Adesão às PP |
Adesão às PP [med] = 4,69 67% dos participantes afirmaram seguir às PP com todos os pacientes seja qual for o diagnóstico. |
“A implementação de precauções padrão constituiu a principal medida de prevenção da transmissão de COVID-19 entre pacientes e profissionais de saúde e foi adotada no cuidado a todos os pacientes, minimizando a exposição a patógenos respiratórios, incluindo o COVID-19.” G46, Hospital C – Chefia de enfermagem do Centro Cirúrgico “Penso que a pandemia auxiliou na reflexão da importância da precaução padrão para dia a dia de trabalho.” G6, Hospital D – Chefia da Unidade de Cirurgia e Centro de Material e Esterilização |
Uso de EPI |
Uso de avental: 66% usam sempre quando há possibilidade de sujar as roupas com sangue ou outras secreções. Uso de luvas: 88% usam sempre quando há possibilidade de contato com sangue ou outras secreções. Uso de óculos de proteção ou protetor facial: 50% usam sempre quando há possibilidade de respingar sangue ou outras secreções nos olhos. Uso de máscara: 89% usam sempre quando há possibilidade de respingar sangue ou outras secreções na boca. |
“Os trabalhadores, diante da pandemia, entenderam a necessidade do uso dos EPI para se protegerem. O óbvio da proteção não era levado a sério durante as atividades diárias, por parte de alguns, antes da pandemia”. G32, Hospital B – Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança no trabalho “A adesão ao uso de EPI parte de uma boa conscientização. Que agora está sendo feita. Os profissionais de saúde finalmente estão usando EPI sem termos que implorar.” G53, Hospital D – Unidade de Gestão de Riscos “Aderi com mais consciência o uso dos EPI.” TE48, Hospital A – UTI “O positivo disso tudo foram e são aprendizados diários que vieram com a pandemia e o reforço de práticas já existentes, com uso mais consciente. Por exemplo, os EPI.” E133, Hospital C – Psiquiatria |
Higiene das mãos |
75% sempre realizam lavagem das mãos após retirar luvas descartáveis |
“Os profissionais aprenderam a valorizar as precauções para se protegerem e também aos pacientes, procurando impedir surtos e, principalmente, aprenderam a usar EPI. Nunca se falou tanto no tema higiene de mãos.” G13, Hospital A - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar |
Cuidados com materiais e ambiente |
86% consideram contaminados todos os materiais que estiveram em contato com saliva de pacientes. |
“Meu ambiente de trabalho atende a pacientes COVID e não COVID, e é muito importante que o ambiente não seja contaminado. Ficamos de olho em todos que saem da sala e não cuidam o ambiente.” E123, Hospital C – Hemodinâmica |
A família do profissional de saúde |
Associação significativa entre adesão às PP e “ter filhos” (p = 0,014). |
“A assustadora possibilidade de contrair e transmitir à outras pessoas, sejam pacientes, familiares e amigos, moldou muitas atitudes. As práticas diárias com relação ao uso de EPI foram amplamente seguidas.” E156, Hospital A – UNIDADE COVID |
O trabalho em área COVID |
Adesão às PP maior na área COVID (p < 0,001). Profissionais que trabalhavam em “área COVID” tiveram uma percepção de menos “obstáculos para seguir as PP” e uma melhor avaliação do “clima de segurança” e da “disponibilidade de EPI”. |
“É um local de maior probabilidade de contrair a doença, mas mais seguro na questão de proteção, pois nos protegemos mais com o uso dos EPI”. TE15, Hospital A – UNIDADE COVID “Na área COVID, os funcionários se paramentam adequadamente. No entanto, na área não COVID, há algum relaxamento no uso das medidas de precaução.” G28, Hospital C – Serviço de Educação em Enfermagem “... a adesão dentro da UTI COVID é visivelmente maior pensando no viés de proteção do profissional.” G9 – Hospital D – Chefia da Unidade de Terapia Intensiva |
Percepção da eficácia da proteção |
86% dos profissionais acreditam que podem diminuir o risco de adquirir a COVID-19 no trabalho se seguirem às precauções padrão. |
“Acredito que os profissionais de saúde usando tudo corretamente têm um risco diminuído de adquirir o vírus no trabalho, a gente se cuida mais com certeza.” M92, Hospital B – Pediatria |
Percepção do risco |
6% dos participantes não se sentem expostos a contrair COVID-19 no trabalho. A “percepção de risco” é maior entre profissionais da enfermagem (p < 0,001) e no grupo de participantes que teve sintomas sugestivos de COVID-19(p < 0,001). |
