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UMA TEORIA DO PRESENTEÍSMO PARA ALÉM DA DOENÇA E UMA FERRAMENTA PARA SUA MENSURAÇÃO

RESUMO

Quando o presenteísmo foi introduzido, tratava-se de uma questão limitada ao fato das pessoas irem trabalhar mesmo doentes. Nos últimos anos, no entanto, surgiram outras perspectivas, defendendo que também deve ser considerado presenteísmo todo assunto que não esteja necessariamente relacionado à atividade laboral, mas que possa ter efeito sobre o desempenho do trabalhador ou incorra em alguma ação durante o horário de trabalho. A presente pesquisa tem como objetivo redefinir o conceito de presenteísmo no âmbito dos comportamentos dos trabalhadores da área da saúde e contribuir para a literatura, oferecendo uma escala para sua mensuração. O estudo foi realizado com 431 profissionais de saúde em nove hospitais públicos e quatro hospitais privados/fundacionais. O presenteísmo foi associado positivamente ao esgotamento profissional e negativamente com a felicidade no trabalho. Pessoas mais jovens mostraram comportamentos de presenteísmo mais elevados do que as pessoas mais velhas e do que aquelas que trabalhavam nove horas ou mais por dia. A escala foi aplicada a profissionais de saúde, mas apresenta um desenho estrutural que pode ser aplicado em outras áreas.

Palavras-chaves:
Presenteísmo; trabalhadores da saúde; análises psicométricas; validade; confiabilidade

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