RESUMO
Objetivo:
Descrever a adequação de duas escalas comportamentais, a Behavioral Pain Scale e a Critical Care Pain Observation Tool, para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente, internados em unidades de terapia intensiva.
Método:
Utilizando a metodologia recomendada pelo Centro Cochrane, foi realizada revisão sistemática da literatura, na base de dados eletrônica EBSCO host (CINAHL Complete, MEDLINE®Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Library, Information Science & Technology Abstracts, MedicLatina). Foram realizadas duas pesquisas com os seguintes termos em inglês no campo de pesquisa: "behavioral pain scale" AND "critical care pain observation tool" AND "behavioral pain scale" OR "critical care pain observation tool". Dois revisores independentes realizaram a avaliação crítica, a extração e a síntese dos dados.
Resultados:
Foram incluídos 15 estudos que evidenciaram que a Behavioral Pain Scale e a Critical Care Pain Observation Tool eram duas escalas válidas e confiáveis para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente e internados em unidade de terapia intensiva. As escalas apresentaram propriedades psicométricas semelhantes, bem como boa confiabilidade.
Conclusão:
Ambas as escalas são adequadas para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente, internados em unidade de terapia intensiva, contudo, apresentam limitações em populações específicas como doentes vítimas de trauma, queimados e do foro neurocirurgico. É sugerida a realização de mais estudos sobre o tema e em populações específicas.
Descritores:
Dor; Estado terminal; Cuidados críticos; Behavioral Pain Scale; Critical Care Pain Observation Tool; Medição da dor
ABSTRACT
Objective:
Descrever a adequação de duas escalas comportamentais, a Behavioral Pain Scale e a Critical Care Pain Observation Tool, para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente, internados em unidades de terapia intensiva.
Method:
Utilizando a metodologia recomendada pelo Centro Cochrane, foi realizada revisão sistemática da literatura, na base de dados eletrônica EBSCO host (CINAHL Complete, MEDLINE®Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Library, Information Science & Technology Abstracts, MedicLatina). Foram realizadas duas pesquisas com os seguintes termos em inglês no campo de pesquisa: "behavioral pain scale" AND "critical care pain observation tool" AND "behavioral pain scale" OR "critical care pain observation tool". Dois revisores independentes realizaram a avaliação crítica, a extração e a síntese dos dados.
Results:
Foram incluídos 15 estudos que evidenciaram que a Behavioral Pain Scale e a Critical Care Pain Observation Tool eram duas escalas válidas e confiáveis para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente e internados em unidade de terapia intensiva. As escalas apresentaram propriedades psicométricas semelhantes, bem como boa confiabilidade.
Conclusion:
Ambas as escalas são adequadas para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente, internados em unidade de terapia intensiva, contudo, apresentam limitações em populações específicas como doentes vítimas de trauma, queimados e do foro neurocirurgico. É sugerida a realização de mais estudos sobre o tema e em populações específicas.
Keywords:
Pain; Critical illness; Critical care; Behavioral Pain Scale; Critical Care Pain Observation Tool; Pain measurement
INTRODUÇÃO
A dor é um sintoma subjetivo, de difícil avaliação e caracterização pelos profissionais de saúde, daí a importância de se respeitar a avaliação do próprio paciente quando comunicante ou, em alternativa, a avaliação que o profissional de saúde, propriamente qualificado para o fazer, realiza pelo paciente não comunicante, pelo fato de este estar intubado orotraquealmente (IOT), sob ventilação mecânica invasiva (VMI) e, muitas vezes, sob sedação.(11 Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto Contexto Enferm, 2010;19(2):283-90.
2 Nascimento JC, Silva LC. Avaliação da dor em pacientes sob cuidados em unidades de terapia intensiva: uma revisão de literatura. Rev Movimenta. 2014;7(2):711-20.-33 Arbour C, Gélinas C, Michaud C. Impact of the implementation of the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT) on pain management and clinical outcomes in mechanically ventilated trauma intensive care unit patients: a pilot study. J Trauma Nurs, 2011;18(1):52-60.)
