Open-access A educação corporal no Paraná através do movimento escoteiro em Guarapuava (1927-1936)

The corporal education in Parana state through the boys-scout movement in Guarapuava (1927-1936)

Resumos

O objetivo deste trabalho é analisar as representações e as práticas escoteiras em Guarapuava-PR no final da década de 1920, pontuando a ênfase dada pelos seus atores na questão da educação corporal. Como fontes primárias foram utilizados, predominantemente, jornais publicados na cidade durante o período. A partir das ferramentas metodológicas elaboradas por Chartier (2002) e Certeau (2007), analisamos a educação corporal executada pelo escotismo, dividindo o texto em três momentos: no primeiro, enfatizamos a forte presença da educação corporal no escotismo no Brasil; no segundo, realizamos a mesma tarefa focalizando o estado do Paraná; por fim, detemonos na primazia da educação corporal nas ideias e práticas escoteiras que tiveram lugar em Guarapuava. Como conclusão, pudemos observar que o escotismo guarapuavano absorveu em suas práticas educacionais os preceitos dos modernos debates pedagógicos que valorizavam a atenção à educação do corpo, divulgando-os na cidade e criando algumas das condições para que ela fosse escolarizada.

Corpo; Educação; Educação Física; Escotismo; Paraná; Guarapuava


The goal of this paper is to analyze the representations and practices done by boys-scouts groups in Guarapuava, betwee 1928 and 1936. As primaries sources were utilized, predominantly, newspapers published in the city during the period. Having the methodological tools made up by Chartier (2002) and Certeau (2007), we studied the corporeal education carried out by the boy-scout movement, dividing the text in three different parts: first, we put emphasis in the massive presence of corporeal education in the Brazilian boys-scout movement. Secondly, we did the same task focusing on the Paraná State. In the end, we scrutinized the value put in the corporeal education put by the boys-scouts practices which took place in Guarapuava. As conclusion, we could see that the boys-scout movement that existed in Guarapuava absorbed, in its educational practices, the modern pedagogical precepts which gave great attention to the body education, creating some conditions to make it schooled.

Body; Education; Physical Education; Boy-Scout Movement; Paraná; Guarapuava


ARTIGOS ARTICLES

A educação corporal no paraná através do movimento escoteiro em guarapuava (1927-1936)1

The corporal education in parana state through the boys-scout movement in guarapuava (1927-1936)

Carlos Herold Junior

Doutor em Educação pela Universidade Federald do Paraná (UFPR); Professor do Departamento de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). E-mail: carlosherold@hotmail.com

Contato

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar as representações e as práticas escoteiras em Guarapuava-PR no final da década de 1920, pontuando a ênfase dada pelos seus atores na questão da educação corporal. Como fontes primárias foram utilizados, predominantemente, jornais publicados na cidade durante o período. A partir das ferramentas metodológicas elaboradas por Chartier (2002) e Certeau (2007), analisamos a educação corporal executada pelo escotismo, dividindo o texto em três momentos: no primeiro, enfatizamos a forte presença da educação corporal no escotismo no Brasil; no segundo, realizamos a mesma tarefa focalizando o estado do Paraná; por fim, detemonos na primazia da educação corporal nas ideias e práticas escoteiras que tiveram lugar em Guarapuava. Como conclusão, pudemos observar que o escotismo guarapuavano absorveu em suas práticas educacionais os preceitos dos modernos debates pedagógicos que valorizavam a atenção à educação do corpo, divulgando-os na cidade e criando algumas das condições para que ela fosse escolarizada.

Palavras-chave: Corpo; Educação; Educação Física; Escotismo; Paraná; Guarapuava.

ABSTRACT

The goal of this paper is to analyze the representations and practices done by boys-scouts groups in Guarapuava, betwee 1928 and 1936. As primaries sources were utilized, predominantly, newspapers published in the city during the period. Having the methodological tools made up by Chartier (2002) and Certeau (2007), we studied the corporeal education carried out by the boy-scout movement, dividing the text in three different parts: first, we put emphasis in the massive presence of corporeal education in the Brazilian boys-scout movement. Secondly, we did the same task focusing on the Paraná State. In the end, we scrutinized the value put in the corporeal education put by the boys-scouts practices which took place in Guarapuava. As conclusion, we could see that the boys-scout movement that existed in Guarapuava absorbed, in its educational practices, the modern pedagogical precepts which gave great attention to the body education, creating some conditions to make it schooled.

Keywords: Body; Education; Physical Education; Boy-Scout Movement; Paraná; Guarapuava.

Introdução

O escotismo como temática da história da educação brasileira encontra, nos trabalhos de Souza (2000), Zuquim e Cytrynowicz (2002), Nascimento (2004), Thomé (2006) e Nascimento (2008), um conjunto de considerações de grande importância. Eles sublinham a influência do movimento criado na Inglaterra por Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, no contexto educacional brasileiro durante as quatro primeiras décadas do século XX2. Todavia, isso não impede Zuquim e Cytrynowicz (2002) e Nascimento (2004) de também afirmarem que o escotismo não tem recebido a atenção que poderia receber, tais são as possibilidades de análise que as variadas defesas e apropriações por parte de diferentes grupos políticos - ligados ou não ao mundo educacional - possibilitam.

Podemos repetir em nível estadual a constatação feita pelos estudiosos do escotismo que se ocupam de outros estados: o movimento criado por Baden-Powell tem recebido pouca atenção por parte de historiadores e de historiadores da educação paranaenses. Sobre o escotismo no Paraná, encontramos algumas menções em Nascimento (2008), que, pelo foco ampliado de seu trabalho, apenas lista as datas e os locais que Blower (1994) apresenta em apenas um parágrafo de sua obra quando analisa o escotismo no estado.

Mesmo não tendo a história do escotismo paranaense ainda ocupado os analistas de forma sistemática, referências esporádicas são feitas para sustentar outros objetos. No âmbito da história da educação, o escotismo é citado nos trabalhos de Taborda de Oliveira (2007) e Putcha (2007), quando analisam aspectos relacionados à educação corporal e à educação física escolar3, que se institucionalizava no Paraná nas primeiras décadas do século XX.

Ao sublinhar essa característica da historiografia educacional paranaense, queremos colaborar com essa produção, tematizando o escotismo e a educação corporal na cidade de Guarapuava. Por conta disso, à constatação das lacunas na análise em história da educação sobre o escotismo nacional e paranaense soma-se outro espaço para realização de estudos: os trabalhos em história da educação sobre Guarapuava podem ser, qualitativa e quantitativamente, incrementados. Herold Junior (2007) apresenta um levantamento sobre análises até então realizadas sobre a educação da referida cidade.

No que tange, especificamente, ao escotismo em Guarapuava, também encontramos poucos trabalhos: Fernandes et al. (2008) focalizam o escotismo guarapuavano, estudando-o como um campo de atuação pedagógica não-formal; com caráter mais próximo de uma abordagem histórica, os artigos reunidos na Revista Monjolo (2000) apresentam importantes dados sobre o movimento, eximindo-se, porém, de elaborar uma análise que acompanhe as exigências acadêmicas e metodológicas do campo da história ou da história da educação. Por conta dessas questões, justificamos a realização desta reflexão.

