos conclusivos. A validade das conclusões também depende da qualidade dos estudos primários incluídos37. Tendo em vista a complexidade dos fatores que determinam a avaliação das pesquisas, buscou-se padronizar essa etapa com a utilização da escala PEDro. De acordo com a pontuação atribuída em cada critério, identificamos que a maioria dos estudos selecionados apresentou limitações metodológicas (Quadro 2). A presente revisão sistemática verificou que em nenhum trabalho houve cegamento dos participantes e apenas em um os avaliadores foram cegados; com isso, a maior pontuação atingida pelos estudos foi de 8/10. Porém, percebe-se que essa é uma limitação da escala em relação a estudos de intervenções comportamentais e práticas educativas. Devido ao caráter de ensino ou de informação, o cegamento entre o conselheiro e quem recebe a intervenção não é viável porque, ao ser aconselhado, o sujeito sabe que está participando da intervenção, e pode ocorrer a contaminação entre os grupos.

A escala PEDro se aplica muito bem a estudos clínicos capazes de serem cegados, como o uso de placebo em estudos com medicamentos. Entretanto, mesmo não sendo o instrumento ideal em todos os critérios de aplicabilidade a estudos comportamentais, é o mais eficaz com capacidade de pontuar a qualidade metodológica das pesquisas. A partir do escore final gerado por essa escala em cada um dos estudos, foram pontuadas as limitações quanto à qualidade metodológica em todas as etapas de cegamento da maioria dos trabalhos incluídos. Nesse contexto, quatro estudos23-25,29 não apresentaram informações sobre a intenção de tratar e apenas dois28,29 não traziam informações sobre aleatorização. Minimizar essas falhas metodológicas na condução de novos estudos com aconselhamento em AF possibilita evidências mais seguras para a estruturação de programas que visem o aumento da prática de AF.

Apesar de a escala PEDro ser comumente utilizada para avaliar estudos de intervenção, ela apresenta limitações, como a ausência de avaliação da validade externa das pesquisas21. No entanto, destacamos como ponto forte da revisão a análise da qualidade metodológica e o rigor nos protocolos seguidos na seleção dos estudos.

Os resultados da revisão demonstraram que o aconselhamento à prática de AF aumenta o nível de AF em adultos saudáveis, mesmo com a heterogeneidade de métodos utilizados nas pesquisas. Intervenções do tipo face a face, seguidas de ligações e/ou mensagens eletrônicas (SMS, websites, e-mail ou aplicativos) apresentam resultados promissores. Assim, sugere-se que seja amplamente utilizado o aconselhamento à prática de AF para indivíduos sem doenças diagnosticadas como estratégia para prevenção e promoção de saúde, em vez de utilizar o aconselhamento apenas no tratamento de problemas de saúde. Nesse sentido, os locais de trabalho se configuram como espaços com capacidade para a aplicação de intervenções que privilegiam a saúde do trabalhador, devido ao acesso para a população adulta de todas as faixas etárias e por ter a possibilidade de intervir antes que o trabalhador sofra com agravos que causem afastamentos ou aposentadoria precoce24,25,29. As mídias sociais podem servir como ferramenta para o alcance populacional com iniciativas para a mudança de comportamentos de saúde16.

A promoção da saúde é entendida como estratégia de produção social de saúde e deve articular políticas públicas que influenciem o futuro e a qualidade de vida das populações38. Entre as estratégias do governo, a prática de aconselhamento em AF tem sido incorporada às políticas públicas do Ministério da Saúde, que, por meio da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)39, destaca entre os oito temas prioritários as ações de aconselhamento e divulgação das práticas corporais e AF, a fim de incluí-las nos espaços de educação permanentes para gestores, trabalhadores da saúde e de outros setores. Os artigos analisados nesta revisão revelam que a educação em saúde por meio de aconselhamento foi efetiva na promoção de AF e saúde, portanto deve ser explorada em ações de prevenção e combate à epidemia da inatividade física e doenças crônicas associadas1.

Esta revisão apresenta uma análise do que está sendo desenvolvido na atualidade para o aumento do nível de AF na população jovem e adulta saudável, ou seja, que ainda não desenvolveu agravos à saúde, incluindo trabalhadores, estudantes universitários e população em geral. Além disso, cabe destacar que a avaliação da qualidade metodológica dos estudos selecionados indica a necessidade de maior rigor metodológico em pesquisas futuras. Indicamos a investigação sobre o efeito da intervenção a longo prazo, isto é, se o nível de AF aumentado na intervenção continuará sustentado ao longo da vida.

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Editado por

  • Editores-chefes:
    Romeu Gomes, Antônio Augusto Moura da Silva

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Maio 2022
  • Data do Fascículo
    Jun 2022

Histórico

  • Recebido
    10 Jun 2021
  • Aceito
    10 Mar 2022
  • Publicado
    12 Mar 2022
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