Os pacientes críticos, internados em unidade de terapia intensiva (UTI), são sujeitos a inúmeros procedimentos causadores de dor, sendo que aproximadamente 75% reportam dor severa, 30% dor em repouso e 50% durante os procedimentos de enfermagem,(44 Kotfis K, Zegan-Baranska M, Szydlowski L, Zukowski M, Ely EW. Methods of pain assessment in adult intensive care unit patients - Polish version of the CPOT (Critical Care Pain Observation Tool) and BPS (Behavioral Pain Scale). Anaesthesiol Intensive Ther. 2017;49(1):66-72.) mas, pela dificuldade em sua avaliação e controle, este sintoma é, muitas vezes, descurado,(22 Nascimento JC, Silva LC. Avaliação da dor em pacientes sob cuidados em unidades de terapia intensiva: uma revisão de literatura. Rev Movimenta. 2014;7(2):711-20.) podendo comprometer a recuperação e o bem-estar do paciente.(33 Arbour C, Gélinas C, Michaud C. Impact of the implementation of the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT) on pain management and clinical outcomes in mechanically ventilated trauma intensive care unit patients: a pilot study. J Trauma Nurs, 2011;18(1):52-60.) Sua correta avaliação contribui para gestão efetiva dos cuidados, melhor adequação das medidas terapêuticas, incluindo uma melhor adequação a agentes analgésicos e sedativos, menor duração de VMI e duração de internamento em UTI.(33 Arbour C, Gélinas C, Michaud C. Impact of the implementation of the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT) on pain management and clinical outcomes in mechanically ventilated trauma intensive care unit patients: a pilot study. J Trauma Nurs, 2011;18(1):52-60.,55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.)
O controle da dor é direito do paciente e dever dos profissionais de saúde, sendo sua negação e desvalorização erros éticos e falhas na excelência do exercício profissional.(11 Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto Contexto Enferm, 2010;19(2):283-90.,22 Nascimento JC, Silva LC. Avaliação da dor em pacientes sob cuidados em unidades de terapia intensiva: uma revisão de literatura. Rev Movimenta. 2014;7(2):711-20.)
Deste modo, quando os pacientes não conseguem autorrelatar a dor, os profissionais de saúde devem recorrer a escalas de avaliação da dor validadas(33 Arbour C, Gélinas C, Michaud C. Impact of the implementation of the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT) on pain management and clinical outcomes in mechanically ventilated trauma intensive care unit patients: a pilot study. J Trauma Nurs, 2011;18(1):52-60.,55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.) como a Behavioral Pain Scale (BPS),(66 Batalha LM, Figueiredo AM, Marques M, Bizarro V. Adaptação cultural e propriedades psicométricas da versão Portuguesa da escala Behavioral Pain Scale -Intubated Patient (BPS-IP/PT). Rev Enf Ref. 2013;3(9):7-16.) que avalia indicadores, como a expressão facial, os movimentos dos membros superiores e a adaptação ao ventilador (Tabela 1), e a Critical Care Pain Observation Tool (CPOT),(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.) que avalia indicadores como a expressão facial, os movimentos corporais, a tensão muscular e a adaptação ao ventilador em pacientes IOT, ou a vocalização em pacientes extubados (Tabela 2). Estas duas escalas observacionais e comportamentais são indicadas para avaliar a dor em pacientes críticos, sedados e/ou inconscientes, sob VMI e/ou com dificuldade em autorrelatar sua dor.(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.,88 Kawagoe CK, Matuoka JY, Salvetti MG. Instrumentos de avaliação da dor em pacientes críticos com dificuldade de comunicação verbal: revisão de escopo. Rev Dor. 2017;18(2):161-5.)
É neste seguimento que surge esta revisão sistemática da literatura (RSL), cuja intenção é identificar a adequação das escalas, BPS e CPOT, para a avaliação da dor em pacientes não comunicantes e internados em UTI.
METODOLOGIA
Para esta RSL, foi utilizada a metodologia recomendada pelo Centro Cochrane,(99 Higgins JP, Green S. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Version 5.1.0. [updated March 2011] [Internet]. 2011. [cited 2019 Oct 9]. Available from: handbook.cochrane.org.
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) orientada pela seguinte questão de investigação: Qual a adequação de duas escalas comportamentais, a BPS e a CPOT, para a avaliação da dor em pacientes intubados orotraquealmente, internados em UTI?
Foram definidos e aplicados critérios de seleção segundo a metodologia PICo: Participantes (pacientes internados e adultos com idade superior a 18 anos), Ponto de Interesse (escalas de avaliação da dor - BPS e CPOT) e Contexto (UTI).