Considerando tanto as lacunas observadas quanto as sinalizações obtidas com os autores que, ao mencionarem o escotismo em âmbito paranaense, o fazem quando colocam a educação corporal e a educação física sob análise, definimos como objetivo deste estudo analisar o escotismo em Guarapuava, no final da década de 1920 e início de 1930, verificando as práticas e as representações escoteiras sobre a educação corporal.

De particular importância para o recorte temático e temporal deste trabalho é a fundação da Associação Escoteira de Guarapuava, sob a direção do prof. Amarilio Rezende de Oliveira, em 1928, e que existiu até 1936. A fundação se deu no momento em que o referido professor era diretor do Grupo Escolar Visconde de Guarapuava e um ano depois de o mesmo professor ter apresentado, na I Conferência Nacional de Educação, de 1927, em Curitiba, a tese O escoteirismo na educação4.

No que diz respeito às fontes primárias utilizadas como suporte empírico, além de relatórios, artigos e teses que versam sobre o movimento escoteiro paranaense e guarapuavano, serão abordados notícias e artigos publicados nos jornais da cidade, sobretudo nos jornais Alerta! e O Combate, periódicos semanais que circularam em Guarapuava no período em tela. O segundo jornal divulgava e relatava algumas das atividades e das ideias do escotismo da cidade, ao passo que o primeiro era totalmente dedicado ao movimento. A importância desse tipo de fonte é endossada por Nascimento (2008), que enfatiza o valor dos impressos para a disseminação do escotismo e para a sedimentação da prática educacional escoteira nas diferentes realidades nas quais circularam: "Os impressos que trataram do movimento escoteiro tiveram caráter informativo, instrutivo e regulador da vida social, sobretudo nos aspectos morais, além de serem ferramentas para a formação do homem civilizado" (p. 171). Além disso, sobre a importância das pesquisas que se utilizam dos jornais como fonte, Schelbauer e Araújo (2007) afirmam que "As pulsões contemporâneas em torno da pesquisa histórico-educacional têm eleito também a imprensa como fonte e objeto seus" (p. 5). Afinal, continuam os autores, "Se a educação é uma prática social que se estrutura a partir do que é veiculado pela cultura, a imprensa tem seu lugar na educação dos homens em sociedade" (p. 5).

As considerações de Chartier (2002) e de Certeau (2007) conduzirão as análises. A ferramenta analítica que Chartier (2002) chama de representação objetiva construir uma história cultural que, diferentemente da história das mentalidades, não aplique "a novos objetos os princípios de inteligibilidade utilizados na história das economias e das sociedades..." (p. 15). Ao serem focalizadas as representações sobre a educação corporal no interior do escotismo, consideramos outra advertência:

Desta forma, pode pensar-se uma história cultural do social que tome por objecto a compreensão das formas e dos motivos - ou, por outras palavras, das representações do mundo social - que, à revelia dos actores sociais, traduzem as suas posições e interesses objectivamente confrontados e que, paralelamente, descrevem a sociedade tal como pensam que ela é, ou como gostaria que fosse (CHARTIER, 2002, p. 19).

De forma complementar às ponderações de Chartier (2002), Michel de Certeau (1994), e sua "reinvenção do cotidiano" baseada na distinção entre estratégias e táticas, enfatiza os usos criativos por parte de diferentes grupos sociais ao lidarem com as "imposições" de bens culturais produzidos em outros tempos e espaços. A respeito do estudo do movimento escoteiro nas primeiras décadas do século XX, acreditamos que as premissas metodológicas de Chartier (2002) e de Certeau (1994) são importantes por dar possibilidades de se evitar uma postura condenatória frente ao movimento escoteiro, relacionando-o a uma essência militarista, nacionalista e autoritária advinda de um contexto que ofereceria, a priori, características concebidas como inescapáveis de qualquer prática educacional em curso. Do mesmo modo, os cuidados mencionados criam condições para se evitar a postura oposta, que veria nessas características impressas ao escotismo por aqueles que o abraçaram em diferentes países e orientações políticas, traços corruptores de uma boa intenção educacional vista como apropriada indevidamente e que teria acarretado uma distorção das ideias de Baden-Powell. Essas considerações são necessárias, afinal, mostra Nascimento (2008) que tanto mundialmente quanto no âmbito brasileiro, as ideias e as práticas escoteiras foram utilizadas e/ou criticadas por nacionalistas, internacionalistas, católicos, comunistas, integralistas, fascistas, nazistas etc.

A presença do escotismo no Brasil durante as primeiras décadas do século XX

A preocupação com a educação corporal e sua funcionalidade ao sucesso educacional sobre as dimensões intelectuais e morais foi uma das responsáveis pela recorrência com que agrupamentos de meninos (sobretudo) e meninas surgiram, objetivando colaborar com a educação das crianças. Sobre outros movimentos que "marcharam" ao lado dos boyscouts, Helena Antipoff (1935) observa a frequência com que comunidades de jovens possuidoras de finalidades educativas e patrióticas eram criadas desde o início do século XX, sendo cimentadas em um cotidiano pleno de atividades corporais. Antipoff (1935) elabora uma lista detalhada dessas organizações:

O desenvolvimento de agremiações juvenis de toda espécie é o que caracteriza a juventude de nosso tempo. A expansão enorme das Young Men and Young Women Christian Association, de Big Brothers and Big Sisters, dos Knights of Colombus, e Cavaleiros Católicos, dos Wandervogels, dos Socots, da Ação Pró-Juventude, de enormes movimentos de preparo político da infância e da mocidade, como são os Balilas, de Hitlerjugende, de Komsomol e de pioneiros soviéticos, além de legiões de grêmios esportivos e locais, regionais e nacionais. Entre todos estes movimentos e dos Boys Scouts apresenta-se atualmente como um dos mais poderosos nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e na Polônia, em particular (s.p.).

Sublinhar essa tendência das primeiras décadas do século XX, por sua vez, não secundariza a importância, a originalidade e a penetração do escotismo. Zuquim e Cytrynowicz (2002, p. 51) justificam o sucesso do movimento em conquistar muitos adeptos observando que ele lutava contra uma circunstância concebida como corruptora do caráter e como possibilitada pela vida nas cidades, resultando na postura favorável a uma maior aproximação da natureza para uma "formação equilibrada do corpo e espírito..." (p. 51). Nascimento (2004, p. 70) visualiza essa mesma característica no movimento escoteiro quando afirma: "Acredito que a grande difusão do movimento foi uma resposta social a um momento em que, através da educação, tentava-se reverter os males da degeneração física e moral causada pelas condições sociais da vida moderna".

As defesas do escotismo e da educação corporal, em muitos momentos, aparecem como consequências lógicas uma da outra. Nos anais da I Conferência Nacional de Educação, em 1927, Lacombe e Lacombe (1997), ao relacionarem a importância do escotismo com a educação física, defendem a seguinte ideia:

Muita gente há que considerar o escotismo como uma esplêndida escola de ginástica sueca e dinamarquesa. O escotismo, porém, tem no seu programa de educação física um plano superior. O fim da educação física escoteira é despertar o culto da saúde do corpo e incentivar o esporte bem compreendido. Por isto ataca de frente o problema da educação física pela ginástica, pela higiene pessoal, pela educação sexual, pelo esporte e pelo campismo (p. 277).

