Comunidades de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) foram estudadas em diferentes ecossistemas, no sul da Austrália. A extração dos esporos do solo foi efetuada pelo método de peneiramento úmido, para posterior quantificação e identificação das espécies de FMAs. A percentagem de raízes colonizadas também foi determinada. Associações micorrízicas foram comuns em todos os ecossistemas estudados. Os esporos foram mais abundantes no sistema de pastagem permanente e menor no sistema de plantio contínuo com trigo. Percebeu-se a incidência de associações micorrízicas nas diferentes espécies de planta e a ocorrência de Arum e Paris-tipo de colonização. Esporos de 17 espécies de FMAs foram identificados durante as variações sazonais de 1996 e 1997 no sistema de permanente pastagem e em quatro hospedeiros (Plantago lanceolata, Sorghum sp., Trifolium subterraneum, Lolium perenne) cultivados em casa de vegetação. Glomus mosseae foi a espécie dominante em todas as épocas de coleta e nos vasos de cultivo. A diversidade micorrízica não foi significativa nas diferentes épocas de amostragem no campo, mas esta foi significativa nas culturas armadilhas. P. lanceolata, Sorghum sp. e T. subterraneum como hospedeiras das culturas armadilhas não mostraram diferença no número e diversidade de esporos de FMAs associados ao sistema radicular. Entretanto, o número e a diversidade de espécies foram mais baixas com L. perenne (principalmente em dezembro de 1996). A identificação de esporos extraídos do solo do campo e de plantas armadilhas é essencial para o estudo das populações e diversidade dos FMAs. Este trabalho proprociona dados para monitoramento das populações usando técnicas convencionais e material para determinação da efetividade simbiótica de espécies chaves da comunidade de FMAs.
plantas armadilhas; Glomus; Gigaspora