Posteriormente, foram definidos como critérios de exclusão: estudos realizados em crianças com idade inferior a 18 anos; em adultos internados em contextos fora da UTI; em que foram utilizadas outras escalas/outras estratégias para avaliação da dor; de natureza qualitativa e não originais.
Deste modo, foram incluídos estudos que comparam diretamente as duas escalas, mas também aqueles que mencionam as vantagens da utilização de cada uma das escalas, de forma individual.
Estratégia de busca
Nesta RSL, foi utilizada a lista de verificação Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA),(1010 Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, Mulrow C, Gøtzsche PC, Ioannidis JP, et al. The PRiSMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate healthcare interventions: explanation and elaboration. BMJ. 2009;339:b2700.) como guia para atingir os padrões aceitos nas revisões sistemáticas.
A pesquisa foi realizada na base de dados eletrônica EBSCO Host (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature - CINAHL - Complete, MEDLINE®Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Library, Information Science & Technology Abstracts, MedicLatina), além de ter sido feita busca manual em referências de estudos já publicados sobre o assunto.
Foram realizadas duas pesquisas independentes nas bases de dados. Para ambas as pesquisas, foram introduzidos os termos de pesquisa: "behavioral pain scale" e "critical care pain observation tool". Para a primeira pesquisa, foi utilizado o operador booleano "AND" e, para a segunda, o operador booleano "OR". Foi delimitada a revisão a estudos publicados nas línguas portuguesa ou inglesa, e ambas as pesquisas foram realizadas sem horizonte temporal.
Iniciou-se uma leitura dos títulos, seguida dos resumos e, por fim, do texto integral dos artigos obtidos com a pesquisa realizada, de forma a selecionar os que respondiam à questão de investigação.
Essa leitura, bem como a avaliação da qualidade metodológica (QM) dos estudos, foi realizada por dois pesquisadores de forma independente, para garantir a avaliação crítica durante o processo de seleção dos artigos. Perante algumas discordâncias entre os pesquisadores foi pedida a avaliação de um terceiro avaliador.
A QM dos estudos foi efetuada pelos instrumentos do Joanna Briggs Institute - MAStARI.(1111 The Joanna Briggs Institute (2014). The Joanna Briggs Institute Reviewers' Manual: 2014. The systematic review of economic evaluation evidence. Austrália: University of Adelaide; 2014.,1212 The Joanna Briggs Institute. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal tools for use in JBI Systematic Reviews. Checklist for Diagnostic Test Accuracy Studies. Austrália: University of Adelaide; 2017. Available from: http://joannabriggs.org/research/critical-appraisal-tools.html
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)
Foi definido, previamente à realização do estudo por todos os investigadores, que só se incluiriam os estudos que demonstrassem QM elevada, ou seja, que apresentassem escore de 8 a 10 no MAStARI Checklist for Diagnostic Test Accuracy Studies(1212 The Joanna Briggs Institute. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal tools for use in JBI Systematic Reviews. Checklist for Diagnostic Test Accuracy Studies. Austrália: University of Adelaide; 2017. Available from: http://joannabriggs.org/research/critical-appraisal-tools.html
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) (Tabela 3).
RESULTADOS
A estratégia de busca da primeira pesquisa com operador booleano AND resultou em 186 estudos; 32 deles foram excluídos por duplicação, 109 por leitura de título e 36 por leitura do abstract. Destes 36, 11 foram excluídos por não disponibilizarem o texto na íntegra, 3 por não se apresentarem em inglês/português, 2 por se encontrarem repetidos, 5 por utilizarem outras escalas para avaliação da dor, 12 por não serem originais, 1 por focar intervenções para o controle da dor, 1 por focar a administração de medicação e 1 por focar uma população específica, que não obedecia aos critérios de inclusão desta revisão.
Após leitura do abstract, foram selecionados 9 estudos, que se mantiveram após leitura na íntegra (Figura 1). Os 9 estudos evidenciaram elevada QM, de acordo com os critérios enunciados (Tabela 3).