No Paraná, essa relação também é possível de ser vista. O escotismo, quando citado em estudos da história da educação, é considerado a partir da questão da educação física. O mérito dos já mencionados trabalhos de Taborda de Oliveira (2007) e Putcha (2007) é abordarem, no contexto paranaense, indícios que demonstram o fato de a educação física ser uma questão recorrente nos numerosos e acalorados debates sobre a construção dos sistemas nacionais de ensino no final do século XIX e início do XX (HEROLD JUNIOR, 2005).

Educadores e políticos, em vários contextos, empenharam-se em demonstrar a urgência de escolarizar a educação corporal na nascente escola pública. Nesse processo, as atividades corporais ganharam importância, sendo vistas como passíveis de serem postas em prática, pedagogicamente, de várias formas: aproximação da natureza, exercícios militares, variados métodos ginásticos, etc. O consenso sobre o valor da educação corporal escolarizada transformava-se em intensos debates e discordâncias quando se discutia as características das atividades que contemplariam e realizariam esse valor (HEROLD JUNIOR, 2004). Nesse sentido, o movimento fundado por Baden-Powell, ao destacar o aspecto ativo e/ou corporal da educação, coadunava-se a uma postura de seu contexto ao mesmo tempo em que a formatava, justamente, por oferecer uma prática que ia ao encontro das defesas sobre a necessidade de se educar as dimensões intelectual, moral e física, de forma conjunta. Isso levou Nascimento (2008) a afirmar:

...o fundador do escotismo não inventou nada ao defender a educação de jovens ao ar livre, através da prática de esportes, observação e prestação de serviços a outras pessoas, posto que esta era uma prática de muito prestígio no seu tempo...[...] Como fora no passado, em conformidade com o modelo educativo de Rousseau, ir ao campo significava preparar e desenvolver o homem, espiritual e fisicamente, para a vida no ambiente urbano (NASCIMENTO, 2008, p. 111).

Considerando, então, a grande importância dada à educação corporal por parte daqueles que analisavam o escotismo, bem como o fato de ser a questão da educação física um problema que afligia grande quantidade de intelectuais e educadores, a proximidade entre o escotismo e os debates pedagógicos logo foi sentida. Nascimento (2008) observa esse fato dizendo que "as práticas do escotismo [...] se incorporaram ao trabalho de muitos intelectuais que cuidavam da escola primária brasileira" (p. 44).

Nascimento (2008), por outro lado, demonstra que a importância educacional do movimento escoteiro, vista como passível de ser utilizada pelas escolas, não foi uma questão consensual nem entre os educadores, nem entre os responsáveis pelo escotismo. Para alguns educadores, o escotismo era aceito como prática educativa, desde que não tivesse qualquer relação formal com o mundo escolar. A justificativa era a visão de que o movimento poderia militarizar a escola. Para alguns dirigentes do movimento, por sua vez, havia a resistência de relacionar o escotismo com o tradicionalismo atribuído a grande parte das práticas escolares de então, vistas como refratárias às inovações e, por isso, contrárias aos objetivos escoteiros.

Não era fácil, observa Martins Filho (1935), a utilização dos preceitos escoteiros que defendiam o valor da educação corporal, mesmo com eles tendo "foros de lugar comum na Educação Nova" (p. 38). Ele constata alguns problemas: na Inglaterra, na França, em Portugal e na Suíça, os pressupostos educacionais do movimento estariam sendo corretamente utilizados, ao passo que, no Brasil, diz Mario Filho (1935), o escotismo e sua educação corporal tinham se transformado em uma "imitação grotesca da vida militar" (p. 38). Já em 1927, Lourenço Filho (1957), respondendo ao inquérito sobre a educação organizado por Fernando de Azevedo, em 1926, no momento de falar sobre a "educação higiênica", endossa a importância do escotismo, complementando, porém: "Onde fôsse possível, o estabelecimento de praças de jogos para crianças, com o auxílio das Câmaras Municipais, e o verdadeiro escotismo, não o escotismo 'de parada'" (p. 105, sem grifos no original).

A análise demonstra que essa preocupação resistia a uma tendência facilmente constatável. A característica militar dos agrupamentos era um traço distintivo do escotismo. A postura, a marcha, as paradas, inspiraram Zélia Villas Bôas a redigir um poema, publicado em um jornal de Guarapuava, no qual lemos o seguinte: "Como passa em fileiras correctas/Gentil batalhão de escoteiros!/As cabeças altivas, erectas.../Bem se vê, são distinctos, ordeiros!" (VILLAS BÔAS, 16/06/1929, p. 4)

Apesar desse debate, o escotismo foi amplamente utilizado pelos sistemas estaduais de ensino no início do século XX. Souza (2000) demonstra, por exemplo, que o escotismo foi uma estratégia empregada no estado de São Paulo objetivando a "militarização da infância".

O escotismo e a institucionalização da educação física no Paraná

No estado do Paraná, o movimento escoteiro começa a se organizar a partir de 1915. Blower (1994) afirma que o primeiro grupo foi montado em Paranaguá, sendo que no mesmo ano outros grupos começam a surgir em Curitiba. Em 1918, é organizada a Associação Paranaense de Escoteiros. No estatuto da referida associação, podemos ler a seguinte definição do movimento, definição essa que explicita a relação entre a prática escoteira e os discursos sobre o valor da educação corporal:

O escotismo é uma instituição mundial, que visa formar homens bons, honestos e leaes, fortes, sobrios e sadios, corajosos, cheios de iniciativa e abnegados pelo seu semelhante. [...] Dá-lhe o exercicio physico, approximando-o o mais possivel da natureza, para que o moral puro, se desenvolva num corpo são (ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE ESCOTEIROS, 1918, p. 1, sem destaques no original).

O movimento se organiza no Paraná tendo por mote educar crianças e adolescentes por meio das atividades corporais, considerando a natureza como balizadora para a reordenação de um mundo social visto como decadente. Se levarmos em conta o fato de o Decreto n. 2196 de 1923 (BLOWER, 1994) ter introduzido o escotismo nas escolas públicas do estado, podemos inferir a relevância desse pensamento no mundo escolar paranaense, que se formava e se ampliava.

A relação entre o escotismo e os debates mais amplos sobre a escolarização da educação corporal que aconteceram de forma universal também pode ser vista no Paraná. Putcha (2007), ao analisar a construção da educação física nas escolas paranaenses, constata a importância de Aristóteles Xavier na consolidação dessa prática no estado. O autor observa que muitas das atividades organizadas por Xavier eram baseadas no escotismo, já como resultado de uma recomendação do inspetor geral do ensino em 1921, cujas palavras Putcha (2007) cita: "Segundo as recomendações do inspetor geral do ensino, 'cumpre, ao lado da energia physica, desenvolver a vontade e neste caso o escotismo, instituição nacional (sic!), [este] apresenta-se como escola de educação e das melhores'" (apud PUTCHA, 2007, p. 87).

