Na hospitalização de bebês, a alimentação é uma possibilidade de vinculação entre equipe de saúde e mães, compreendendo a viabilidade de mamar e/ou se alimentar por via oral como indício de melhora da saúde. Para a mãe oriunda de outro país, podem existir fatores adicionais de estresse pelas diferenças culturais. Neste relato, caracterizo a trajetória hospitalar de uma mãe colombiana e descrevo representações e práticas na relação com a equipe de saúde. A partir de entrevistas e diário de campo, foram identificadas dificuldades de comunicação entre mães e profissionais de saúde e o desconhecimento de práticas e tradições culturais da mãe. O cenário sociocultural deve ser considerado nas experiências e decisões sobre como a mãe oriunda de outro país em ambiente hospitalar alimenta seu bebê, com a equipe legitimando o diálogo de saberes e inserindo-o nos sistemas de cuidados de saúde.
Palavras-chave
Diversidade cultural; Hospitalização; Neonato; Aleitamento