Os 9 estudos selecionados foram realizados em diferentes países: Suécia,(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.) Holanda,(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.) China,(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.) Arábia Saudita,(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.) Estados Unidos,(1717 Rahu MA, Grap MJ, Ferguson P, Joseph P, Sherman S, Elswick RK Jr. Validity and sensitivity of 6 pain scales in critically ill, intubated adults. Am J Crit Care. 2015;24(6):514-23.,1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.) Canadá(1919 Bourbonnais FF, Malone-Tucker S, Dalton-Kischei D. Intensive care nurses' assessment of pain in patients who are mechanically ventilated: how a pilot study helped to influence practice. Can J Crit Care Nurs. 2016;27(3):24-9.) e Itália,(2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) respectivamente. Em relação ao ano de publicação, os mesmos foram publicados em 2011,(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.) 2014,(1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.) 2015,(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.,1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.,1717 Rahu MA, Grap MJ, Ferguson P, Joseph P, Sherman S, Elswick RK Jr. Validity and sensitivity of 6 pain scales in critically ill, intubated adults. Am J Crit Care. 2015;24(6):514-23.) 2016(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.,1919 Bourbonnais FF, Malone-Tucker S, Dalton-Kischei D. Intensive care nurses' assessment of pain in patients who are mechanically ventilated: how a pilot study helped to influence practice. Can J Crit Care Nurs. 2016;27(3):24-9.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) e 2017.(2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.)
A estratégia de busca da segunda pesquisa com operador booleano "or" OR resultou em 853 estudos; 208 deles foram excluídos por duplicação, 601 por leitura de título, 22 por leitura do abstract e 12 após leitura na íntegra. Nas diversas etapas de eliminação, os artigos foram sendo excluídos, por não se apresentarem em inglês/português; por focar população específica diferente da que deveria ser incluída nesta revisão (crianças ou pacientes não IOT, por exemplo); por se encontrarem repetidos; por não serem artigos originais; por serem artigos sobre outros temas (validação de outras escalas, por exemplo).
Após leitura na íntegra, foram selecionados dez estudos, sendo que quatro foram eliminados por já se encontrarem incluídos na primeira pesquisa com o operador booleano AND, tendo-se, assim, incluído seis estudos (Figura 2), com elevada QM(1212 The Joanna Briggs Institute. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal tools for use in JBI Systematic Reviews. Checklist for Diagnostic Test Accuracy Studies. Austrália: University of Adelaide; 2017. Available from: http://joannabriggs.org/research/critical-appraisal-tools.html
http://joannabriggs.org/research/critica...
) (Tabela 3).
Os seis estudos selecionados foram realizados em diferentes países: Brasil,(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.) Suécia,(2222 Hylén M, Akerman E, Alm-Roijer C, Idvall E. Behavioral Pain Scale - Translation, reliability, and validity in a Swedish context. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(6):821-8.) Dinamarca,(2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.) Islândia,(2424 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.) Canadá,(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.,2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) respectivamente, e foram publicados em 2006,(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.) 2013,(2424 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.,2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) 2014,(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.) 2016.(2222 Hylén M, Akerman E, Alm-Roijer C, Idvall E. Behavioral Pain Scale - Translation, reliability, and validity in a Swedish context. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(6):821-8.,2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.)
Neste sentido e após cruzamento dos resultados das duas pesquisas, foram incluídos nesta RSL 15 estudos, todos de natureza quantitativa, tendo a amostra variado entre 20(2222 Hylén M, Akerman E, Alm-Roijer C, Idvall E. Behavioral Pain Scale - Translation, reliability, and validity in a Swedish context. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(6):821-8.) e 150(1717 Rahu MA, Grap MJ, Ferguson P, Joseph P, Sherman S, Elswick RK Jr. Validity and sensitivity of 6 pain scales in critically ill, intubated adults. Am J Crit Care. 2015;24(6):514-23.) pacientes.
A BPS foi desenvolvida e testada em 2001 por Payen et al.,(2626 Payen JF, Bru O, Bosson JL, Lagrasta A, Novel E, Deschaux I, et al. Assessing pain in critically ill sedated patients by using a Behavioral Pain Scale. Crit Care Med. 2001;29(12):2258-63.) em uma amostra de 30 pacientes sob VMI (269 observações), com diagnósticos médicos e cirúrgicos, tendo apresentado boa validade e confiabilidade na população do estudo.
Em seu processo de validação, a versão brasileira(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.) foi a que apresentou a mais baixa consistência interna (alfa de Cronbach 0,50), sendo que as restantes variaram entre α = 0,79(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.) e α = 0,95.(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.) Todas elas apresentaram boa concordância entre avaliadores (coeficiente de correlação intraclasse - CCI = 0,80;(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.,1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.) 0,97(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.)) e boa validade de critério.