Sobre a ligação entre educação física e o escotismo no Paraná, observamos que a relevância de Aristóteles Xavier é endossada pelo presidente Caetano Munhoz da Rocha, que, ao falar sobre a instrução primária no ano de 1923, afirma:

Para poder dar ao programma de educação physica das escolas primarias uma execução compatível com o fim que visa, por o Governo a disposição da Inspectoria Geral do ensino o Tenente Aristoteles Xavier, da força militar do Estado, incumbindo-o de realizar esse serviço nos grupos escolares da capital. Os resultados colhidos com tal medida foram satisfactorios, sendo de esperar que da acção combinada do instructor e do inspector medico, resultem benefícios para o desenvolvimento physico da nossa infancia escolar (ROCHA, 1923, p. 170).

Com a influência do escotismo e a partir das práticas implementadas por Aristóteles Xavier, a gymnastica realizada no início dos anos vinte do século passado ficou ainda mais militarizada (p. 102). Com efeito, Aristóteles Xavier utilizou-se da classificação dos alunos e da hierarquia militar para receber auxílio dos monitores por ele nomeados. Tais procedimentos decorrem da influência do escotismo em suas aulas: "tal organisação, inspirada nas organizações escotistas, deu os melhores resultados, tanto mais que estabeleci distinctivos para os graduados" (XAVIER apud MARTINEZ, 1924, p. 73).

Na Revista O Ensino, o professor Aristóteles Xavier escreveu um artigo intitulado "Methodo pratico para organisar um núcleo de escoteiros adequado ao ensino da gymnastica moderna". Depois de dividir o grupo em ciclos, elementar (até 10 anos de idade), médio (de 10 a 13 anos) e superior (acima de 13 anos), enfatiza que as turmas poderiam ser mistas apenas no ciclo elementar. Além disso, as crianças em cada ciclo seriam classificadas em fortes e fracas, sendo que: "As fortes serão exercitadas no cyclo correspondente a sua edade, ao passo que as fracas serão incluidas no cyclo antecedente (p. 132)". Por fim, complementa Aristóteles Xavier dizendo que: "Quando tudo estiver normalizado, facilimo será ao instructor o ensino da educação physica às creanças, uma vez que para tal fim conte com o efficaz auxilio dos escoteiros graduados por força de funcções, responsaveis pelas respectivas fracções" (XAVIER, 1923, p. 133).

A importância do escotismo e da educação corporal também foi defendida por paranaenses no seio da configuração política do movimento renovador da educação brasileira. Apresentando uma tese na I Conferência Nacional de Educação, em 1927, Altamirano Nunes Pereira, representante do movimento escoteiro no Paraná, critica que, na educação primária de então, a ênfase das práticas educacionais era dada à dimensão intelectual (p. 287). Para dar suporte a essa afirmação verifica a precariedade de métodos e de acesso à "instrução física":

A instrução física, limitada sua prática aos grandes centros, onde o aparelhamento e o pessoal para ensiná-la é fácil de obter, é inexistente pelo interior do País. Observa-se que apenas nos grandes centros, sujeita mesmo à notável precariedade de métodos e de resultados, vai sendo essa instrução processada mais para fins recreativos do que para fins propriamente educacionais (PEREIRA, 1997, p. 287).

Depois de pontuado o estado problemático da instrução física da educação primária, Pereira (1997), citando Olavo Bilac, faz uma empolgada defesa do escotismo, visto como fundamental para reverter a desconsideração ao corpo nas práticas educacionais:

Esta admirável escola ao ar livre abrange todos os pontos que se contêm no programa da moderna pedagogia. Primeiro, a instrução física: a conservação ou o restabelecimento da saúde, pela higiene e pela medicina, e o desenvolvimento normal e progressivo de todas as funções do corpo, pela ginástica e jogos escolares (PEREIRA, 1997, p. 290).

Por fim, ele elenca as atividades corporais feitas pelos escoteiros e que eram vistas, também, como fontes de educação intelectual e moral:

Sob esse aspecto (o físico), aprendem os escoteiros a natação, a marcha a pé sem cansaço, a vida ao ar livre, os jogos e as competições desportivas, ativando um enrijamento que lhes proporciona uma envergadura sadia que pode comportar facilmente o mens sana. Nessa preparação física, cumpre notar, não ha excessos que a sobreleve em nível ás demais preparações. A aprendizagem se faz progressiva, encadeada logicamente, fazendo-se parelha sob qualquer aspecto (PEREIRA, 1997, p. 290).

O escotismo e a educação corporal em Guarapuava entre 1927 e 1936

As pesquisas feitas evidenciam a forte presença do movimento escoteiro no interior dos debates, sucessos e problemas da escolarização da sociedade guarapuavana (AMARAL; HEROLD JUNIOR, 2010), principalmente, a partir do final da década de 1920.

Por outro lado, não deve ser perdido de vista que práticas corporais militares aliadas ao cotidiano de escolas não eram incomuns na cidade, sendo essa uma das características pedagógicas do Instituto Becker (KNÜPPEL, 2008), que funcionava em Guarapuava desde o início XX. Pereira (2000), por conta disso, levanta a questão de ter sido o professor João Rodrigues Becker e Silva (diretor do referido estabelecimento) o responsável pela introdução do movimento na cidade. Ainda sobre a militarização das atividades escolares, Souza (2000), ao focalizar os pelotões infantis escolares no estado de São Paulo, sublinha um traço também presente no começo do século XX em Guarapuava: Pereira (2000) menciona a importância do Batalhão Capitão Rocha.

Sem esquecer a necessidade de, futuramente, ser abordada a questão dos pelotões infantis e o papel do professor João Rodrigues Becker e Silva na "militarização da infância" (SOUZA, 2000), optamos, neste trabalho, por utilizar as considerações do professor Amarilio Rezende de Oliveira para pensar o escotismo e a educação corporal em Guarapuava, no final da década de 1920 e nos primeiros anos da década de 30. Essas considerações estão na base da formação e ampliação do escotismo que começa a acontecer em 1928: em notícia publicada em 21/04/1929 (ALERTA!, 21/04/1929), no mesmo dia em que o movimento escoteiro completava seu vigésimo primeiro ano de existência no país, o movimento aniversariava pela primeira vez na cidade. Vemos na nota que, no início, em Guarapuava, eram 28 escoteiros, número este que, em um ano, aumentou para 38. Foi anunciado, também, que já havia mais 10 a serem incorporados, deixando o "batalhão" com 48 escoteiros.