“A pandemia provocou medo nos profissionais, o que levou muitos a utilizarem os EPI de forma adequada. No entanto, existem momentos de negação, nos quais os profissionais ignoram as medidas de proteção indicadas.” G27, Hospital C – Chefia do Serviço de Enfermagem Psiquiátrica “As dificuldades são de entender porque algumas pessoas não querem aceitar que o vírus é letal, e, muitas vezes, não usam normas de proteção.” TE111, Hospital B – Ambulatório |
Obstáculos para adesão às PP |
24% afirmaram que com frequência o acúmulo das atividades diárias interfere na capacidade de seguir as PP. Cerca de 20% afirmaram que não conseguem se acostumar com o uso de EPI na realização de algumas tarefas e acreditam que seguir as PP torna o trabalho mais difícil. |
“Face shield distorce a visão e atrapalha para intubação traqueal.” M47, Hospital C – Centro cirúrgico “Pressão por agilidade no atendimento que nem sempre é possível tendo protocolos de paramentação para seguir.” TE48, Hospital A – UTI “Dificuldade, às vezes, em me equipar rapidamente quando surge emergência que exige rapidez.” M118, Hospital D – Pronto-Socorro “Muito difícil nos ouvirmos com máscara e protetor facial. Temos de gritar e isso torna o trabalho muito mais desgastante.” M48, Hospital C – UTI |
Carga de trabalho |
35% dos participantes afirmaram que sempre existe muito trabalho a ser feito. A categoria de médicos teve uma maior percepção de “carga de trabalho” comparado à enfermagem (p = 0,002). |
“Em relação especificamente ao hospital, tendo que realizar atividades que em outras instituições são atribuições da enfermagem (como coleta de swab nasofaringe, ECG, aferição de sinais vitais dos pacientes com sintomas respiratórios), o que torna o trabalho ainda mais exaustivo.” M4, Hospital D – Pronto Socorro |
Clima de segurança |
Clima de segurança foi a escala com escore mais baixo (Md = 3,83). 68% concordam totalmente que tem apoio do supervisor para seguir as PP. 16% concordam totalmente que na sua instituição a alta gerência se envolve pessoalmente nas atividades de segurança. Hospital C teve a melhor avaliação do “clima de segurança” (4,17) e o Hospital D, a pior (3,25) (p < 0,001). Médicos (p = 0,009) e profissionais que são regidos pela CLT (p < 0,001) tiveram uma melhor avaliação desse item. |
“Um pouco falha por parte de gestores que NÃO atuam na assistência e têm uma percepção um pouco distorcida das rotinas de trabalho.” TE80, Hospital D – UTI “Percebo que a instituição apenas quer ‘mão de obra’, não está verdadeiramente preocupada com a saúde do colaborador (física e mental).” TE20, Hospital D – UNIDADE COVID “Sinto o Hospital bastante engajado na segurança de todos os seus profissionais, atende a todas as nossas necessidades protetivas.” E102, Hospital C - Enfermaria “Desde o início da pandemia, fomos todos orientados pela chefia. E isso nos deixou muito seguros para lidar com todas as situações frente à pandemia.” TE84, Hospital C - UTI “Eficaz, orientações corretas. Os gestores participaram junto à equipe, questionando quais as melhores evidências para a segurança da equipe.” TE146, Hospital C – UNIDADE COVID “No início da pandemia a instituição focava o apoio muito nas unidades de tratamento intensivo, como se fosse o único meio de transmissão, senti insegurança. Após, com o surgimento de casos e contaminação nas unidades, os processos foram melhorando.” E133, Hospital C – Psiquiatria |
Disponibilidade de EPI |
48% de todos os participantes afirmaram que a sua unidade de trabalho possui todos os equipamentos e materiais necessários para proteção da exposição à COVID-19. Médicos (p = 0,04) tiveram uma melhor percepção de “disponibilidade de EPI”. |
“...no início da pandemia, não dispunha de EPI em número correto para toda a equipe, sendo dispensado máscara N95 inicialmente apenas para equipe médica, de fisioterapia e enfermeiros, não sendo dispensada para técnicos de enfermagem, o que provocou desconforto...” E2, Hospital A – Centro Cirúrgico “Acho que foi feito o possível, às vezes temos EPI de qualidade questionável, como os aventais descartáveis, mas nunca faltou material, o que considero um feito a ser destacado.” M91, Hospital B – UTI |
Treinamento/ capacitação em biossegurança |
Ter recebido orientações/capacitação sobre biossegurança com foco na prevenção da transmissão ao novo coronavírus foi associado a maiores valores de adesão às PP (p = 0,018). |
“Houve uma preocupação maior para aquisição de conhecimento e busca por material adequado.” G11, Hospital D – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar “O que temos de maneira positiva são ‘lives’ esclarecedoras com relação ao assunto.” E16, Hospital A – Ambulatório |