Verificaram-se diferenças nas correlações das avaliações antes, durante e após um procedimento doloroso,(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.,2222 Hylén M, Akerman E, Alm-Roijer C, Idvall E. Behavioral Pain Scale - Translation, reliability, and validity in a Swedish context. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(6):821-8.,2626 Payen JF, Bru O, Bosson JL, Lagrasta A, Novel E, Deschaux I, et al. Assessing pain in critically ill sedated patients by using a Behavioral Pain Scale. Crit Care Med. 2001;29(12):2258-63.) sendo que a validade discriminante para as avaliações antes, durante e após o posicionamento obteve percentagem de concordância de 28%. No entanto, em um dos estudos, a validade discriminante foi menos suportada, pois aumentou em função de um estímulo não doloroso.(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.) Enquanto no estudo de validação original se verificaram correlações negativas entre o escore de dor e a administração de doses de midazolam e fentanil,(2626 Payen JF, Bru O, Bosson JL, Lagrasta A, Novel E, Deschaux I, et al. Assessing pain in critically ill sedated patients by using a Behavioral Pain Scale. Crit Care Med. 2001;29(12):2258-63.) no estudo de validação para a Arábia Saudita, os procedimentos de rotina, como aspiração de secreções, foram causadores de dor em todos os pacientes, independentemente da administração analgésica.(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.)
Por sua vez, a CPOT foi desenvolvida em 2006, em francês, no Quebéc, Canadá, por Gélinas et al.(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.) tendo sido validada em uma amostra de conveniência de 105 pacientes de cirurgia cardíaca IOT (33 inconscientes e 99 conscientes) e nos 105 pacientes depois da extubação. A CPOT apresentou boa concordância interavaliadores (CCI: 0,52 - 0,88); adequadas validade de conteúdo (0,88 a 1,0) e de critério (pacientes que relataram dor (1,62 - 3,65)); com validade discriminante evidenciada com escores da CPOT maiores durante procedimentos dolorosos do que em repouso (t = -9,01 - -15,96; p < 0,001). Correlações de Spearman de 0,40 - 0,59 (p<0,001) mostraram que os escores de intensidade de dor autorrelatados pelos pacientes foram moderadamente correlacionados com os escores da CPOT.(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.)
Por meio da revisão efetuada, constatou-se que esta escala foi validada/revalidada em pacientes internados em UTI comunicantes e não comunicantes. Foi validada para a população Sueca em amostra de 40 pacientes com IOT,(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.) para a Islândia em amostra de 30 pacientes intubados no pós-cirurgia cardíaca,(2424 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.) para o Canadá em amostra de 23 pacientes IOT,(1919 Bourbonnais FF, Malone-Tucker S, Dalton-Kischei D. Intensive care nurses' assessment of pain in patients who are mechanically ventilated: how a pilot study helped to influence practice. Can J Crit Care Nurs. 2016;27(3):24-9.) para os Estados Unidos em amostra de 30 pacientes IOT,(1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.) em Toronto para 66 pacientes (34 comunicantes e 32 não comunicantes) vítimas de trauma e neurocirúrgicos,(2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) para a Holanda em 68 pacientes submetidos à ventilação mecânica,(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.) para a Itália em amostra de 101 pacientes (41 conscientes e 60 inconscientes),(2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) para a China em amostra de 117 pacientes críticos ventilados,(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.) para a Dinamarca em 70 pacientes sob VMI e sem sedação,(2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.) e para a Arábia Saudita em 47 pacientes críticos não comunicantes.(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.)
Do processo de validação, verificou-se boa confiabilidade (CCI entre 0,75(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.) - 0,95)(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.) e consistência interna (alfa de Cronbach entre 0,70(2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.) - 0,973(1515 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.)) e boa validade de critério. Foi verificada correlação estatisticamente significativa entre os escores de intensidade de dor referidos pelos pacientes comunicantes com os escores da CPOT,(55 Gélinas C, Fillion L, Puntillo KA, Viens C, Fortier M. Validation of the Critical-Care Pain Observation Tool in adult patients. Am J Crit Care. 2006;15(4):420-7.) bem como aqueles que aumentaram significativamente quando os pacientes foram expostos aos procedimentos dolorosos, ao invés dos procedimentos não dolorosos, o que indica validade de critério.(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.