O referido professor, além da intensa participação nos debates pedagógicos, relacionava-os com os desdobramentos políticos de 1930. Sendo ele também redator do jornal O Liberal, afirmava que essa publicação era tida como "orgam editado pelo governo revolucionário de Guarapuava" (1930, p. 1). A revolução de 30 foi vista como extremamente bem-recebida em Guarapuava, afinal ela teria proporcionado o fato de serem "Desmascarados os governos estadoal e federal, que affirmavam reinar paz em todo paiz! (O LIBERAL, 12/10/1930, p. 1). Na primeira página, sob o título "Rebentou finalmente a revolução redemptora!", foram descritas as atividades que se sucederam à implantação do governo revolucionário. Em Guarapuava, houve manifestações de apoio que tiveram lugar em vários dias, sendo que, em algumas delas, o Professor Amarílio Rezende de Oliveira, seus alunos e seus escoteiros tiveram presença importante, como exemplifica o seguinte excerto:

Os jovens guarapuavanos emprestam solidariedade ao governo revolucionario para o governo da cidade. Um grupo de rapazes de nossa sociedade, reservistas do Tiro de Guerra 472, em uma moção de 50 jovens, promoveram uma sessão cívica que se realisou às 21 horas na Câmara Municipal, com a presença de grande assistencia, na qual se destacava o elemento feminino. O Coronel Antonio Vilaça, deu a palavra ao professor Amarylio Rezende de Oliveira, por que a mocidade se fez representar. O orador em nome da mocidade, dos escoteiros e das bandeiras, que em seus uniformes emprestavam á reunião um aspecto marcial, saudou o governo revolucionario de Guarapuava...(O LIBERAL, 12/10/1930, p. 1, sem grifo no original).

A imprensa e o fortalecimento do escotismo em Guarapuava

Com isso, vale salientar a importância da imprensa para a construção e consolidação do movimento escoteiro na cidade, expondo-o, diretamente, como um dos baluartes das questões políticas e educacionais que afligiam o contexto brasileiro como um todo e Guarapuava, especificamente. O professor Amarílio Rezende de Oliveira, na divulgação das atividades escoteiras, fez circular o jornal Alerta!. Exemplares chegaram até Lourenço Filho, que, em carta enviada ao redator e publicada no jornal, teria afirmado:

Tenho recebido e lido, com o maior prazer, o interessante jornalzinho "Alerta!", de sua direcção, e acompanhado por elle, como por outras noticias, o seu trabalho educativo nesse formoso recanto do Paraná; creia-me, noticias assim animam a todos quantos se entregam a mesma obra commum por um Brasil maior e melhor (ALERTA!, 08/06/1929, p. 2).

A publicação semanal do Alerta! é uma das demonstrações da força que possuía o movimento escoteiro no Paraná e em Guarapuava, afinal, "É o primeiro jornal no genero, que surge no Paraná" (ALERTA!, 21/03/1929, p. 1). O professor expressava os objetivos do jornal da seguinte maneira: "O 'Alerta' alem de ter em mira o progresso do escoteirismo visa tambem auxiliar toda mocidade estudiosa de Guarapuava, seja no cultivo de sua intelligencia, seja no desenvolvimento de seu physico e conservação de sua saude, ou ainda na formação de seu caracter" (ALERTA!, 21/03/1929, p. 1).

Uma prática usada como estratégia de divulgação do movimento escoteiro era publicar no jornal artigos de intelectuais e políticos de renome nacional. Celso Vieira teve suas reflexões circulando em Guarapuava. Ele se juntou a grande quantidade de intelectuais que, entusiasmadamente, defendiam o valor do escotismo nas escolas. Depois de elogiar o fato de o Distrito Federal ter oficializado o escotismo escolar, enfatizava a importância desse tipo de atitude para fortalecer uma luta contra vários problemas que enxergava na sociedade no final da década de 1920. Para fazer frente ao hedonismo, à degradação dos costumes e à falta de energia, as práticas de Baden-Powell eram vistas como fundamentais, como sustentáculos necessários para o bom encaminhamento da juventude:

Mas tendencias admiraveis não corporificam ideaes no sentido evangelico. Porque lhes falta a chama interior do apostolado, o espirito de sacrifício, o arrebatamento da paixão criadora. É no campo-escola do systema de BadenPowel que essa flor sagrada irrompe na nossa consciencia para o Sol. Nunca tive o preconceito ou a illusão da juventude, nem acredito que o enthusiasmo dos moços bastasse ao progresso contemporaneo sem a experiencia dos antigos (VIEIRA, 1929, p. 1).

O escritor defendia que Baden-Powell havia adaptado o ideal cavalheiresco para o seu momento, fomentando nos praticantes do escotismo ideais de culto à natureza, à pátria e ao lar. Soma-se a isso que as práticas escoteiras instigavam: "...o gosto da aventura e da iniciativa, o senso moral do seu destino e a visão real do seu horizonte. Esculpe o lidador, physica e mentalmente para servir com êxito a boa causa, vencer com impavidez a muralha ou o abysmo, galgar com serenidade e em silencio a montanha" (VIEIRA, 1929, p. 1).

O escotismo e sua importância na educação escolar: possibilidade de uma formação integral

No momento em que o escotismo e sua ênfase nas atividades do corpo estavam sendo defendidos como práticas educacionais escolares, o processo de escolarização da sociedade guarapuavana estava acontecendo. A ampliação do número de escolas era uma reivindicação constante, indicando, ao mesmo tempo, a precariedade do mundo escolar então existente e a importância que ele começava a ter por parte daqueles que pensavam os problemas sociais da cidade. Paulo Demário (1936), ao falar sobre a importância da alfabetização, constata os limites da situação educacional do município. Os dados que ele apresenta dão conta de que dos 50.000 habitantes do município, 70% eram analfabetos, e que das 17.000 crianças em idade escolar, entre 2.000 e 3.000 frequentavam escolas. Por conta disso, observamos que paralelamente à necessidade de fortalecer o escotismo estava a intenção de colaborar com o processo educacional como um todo: "Assim sendo, o 'Alerta' franqueia suas columnas á todos os estudantes que queiram collaborar com seu programma educacional" (21/03/1929, p. 1). Como resultado, a aproximação entre o escotismo e o desenrolar do cotidiano na escola foi outro dos traços que marcaram as justificativas e as práticas escoteiras que tiveram lugar em Guarapuava. Afinal, Oliveira (1997) enfatizava que essas atividades escoteiras eram uma "ginástica incomparável de desenvolvimento intelectual" (p. 282).

Nesse ponto, também, foram publicados n'O Alerta! artigos de autores que pensavam o movimento escoteiro nacionalmente, vendo-o como um "método educacional", acima de tudo. Em um artigo assinado por Armindo Martins (1929), vemos que o movimento escoteiro estava ganhando adeptos em todo o mundo. Uma das razões apontadas para esse sucesso era o fato de o escotismo ser um "systema de educação" assim caracterizado:

Qual o methodo com a simplicidade do escotismo dà melhores resultados em menor tempo? Creio, senhores, leitores que é escusado procurar porque serão vencidos em confronto com o maravilhoso escotismo. [...] Nossa educação terá que ser pratica e não livresca, o escotismo é mais prático que livresco... (MARTINS,1929, p. 4).

Depois dessa relação entre escotismo e educação, Martins (1929) busca a definição do que é o escotismo e o que são os escoteiros, enfatizando os aspectos educacionais a serem contemplados. Assim esclarece o articulista:

ESCOTISMO - Na sede: Moralidade - Civismo - Intelectualidade. No campo: Jogos educativos - Vida de Campo - Educação Physica - Ordem. Applicado: Progresso - Fraternidade. ESCOTEIROS - Para família: Bom filho - Bom Pae - Bom irmão. Para Patria: Patriota - Educador - Trabalhador (MARTINS, 1929, p. 4).

