RESUMO
O presente artigo propõe uma análise comparativa entre A consciência de Zeno, de Italo Svevo, e Os moedeiros falsos, de André Gide, no que se refere à forma do diário como um elemento que contribui não só para a construção dos romances, mas, também, como uma técnica formal que expressa uma visão de literatura nos anos 1920. Para tanto, inicia-se com uma breve introdução problematizando a questão da forma do romance; em seguida, contextualizando as obras em análise ao público; e, por fim, refletindo como o diário e a psicanálise fundam um estilo em Svevo e em Gide que propõe um pacto com o leitor ao mesmo tempo que evidencia tanto a ficcionalidade dos romances quanto a relação entre os escritores e seus protagonistas.
PALAVRAS-CHAVE
Modernismo; psicanálise; diário