14 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.
15 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.-1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.,2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.,2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.
24 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.-2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) Foram verificadas, ainda, correlações significativas entre os escores da CPOT e a pressão arterial média (p = 0,32 - 0,45),(2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) bem como nos sinais vitais em geral antes, durante e após procedimento doloroso;(2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.) mas devem ser realizados mais estudos para explorar o papel dos sinais vitais na dor.(2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.)
Na tabela 3, são apresentados os objetivos, os métodos e a avaliação da QM,(1212 The Joanna Briggs Institute. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal tools for use in JBI Systematic Reviews. Checklist for Diagnostic Test Accuracy Studies. Austrália: University of Adelaide; 2017. Available from: http://joannabriggs.org/research/critical-appraisal-tools.html
http://joannabriggs.org/research/critica...
) os participantes bem como os resultados dos estudos selecionados.
DISCUSSÃO
A detecção, a quantificação e o tratamento da dor do paciente crítico são, há longa data, preocupações dos profissionais de saúde. Não obstante, a dor é frequente em pacientes críticos, independentemente de sua condição clínica, e sua correta avaliação por meio de instrumentos adequados permite melhor adequação das medidas terapêuticas.
A BPS e a CPOT apresentam boas propriedades psicométricas e boa confiabilidade em pacientes internados em UTI intubados e não intubados, incapazes de autorrelatar sua dor,(88 Kawagoe CK, Matuoka JY, Salvetti MG. Instrumentos de avaliação da dor em pacientes críticos com dificuldade de comunicação verbal: revisão de escopo. Rev Dor. 2017;18(2):161-5.,1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.
15 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.-1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.,1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.,2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.,2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.,2424 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.) devendo ser ambas as escalas usadas na avaliação da dor neste tipo de doentes.(1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.)
A BPS é considerada instrumento aplicável a pacientes críticos, sedados, inconscientes ou com dificuldade de autorrelatar sua dor, especialmente os submetidos a VMI, visto que um de seus três domínios é especificamente destinado à adaptação ao ventilador, por outro lado, a CPOT, para além do domínio destinado a pacientes sob ventilação mecânica, possui o domínio de vocalização, englobando também pacientes extubados, o que não se verifica na BPS, que apenas se dirige a pacientes sob VMI.(88 Kawagoe CK, Matuoka JY, Salvetti MG. Instrumentos de avaliação da dor em pacientes críticos com dificuldade de comunicação verbal: revisão de escopo. Rev Dor. 2017;18(2):161-5.)
Alguns autores afirmaram que a BPS é a ferramenta mais viável,(1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.) específica,(2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) confiável, válida(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.) e sensível na avaliação da dor do paciente, no entanto a CPOT constitui boa alternativa.(1616 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) Outros autores consideram a CPOT a escala de eleição, pela validade discriminante desta ter sido mais suportada, pois não aumentou em função de um estímulo não doloroso, ao contrário do que se verificou com a BPS.(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.)
Ainda, verificou-se um aumento do escore na avaliação da dor, tanto na aplicação da BPS como da CPOT, quando a avaliação era coincidente com procedimento doloroso.(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.
14 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.
15 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.
16 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.-1717 Rahu MA, Grap MJ, Ferguson P, Joseph P, Sherman S, Elswick RK Jr. Validity and sensitivity of 6 pain scales in critically ill, intubated adults. Am J Crit Care. 2015;24(6):514-23.,2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.,2323 Frandsen JB, O'Reilly Poulsen KS, Laerkner E, Stroem T. Validation of the Danish version of the Critical Care Pain Observation Tool. Acta Anaesthesiol Scand. 2016;60(9):1314-22.
24 Linde SM, Badger JM, Machan JT, Beaudry J, Brucker A, Martin K, et al. Reevaluation of the Critical-Care Pain Observation Tool in intubated adults after cardiac surgery. Am J Crit Care. 2013;22(6):491-7.-2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) Ambos os instrumentos são sensíveis quando aplicados na realização de procedimentos dolorosos, registando-se aumento dos vários indicadores que constituem ambas as escalas,(1414 Rijkenberg S, Stilma W, Endeman H, Bosman RJ, Oudemans-van Straaten HM. Pain measurement in mechanically ventilated critically ill patients: Behavioral Pain Scale versus Critical-Care Pain Observation Tool. J Crit Care. 2015;30(1):167-72.