Também sob a tutela de Amarílio Rezende de Oliveira, encontramos o jornal O Combate, dentro do qual era publicado o encarte O Combate Educativo. Nele observamos a questão educacional fortemente presente, sobretudo a defesa da importância do escotismo na educação da mocidade guarapuavana. No n. 24 (14/06/1931), foi publicada uma reportagem intitulada "Um Escoteiro", que começa a analisar o escotismo concebendo-o como a "luz", o "pharol" dos jovens em um momento de "penumbra" ou de "crise moral", que estaria assolando a sociedade descrita no ano de 1931.

A defesa do redator é ampla e sublinha o poder do movimento escoteiro. Tupy (1931) afirmava que "Se todos os homens recebessem esses ensinamentos desde pequenos, evitar-se-ia guerras formidáveis que por todo mundo espalham a miseria e a fome" (TUPY, 1931, p. 2) Depois disso, define que a postura escoteira como aquela em que "Em sua phisionomia vem estampado o sorriso, a alegria". Isso, por sua vez, não desconsidera o fato de que "Um escoteiro nunca se curvará aos pés de um tyranno para o felicitar ou apoiar suas idéas" (TUPY, 1931, p. 2).

Além de todas essas consequências educacionais ocasionadas pelo escotismo, Oliveira (1997) diz que a adoção do movimento teria consequências no dia a dia da escola. A justificativa tem o seguinte tom: "Por meio do escoteirismo, o professor consegue atrair as crianças e os jovens à escola, porque os jogos, os passeios e todas as diversões que o escoteirismo, muito de indústria, oferece, são um engodo milagroso para eles" (p. 283, sem destaques no original).

Como exemplo dessa funcionalidade do escotismo à escola, citamos Alcyone Bastos, aluno do terceiro ano do Grupo Escolar, que teve uma composição intitulada "O Bom Aluno" publicada no jornal escoteiro. Nela vemos que o escotismo e as atividades escolares eram vistos como complementares. Ele narra a vida de Alceu, um aluno que, depois de ganhar um prêmio em sua escola, recebeu uma gratificação ainda maior, que também era alvo de sua cobiça:

A mãe de Alceu ficou muito contente. Como premio, consentiu que seu filho entrasse em uma escola de escoteiros, pois era o ardente desejo de Alceu. O chefe dos escoteiros acceitou-o muito contente porque sabia que elle era um menino estudioso e bem comportado (ALERTA!, 13/10/1929, p. 6).

Entretanto, caso o "engodo milagroso" não fosse o suficiente para contornar os problemas de indisciplina ou desinteresse por parte dos alunos, o professor acredita que o escotismo colocaria "...nas mãos dos mestres e dos pais meios de castigar e punir as crianças com reprimendas, observações, proibições de jogos, etc. castigos estes que produzem ótimos resultados, porque não servilizam as crianças, deixando-lhes intacto o amor próprio" (OLIVEIRA, 1997, p. 282).

Por essa razão, já na tese apresentada em Curitiba na Conferência de 1927, além das questões educacionais e pedagógicas que eram tocadas pelo escotismo, o professor defende a necessidade de organização política para a disseminação das práticas escoteiras pelo país. Depois de afirmar que no Paraná o movimento estava fortalecido, afinal, desde 1923 o escotismo já estava incorporado na estrutura legal da instrução pública paranaense, sugere:

...que a Associação Brasileira de Educação promova oportunamente um Congresso Escoteirista, em que tomem parte todos os estados da União, a fim de ser elaborado um programa de propaganda em todo o Brasil, solicitando em seguida que o governo torne oficial o escoteirismo e que cada estado o inclua em seu aparelho escolar (OLIVEIRA, 1997, p. 284).

Enquanto a expansão nacional do escotismo escolar pretendida por Amarílio Resende de Oliveira não acontecia, localmente as atividades escoteiras e escolares iam misturando discursos, espaços e tempos. No n. 9 do jornal Alerta!, é noticiado o fato de a sede da Associação de Escoteiros de Guarapuava ficar aberta durante as férias escolares não apenas aos escoteiros, mas também aos alunos do Grupo Escolar. Ali seria possível praticar "ping-pong e outros jogos e diversões inofensivos, em que todos tomam parte" (16/06/1929, p. 3). Além disso, havia uma biblioteca à disposição dos visitantes, para leitura "agradável e útil", sendo esse conjunto de atividades possibilitado pelo franqueamento à sede tendo por base a seguinte intenção: "...para que todos passem ali momentos de alegria sadia, longe dos perigos de toda a especie que atacam a mocidade nos clubs, bars e outros de reunião" (16/06/1929, p. 3). No jornal O Serrote (27/01/1929), vemos um festival promovido pelo grupo de escoteiros no qual aconteceriam jogos escoteiros, corridas, basquetebol e ginástica (p. 4).

O perfil do escoteiro: força, energia e entusiasmo como resultados da educação corporal

No processo de arregimentação e fortalecimento do grupo escoteiro, eram veiculados artigos que definiam o perfil daquele que pretendia ingressar no grupo, bem como o conjunto de características a serem desenvolvidas naqueles que adotassem o escotismo como prática. Uma das estratégias observadas na Associação de Escoteiros de Guarapuava e que possuíam caráter altamente definidor das atitudes a serem "incorporadas" pelos escoteiros eram os concursos de redação. No dia 16/06/1929, foi publicado um edital que convocava os escoteiros a participarem do concurso, cujo tema era o artigo 7 do código dos escoteiros: "O escoteiro é generoso e valente, sempre prompto a auxiliar os fracos, mesmo com perigo da própria vida" (16/06/1929, p. 4).

A descrição do que se esperava dos escoteiros lançou mão da comparação com outros momentos da história, cujos personagens se notabilizam, entre outras coisas, pela capacidade corporal de fazer frente aos perigos e aos desafios. Um dos perfis adequados e que serviriam de exemplo aos escoteiros era o do espartano, com um apelo corporal e patriótico muito expressivo. Assim lemos: "Os escoteiros são como os espartanos: na sua vida rude e cheia de luctas e surprezas, aprendem a supportar as privações; o cançasso e muitas vezes a dôr" (ALERTA!, 25/08/1929, p. 2). Os bandeirantes paulistas também foram vistos como um exemplo para ilustrar aquilo que os escoteiros conquistavam ao ingressar e participar do movimento:

Não conquistas terras, mas, tomam posse de corações, tendo como armas a força de vontade, o caracter sadio, o enthusiasmo, a alegria, o amor devotado aos seus semelhantes e a coragem cívica para vencer as difficuldades com que o desanimo e o pessimismo máus cidadãos procuram lhes tolher a força victoriosa (ALERTA!, 07/04/1929, p. 1).

A figura de Baden-Powell era outro objeto de constante veneração. A descrição de suas características pessoais, em alguns momentos, era representada pela forma como conduzia seu dia a dia. Na descrição a seguir, notamos que a vida privada do fundador tornava-se "pública", sendo colocada como exemplo a ser seguido, horizonte a ser alcançado:

Nosso chefe é realmente um homem original. Tem 73 annos. Acorda, todos os dias, ás cinco e meia. Escreve livros. Passa uma boa parte de seu tempo a esculpir, a pintar e a desenhar. Ainda recentemente modelou lindos bustos de seus filhos. Quando desenha, utiliza-se, indistinctamente, de uma e outra mão (dizem que quando tem pressa, faz ao mesmo tempo, um desenho com a mão direita e outro com a mão esquerda) (ALERTA!, 06/10/1929, p. 1).

Na elaboração desse perfil, o chefe mundial do escotismo era visto como um homem capaz tanto de atos intelectuais de grande complexidade (escrever livros) quanto de destreza em atividades manuais de caráter artístico (esculpir, desenhar, etc.). Além da conjunção desses dois traços, notamos que o "acordar cedo todos os dias" é apresentado como uma demonstração de saúde forte, notavelmente presente em um homem de idade avançada. Com essas imagens à frente, o professor Amarílio Rezende de Oliveira, ao redigir o artigo "O escoteiro é um homem de iniciativa", define o que seria um escoteiro e a forma como ele se comportaria:

És moço. Tres são as forças que deves conjugar para venceres na vida os mais tenazes obstaculos e alcançares o tôpo das escarpas mais íngremes: a vontade a iniciativa e a perseverança.[...]Que estas três forças - a vontade, a iniciativa e a perseverança, deitem fundas raízes no terreno generoso do teu coração, para que, em breve tempo, possa colher os esplendidos fructos da felicidade (ALERTA!, 25/08/1929, p. 1).

Na configuração de um perfil escoteiro, a formação da virilidade era uma preocupação visível. A prescrição dos comportamentos a serem seguidos era, claramente, no sentido de se evitar adotar determinadas práticas e frequentar determinados lugares que, eles também, proporcionavam mensagem formativa (equivocada, porém) do que seria um homem forte e viril. Contra isso lutava a educação escoteira, como vemos na transcrição:

Muitos meninos e jovens, suppõem que usar má linguagem, fumar, jogar, beber, entregar-se a actos e conversações immoraes, frequentar meios baixos, é prova de virilidade. Lastimável engano. Forte, viril, homem - é o menino e o jovem que tem o valor, a energia de se oppor a tão vergonhosos vícios (ALERTA!, 30/06/1929, p. 1).

Em contrapartida à definição de uma masculinidade almejada, observamos que a educação feminina também foi uma preocupação da Associação Escoteira de Guarapuava. Por isso, uma das iniciativas que passaram a ser alardeadas e defendidas foi a criação das Brigadas de Escoteiras. Em Guarapuava, a ideia foi defendida em artigo publicado no jornal O Alerta!, assinado por Adelardo Soares Caiuby (1929), secretário geral da Associação Brasileira de Escoteiros. Para alinhavar seu pensamento ele começou constatando o lugar que até aquele momento era ocupado pela mulher nas diferentes sociedades: "Na vida contemporanea, a mulher já não deve ser uma creatura fragil e imprestavel, mèro e mesquinho objeto de luxo" (p. 1). Para reverter tal situação, inicialmente, "...ela deve ser um manancial de saude, vigor e alegria" (p. 1). O não reconhecimento dessa assertiva era visto como "um crime contra o futuro da raça e Patria" (p. 1).

É afirmado que Guarapuava formaria sua Brigada de Escoteiras depois de ser reconhecido que: "Ate hoje o escotismo tem visado especialmente a educação physica, moral e cívica dos rapazes. Mas não somente eles precisam ser fortes sadios e leaes. As meninas de hoje serão as mães de amanhã" (p. 1). Para realizar tal objetivo, deveria ser entabulada a seguinte ação: "...é preciso preparar-lhes, pela educação apropriada, o corpo e o espirito. E preciso desenvolver-lhes o caracter e a saude. É preciso ensinar-lhes as regras de assistencia aos enfermos e ás crianças. É preciso excitá-las nos serviços domésticos e incutir-lhes os preceitos de hygiene" (CAIUBY, 1929, p. 1).

A definição do perfil escoteiro também era ajudada por uma postura nacionalista, a qual atribuía ao escoteiro brasileiro particularidades elogiáveis por todo o mundo e ausentes em jovens de outros países. O jornal O Alerta! (11/08/1929) transcreve matéria publicada em outro jornal, noticiando a realização do terceiro acampamento internacional dos escoteiros, realizado na Inglaterra. Quando chegaram ao acampamento, conhecido por Jamborée entre os escoteiros, o jornalista observa a forma como os brasileiros eram vistos, como eram acolhidos pelos escoteiros de outros países: "Os nossos pequenos representantes têm sido muito apreciados pela gentileza do seu trato que mereceu os melhores encômios. Conseguiram até tornar habitual entre seus collegas a degustação do café do Brasil"(p. 1). Para endossar a postura dos escoteiros brasileiros, no número seguinte do jornal (ALERTA!, 25/08/1929), foi transcrito um apontamento ainda mais contundente: "O coronel Breton, chefe do terceiro campo do grande Jamborée, por occasião da visita do príncipe de Galles ao acampamento brasileiro, transmittiu um elogio á nossa tropa pelo seu garbo, correcção e disciplina, accrescentando ser a unica tropa merecedora de tal" (p. 1, sem grifos no original).

O chefe escoteiro defende o valor da educação física escolar

As necessidades que eram defendidas como contempladas pelos escoteiros pautavam-se na ênfase posta sobre consequências morais e intelectuais que as atividades corporais realizadas ocasionariam. Saúde, força, inteligência, humildade e disciplina foram vistas como características que diferenciariam os escoteiros daqueles que não o eram.

Ao lado desse destaque dado à educação corporal, defendida na descrição das atividades feitas pelos escoteiros e no conjunto de características comportamentais neles observadas, encontramos um pensamento educacional que, explicitamente, vai defender não só as práticas escoteiras - assumidas como já aceitas pela sociedade -, mas a educação corporal na sua acepção mais propriamente escolar - que não contava com a mesma aceitação -, materializada nos códigos daquilo que, no futuro, tornou-se a disciplina escolar de educação física.

Na tese apresentada em Curitiba, o professor Amarilio Rezende de Oliveira pondera que além dos benefícios educacionais gerais ocasionados pelo escotismo à mocidade, a educação corporal e física era a dimensão mais influenciada e a que mais influenciaria o desenvolvimento moral e intelectual das crianças e adolescentes. Isso se dava, afinal o escotismo, "Despertando uma elevada admiração por tudo quanto nos é dado pela natureza, por Deus, leva a criança ao mais profundo respeito ao seu próprio corpo" (p. 281). Esse resultado tinha por base os seguintes pressupostos e atividades:

O desenvolvimento físico é conseguido mantendo seus jovens adeptos o mais possível ao ar livre, dando-lhes uma vida de natureza. As caminhadas longas pelos campos, pelas matas, a respirar o oxigênio forte que se desprende, trazem-lhes um enriquecimento do sangue. Os exercícios naturais - marchas, saltos, corridas, escaladas - e os variadíssimos jogos escoteiros que a esses vêm se ajuntar tornam, em pouco, a criança robusta e vigorosa. Metódica e gradativamente habitua-se às intempéries (OLIVEIRA, 1997, p. 281).