15 Liu Y, Li L, Herr K. Evaluation of two observational pain assessment tools in Chinese critically ill patients. Pain Med. 2015;16(8):1622-8.
16 Al Darwish ZQ, Hamdi R, Fallatah S. Evaluation of pain assessment tools in patients receiving mechanical ventilation. AACN Adv Crit Care. 2016;27(2):162-72.-1717 Rahu MA, Grap MJ, Ferguson P, Joseph P, Sherman S, Elswick RK Jr. Validity and sensitivity of 6 pain scales in critically ill, intubated adults. Am J Crit Care. 2015;24(6):514-23.) e os principais parâmetros onde se verificam as maiores alterações são, na BPS, na expressão facial(1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.) e, na CPOT, na tensão muscular/rigidez, na tensão facial e na tolerância ao ventilador/tosse.(1919 Bourbonnais FF, Malone-Tucker S, Dalton-Kischei D. Intensive care nurses' assessment of pain in patients who are mechanically ventilated: how a pilot study helped to influence practice. Can J Crit Care Nurs. 2016;27(3):24-9.,2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.)
Durante esses procedimentos dolorosos, verifica-se correlação estatisticamente significativa, com o valor dos sinais vitais, mais especificamente com o valor da tensão arterial, ou seja, quanto mais elevada for a avaliação da dor, mais elevada a tensão arterial.(1313 Nürnberg Damström D, Saboonchi F, Sackey PV, Björling G. A preliminary validation of the Swedish version of the Critical-Care Pain Observation Tool In Adults. Acta Anaesthesiol Scand. 2011;55(4):379-86.,2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.) Apesar de se verificar esta correlação, existem autores que sugerem a realização de mais estudos para explorar o papel dos sinais vitais na relação com a dor.(2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.)
Contudo, apesar de existirem autores que consideram que a CPOT apresenta boa validade para a avaliação da dor em pacientes críticos, não comunicantes, particularmente aqueles com lesões neurológicas e traumáticas, bem como pacientes neurocirúrgicos,(2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) existem outros que referem como limitação sua aplicação em pacientes com lesões cerebrais,(2727 Barr J, Fraser GL, Puntillo K, Ely EW, Gélinas C, Dasta JF, Davidson JE, Devlin JW, Kress JP, Joffe AM, Coursin DB, Herr DL, Tung A, Robinson BR, Fontaine DK, Ramsay MA, Riker RR, Sessler CN, Pun B, Skrobik Y, Jaeschke R; American College of Critical Care Medicine. Clinical Practice Guidelines for the Management of Pain, Agitation, and Delirium in Adult Patients in the Intensive Care Unit. Crit Care Med. 2013;41(1):263-306.,2828 Puntillo K, Gélinas C, Chanques G. Next steps in ICU pain research. Intensive Care Med. 2017;43(9):1386-8.) com défices cognitivos ou queimaduras.(2828 Puntillo K, Gélinas C, Chanques G. Next steps in ICU pain research. Intensive Care Med. 2017;43(9):1386-8.,2929 Gélinas C. Pain assessment in the critically ill adult: recent evidence and new trends. Intensive Crit Care Nurs. 2016;34:1-11.)
Por outro lado, ainda não existe consenso referente aos níveis de consciência, sedação e analgesia, pois, para alguns autores, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na aplicação das duas escalas em pacientes com diferentes níveis de sedação ou analgesia,(2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.) ao contrário de outros, que encontraram diferenças estatisticamente significativas durante e após os cuidados de enfermagem em doentes conscientes e inconscientes.(2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.,2828 Puntillo K, Gélinas C, Chanques G. Next steps in ICU pain research. Intensive Care Med. 2017;43(9):1386-8.)
Em sua aplicação prática, obteve-se que tanto a BPS como a CPOT foram consideradas pelos profissionais de saúde ferramentas úteis em contexto de UTI, por serem de fácil utilização e memorização.(77 Morete MC, Mofatto SC, Pereira CA, Silva AP, Odierna MT. Tradução e adaptação cultural da versão portuguesa (Brasil) da escala de dor Behavioural Pain Scale. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(4):373-8.,1818 Chanques G, Pohlman A, Kress JP, Molinari N, de Jong A, Jaber S, et al. Psychometric comparison of three behavioural scales for the assessment of pain in critically ill patients unable to self-report. Crit Care. 2014;18(5):R160.