A questão da higiene e da saúde era outra preocupação constante no ideário que buscava justificar o escotismo na cidade. No jornal O Alerta!, sob o título "O Menino Forte", vemos, sob a forma de uma narrativa, toda uma prescrição a respeito de uma rotina diária saudável a ser seguida:

Sete horas da manhã! Não é preciso que o chamem: Roberto salta da cama, muito alegre, muito esperto. Toma o sabonete e a toalha, e corre para o banho. Fica alguns minutos dentro d´água, lavando-se muito bem. Enxuga-se, veste-se, penteia-se, faz exercícios no jardim. Depois vae tomar sua chicara de leite, com pão e manteiga. Roberto é um menino sadio e bem disposto. Faça como elle: tome banho todos os dias (ALERTA!, 1929, s.p.).

A defesa pública e explícita sobre a necessidade da educação física ocupava o professor Amarilio como diretor do Grupo Escolar Visconde de Guarapuava e eram, visivelmente, complementares de suas atividades como líder escoteiro. Ele sustentava que a prosperidade de um povo só se afirmaria quando as "saúdes" intelectual e física fossem observadas. Essa constatação era assumida como ainda mais valiosa, justamente pelo maior relevo que a vida intelectual estava alcançando com o "progresso" (OLIVEIRA, 21/07/1929, p. 1). Consequentemente, a vida saudável e a "resistência orgânica" eram bens a serem proporcionados pelas práticas educacionais organizadas e que teriam resultados que extrapolariam o âmbito corporal:

O jogos, quando bem dirigidos, contribuem para a educação da vontade, da visão, da memoria, destroem o sentimento tão natural do medo ante o perigo, alem de suggerir ao espirito decisão, energia, observação, domínio sobre si mesmo, alegria, cordialidade, enthusiasmo, honestidade, sentimento de honra e de justiça (OLIVEIRA, 21/07/1929, p. 1).

Chefe escoteiro e diretor de grupo escolar, Amarilio Rezende de Oliveira (21/07/1929) enfatizava que suas observações eram fundamentais para fazer frente à resistência dos pais em relação à educação física, que se manifestavam de uma forma dupla. Em primeiro lugar:

Assim procedo para desfazer a aversão que muitos paes têm pela educação physica ministrada na escola. Alguns consideram os jogos, as excursões, o esporte, a gymnastica, enfim, todas as actividades que visam o desenvolvimento physico de seus filhos, uma entidade perigosa (p. 1, sem grifos no original).

Além disso, parte da aversão em relação à educação física davase pela diferenciação entre educação de meninos e meninas. Afirma o professor: "Um ponto deve ficar esclarecido no conceito da educação physica: ella è útil e necessaria áos meninos e ás meninas e não só áqueles como pretendem muitos paes" (OLIVEIRA, 21/07/1929, p. 1).

Dessa maneira, observamos que, no cotidiano do Grupo Escolar Visconde Guarapuava e da Associação Escoteira de Guarapuava, circularam representações e foram executadas práticas que visavam a alardear o crescimento da educação corporal através do escotismo e, ao mesmo tempo, combater resistências arraigadas contra a consideração da educação corporal a ter lugar no interior da escola. A ênfase no movimento criado por Banden-Powell e na importância de suas atividades constituiuse em momentos de grande importância para se fomentar, no contexto guarapuavano, a ideia de que essa educação deveria, também, ser assumida pela escola. Se os representantes do movimento escoteiro e aqueles que pensavam as transformações no mundo educacional formal debatiam as proximidades e as distâncias entre os dois conjuntos de ideias, em Guarapuava, as proximidades entre eles foi cimentada em torno da questão da educação corporal e da educação física escolar.

Considerações finais

Agrupar jovens em torno de atividades corporais militarizadas realizadas proximamente a natureza, mesmo sendo uma prática educativa que ganhou grande força com o surgimento de diferentes agrupamentos em vários países, teve uma de suas maiores expressões no movimento escoteiro idealizado por Baden-Powell. Corpo, natureza, disciplina foram ingredientes cuja mistura foi enormemente buscada por quem pensava os rumos educacionais das sociedades no início do século XX, mas que possuiu uma medida de grande reconhecimento e aceitação mundiais nos "caminhos trilhados" pelos boy-scouts.

A relevância desses posicionamentos e dessas práticas não deixou o mundo escolar formal intocado: debates e disputas sobre a viabilidade da relação entre a escola e as ideias de Baden-Powell aconteceram, com a balança pendendo para uma grande aproximação entre a escolarização de vários contextos e a expansão dos agrupamentos escoteiros, mediada no contexto brasileiro por aquilo que Souza (2000) chamou de "militarização da infância". O que defendemos é que essa aproximação teve uma de suas bases na importância que o movimento escoteiro dava à educação corporal e o relevo que o mundo escolar das primeiras décadas do século XX estava dando à criação e à expansão da escolarização das atividades do corpo.

Essa generalidade do mundo educacional pode ser observada no contexto paranaense e guarapuavano. No caso da cidade de Guarapuava, reconhecendo que a "militarização da infância" já ocorria desde os primeiros anos do século XX, assumimos que a aproximação das atividades escoteiras e do mundo escolar concretizou-se, também, através da atuação do professor Amarilio Rezende de Oliveira, ao mesmo tempo professor, diretor escolar e chefe escoteiro. Utilizando-se da imprensa como divulgadora do escotismo, das atividades do Grupo Escolar Visconde de Guarapuava, bem como de suas ideias educacionais altamente favoráveis à educação física, o referido professor criou e transmitiu representações sobre a educação que buscavam estimular um novo relacionamento educacional com o corpo. Nessas representações, a energia, a saúde, a higiene e a definição de características masculinas e femininas cultivadas no escotismo eram veiculadas como bases para o almejado sucesso de uma estrutura educacional que lutava por se concretizar. Essa estrutura almejada, ao assumir a modernidade pedagógica advogada no Brasil a partir das décadas de 20 e 30 do século XX, trazia em seu bojo debates de grande importância para a formação das práticas e das justificativas a respeito da educação física escolar.

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NOTAS

Contato:

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CEP 85015-430

Guarapuava, PR Brasil

Recebido: 13/04/2010

Aprovado: 23/05/2011

Referências bibliográficas

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  • 1
    Esta pesquisa contou com o apoio do CNPq.
  • 2
    Para uma análise do contexto inglês em que foi gestado o movimento e sobre a importância de Baden-Powell, remetemos aos trabalhos citados. Além deles, deve ser assinalada a biografia de Baden-Powell, escrita por Jeal (2001).
  • 3
    De forma geral, os estudos sobre a história da educação física também não direcionam atenção à temática do escotismo. Para uma análise que o faz de forma paralela a outras questões, ver Ferreira Neto e Neitzel (2006). Para outro trabalho que estuda o escotismo no contexto argentino, ver Scharadgrodsky (2008).
  • 4
    Uma característica interessante dessa tese é ela ser, praticamente, uma transcrição de trechos do livro
    Guia do Escoteiro, de 1925, de autoria de Velho Lobo, pseudônimo de Benjamin Sodré (1925).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Nov 2011
    • Data do Fascículo
      Ago 2011

    Histórico

    • Aceito
      23 Maio 2011
    • Recebido
      13 Abr 2010
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