19 Bourbonnais FF, Malone-Tucker S, Dalton-Kischei D. Intensive care nurses' assessment of pain in patients who are mechanically ventilated: how a pilot study helped to influence practice. Can J Crit Care Nurs. 2016;27(3):24-9.-2020 Vadelka A, Busnelli A, Bonetti L. [Comparison between two behavioural scales for the evaluation of pain in critical patients, as related to the state of sedation: an observational study]. Scenario. 2017;34(2):4-14. Italian.,2525 Topolovec-Vranic J, Gélinas C, Li Y, Pollmann-Mudryj MA, Innis J, McFarlan A, et al. Validation and evaluation of two observational pain assessment tools in a trauma and neurosurgical intensive care unit. Pain Res Manag. 2013;18(6):e107-14.) Sua aplicação contribui para o aumento da frequência das avaliações e, consequentemente, para a diminuição da administração de analgésicos e sedativos.(33 Arbour C, Gélinas C, Michaud C. Impact of the implementation of the Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT) on pain management and clinical outcomes in mechanically ventilated trauma intensive care unit patients: a pilot study. J Trauma Nurs, 2011;18(1):52-60.,3030 Rose L, Haslam L, Dale C, Knechtel L, McGillion M. Behavioral pain assessment tool for critically ill adults unable to self-report pain. Am J Crit Care. 2013;22(3):246-55.) É ainda sugerida a utilização das duas escalas em simultâneo, pois pode resultar em detecção e avaliação mais precisa da dor.(2121 Severgnini P, Pelosi P, Contino E, Serafinelli E, Novario R, Chiaranda M. Accuracy of critical care pain observation tool and behavioral pain scale to assess pain in critically ill conscious and unconscious patients: prospective, observational study. J Intensive Care. 2016; 4:68.)
Apesar da aplicação destas escalas ter tido efeitos positivos na gestão da dor dos pacientes internados em UTI, é sugerida a realização de estudos de caráter experimental.(2828 Puntillo K, Gélinas C, Chanques G. Next steps in ICU pain research. Intensive Care Med. 2017;43(9):1386-8.)
CONCLUSÃO
Ao se efetivar esta revisão sistemática da literatura, foi constatado que diversos estudos realizaram a validação da Behavioral Pain Scale e da Critical Care Pain Observation Tool para pacientes críticos em intubação orotraqueal para diversas culturas, sendo que ambos os instrumentos se mostraram válidos e fiáveis para a avaliação da dor em pacientes em intubação orotraqueal, internados em unidades de terapia intensiva.
Ambos os instrumentos são sensíveis quando aplicados durante a realização de procedimentos dolorosos, registando-se o aumento dos vários indicadores, nomeadamente a expressão facial na Behavioral Pain Scale e a tensão muscular/rigidez, tensão facial e tolerância ao ventilador/tosse na Critical Care Pain Observation Tool, bem como a tensão arterial em ambas as escalas.
Não existe, no entanto, concordância relativa à aplicação das escalas em pacientes com diferentes níveis de consciência, sedação e analgesia. Contudo, verifica-se que a aplicação de pelo menos uma das escalas contribui para o aumento da frequência de avaliações e, consequentemente, para a diminuição da administração de analgésicos e sedativos. Neste sentido, é fundamental que os profissionais de saúde utilizem pelo menos uma das duas escalas analisadas na avaliação da dor do paciente em intubação orotraqueal, com o objetivo da melhoria dos cuidados prestados.
Sugere-se a realização de mais estudos, com metodologia experimental, abrangendo diferentes populações de pacientes críticos internados em unidades de terapia intensiva, nomeadamente doentes vítimas de trauma, queimados e do foro neurocirúrgico.
REFERÊNCIAS
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1Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto Contexto Enferm, 2010;19(2):283-90.
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2Nascimento JC, Silva LC. Avaliação da dor em pacientes sob cuidados em unidades de terapia intensiva: uma revisão de literatura. Rev Movimenta. 2014;7(2):711-20.
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Editado por
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
20 Jan 2020 -
Data do Fascículo
Oct-Dec 2019
Histórico
-
Recebido
05 Mar 2018 -
Aceito
24 Maio 2019